quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Uma 'pequenina irregularidade'?

Na última reunião do Conselho Deliberativo do Fluminense, realizada no último dia 31 de janeiro, foi homologado o nome do conselheiro José Ademar Arrais Rosal Filho como novo Vice-Presidente de Planejamento Estratégico do Clube. Até aí, tudo bem! O conselheiro deve entender tudo de Planejamento Estratégico. E o presidente Peter Siemsen tem o direito de escolher quem ele quiser para fazer parte do Conselho Diretor.

Mas o problema é que, existe aí ‘uma pequenina irregularidade’. Tanto o presidente do Conselho Deliberativo, srº Braz Mazullo, como o presidente Peter Siemsen, ‘devem ter esquecido’ o que diz o “ARTIGO 30 DO REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DELIBERATIVO”. O presidente Braz Mazullo merece todo apreço e respeito de nossa parte, por isso mesmo fazemos questão de colaborar para o bom andamento dos trabalhos do nosso Egrégio Conselho Deliberativo. Diz o Regimento Interno do Conselho Deliberativo em seu “Artigo 30 – Compete ao Presidente do Conselho Deliberativo”, na letra “e”:

“Resolver, soberanamente, todas as questões de ordem, não permitindo, por outro lado, que qualquer assunto já apreciado e decidido pelo Conselho Deliberativo seja reapresentado antes de decorrido 1 (um) ano da resolução anterior”.


E como todos que acompanham a política tricolor, devem (ou deveriam) se lembrar que o conselheiro Ademar Arrais teve o seu nome “REPROVADO” na reunião do Conselho Deliberativo de 26 de julho de 2011. Na reunião de 26/07/2011, o conselheiro Ademar Arrais foi reprovado para ocupar a Vice-Presidência de Planejamento Estratégico tendo obtido 101 votos “NÃO” e 75 votos “SIM”. Ou seja, “UM DOS ASSUNTOS APRECIADOS” na reunião de 26/07/2011, foi homologar ou não o nome de Ademar Arrais para ocupar a Vice-Presidência de Planejamento Estratégico. O que acabou não ocorrendo naquela ocasião.

Portanto, não precisando ser nenhum grande matemático, fazendo os cálculos, percebemos que entre o dia 26/07/2011 e o dia 31/01/2012, não existe aí o prazo de “UM ANO” como bem diz o Artigo 30 do Regimento Interno do Conselho Deliberativo. Entre uma reunião e outra só se passaram “SEIS MESES E CINCO DIAS”. O que é bem diferente de “UM ANO”. Ou seja, o prazo foi encurtado pela metade.

Não dizemos aqui, que o conselheiro Ademar Arrais não tenha contribuições para dar ao Conselho Diretor. Muito pelo contrário. Mas como advogado que é, ele mais do que ninguém deveria ter lido o Regimento Interno do Conselho Deliberativo com mais atenção e colaborado com o presidente Braz Mazullo, que tem muitas atribuições e possivelmente, deve ter se esquecido do Artigo 30. E o conselheiro Ademar Arrais que sempre foi um defensor incansável da “LEGALIDADE” deveria ter sido um pouco mais atencioso neste caso.

Pois o conselheiro já nos abrilhantou com suas defesas entusiásticas do Estatuto do Fluminense em inúmeras reuniões do Conselho Deliberativo na legislatura passada. Só esperamos que neste momento, o Estatuto do Fluminense, não seja ‘mais uma vez rasgado’.

E agora, José?

JOSÉ

E agora José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia,
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio – e agora?


Os versos acima fazem parte do poema “JOSÉ” do grande poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Os versos são uma homenagem do Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” ao conselheiro José Ademar Arrais Rosal Filho, que recentemente tornou-se Vice-Presidente de Planejamento Estratégico do Fluminense Football Club.

Todos sabem que, o conselheiro Ademar Arrais na última legislatura, destacou-se como uma das principais vozes do sentimento oposicionista. Um verdadeiro leão nas reuniões do Conselho Deliberativo defendendo suas convicções.

Porém, em primeiro lugar, devemos parabenizar o presidente Peter Eduardo Siemsen por sua jogada de mestre. Uma cartada genial! Uma jogada de mestre do presidente Peter Siemsen que até nos faz pensar que ele seja integrante do clã ‘Couto e Silva’. Sensacional!

Com a nomeação de Ademar Arrais para fazer parte do Conselho Diretor, o presidente Peter Siemsen elimina um potencial foco de problemas para a sua gestão. Isto, na própria avaliação de correligionários e amigos do referido conselheiro, agora Vice-Presidente de Planejamento Estratégico.

Fazendo parte do Conselho Diretor como Vice-Presidente de Planejamento Estratégico, Ademar Arrais será obrigado a rever a sua postura. E se comportar como um bom rapaz que é, sem trazer maiores problemas para o presidente Peter Siemsen. Pelo menos, isso é o que irão cobrar do presidente Peter Siemsen seus outros importantes aliados. E de quebra, o presidente Peter Siemsen ainda deixa praticamente isolado no grupo “Ideal tricolor” um dos conselheiros mais críticos de sua gestão. Sensacional o gesto do Peter! Matou a pau! Matou vários problemas com uma cajadada só.

Atenção! Não que o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” compreenda que Ademar Arrais seja um foco de problemas. Isto é apenas uma leitura política. Mas apenas compreendendo atentamente alguns episódios da política tricolor, realmente, o conselheiro poderia atrapalhar um pouco o presidente do Clube. Portanto, cabe aqui lembrarmos alguns momentos recentes da política tricolor.

No dia 8 de dezembro de 2010 foi realizada a primeira reunião da atual legislatura do Conselho Deliberativo do Fluminense. Nesta reunião, o conselheiro Ademar Arrais foi derrotado na eleição para a presidência do Conselho Deliberativo. Na ocasião, Ademar Arrais (do grupo político “Ideal Tricolor) obteve 32 votos. E o vencedor da eleição foi Braz Mazullo (do grupo “Democracia Tricolor”) que obteve 129 votos. Todos que acompanham atentamente os bastidores da política tricolor, recordam-se que o presidente Peter Siemsen não tinha intenção de que Ademar Arrais vencesse aquela eleição. E mais uma vez Peter Siemsen venceu.

Durante esta reunião, foram feitos discursos firmes e muito contundentes por membros do grupo político “Ideal Tricolor” contra o presidente Peter Siemsen. O “Ideal Tricolor” é o grupo do conselheiro Ademar Arrais derrotado na eleição presidencial do Conselho Deliberativo. E um dos próprios oradores era o candidato derrotado. Enquanto isso, o presidente Peter Siemsen era acusado de “TRAIDOR” por companheiros de Ademar Arrais.

Posteriormente a esta eleição do Conselho Deliberativo, o nobre conselheiro Ademar Arrais, passaria por outro revés. No dia 26 de julho de 2011 seu nome seria reprovado pelo Conselho Deliberativo para ocupar a Vice-Presidência de Planejamento Estratégico. Com 101 votos “NÃO” e 75 votos “SIM” o conselheiro Ademar Arrais não conseguiu aprovação do Conselho Deliberativo para fazer parte do Conselho Diretor.

E de lá pra cá, o conselheiro Ademar Arrais e alguns de seus companheiros vinham tendo um comportamento meio confuso. Tanto que, quando publicamos aqui no Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” o texto denominado “A CRISE DE IDENTIDADE DO IDEAL”, o conselheiro Ademar Arrais respondeu ao nosso texto: “Inicialmente tenho que dar toda razão ao grande fidalgo tricolor, quando menciona em seu blog estar o Ideal Tricolor passando por uma crise de identidade entre ser oposição e situação”.

Mas agora, com a ajuda do piedoso presidente Peter Siemsen, o conselheiro Ademar Arrais conseguiu ser aceito pelo Conselho Deliberativo na última reunião do dia 31 de janeiro de 2012. PARABÉNS!!! Afinal, não podemos nos esquecer da profunda verdade sociológica do ditado: “Aos inimigos, a lei, aos amigos, tudo!” Aos amigos tudo mesmo. Até desconsiderar o Artigo 30 do Regimento Interno do Conselho Deliberativo. E AGORA, JOSÉ?

O NOVO TRIUNVIRATO TRICOLOR???

O nobre conselheiro Ademar Arrais, agora Vice-Presidente de Planejamento Estratégico (desconsiderando o Artigo 30 do Regimento Interno do Conselho Deliberativo) produziu alguns textos interessantes sobre o Fluminense. E um deles, publicado no blog de seu grupo, é intitulado “O NOVO TRIUNVIRATO TRICOLOR!” O texto foi publicado em 22/09/2011. E agora que o nobre conselheiro conseguiu chegar ao Conselho Diretor (UFA!!!) vale relembrar este interessante texto. Abaixo o texo na íntegra:


O NOVO TRIUNVIRATO TRICOLOR!

Hoje, lamentavelmente, a palavra final do Clube, o poder decisório final, não pertencem ao nosso Presidente de Direito, o eleito, mas também aos Presidentes de fato do Clube, Jackson Vasconcelos e Celso Barros, senão vejamos.

Jackson é o grande mentor, engenheiro e executor dessa gestão, além de ser o chamado “guru” do Presidente de Direito, o que faz com que tenha influência até mesmo nas decisões tomadas por este isoladamente. Pela sua experiência profissional na administração pública e na política, vem comandando toda a gestão para “o bem”ou “para o mal”, de acordo com a avaliação de cada um. A ausência do Clube e as características pessoais do Presidente de Direito somados à implantação no Clube de práticas trazidas da política profissional, que muito agradaram algumas pessoas e grupos, fizeram com que obtivesse o apoio necessário para o exercício da Presidência de fato da maneira mais discreta possível.

Além disso, com sua maturidade pessoal e política, vem muito bem orientando e encorajando o Presidente de Direito a tomar decisões. A sua atuação vem sendo bem ampla e abrange praticamente toda gestão, apenas limitando-a, por vontade própria, em áreas já dominadas por caciques antigos, pois sabe que o Presidente de Direito não lhe dará respaldo para um eventual enfrentamento que seja necessário.

Em algumas oportunidades em que o Presidente de Direito resolve agir por conta própria e comete erros primários tem-se a convicção de que não escutou o Presidente de fato, justamente pelo seu belo trabalho.

Da mesma forma, o Conselheiro e Presidente de fato Celso Barros também procura ser bem discreto em suas decisões, inclusive reiteradamente dando declarações à imprensa de que a competência para esse ou aquele ato é do Presidente de Direito.

Nada obstante, toda vez que entende que o Presidente de Direito invade seu espaço, que é o Futebol, principal atividade-fim do Clube, adota medidas coercitivas, com intuito de intimidar e pressionar o Presidente de Direito a fazer o que ele quer. Utiliza a situação financeira do Clube e o seu poderio econômico para que seus objetivos e interesses sejam atendidos doa a quem doer.

Com duas mariolas, facilmente levou para o seu lado algumas pessoas de práticas antigas do Clube, justamente para deixar claro ao Presidente de Direito de que não detém apenas Poder Econômico, mas também pode inviabilizar politicamente e trazer sérias dificuldades para a Gestão e para o Clube na hipótese de ser contrariado.

Curiosamente atualmente vem curtindo um lindo amor recíproco com os proprietários do Esporte Olímpico do Clube, mas só demonstra esse amor na sua grande paixão que é o futebol do Fluminense. No Olímpico mesmo, esse amor todo objetivou apenas conseguir os votos dos associados no período eleitoral, conforme se comprova pelo não cumprimento da promessa de patrocínio ao basquete e a natação do Clube. E olha que ele mesmo, o “Poderoso” Celso Barros, cansou de criticar duramente o nosso Presidente de Direito por não cumprir com a palavra.

Aliás, os atritos esporádicos que tem tido com o Presidente de Direito, deve-se ao bom trabalho do outro Presidente de fato e ao reiterado esquecimento de que mesmo mandando e desmandando no Futebol, ele não é dono do Clube, tendo portanto que se submeter em alguns aspectos ao aval do Presidente de Direito, ainda que do ponto de vista prático não o impeça de nada.

Em recente reportagem sobre a provável renovação do “contrato de patrocínio”, li uma declaração do Clube de que a partir do novo contrato o Fluminense deseja ter o poder de veto na contratação de jogadores. Ora, isso é ridículo, patético. Em que pese o Poderoso Presidente de fato pagar, quem sempre contratou os jogadores formalmente, de maneira certa ou errada, foi o Fluminense. Nós lutamos para ganhar a eleição justamente para mudar essa louca relação.

Por fim, como a esperança é a última que morre, torço para que o nosso Presidente de Direito, o eleito, tenha um desempenho muito melhor e que não siga o modelo de gestão que ajudou a implantar no Flu com o comandante do último Triunvirato, que tanto admira e constantemente elogia, apesar das conseqüências desastrosas que o Clube sofre até hoje.



Após lermos o interessante texto do nobre conselheiro e agora Vice-Presidente de Planejamento Estratégico, agora integrante do Conselho Diretor, vale fazermos algumas reflexões no intuito de colaborarmos para o debate político tricolor:

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIZENDO QUE “A PALAVRA FINAL DO CLUBE, O PODER DECISÓRIO FINAL, NÃO PERTENCEM AO NOSSO ‘PRESIDENTE DE DIREITO’, O ELEITO (PETER SIEMSEN), MAS TAMBÉM AOS ‘PRESIDENTES DE FATO’ DO CLUBE, JACKSON VASCONCELOS E CELSO BARROS”, QUER DIZER QUE O PRESIDENTE PETER SIEMSEN NÃO MANDA NADA???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ADEMAR ARRAIS DEVERÁ OBEDIÊNCIA A QUAL PRESIDENTE??? PETER SIEMSEN??? JACKSON VASCONCELOS??? CELSO BARROS??? AOS TRÊS PRESIDENTES??? A DOIS PRESIDENTES??? A UM PRESIDENTE??? OU NÃO OBEDECERÁ A NENHUM PRESIDENTE???

- JACKSON VASCONCELOS VEM COMANDANDO TODA A GESTÃO PARA “O BEM” OU “PARA O MAL”??? O QUE SIGNIFICA JACKSON VASCONCELOS COMANDAR TODA A GESTÃO “PARA O MAL”??? ESTAMOS CONVIVENDO NO FLUMINENSE COM UMA PESSOA QUE PRATICA MALDADES??? O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TRABALHARÁ PARA “EXTIRPAR O MAL” OU “COMPACTUARÁ COM O MAL” NO NOSSO CLUBE???

- COMO IRÁ CONVIVER O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO COM OS CACIQUES ANTIGOS???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CONSIDERA REALMENTE QUE EM ALGUMAS OPORTUNIDADES O “PRESIDENTE DE DIREITO” (PETER SIEMSEN) RESOLVE AGIR POR CONTA PRÓPRIA, COMETE ERROS PRIMÁRIOS, DANDO A IMPRESSÃO QUE NÃO ESCUTOU O “PRESIDENTE DE FATO” (JACKSON VASCONCELOS)???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CONSIDERA REALMENTE QUE O “PRESIDENTE DE FATO” (CELSO BARROS), ADOTA MEDIDAS COERCITIVAS, COM INTUITO DE INTIMIDAR E PRESSIONAR O “PRESIDENTE DE DIREITO” (PETER SIEMSEN) A FAZER O QUE ELE QUER???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, SEGUNDO SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS, OBEDECERÁ O “PRESIDENTE QUE INTIMIDA E PRESIONA” OU O “PRESIDENTE QUE É INTIMIDADO E PRESSIONADO”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REALMENTE CONSIDERA QUE “PESSOAS DE PRÁTICAS ANTIGAS” DO FLUMINENSE “FORAM COOPTADAS POR DUAS MARIOLAS”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CONSIDERA QUE “QUAL DEVE SER O PREÇO” PRA “ALGUÉM SER COOPTADO”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO RECEBEU ALGUMA PROPOSTA DE COOPTAÇÃO???

- QUAIS SÃO AS PRÁTICAS ANTIGAS??? EXISTEM PESSOAS COM “PRÁTICAS ANTIGAS” NO “NOVO FLUMINENSE”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SENTE CIÚMES DO “LINDO AMOR” ENTRE O “PRESIDENTE DE FATO” (CELSO BARROS) E “OS PROPRIETÁRIOS DO ESPORTE OLÍMPICO DO FLU”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, TENTARÁ SER O “RICARDÃO” NESTA RELAÇÃO DE “LINDO AMOR”???

- O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO REALMENTE ACREDITA QUE GANHARAM A ELEIÇÃO PARA MUDAR ESSA “LOUCA RELAÇÃO” (DO PATROCINADOR COM O CLUBE)???

- SERÁ QUE O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIRÁ AO PRESIDENTE PETER SIEMSEN SUA OPINIÃO SOBRE O “NOVO TRIUNVIRATO TRICOLOR”??? OU AGORA FICARÁ QUIETO E EM SILÊNCIO??? OU MUDARÁ DEFINITIVAMENTE DE OPINIÃO???

- SERÁ QUE O CONSELHEIRO E AGORA VICE-PRESIDENTE DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, AGORA FAZENDO PARTE DO CONSELHO DIRETOR INSISTIRÁ COM OS TRÊS PRESIDENTES DO FLUMINENSE (PETER, JACKSON E CELSO) QUE ELE PRÓPRIO DESCREVEU EM SEUS TEXTOS, PARA QUE SEJA REALIZADA UMA “AUDITORIA JÁ” NO FLUMINENSE??? OU VAI “ENTUBAR” ESSA TAMBÉM???

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"A cosmopolização do Fluminense"

Prezado jornalista Pedro Motta Gueiros,


Na qualidade de leitor assíduo do jornal O Globo, tive o prazer de ler sua boa matéria na segunda-feira, dia 13/02, sobre o Fluminense. Entendo perfeitamente, que o serviço diário de um jornalista, que trabalha em um jornal de grande circulação de uma metrópole seja tarefa das mais árduas. E quase sempre alguns jornalistas acabam generalizando algumas coisas e situações em seus textos.

E na medida em que se generalizam coisas e situações, é possível que algumas destas sejam escritas sem corresponder corretamente aos fatos.

E isso não significa em momento algum, qualquer tipo de má intenção ou coisa parecida. Pode ser simplesmente, desconhecimento de causa. É compreensível!

Entretanto, no intuito de colaborar com a qualidade de seu trabalho, gostaria de ‘mui gentilmente’ fazer algumas observações e pequeninas correções em parte de seu texto sobre o Fluminense.

O jornalista escreveu em seu texto: “... Desde que começou a perder a hegemonia estadual no ano em que chegou à final da Libertadores, o tricolor passou a olhar muito além dos limites da província. Apesar da vocação regional no nome, o Fluminense...”

Imagino que o jornalista saiba que no próximo dia 21 de julho o Fluminense Football Club completará 110 anos. Não são 110 meses, nem são 110 semanas, muito menos são 110 dias. São 110 anos! No entanto, o referido jornalista afirmou que, “após o ano de 2008 o tricolor passou a olhar muito além dos limites da província?” E que, “apesar da vocação regional no nome?”

É provável que o referido jornalista desconheça um pouco da História do Fluminense. Isto fica perceptível quando se lê o texto. Mas não podemos permitir jamais que, alguns equívocos, mesmo que sem a devida intenção, sejam cometidos com a História do Fluminense. Estabelecer um olhar limitado, diante de uma perspectiva da ‘era globalizada’ é algo pequeno, perto da História do Fluminense. É compreensível, mas inaceitável!

Eu poderei escrever um livro para demonstrar que o Fluminense não passou a olhar muito além dos limites da província apenas a partir de 2008. Muito pelo contrário! Se existe um clube no Brasil que nasceu para ‘não ser provinciano’ e sim cosmopolita, um ‘clube modelar’ e que serviu de exemplo para muitos outros, este clube é o FLUMINENSE FOOTBALL CLUB. O problema da afirmação do jornalista, autor do referido texto, é quando tenta transformar opinião em ‘fato’. E principalmente, quando escreve num grande jornal onde ‘alguns leitores’ costumeiramente possuem razoável formação educacional e cultural.

Apenas para demonstrar o equívoco do jornalista, citarei a frase do ex-presidente da FIFA, Sr. Jules Rimet, referindo-se ao Fluminense: “A MAIOR ORGANIZAÇÃO ESPORTIVA DO MUNDO”. Será que algum clube conseguiria tal elogio – que é uma grande honraria – se tivesse um olhar provinciano? Ou será que um elogio, vindo da pessoa que comandou o futebol mundial durante 33 anos (entre 1921 e 1954) não tem valor algum? Ou será que na visão do jornalista com o passar do tempo certas coisas perdem seu valor de maneira como se nunca tivessem existido?

A História existe! E deve ser uma grande aliada do jornalismo. Como um clube que contribuiu de maneira singular para a dinamização dos esportes e da cultura no Brasil pode ser acusado de ter um ‘olhar provinciano’? Como um clube que perseguiu a TAÇA OLÍMPICA desde 1924 e conquistou-a com extrema galhardia em 1949 pode ser acusado de ter um ‘olhar provinciano’? Como um clube que venceu de forma invicta o Campeonato Mundial de Clubes Campeões, a “COPA RIO”, em 1952, pode ser acusado de ter um ‘olhar provinciano’? Como um clube que tem como Patrono o inigualável Drº ARNALDO GUINLE pode ser acusado de ter um ‘olhar provinciano’? Ou será que na visão do jornalista com o passar do tempo certas coisas perdem seu valor de maneira como se nunca tivessem existido?

O jornalista em seu texto, também se refere a uma possível “vocação regional no nome” do Fluminense. Outro equívoco. O Fluminense nasceu como padrão, como modelo. O Fluminense já nasceu grande, cosmopolita e impondo respeito na então, capital do Brasil, o grande canal de conexão do Brasil com o mundo. E não apenas por ter sido o ‘pai do futebol carioca’.

Mas para abrilhantar ainda mais a colaboração com o trabalho do referido jornalista, cito um pequeno trecho de um texto do grande jornalista Mário Filho, o maior jornalista esportivo brasileiro de todos os tempos. O texto intitula-se “Interpretação do Fluminense”: “... A sua formação é que foi diferente da dos outros clubes. Dos outros clubes que vingaram ou desapareceram. Clubes que nasceram mais para representar um bairro. Para ser a expressão de um bairro. O Fluminense não pretendeu ser Laranjeiras, como o Botafogo Botafogo, como o Haddock Lobo Haddock Lobo, como Bangu Bangu. O primeiro nome escolhido para o Fluminense foi o de Rio. Outro clube de que não se tem mais notícia se adiantou. Oscar Cox insistiu no Rio indo para o latim. O que Oscar Cox queria era ligar o nome do Fluminense a cidade, que o clube surgia e pretendia ser mais do que um clube de bairro: pretendia ser o clube da cidade. O Fluminense foi, assim, o clube que teve ao nascer, uma visão do desenvolvimento esportivo da cidade. Desenvolvimento que não permitiria clubes de bairros. Que exigiria dos clubes de bairros um espécie de cosmopolização. A cosmopolização do Fluminense...”

Com estas palavras, espero ter gentilmente colaborado para a qualidade de seu trabalho. E contribuído para que o jornalista tenha uma melhor compreensão sobre o que é o FLUMINENSE FOOTBALL CLUB. E por que não dizer também, os tricolores, natos e hereditários.



Saudações Tricolores,

Eduardo Coelho

Professor de História
MBA em Gestão e Marketing Esportivo

Apertem os cintos, o presidente sumiu!

“Por onde anda o presidente do Fluminense?”

“No Clube, é claro!” Diria o tricolor desatento ao que ocorre em Álvaro Chaves, 41. Mas se o presidente do Fluminense Football Club ainda for Peter Siemsen, a resposta não confere. O advogado pode estar com a família, pode estar viajando ou até mesmo estar trabalhando na sua empresa.

Porém na tradicional sede das Laranjeiras, quem preside, manda prender e manda soltar é JACKSON VASCONCELOS. Nada contra o ‘substituto’ em questão, que tem até se mostrado competente e de uma simpatia ímpar, porém não foi ele quem o associado escolheu nas urnas para comandar seu clube de coração. O momento do futebol é delicado! E pede atitude e mão de ferro de quem manda ou, pelo menos, deveria mandar.



Constituição Federal
Dos direitos e garantias fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos.
Artigo 5
Inciso IX: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de censura e licença”.


Paulo César Ferreira Soares – membro do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club

A espera do Abel

Após a fuga de Muricy, sete tentativas de treinadores e um ‘banana interino’ no comando do Flu, esperamos três meses por Abel Braga. Na sua chegada fez-se muita festa e a esperança retornou.

No entanto, nove meses se passaram e a sensação é a que ainda esperamos por Abelão. Não é possível que um time, com uma folha salarial de R$ 7 milhões e recheado de estrelas, não tem padrão tático ou esquema de jogo definidos. Será que teremos que ter outra eliminação traumática na Libertadores para termos um treinador?



Constituição Federal
Dos direitos e garantias fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos.
Artigo 5
Inciso IX: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de censura e licença”.

Paulo César Ferreira Soares – membro do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club

Regularidade

E o Flu segue uma incrível regularidade no, sofrível Cariocão, nem nas semifinais de turno. E mesmo quando o faz não chega às finais. Mas nem tudo está perdido amigo tricolor, 2015 é logo ali: 75, 85, 95 e 05.


Constituição Federal
Dos direitos e garantias fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos.
Artigo 5
Inciso IX: “È livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independentemente de censura e licença".

Paulo César Ferreira Soares – membro do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A defesa do Flu e o Flu na defesa

Não é de hoje que “A DEFESA DO FLU” tem sido criticada pela torcida tricolor. No campeonato brasileiro de 2011, apesar do Flu ter sido terceiro colocado, nossa defesa esteve entre as mais vazadas de todo o certame. Muitos tricolores criticam o patrocinador por não ter contratado zagueiros de qualidade para o ano de 2012.

Alguns tricolores dizem que “NOSSA DEFESA É HORRÍVEL”. Na estreia da Libertadores o Fluminense tomou um calor pavoroso do Arsenal. O que salvou foi à vitória e os três pontos. Leandro Euzébio não esteve bem na partida e ainda foi expulso. Para alguns torcedores a falta de qualidade dos zagueiros tricolores é visível.

E para criticar ainda mais “A DEFESA DO FLU” a diabólica, tenebrosa e sinistra “FLA-PRESS” em sua matriz (segundo alguns tricolores), o jornal O Globo, publicou uma nota no sábado, dia 11/02. A nota é intitulada “FLU NA DEFESA”. Eis a nota na íntegra:



A juíza Lindalva Soares Silva, da 11ª Vara Cível do Rio, condenou o Fluminense a indenizar em R$ 350 mil a CHP Sports, por quebra de contrato.

A empresa prestaria serviços de consultoria e gestão administrativa e financeira por dois anos ao clube, por R$ 45 mil mensais, mas o tricolor deixou de pagar um mês e, depois rescindiu o contrato sem motivo.




Provavelmente, alguns tricolores dirão: “Assim não pode! Assim não dá! Justamente no momento em que o Flu estreia com vitória na Libertadores lançam uma nota dessas? Estão querendo desestabilizar o ambiente tricolor?” E outros dirão: “Esta nota deve ser mais uma daquelas mentiras deslavadas da inescrupulosa ‘FLA-PRESS’ que tenta de todas as formas prejudicar e destruir o Fluminense”.

Mas o que importa é que, evidentemente, o presidente Peter Siemsen defenderá o nosso Clube com a firmeza que o caso exige, demonstrando toda a verdade dos fatos. Será que o presidente Peter colocará nosso brilhante Departamento Jurídico para “PROCESSAR O JORNAL O GLOBO” por esta “nota”???

sábado, 4 de fevereiro de 2012

"A VOCAÇÃO DO ERRO"

Tomei conhecimento do texto de um jornalista em que mencionava o lançamento do livro “CARIOCA DE 1971: A VERDADEIRA HISTÓRIA DA VITÓRIA DO FLUMINENSE SOBRE A SELEFOGO ALVINEGRA”. Evidentemente, o texto faz menção muito mais ao Campeonato Carioca de 1971 do que propriamente ao livro. Mas de qualquer forma – na qualidade de autor do livro – resolvi fazer algumas observações sobre o tal texto.

O autor do texto é o torcedor botafoguense Fernando Molica jornalista do jornal O Dia. O jornalista ao escrever em sua coluna no jornal demonstra entender sobre diversos assuntos. Mas sobre futebol...

E para fazer algumas observações e correções ao texto do jornalista, tenho que descrevê-lo integralmente. O texto foi publicado no jornal “O Dia”, no dia 07/12/2011. O texto é intitulado: “27/06/1971: O DIA EM QUE CONHECI A INJUSTIÇA”. Pelo visto, no dia da publicação do texto estava faltando notícia na cidade, no Brasil e no mundo. Abaixo o texto na íntegra:



O lançamento de um livro sobre o Campeonato Carioca de 1971 reabriu uma ferida que jamais cicatrizou. Aquele 27 de junho foi o dia em que eu, aos 10 anos de idade, perdi a inocência. Diante da passividade do árbitro do jogo – um sujeito cujo nome até hoje não pronuncio – percebi o que era a injustiça. Ao contrário do que era pregado nos quadrinhos e nos desenhos animados, nem sempre o bem vencia o mal.

O Botafogo era conhecido como ‘Selefogo’, reunia craques que, no ano anterior, haviam sido fundamentais na conquista da Copa do Mundo: Jairzinho, Paulo César, Brito e Carlos Alberto Torres. Havia disparado no campeonato, houve até quem propusesse o fim antecipado da competição, tamanha a vantagem alvinegra. Mas o time caiu de produção, perdeu um jogo e empatou dois. Mesmo assim, seria campeão se ao menos empatasse com o Fluminense.

O jogo seguia 0 a 0 até os 43 minutos do segundo tempo, quando – como dói lembrar – uma bola foi lançada na área do Botafogo, o goleiro Ubirajara Motta pulou para fazer a defesa e recebeu um empurrão escandaloso do Marco Antonio. Livre, Lula não teve trabalho para pegar a sobra e fazer o gol, um gol confirmado pelo inominável juiz. Vale lembrar que o Fluminense, na época, conhecido como o time que melhor atuava no tapetão – referência aos gabinetes dos que dirigiam e julgavam o futebol.

Revi o gol diversas vezes, criança, contava com a possibilidade de ouvir um apito retardatário e salvador, som que restabeleceria a justiça sobre a Terra. Nada. As imagens se repetiam, mostravam o empurrão, a queda do Ubirajara, o chute, o gol. E nada do tal apito. É possível que a ausência do gesto que anularia o gol tenha me preparado para encarar episódios que se sucedem na vida brasileira. Sobras de campanha, desvio de merenda escolar, aprovação da reeleição, compra de votos, superfaturamento em obras públicas, nepotismo, consultorias suspeitas, absolvição de culpados. Não me conformo com nada disso, mas admito que todos fazem parte da mesma lógica que nos tirou o título – as evidências têm valor apenas relativo, o mundo não é justo.

De lá pra cá, o Botafogo já foi prejudicado e beneficiado pela arbitragem, mas nada foi tão marcante quanto aquele escândalo da final do campeonato de 71. A ausência do apito revelou que eu não deveria me espantar com nada, o ser humano era capaz de tudo, não havia lugar para a inocência.



Ao terminar de ler o texto, eu não sabia se ria ou gargalhava. A descrição do texto é pueril e melodramática. E surpreendentemente foi publicado em um jornal de grande circulação da cidade. Entretanto, é compreensível. O autor do texto escreve no jornal. E devia estar faltando assunto na cidade, no país e no mundo, neste dia. Aí, o jornal resolveu transformar a coluna “Estação Carioca” na “TRIBUNA DO CHORORÔ DO TORCEDOR ALVINEGRO”. Porque o texto nada mais é do que o relato de um torcedor de arquibancada disfarçado de jornalista.

O autor começa o texto dizendo que o lançamento do livro reabriu velhas cicatrizes. Mais uma vez eu não sabia se ria ou gargalhava. E continua dizendo, que foi no dia 27 de junho de 1971 que “perdeu a inocência”. Bem, geralmente quando alguém diz que “perdeu a inocência”, outra pessoa costuma perguntar: “Foi bom pra você?” Mas pelo visto é melhor não fazer a pergunta. Doeu, né? Como o autor se recusa a dizer o nome do árbitro, vale lembrar que JOSÉ MARÇAL FILHO foi sugerido e muito elogiado pela diretoria alvinegra quando sua indicação para apitar a final foi confirmada. Se o autor do texto tivesse lido o livro talvez soubesse disso. O autor do texto cita que era pregado nos quadrinhos e nos desenhos animados que o bem sempre vencia o mal. O desenho que ele assistia, devia ser o alvinegro Pato Donald? Então está explicado.

O autor do texto diz que a ‘Selefogo’ reunia craques que, no ano anterior, haviam sido fundamentais na conquista da Copa do Mundo, com Jairzinho, Paulo César, Brito e Carlos Alberto Torres. Correto! Só se esqueceu de dizer no texto que, durante a Copa do Mundo Brito era do Flamengo, Carlos Alberto Torres era do Santos e Paulo César era reserva. Titular que jogava no Botafogo só o Jairzinho. Alguém que não saiba disso pode pensar que os quatro jogadores eram do Botafogo em 1970. E um bom jornalista deve se preocupar com a veracidade dos “fatos”.

O Botafogo realmente havia disparado no campeonato de 1971 (será que o autor do texto conhece a expressão ‘CAVALO PARAGUAIO’?). E também houve quem propusesse o fim antecipado do campeonato. Mas o Fluminense foi contra! Os dirigentes tricolores tinham a firme convicção de que o Botafogo perderia pontos. E que o time das Laranjeiras venceria a equipe de General Severiano na final. E o time alvinegro confirmou a convicção inabalável dos tricolores na conquista do título e seguiu o seu rumo na ladeira. Ninguém segurou a descida da ladeira alvinegra. Coisa triste, hein? Deve ter doído muito mesmo, né?

O autor do texto descreve o lance do gol e diz “como dói lembrar”. Pelo visto a ‘perda da inocência’ provocou profundos traumas psicológicos que ‘só Freud explique’. Talvez um bom psicanalista possa resolver o caso. O autor do texto descreve o lance do gol, mas não cita a falha do goleiro alvinegro. O autor do texto, não só deve ter perdido a inocência como a memória também. A sua versão para os fatos é mais conveniente, né? Cai bem como desculpa. Desculpa esfarrapada, diga-se de passagem! O próprio Paulo César Lima, o “Caju”, em sua autobiografia, reconhece a falha do goleiro Ubirajara Motta no lance. O goleiro alvinegro de baixa estatura, ao invés de ter dado um soco na bola, tentou encaixá-la. Marco Antonio subiu para cabecear, ocorreu o choque entre ambos e a bola sobrou limpa para Lula marcar.

Se Ubirajara socasse a bola, destruiria a ofensiva tricolor mandando-a para bem longe da área. Entretanto, Ubirajara (talvez utilizando a soberba alvinegra) tentou encaixar a bola e falhou no lance. Lula não deixou nem a bola cair no chão e fuzilou para dentro do gol, estufando as redes alvinegras. E provocando uma das maiores explosões de uma torcida em toda a história do Maracanã. Em nenhum momento a regra do futebol diz que o goleiro é intocável. E o juiz José Marçal Filho, quase ao lado de Lula, em cima do lance, acompanhou tudo. E sem titubear, de forma categórica, correu para o meio do campo assinalando o gol legal.

O autor do texto ainda cita que o Fluminense, na época, era conhecido como o time que melhor atuava no tapetão. Correto! O Fluminense contava entre seus quadros com brilhantes homens do Direito, destacando-se dentre eles o renomado José Carlos Vilella. O jornalista só se esqueceu de dizer que quando o Botafogo teve graves problemas, como a tentativa de intervenção do CND (Conselho Nacional de Desportos), recorreu ao conhecimento jurídico de José Carlos Vilella. Faltou competência intelectual lá no clube de General Severiano e tiveram que contratar o inigualável tricolor José Carlos Vilella? Eu sei que dói, mas esta é a realidade dos “fatos”. Mas o jornalista na época era apenas um menino de 10 anos. Se o autor do texto tivesse lido o livro talvez soubesse disso.

Portanto, a tentativa de apregoar ao Fluminense algo ilícito, beira o ridículo e confirma o conteúdo pueril do texto. Porém, se existisse algo de ilícito no futebol do Rio de Janeiro, é bom lembrar que ele era chefiado por um botafoguense de quatro costados: Octávio Pinto Guimarães, presidente da Federação Carioca de Futebol, que teve uma vida inteira ligada ao Botafogo de Futebol e Regatas, desde a infância. Octávio Pinto Guimarães chegou a ser Grande Benemérito do Botafogo. Será que o autor do texto sabe disso? Se o autor do texto tivesse lido o livro talvez soubesse disso.

O autor do texto espera até hoje pelo “apito amigo” salvador que anule o gol de Lula. E diz que a ausência do “apito amigo” tenha lhe preparado para encarar os episódios que se sucedem na vida brasileira. Será? Creio que o jornalista se esqueceu de alguns episódios da vida brasileira.

O jornalista se esqueceu de mencionar o poder nefasto e criminoso dos “banqueiros do jogo do bicho” e das manipulações de resultados de pesquisas eleitorais forjadas por institutos de pesquisa totalmente corrompidos pelo poder político e econômico do país. E falando em “banqueiros do jogo do bicho” é bom lembrar, de um clube que durante os anos 1980 foi apadrinhado por dois destes ‘ilustríssimos senhores’. Será que o autor do texto se lembra disso? Inclusive, um desses ‘ilustríssimos senhores’, no momento está foragido, sendo procurado pela polícia. E título de futebol conquistado com o ‘dinheiro justo e honesto’ do jogo do bicho também deve ser anulado? Se for cuidado. Olha o América aí gente!

O autor do texto menciona que, de lá pra cá, o Botafogo já foi prejudicado e beneficiado pela arbitragem. Mas esqueceu de mencionar aquela ‘mãozinha marota’ do Maurício em 1989. Ou então, da ‘posição privilegiada’ do Túlio Maravilha em 1995. Como o autor já tinha ‘perdido a inocência’ nestas ocasiões ele não reparou na ausência do apito. Afinal, não havia lugar para a inocência, né? Por isso ele não se espantou com nada. O ser humano realmente é capaz de tudo.

O jornalista em seu delirante texto não mencionou diversos episódios daquele “Carioca de 1971”, que levaram o time pelo qual torce a ser fragorosamente derrotado pelo Campeão Brasileiro de futebol de 1970. Por sinal, nos dois confrontos, em 1971, entre a ‘Máquina Tricolor’ e a ‘Selefogo Alvinegra’, o time das Laranjeiras foi amplamente superior nas duas partidas. Mas o jornalista não citou isso no texto. Não foi conveniente, né? O jornalista deveria sentir-se orgulhoso de perder o Campeonato Carioca de 1971 para o time que, naquele momento era o “Campeão Brasileiro” de futebol. E temos vários episódios para citar. E esse foi o principal motivo pelo qual o livro foi escrito. Para esclarecer os “fatos”. E para terminar de uma vez por todas com uma série de asneiras infanto-juvenis descritas e faladas por aí. E esclarecer alguns "fatos" desconhecidos pelas gerações mais jovens. Como diz o dito popular, “errar é humano, persistir no erro é burrice”. E não fui eu que disse quem tem “A VOCAÇÃO DO ERRO”.

Certa vez o ex-presidente do Botafogo Augusto Frederico Schmidit disse: “O BOTAFOGO TEM A VOCAÇÃO DO ERRO”. E desde então, esta frase tornou-se histórica entre os botafoguenses. Se é verdade, eu não sei. Nem quero me intrometer no erro dos outros. Mas ao ler o texto do referido jornalista botafoguense, começo a pensar: “Será que Augusto Frederico Schmidit tinha razão?”

O autor do texto não mencionou a soberba e a empáfia do Botafogo naquele ano de 1971. Não foi conveniente pra ele, né? O time rebolando e dando olé, faltando ao respeito com os adversários em quase todos os jogos. O pênalti “inventado” pelo juiz CARLOS COSTA (“apito amigo?”), que estava muito distante do lance no jogo entre Fluminense e Botafogo em 18 de abril de 1971. Esse pênalti o jornalista não lembrou? Não foi conveniente, né?

Jairzinho ofendendo um zagueiro do Bangu oferecendo grama para ele comer (insinuando que o zagueiro fosse um cavalo). Jairzinho mais preocupado em gravar disco de samba e ser jurado de concurso de miss. Carlos Alberto Torres soltando foguetes no dia da decisão antes do jogo comemorando o título de forma antecipada. A compra de faixas antecipadas, declarações sobre a conquista do título invicto. Paulo César tirando foto antecipadamente com faixa de campeão. São tantos episódios que mereceram um livro para mostrar os “fatos” que ocorreram naquele ano de 1971. E não apenas os ‘delírios de uma criança’ de 10 anos. Se o autor do texto tivesse lido o livro talvez soubesse disso. E pouparia o tempo dos leitores de seu jornal com os delírios de um ‘menino de 10 anos’.

Confesso que, ao ler o texto do jornalista botafoguense, senti saudades do João Saldanha e Armando Nogueira. E me recordei do trecho de um texto do grande jornalista Mário Filho: “O Botafogo nasceu em oposição ao Fluminense. Talvez porque os fundadores do Botafogo, todos rapazes, não teriam lugar no Fluminense. De rapazes que se sentiam meninos diante dos homens feitos, balzaquianos do Fluminense. O Fluminense fazendo questão do bigode, da responsabilidade, do homem feito. O Fluminense não teve infância: nasceu maduro. Com a idade dos que o fundaram. Com a experiência dos que o fundaram, dos que o criaram. Todos homens feitos, de responsabilidade, chefes de firmas, altos funcionários de empresas, homens capazes de organizar um Clube e de mantê-lo dentro de um ideal”. Realmente, não havia lugar para a inocência. Isso é coisa para os meninos, os tolos e os derrotados. E estes – meninos, tolos e derrotados – geralmente são uns “chorões”.

Só espero que o referido jornalista – além da inocência e da memória – também não tenha perdido o espírito esportivo. Pois, ganhar e perder é do jogo. Faz parte! Mas chorar demasiadamente é mais comum na infância. Pelo visto doeu fundo mesmo. Que pena! Portanto, no intuito de amenizar a sua dor, deixo como sugestão a leitura do livro “CARIOCA DE 1971: A VERDADEIRA HISTÓRIA DA VITÓRIA DO FLUMINENSE SOBRE A SELEFOGO ALVINEGRA”. Talvez aí, o referido jornalista possa cair na real e compreender a realidade dos “fatos”. Do contrário, só nos restará, novamente fazer a pergunta: “Será que Augusto Frederico Schmidit tinha razão?”

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Parabéns Argeu Affonso, Grande Benemérito do Fluminense

Enfim, se fez justiça! Na última reunião realizada na terça-feira, dia 31/01, o Conselho Deliberativo consagrou, “ARGEU AFFONSO, GRANDE BENEMÉRITO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB”.

E o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” parabeniza o jornalista ARGEU AFFONSO pelo merecido título recebido. Consagrar ARGEU AFFONSO como “GRANDE BENEMÉRITO” é restabelecer uma conexão com os grandes momentos de glórias do Fluminense. E o Blog "CIDADÃO FLUMINENSE" também parabeniza os sócios João Venancio Cysne e José Melo da Silveira pelos títulos de beneméritos que receberam na mesma reunião.

ARGEU AFFONSO – uma verdadeira “biblioteca tricolor” – tem sua vida inteira dedicada ao Fluminense Football Club. ARGEU AFFONSO como poucos hoje em dia, conviveu com os grandes nomes da história tricolor. Nomes de pessoas inigualáveis, que construíram a grandeza do Fluminense, transformando-o numa verdadeira potência esportiva e cultural do Brasil.

Valorizar a história de ARGEU AFFONSO no Fluminense significa respeitar alguém que se tornou uma grande testemunha da história de nosso Clube. ARGEU AFFONSO é um verdadeiro “mestre tricolor” com sua vasta cultura e sabedoria. Felizes são aqueles 'que sabem' desfrutar de sua excelente companhia.

E o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” também não poderia deixar de parabenizar o srº BRAZ MAZULLO, presidente do Conselho Deliberativo que presidiu a reunião. E todos os conselheiros de nosso Clube que consagraram “ARGEU AFFONSO, GRANDE BENEMÉRITO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB”.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Destruíram a memória, deixaram o endereço

Às favas com a história, a arquitetura, as características que faziam do mais famoso templo esportivo da Terra um emblema do Rio. O que contou na demolição – a palavra exata é essa – do Maracanã foi... o endereço. Os tecnocratas que comandam a máquina de fazer dinheiro chamada Copa do Mundo enxergaram no estádio sessentão o terreno mais que perfeito para construir uma arena contemporânea – e varrer do mapa o campo lendário. No time deles, escalaram-se, pena, os homens públicos que comandam a terra carioca.

Basta observar Mundiais recentes para constatar a diferença na autopreservação das cidades. Na Copa de 1998, na França, o Parc des Princes, inaugurado em 1897 na região oeste de Paris (dentro da cidade) foi preservado – e, para o megaevento construiu-se o Stade de France, em Saint Denis, cidadezinha na periferia da capital, a caminho do aeroporto Charles de Gaulle. Lá, foram jogadas a partida de abertura e a final, dolorosamente inesquecível para os brasileiros.

Em Munique, o Estádio Olímpico também não foi demolido nem desfigurado para a Copa de 2006. Para o início da competição, ergueu-se um novo, a Allianz Arena ( já com os naming rights, modernidade que dá o nome do patrocinador do lugar). Os alemães “convenceram” a Fifa de que, à falta de outro jeito, o estádio teria de ficar fora da cidade, na ponta de uma linha de metrô e a quase dois quilômetros de caminhada da estação. Jogo jogado.

Aqui, botaram abaixo o cenário do acontecimento mais importante de nossa história futebolística, a derrota para o Uruguai, em 1950. O novo estádio vai ser lindo, moderno, luxuoso, confortável. Só não será mais o Maracanã que vive nos corações cariocas.


Aydano André Motta

(Texto publicado no jornal O Globo em 01/02/2012)

Churrasco GrajaFlu

GrajaFlu (Torcedores Do Grajaú)

Churrasco GrajaFLU. Aquecimento para a Libertadores 2012.
Horário
: Início 12:00h
Data: SÁBADO 04/02
Local: Praça Malvino Reis, Grajaú. Em Frente a Pizzaria Di Parma (Praça do Restaurante Planalto do Grajaú)
Preço: R$30 Homens (Na Hora). R$20 Mulheres (Churrasco, Cerveja e Refrigerante liberado). Venda de Camisa.

Integração Metrô na Superfície Grajaú. Próximo ao Ponto Final do 703 São Francisco - Grajaú, Nikit. 423 Alcântara - Vila Isabel SG.

Após o Churrasco, às 17:00 hs, assistirão o jogo do Campeonato Carioca, Fluminense x Duque de Caxias.

Em caso de chuva, o churrasco passa para a Praça Edmundo Rego, em frente a Igreja. Local coberto.

A principal ideia do evento é “fazer amigos” e “falar sobre o nosso querido Fluminense”.

Participe !!!

E traga seu Manto Sagrado!!!Informações:Bruno
21 9731 9313/ bmm.tyf@gmail.com

grajaflucomunidade@gmail.com

* PAGANDO ANTECIPADO R$ 25,00.
Depósito até DIA 02/02/12 22:0h.
Pagamento em Mãos até Dia 03/02.
Por Depósito BB (Retornar pelo Celular).
Pessoalmente no Bairro Grajaú, Largo do Enchendo Linguiça


https://www.facebook.com/events/201239516642068/

"Nelson Brasil Rodrigues - 100 anos do Anjo Pornográfico"

O primeiro evento de 2012 a comemorar o centenário de nascimento de Nelson Rodrigues – completado em agosto – será uma exposição que vai percorrer sua obra dramatúrgica e acontecerá, apropriadamente, num teatro. “Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico”, teve inauguração nesta terça-feira, na Sala Aloísio Magalhães do Teatro Glauce Rocha, no Centro.

Sob a curadoria de Crica Rodrigues e Nelson Rodrigues Filho, a mostra contará um pouco da história de cada uma das 17 peças através do acervo do CEDOC da Funarte, que guarda textos do autor, de diretores, reportagens, programas das peças, críticas e fotos. Entre os destaques, o áudio de uma entrevista concedida por Nelson a Fernanda Montenegro. Imperdível!!!

CACÁ: UM LATERAL DE PASSE LIVRE

CACÁ: Carlos de Castro Borges, um excelente lateral direito que o Fluminense buscou no América. Chegou a ser pré-selecionado para a Copa do Mundo de 1958. Antes do famoso Afonsinho, Cacá não assinava contrato se o seu passe ficasse preso.

Estudioso, formou-se em Engenharia e exerceu a profissão depois que parou com o futebol. Intelectualmente, foi um jogador diferenciado. Neste vídeo de 08:26 minutos produzido pelo jornalista e grande tricolor VALTERSON BOTELHO, você pode ver quem foi Cacá.

Acesse http://idolostricolores.com.br ou http://youtu.be/utwaIR9uKio