sábado, 19 de novembro de 2011

"Um Fla-Flu literário"

O jornalista Gian Amato brilhantemente, nesta sexta-feira, dia 18/11, escreveu um texto para o site “EXTRA ONLINE”, denominado “UM FLA X FLU LITERÁRIO”. Um Verdadeiro “duelo de titãs”. Vejam o texto do Gian Amato na íntegra:



Fla x Flu literário

RIO - Fla-Flu sempre foi mais que um jogo de palavras. O clássico entrou para a história e, mesmo em confrontos com outros times, a dupla escreveu capítulos memoráveis da crônica do futebol brasileiro. Dois deles viraram páginas de livros que serão lançados numa rodada dupla. Nesta sexta-feira, às 19h, na Livraria Travessa do Shopping Leblon, André Rocha e Mauro Beting põem em campo “1981”, que conta como um craque idolatrado e um time fantástico fizeram o rubro-negro ganhar o mundo. No sábado, das 11h às 17h, nas Laranjeiras, será a vez de Eduardo Coelho lançar “Carioca de 1971”, que conta a verdadeira saga do título estadual sobre a “Selefogo” alvinegra.

Separados por dez anos no tempo, as duas histórias contadas nos livros da Maquinária Editora encontram-se em suas efemérides. Trinta anos depois, “1981” descreve com detalhes a epopeia de uma equipe do Flamengo que tem a sua lenda amplificada a cada década que passa. Dividido em capítulos, reúne textos sobre os bastidores do pacto firmado na mesa de um bar e relembra Cláudio Coutinho, militar que foi à Nasa, ajudou a preparar o Brasil de 1970, dirigiu a seleção na Copa de 1978 e moldou o padrão tático do time.

Os autores mostram como a conquista do título brasileiro do ano anterior deu fim ao estigma de time regional e iniciou a trilha pela qual o Flamengo ganharia o continente e o planeta. Ao sair ileso do grupo da morte na primeira fase da Libertadores, o time deu vida a um mito que ainda não foi superado por outra equipe. Os jogos épicos na final com o Cobreloa deram o passaporte para o Mundial Interclubes no Japão.

O capítulo sobre o título mais importante da história do Flamengo relembra o problema com as passagens aéreas, detalha a cuidadosa preparação para que a chance única não fosse desperdiçada e, relata o inesquecível triunfo em Tóquio sobre o Liverpool, da Inglaterra.

Uma década antes, o Fluminense se preparava para a disputa da Libertadores de 1971, vaga que ganhou por ter sido campeão brasileiro em 1970, título reconhecido em 2010 pela CBF. Mas foi no âmbito estadual que o time teve o seu memorável triunfo sobre o Botafogo. Com a Máquina fora da Libertadores de maneira surpreendente, restava o Carioca para mostrar do que aquela equipe era capaz, como dissera Denílson, o Rei Zulu: “O Campeonato Carioca vai provar que o Fluminense ainda é um dos maiores times do Brasil”.

Mas o Botafogo era quem tinha esta fama por possuir nada menos que quatro jogadores campeões mundiais com a seleção em 1970, no México: Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju, Jairzinho e Brito. Na reta final, o alvinegro chegou a abrir quatro pontos de vantagem para o tricolor. O clima de já ganhou, como mostra o livro, imperava em General Severiano.

A surpresa ficou para o final, literalmente. Diante de 142.339 pagantes, a partida decisiva de 27 de junho de 1971 caminhava para o empate sem gols quando, aos 43 do segundo tempo, Oliveira cruzou da direita e o goleiro alvinegro Ubirajara Motta dividiu com Marco Antônio. A bola sobrou para Lula marcar o gol do título. O tumulto estava formado, porque os jogadores do Botafogo queriam que o juiz José Marçal de Aquino tivesse marcado falta de Marco Antônio em Ubirajara.
No penúltimo capítulo, o ponto final do alvinegro Armando Nogueira. Em sua coluna no “Jornal do Brasil”, o jornalista escreveu sobre a polêmica decisão: “É cômodo despejar sobre a arbitragem todas as culpas de uma derrota”.



Leia mais: http://extra.globo.com/esporte/um-fla-flu-literario-3263783.html#ixzz1e5XKGvot

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