quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O sepulcro de um defunto medíocre e soberbo

O ambiente nas Laranjeiras está cada vez mais conturbado. E a tendência é a chapa ficar cada vez mais quente. E nesta terça-feira, dia 22/09, foi publicada uma matéria bombástica e estarrecedora no jornal O Globo, demonstrando que o caos impera em Álvaro Chaves. A matéria é intitulada “RELAÇÕES DE PODER FLU OF TRONES”. Intriga, traição e vaidade explicam a queda do time e isolamento do vice-presidente de futebol e advogado do clube, Mário Bittencourt. A matéria é dos jornalistas Tatiana Furtado e Gian Amato. Leia abaixo, na íntegra, a matéria do Globo:


Depois de tê-lo como braço direito durante um ano e meio, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, começou a isolar e a tirar das decisões do futebol o seu vice-presidente, e possível candidato a sucedê-lo, Mário Bittencourt, que sequer participou da escolha do técnico Eduardo Baptista. Nos bastidores das Laranjeiras, fontes apontam o advogado como um dos responsáveis pela derrocada no Brasileiro – não vence há oito jogos – por “querer aparecer mais que as estrelas do elenco”, ter escalado o time em alguns jogos e brigar com jogadores, como o volante Edson.

O time subia na tabela e o sucesso, na cabeça de Mário. O Fluminense estava no G-4 e o dirigente apresentou a ideia de contratar Ronaldinho Gaúcho. Na época, Peter concordou em pagar um salário acima da realidade austera do clube à estrela, apesar de os direitos de imagem de alguns jogadores estarem atrasados naquele momento, o que deu início à insatisfação da maioria do elenco. Em uma reunião, já com a negociação adiantada, e eufórico pela confusão com o Vasco, que chegou a anunciar o jogador como quase certo, Mário teria dito: “Vou fazer e acontecer”.

NA CARONA DE RONALDINHO

Sua insistência em trazer um jogador que vinha de uma temporada fraca no México teve oposição nas Laranjeiras, onde Mário passou a ser chamado de “pavão” por buscar os holofotes da negociação. Além de o jogador ser caro e estar fora de forma, ninguém tolerou no clube a passividade do dirigente diante do vazamento de uma foto de Ronaldinho no vestiário do Atlético-MG, após a derrota no Maracanã, e o mal explicado episódio do Fla-Flu, quando o camisa 10 alegou indisposição ao saber que seria reserva. O médico que o examinou teve que liberá-lo porque o jogador disse estar com dores na garganta. Precisou confiar na palavra dele e o ruído de comunicação foi criado.

Quando houve um problema de relacionamento entre ele e Edson, que não teria atendido a um telefonema, ele avisou para quem quisesse ouvir que o volante “teria que ajoelhar para falar com ele novamente”. Isso não aconteceu e Edson saiu do time. Na época, a suspeita era que o volante teria uma rixa com o ex-técnico Enderson Moreira. Ao mesmo tempo, Mário não escondia de ninguém que escalava o time e gabava-se de contar que dava “esporro” em jogador. Na partida em que Wellington Paulista, que ele contratou, marcou um gol no Maracanã, contra o Atlético-MG, o atacante preferiu comemorar com o dirigente, em que deu um forte abraço. Apenas Gérson, muito timidamente, acompanhou o jogador.    

PRESIDENTE ASSUME QUE TOMOU O COMANDO

Incomodados com a alegada intromissão do dirigente no time, os jogadores passaram a “andar em campo”, como revelou uma fonte, que vai além: “não queriam derrubar o treinador, mas o Mário. Peter trocou o técnico, mas isso de nada vai adiantar, porque o vestiário está rachado e o Mário atordoado”.
Peter ainda reluta em tomar uma decisão definitiva sobre Mário e garante que tenta preservar o vice retomando a frente do futebol. Mas evitou que Bittencourt escolhesse o técnico e mudou o comando da preparação física – Luís Fernando Goulart, do Sport, assumiu ontem. Mário não pretende entregar o cargo, que acumula com o de advogado do clube.

O GLOBO procurou Mário Bittencourt, que, por mensagem, pediu que a reportagem entrasse em contato com a assessoria de imprensa. Já Peter assumiu que está retomando o controle do departamento de futebol, inclusive fez questão de responder aos repórteres, enquanto Bittencourt não se pronunciou. Ao negar estar em conflito com seu vice, ele admitiu que faz isso para preservar o dirigente, exposto demais à crise causada pelos maus resultados do time.
     – Em momentos ruins, um presidente se reaproxima do futebol. Até que a situação melhore, ficarei à frente do departamento, sem que isso signifique uma mudança no status do Mário – garantiu Peter.

O presidente também não quis falar sobre os problemas de vestiário.
     – Todos parecem comprometidos em mudar a situação. Para mim, o que aconteceu foi uma perda de confiança. Acredito que será recobrada – disse o presidente, que escolheu o novo treinador justamente por ter formação em psicologia.

Além da parte emocional, o presidente sabe do problema recorrente de treinar na sede social. A pressão vinda das arquibancadas diariamente e o estado ruim do campo das Laranjeiras, terreno propicio para lesões, tiveram como solução temporária a transferência dos treinos para a Escola de Educação Física do Exército, na Urca. Local isolado sem acesso de torcedores e com possibilidade de fechamento à imprensa, como já foi feito em outras oportunidades.



Um comentário:

  1. Caro Eduardo, acompanho seu blog como sempre acompanhei. Entretanto a medida que a idade chega e vc sabe que tanto pode estar pela bola 4 quanto a seis ou sete, questão da posição do taco de quem manda no jogo. Por este e motivo, e por ter "cantado" lá atrás o que estes vândalos fariam com o Fluminense seria irrecuperável, resolvi apenas torcer pelo nosso combalido time de futebol e outras práticas esportivas que vc nem lê em jornais nem vê na televisão. Estão acabando com nosso amor que é o Fluminense assim como já acabaram com a tradição. Como sempre, aceite meu fraterno e respeitoso abraço professor. Com saudades, Luiz Antonio Barbosa de Castro

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