ESSE
FIO VERDE, BRANCO E GRENÁ
Protasio
Ferreira e Castro
Ah! Nelson. Se o Fla-Flu começou 40
minutos antes do nada, poucos poderiam estar lá jogando. Alguns sentados no
banco de reserva. Certamente muitos estavam na torcida tricolor! O Fluminense é
assim: um amor que não se explica. Uma alegria eternizada no suor, no grito, no
estribilho, no sacrifício de Castilho. O Fluminense é gol de Assis.
Ser tricolor é uma questão de fé em si
mesmo. O Fluminense sempre teve futebol para dar e vender, lá no Maraca e em
qualquer rincão de Pindorama. A força da torcida tricolor está nisso, ponham-na
para torcer nas arenas, nos estádios, nas piscinas, nas quadras e até em
torneios de cuspe à distância, e a verão. Por esta razão, o Fluminense é
detentor da Taça Olímpica. O Clube nunca foi só futebol.
Não é só aqui no futebol que os
adversários são e serão derrotados, mas é também na própria sede em Álvaro
Chaves. O cheiro do medo tem acomodado inúmeros tricolores. O tempo pode ceifar
aspirações, trazer desalentos e arrancar da alma a saudade do passado de um
clube tantas vezes campeão. Vinte cinco anos consecutivos na natação. Mas, o
tempo se faz assim com recordações, saudades e esperanças.
O autor do magistral passe para Assis,
em 1983, é agora o candidato da vez. Um dia, o tempo há de fitar com espanto os
fios de esperança e protestos que urdiram parte do pavilhão tricolor. Assim, é
que Deley deixará para sempre marcado no tempo esse fio verde, branco e grená
em candidatos a presidente.
Nense! Nense! Nense!
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