sábado, 16 de novembro de 2013

OS PJ'S DO FLUMINENSE

Muitas pessoas tem nos perguntado o que é esse negócio de “PJ” que toda hora aparece em discussões políticas do Clube. PJ não é apenas a abreviatura de pessoa jurídica. Há tempos, parte dos empresários brasileiros vem exigindo que para determinadas contratações de pessoas físicas, estas criem uma pessoa jurídica de fachada, com intuito de fugir dos encargos trabalhistas, previdenciários e fiscais, decorrentes do vínculo empregatício. Trata-se de um instrumento perigoso, que num primeiro momento pode trazer uma economia, mas que no futuro pode gerar inúmeras conseqüências prejudiciais ao empregador, pois na Justiça do Trabalho Brasileira prevalece o princípio da primazia da realidade, ou seja, o que interessa são os fatos que realmente aconteceram e não a sua forma jurídica. Assim, presentes os pressupostos constantes do artigo 3º da CLT, o juiz anulará o negócio jurídico simulado e reconhecerá o vínculo empregatício com todos os seus consectários. Mas porque estou tocando nesse assunto? É porque embora o nosso Presidente de Direito, o que foi eleito, seja advogado, o Clube tem ignorado o risco de desse tipo de contratação e ao mesmo tempo tem tornado completamente sem sentido a utilização desse “formato contratual”, pois se o objetivo empresarial do mesmo é economizar, pagar menos, como explicar as injustificáveis e gigantescas remunerações desses empregados travestidos de prestadores de serviços? Na verdade, a atual gestão, com tal prática, além de estar fazendo, mais uma vez, o que sempre criticamos, está gerando um passivo trabalhista futuro imenso. Imaginem a integração de todas as verbas não pagas, tendo como base salários enormes de final de carreira (com alguns profissionais de início de carreira) e ao longo dos anos. Apenas a título de exemplo, lembro que não temos sequer o controle de ponto de todos os empregados, que dirá desses, que não são considerados empregados pelo clube. Assim como nas gestões anteriores, inexiste planejamento e trabalho global de prevenção de passivo trabalhista, bem como uma política permanente de gestão de pessoas. E não venham, pelo amor de Deus, com aquela historinha de que fulano de tal ou ciclano de tal jamais acionariam o Fluminense. Já assisti esse filme um milhão de vezes e no final a viúva sempre paga a conta. Outro aspecto também é que o nível de cobrança é ridículo, ainda mais se formos realizar uma análise proporcional aos valores pagos. Sequer relatórios são exigidos em alguns casos. Os detentores do saber e iluminados da gestão não nos querem por perto exatamente por isso. Para nós não importa saber a qual grupo pertence e qual a origem de quem está se servindo do Clube ou ainda, se esse fato ou ato foi provocado pelo Presidente de Direito do Clube ou pelo Presidente de fato. O que importa para nós é se o interesse do Clube foi, está e estará em primeiro lugar. Reparem que todos esses PJ’s possuem grande cacife político internamente na gestão, existindo caso ou casos (não sei se mais de um) de pessoas que já na Gestão Horcades recebia(m) valores inteiramente fora da realidade do Clube e da realidade de mercado e que na atual gestão foram substancialmente aumentadas. Essas pessoas na minha concepção não estão erradas. Todo profissional quer ganhar o máximo possível em qualquer lugar. Errado estão os que contratam pagando quantias estratosféricas e ainda realizam aumentos completamente despropositados. Com dinheiro do Clube é mole. Foram com atos iguaizinhos a esses que formamos essa imensa dívida. Não dá para aceitar esse tipo de coisa passivamente, como se nada estivesse acontecendo. Novamente registro admiração com os revolucionários de outrora. Cadê vocês? Era só para ganhar a eleição mesmo? Vocês concordam com isso ou ficam apenas sem graça em estragar a festa dos amigos? Seria mais honesto com nossos leitores virem à público para explicar porque não disseram antes da eleição que desejavam fazer isso. Da mesma forma, seria uma bela oportunidade para defenderem e convencerem a todos que o Fluminense, na situação financeira em que se encontra, deve mesmo continuar pagando e contratando PJ’s e empregados, em razão de critérios políticos, através de valores completamente fora de nossa realidade, da realidade do mercado e incompatíveis com as experiências profissionais dos contratados, ressalvando, desde já, é claro, uma ou outra exceção. Caso não consigam defender bem a ideia, tenham receio de algo ou até mesmo fiquem com vergonha, o que seria compreensível e admirável, sugiro fazerem como nosso Presidente de Direito, o que foi eleito, peçam para o Presidente de fato, que ele saberá instruí-los da melhor forma, pois ele sim, com sua competência e experiência, talvez consiga uma tese para explicar o inexplicável. Aliás, não será a primeira vez que veremos a criação e propagação de tese teratológica e mirabolante na defesa de atos da atual gestão. Um abraço. STs. Ademar Arrais Conselheiro do Fluminense e Membro do Ideal Tricolor       




Este discurso do Conselheiro Ademar Arrais foi publicado no blog do grupo político Ideal Tricolor em 20 de setembro de 2011. Vale lembrar que o Conselheiro Ademar Arrais e seu grupo político Ideal Tricolor apoiaram o presidente Peter Siemsen na eleição de 2010. Diante das irretocáveis palavras do Conselheiro Ademar Arrais não existiria necessidade de nos manifestarmos pelo momento.

No entanto, é importante ressaltar, que o Conselheiro Ademar Arrais e o seu grupo político ideal Tricolor, apesar de seu discurso irretocável sobre as PJ’s do Fluminense, apesar de terem sido “HUMILHADOS” pelos presidentes do Fluminense, o “de fato” e o “de direito”, apoiarão Peter Siemsen na eleição do próximo dia 23 de novembro. O que não faz uma presidência do Conselho Fiscal e 32 cadeiras no Conselho Deliberativo, hein? E não adianta emitir nota oficial dizendo que, “estão superando e deixando para trás eventuais problemas políticos”. Não dá pra alguém querer que os tricolores sejam desmemoriados em relação aos fatos recentes ocorridos entre o grupo Ideal Tricolor e os presidentes do Fluminense, o “de fato” e o “de direito”.

No mês de julho de 2013, quando Ademar Arrais, se demitiu da Vice-Presidência de Planejamento Estratégico, Peter Siemsen saiu atirando nele, declarando que ele não tinha iniciativa e que não disse a que veio. Ou seja, Peter assumia publicamente a sua mediocridade total e absoluta ao declarar que manteve no cargo por bom tempo alguém que considerava inábil, medíocre e completamente despreparado para a função. E meses depois, os dois estão juntos "cheios de amor”.

Analisando todos estes fatos descritos, diante das palavras do Conselheiro Ademar Arrais, observa-se que este e seu grupo político, o Ideal Tricolor, fizeram um acordo fisiológico, casuístico, oportunista, mandaram às favas os escrúpulos e os princípios. Ou seja, durante as negociações valeu tudo, menos ter coerência e sentimento pelo Fluminense. E principalmente, desrespeitam a inteligência do associado e torcedor do Fluminense. Isso tudo provocado pelo desespero com o inegável crescimento da campanha e do nome de "DELEY PARA PRESIDENTE". 

 


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