Muitas pessoas tem nos perguntado o que é esse negócio de “PJ” que
toda hora aparece em discussões políticas do Clube. PJ não é apenas a
abreviatura de pessoa jurídica. Há tempos, parte dos empresários brasileiros
vem exigindo que para determinadas contratações de pessoas físicas, estas criem
uma pessoa jurídica de fachada, com intuito de fugir dos encargos trabalhistas,
previdenciários e fiscais, decorrentes do vínculo empregatício. Trata-se de um
instrumento perigoso, que num primeiro momento pode trazer uma economia, mas
que no futuro pode gerar inúmeras conseqüências prejudiciais ao empregador,
pois na Justiça do Trabalho Brasileira prevalece o princípio da primazia da
realidade, ou seja, o que interessa são os fatos que realmente aconteceram e
não a sua forma jurídica. Assim, presentes os pressupostos constantes do artigo
3º da CLT, o juiz anulará o negócio jurídico simulado e reconhecerá o vínculo
empregatício com todos os seus consectários. Mas porque estou tocando nesse
assunto? É porque embora o nosso Presidente de Direito, o que foi eleito, seja
advogado, o Clube tem ignorado o risco de desse tipo de contratação e ao mesmo
tempo tem tornado completamente sem sentido a utilização desse “formato
contratual”, pois se o objetivo empresarial do mesmo é economizar, pagar menos,
como explicar as injustificáveis e gigantescas remunerações desses empregados
travestidos de prestadores de serviços? Na verdade, a atual gestão, com tal
prática, além de estar fazendo, mais uma vez, o que sempre criticamos, está gerando
um passivo trabalhista futuro imenso. Imaginem a integração de todas as verbas
não pagas, tendo como base salários enormes de final de carreira (com alguns
profissionais de início de carreira) e ao longo dos anos. Apenas a título de
exemplo, lembro que não temos sequer o controle de ponto de todos os empregados, que dirá desses, que não são considerados empregados pelo clube.
Assim como nas gestões anteriores, inexiste planejamento e trabalho global de
prevenção de passivo trabalhista, bem como uma política permanente de gestão de
pessoas. E não venham, pelo amor de Deus, com aquela historinha de que fulano
de tal ou ciclano de tal jamais acionariam o Fluminense. Já assisti esse filme
um milhão de vezes e no final a viúva sempre paga a conta. Outro aspecto também
é que o nível de cobrança é ridículo, ainda mais se formos realizar uma análise
proporcional aos valores pagos.
Sequer relatórios são exigidos em alguns casos. Os detentores do saber e iluminados
da gestão não nos querem por perto exatamente por isso. Para nós não importa
saber a qual grupo pertence e qual a origem de quem está se servindo do Clube
ou ainda, se esse fato ou ato foi provocado pelo Presidente de Direito do Clube
ou pelo Presidente de fato. O que importa para nós é se o interesse do Clube
foi, está e estará em primeiro lugar. Reparem que todos esses PJ’s possuem
grande cacife político internamente na gestão, existindo caso ou casos (não sei
se mais de um) de pessoas que já na Gestão Horcades recebia(m) valores
inteiramente fora da realidade do Clube e da realidade de mercado e que na
atual gestão foram substancialmente aumentadas. Essas pessoas na minha
concepção não estão erradas. Todo profissional quer ganhar o máximo possível em
qualquer lugar. Errado estão os que contratam pagando quantias estratosféricas
e ainda realizam aumentos completamente despropositados. Com dinheiro do Clube
é mole. Foram com atos iguaizinhos a esses que formamos essa imensa dívida. Não
dá para aceitar esse tipo de coisa passivamente, como se nada estivesse
acontecendo. Novamente registro admiração com os revolucionários de outrora. Cadê
vocês? Era só para ganhar a eleição mesmo? Vocês concordam com isso ou ficam
apenas sem graça em estragar a festa dos amigos? Seria mais honesto com nossos
leitores virem à público para explicar porque não disseram antes da eleição que
desejavam fazer isso. Da mesma forma, seria uma bela oportunidade para
defenderem e convencerem a todos que o Fluminense, na situação financeira em
que se encontra, deve mesmo continuar pagando e contratando PJ’s e empregados,
em razão de critérios políticos, através de valores completamente fora de nossa
realidade, da realidade do mercado e incompatíveis com as experiências
profissionais dos contratados, ressalvando, desde já, é claro, uma ou outra
exceção. Caso não consigam defender bem a ideia, tenham receio de algo ou até
mesmo fiquem com vergonha, o que seria compreensível e admirável, sugiro
fazerem como nosso Presidente de Direito, o que foi eleito, peçam para o Presidente
de fato, que ele saberá instruí-los da melhor forma, pois ele sim, com sua
competência e experiência, talvez consiga uma tese para explicar o
inexplicável. Aliás, não será a primeira vez que veremos a criação e propagação
de tese teratológica e mirabolante na defesa de atos da atual gestão. Um
abraço. STs. Ademar Arrais Conselheiro do Fluminense e Membro do Ideal Tricolor
Este discurso do Conselheiro Ademar
Arrais foi publicado no blog do grupo político Ideal Tricolor em 20 de setembro
de 2011. Vale lembrar que o Conselheiro Ademar Arrais e seu grupo político
Ideal Tricolor apoiaram o presidente Peter Siemsen na eleição de 2010. Diante
das irretocáveis palavras do Conselheiro Ademar Arrais não existiria
necessidade de nos manifestarmos pelo momento.
No entanto, é importante ressaltar, que
o Conselheiro Ademar Arrais e o seu grupo político ideal Tricolor, apesar de
seu discurso irretocável sobre as PJ’s do Fluminense, apesar de terem sido “HUMILHADOS”
pelos presidentes do Fluminense, o “de fato” e o “de direito”, apoiarão Peter
Siemsen na eleição do próximo dia 23 de novembro. O que não faz uma presidência
do Conselho Fiscal e 32 cadeiras no Conselho Deliberativo, hein? E não adianta
emitir nota oficial dizendo que, “estão superando e deixando para trás
eventuais problemas políticos”. Não dá pra alguém querer que os tricolores
sejam desmemoriados em relação aos fatos recentes ocorridos entre o grupo Ideal
Tricolor e os presidentes do Fluminense, o “de fato” e o “de direito”.
No mês de julho de 2013, quando Ademar
Arrais, se demitiu da Vice-Presidência de Planejamento Estratégico, Peter
Siemsen saiu atirando nele, declarando que ele não tinha iniciativa e que não
disse a que veio. Ou seja, Peter assumia publicamente a sua mediocridade total
e absoluta ao declarar que manteve no cargo por bom tempo alguém que
considerava inábil, medíocre e completamente despreparado para a função. E
meses depois, os dois estão juntos "cheios de amor”.
Analisando todos estes fatos descritos,
diante das palavras do Conselheiro Ademar Arrais, observa-se que este e seu
grupo político, o Ideal Tricolor, fizeram um acordo fisiológico, casuístico, oportunista,
mandaram às favas os escrúpulos e os princípios. Ou seja, durante as
negociações valeu tudo, menos ter coerência e sentimento pelo Fluminense. E
principalmente, desrespeitam a inteligência do associado e torcedor do
Fluminense. Isso tudo provocado pelo desespero com o inegável crescimento da
campanha e do nome de "DELEY PARA PRESIDENTE".
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