No início do ano
de 2010 um grande número de associados foi chamado para se unir em nome de uma
proposta nova que pudesse levar esperanças à sobrevivência do Fluminense. Este
grande número de associados se engajou de corpo e alma na crença de que um Novo
Fluminense pudesse ressurgir e encampou a ideia de construir um novo
Fluminense.
Tantos foram os
sócios, sedentos por mudanças, que viam no candidato da oposição – Peter
Siemsen - a própria encarnação do Messias, enviado por DEUS, com a missão de
salvar da falência um clube de tantas glórias. A maioria dos associados
acreditou que um verdadeiro milagre estava a caminho. Acreditou nas palavras de
um homem que, quando pregava, se mostrava sério, bem intencionado, firme nas
suas alegações e consciente de suas promessas. Acreditou num homem que
demonstrava uma educação exemplar, que atendia a todos, a todo instante, com
extrema generosidade e nobreza. Acreditou num homem que, aos quatro cantos,
fazia ecoar disposição, sabedoria e, principalmente, confiança. Aliás,
confiança foi uma das palavras mais repetida durante toda sua campanha. Cada voto
pedido era um pedido de voto de confiança.
O associado
confiou e deu seu voto. Deu porque acreditou na palavra de um homem que
prometeu um Novo Fluminense aos seus frequentadores apaixonados. Deu porque
acreditou num homem que mesmo sendo esbofeteado por seus adversários ofereceu o
outro lado da face, num gesto demonstrativo de perdão, como se eles não
soubessem o que faziam.
Promessas e mais
promessas. O Messias fez o povo (o sócio) acreditar que havia esperança, fez
acreditar que a probabilidade de o Fluminense se reerguer, de recuperar a
dignidade e o prestígio era grande, pois estavam em suas mãos milagrosas as
possibilidades de êxito.
A expectativa de
mudanças reais e concretas foi criada fundada em suas promessas de campanha.
Hoje, o associado se sente completamente enganado, tendo a certeza que seu voto
de confiança depositado na urna foi enterrado em vala comum, como indigente. A
decepção é enorme entre os associados e também entre os atletas dos esportes
olímpicos. Atitudes de abandono do Presidente do Clube deixam uma dor de
angústia no peito daqueles que vêem fracassadas suas esperanças. É um
sentimento de revolta despertado por omissões ou ações indignas de quem em
tanto se confiou.
Como em todo
processo eleitoral, palavras são palavras, nada mais do que palavras. Nas
eleições presidências do Fluminense, promessas de campanha foram somente
promessas. Por ser pleito, uma disputa decidida pelo voto, o vencedor parece
achar-se no direito de não cumpri-las. Esquece que promessas são compromissos
assumidos em campanha diante da boa fé de todos. Com isso, esquece também que
cada promessa não cumprida corresponde a um castigo, a uma pena. Uma pena que
pode até não ser imposta pela justiça dos homens aqui na terra, mas por certo
será aplicada por AQUELE que o mandou como redentor.
Quando todos
achavam estar diante do fim, uma luz se acendeu, a esperança brilhou. Um
Salvador surgiu entre poucos. Porém, mal se sabia que este não descia dos céus.
Ao contrário, erguia-se das profundezas escuras e infernais como numa
ressurreição de Judas. (Cristo foi traído por Judas e este padeceu no inferno).
Os associados e os
atletas do Fluminense sentem no rosto o beijo da traição. O mesmo sinal de
afeição com que, por trinta moedas, Judas identificou Jesus para os líderes
judeus.
Alguém que pratica
um ato de deslealdade, que viola um contrato de confiança apalavrado entre
pessoas de bem com interesses comuns, comete, sim, um ato de traição. E o
associado do clube se sente traído já que foram rompidos inúmeros acordos
firmados anteriormente, época de campanha.
Os associados e os
atletas do clube se sentem traídos por aquele que após alcançar a vitória no
voto mostrou que não tinha a menor intenção de cumprir o que foi estabelecido,
que chegando ao poder tornou-se “santo” e que pagar promessa é coisa para
devoto.
Hoje, o presidente
do Fluminense não tem um pingo de respeito pelo Estatuto do Clube. Pensa que
tem o poder nas mãos e que está acima das leis que regem esta Instituição.
Sei que uma escola
foi criada e sei qual o seu lema:
“o Estatuto
foi feito para ser
descumprido e quem se sentir prejudicado que recorra à justiça”.
Esta é a máxima
que impera nos Conselhos do Clube.
Não sei
classificar alguém que pensa desta forma, mas, com certeza, este alguém não tem
boas intenções. Alguém que adota este tipo de pensamento deixa claro que não
tem intenção de agir corretamente.
Pelo que podemos
observar nesta gestão, mais pessoas estão frequentando a escola que foi criada.
E estas pessoas, pelo que demonstram, também não têm a mínima intenção de
cumprir as regras.
O Presidente do
Clube, como advogado que é, deveria saber que as leis foram feitas para serem
cumpridas e não burladas. Achar que tem o poder nas mãos e que está acima das
leis que regem esta Instituição é se achar dono do Fluminense. É achar que o
clube é o quintal da sua casa e que pode fazer dele a casa da mãe Joana.
Se ele pensa que o
Fluminense é seu, eu digo que não é. O Fluminense é de todos e o presidente é
tão somente aquela pessoa eleita para administrar o clube em benefício dos
associados.
Se ele pensa que o
associado lhe deu carta branca para fazer o que bem entende, está completamente
enganado.
O associado quando
depositou seu voto na urna, nas eleições, lhe concedeu, na verdade, um voto de
confiança. Um voto de confiança nas promessas feitas por ocasião da campanha
eleitoral.
O associado
acreditou nas palavras de um homem que se dizia merecedor da tal confiança.
O associado
acreditou nas palavras de um homem que se mostrou a favor de uma administração
limpa e transparente.
Aliás,
transparência foi também uma das palavras mais usadas pelo então candidato
durante a sua campanha eleitoral.
Pelo que podemos
perceber agora, diante de suas esquivas frente aos problemas do Clube, diante
de sua imaginária onipotência – ele pensa que pode tudo, que tem o poder
absoluto – é que por trás daquela aparência de bom moço existia um homem
pérfido, com intenções maquiavélicas.
A máscara caiu. A
transparência tão citada pelo Presidente agora aflorou. Veio à tona sua
verdadeira face. Hoje, o associado tem a nítida visão do que se escondia atrás
de toda aquela boa aparência.
Fora, Presidente.
O Fluminense não precisa de você.
Devolva o clube
aos seus verdadeiros donos.
Rogério Do Val – Conselheiro do Fluminense (eleito pela Chapa “NOVO FLUMINENSE”)
Edu, vc tem a relação de promessas de campanha? Sugiro um post com elas,e, claro, indicando quais foram cumpridas e quais não.
ResponderExcluirAndre Costa
Ele tem um conselho servil,caga e anda para o Estatuto, adora bajuladores, seu braço direito é vascaíno e pensa e se sente dono da bola digo, do clube.
ResponderExcluirConselho para quê?! E ainda batem palmas para ele, o camarada é um artista!