domingo, 6 de julho de 2014

Assis: recordar é viver!

                                                       
Eduardo Coelho e Benedito de Assis da Silva, no lançamento da "camisa do Assis", em 2011



Durante muito tempo o Fluminense foi um clube diferente dos demais. Um clube singular. Um clube modelar em que outros clubes tentavam se inspirar. O Fluminense em seus quase 112 anos possui vários ex-jogadores de futebol que conquistaram um lugar de enorme destaque na sua gloriosa história.

Foi no Fluminense - mais do que em qualquer outro clube - que se consolidou a ideia de que "a instituição está acima de tudo e de todos". Por este motivo o Clube foi simbolizado e identificado pelo CARTOLA, que sempre dignificou a TRADIÇÃO tricolor. E ninguém poderá subverter a história tricolor. Muito menos deturpá-la.

Existem muitos ex-jogadores de futebol que fazem parte da rica história do Fluminense Football Club. Magníficos ex-jogadores de futebol. Benedito de Assis da Silva é um deles. Benedito de Assis da Silva, mais conhecido como Assis, foi o autor do gol histórico na vitória de 1 a 0, que eliminou o Flamengo, em 1983. Um gol no último minuto de jogo. Este gol de Assis, em 83, não foi o gol do título. Mas foi o gol que o impulsionou.

No ano seguinte, 1984, aí sim, Assis marcou o gol que daria o título de bicampeão carioca de futebol ao Fluminense. E novamente num jogo com o Flamengo, um dos grandes adversários do Fluminense. No imediato momento do gol, antes mesmo do final do jogo que consagraria o bicampeonato de 1984 - diante de mais de 153 mil pagantes -, a massa tricolor criava um cântico que se tornaria um eterno mantra entre os tricolores: "Recordar é viver, Assis acabou com vocês!" 

Nos anos de extrema dificuldade que o Fluminense passou na década de 1990, a reverência ao Assis acentuou-se. A escassez de títulos no futebol contribuiu para que os tricolores se apegassem ao passado recente, diante daquele período sombrio. Mas Assis, como vários ex-jogadores de futebol do Fluminense, fez muito por merecer a reverência. Um homem simples, bom de papo, bom camarada, sempre solícito para atender os tricolores em qualquer momento que fosse.

Neste dia 6 de julho, Assis faleceu em Curitiba, aos 61 anos. Em todo o Brasil, Assis está sendo reverenciado pelos tricolores. No entanto, é preciso 'recordar' que no lançamento da "camisa do Assis", no dia 15 de fevereiro de 2011, no Shopping Rio Sul, pouquíssimos tricolores estiveram presentes. Dirigentes do Fluminense na ocasião? Nenhum! E 'nós somos a história'? Lógico que somos. Sempre fomos. Nelson Rodrigues já dizia que o Fluminense nasceu com a vocação da eternidade.

Neste momento de tristeza, reflexão e boas lembranças do Assis, é preciso recordar que Félix (ex-goleiro falecido em 2012) e Washington (companheiro de Assis na famosa dupla "Casal 20", falecido no último mês de maio), não foram reverenciados pela "instituição" Fluminense como deveriam ser. Existe uma tradição de se colocar bandeiras de clubes cobrindo o caixão de ex-atletas quando falecem.

Mas a "instituição" Fluminense, nesta tradição, não reverenciou Félix e Washington. E a "instituição" Fluminense é representada por sua diretoria. É preciso mencionar estes episódios, pois, afinal como cantam os tricolores "recordar é viver".     

Devoto de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a padroeira do Brasil, o católico Benedito de Assis da Silva tinha dois nomes de santos. Seus pais queriam o nome mais bonito. Seu sorriso e sua história, como jogador de futebol do Fluminense, jamais serão esquecidos pelos tricolores. Assis tem o seu nome eternizado na história do futebol do Fluminense.






A melhor partida da carreira de Assis. Com muito orgulho estive presente no estádio. Obrigado por tudo, Assis!                                            

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