sexta-feira, 29 de junho de 2012

Vanguarda > Flusócio > Fluturo > Legião > Sócio Futebol - "meter a mão na massa"

Os amigos fazem parte de uma lista de 658 tricolores, associados e simpatizantes do Fluminense F. C. que conheci nos meus 38 anos de clube.
Recebi algumas críticas de colegas quando num post anterior, usei a expressão “por mais que seja eleitoreiro”, quando na verdade não pretendia demonstrar a minha opinião política sobre o projeto Sócio Futebol, e sim o que pensam algumas correntes políticas do clube. Reconheço que me expressei mal, deveria ter dito “por mais que alguns sócios entendam tratar-se de um projeto eleitoreiro”, pois o que menos me interessa neste projeto são as questões políticas e sim as questões financeiras.
É evidente que um projeto de associação em massa que tenha como objetivo principal aumentar em cerca de R$ 36 milhões anuais a receita de um clube cuja dívida real deve alcançar a marca de meio bilhão de reais no final deste ano, sempre terá o meu apoio à sua aprovação, oferecendo ou não direito de voto aos novos sócios, por se tratar, no meu entendimento, de uma questão secundária no momento atual.
Este é o terceiro projeto de associação em massa que ocorre no clube nos últimos 20 anos e mais uma vez a questão principal que deveria estar sendo discutida, que é a gestão financeira do patrimônio fica em terceiro plano.
Enquanto nossos conselheiros não se conscientizarem de que é no momento de aprovação das contas e principalmente de aprovação dos orçamentos que devemos mostrar nosso verdadeiro amor pela instituição, o Fluminense jamais vai sair deste atoleiro em que se enfiou.
 Há poucos meses nossos conselheiros, certamente por serem leigos em contabilidade, aprovaram contas com “pequenos equívocos” em torno de R$ 40 milhões, que mais à frente será objeto de um post específico, só estou no aguardo da resposta por parte da ouvidoria do clube aos quesitos que apresentei esta semana que receberam os números de protocolo nº 1202997-12, 1202998-01 e 1202999-84.
Ouvidoria esta que foi instituída através do TAC Termo de Ajustamento de Conduta celebrado entre o FFC e o Ministério Público, após o conhecido episódio farra dos ingressos, por iniciativa da Fluturo – Associação dos Torcedores do Fluminense, encabeçada na época pelos tricolores Daniel Hora do Paço (DHP), Cláudio Maes e Nicky Dyckerhoff, grande tricolores que de fato “meteram a mão na massa”, e que espero que continuem a atuar em defesa do nosso patrimônio maior que é o torcedor.
DHP (como é mais conhecido) e Cláudio Maes foram dois dos raros tricolores com quem tive o prazer de poder de discutir as finanças do Fluminense, é uma pena que a grande maioria dos tricolores que conheço não se interessa pelo assunto, muitos destes conselheiros inclusive.
O Fluminense precisa muito de tricolores como estes dispostos a “meter a mão na massa”, posso citar vários que conheci nos últimos anos. De longe acompanhei o surgimento do movimento “Vanguarda Tricolor”. Naquela época eu era um piscineiro não envolvido com política, e torcedor fanático do Fluminense como sou até hoje. Lembro dos embates entre Zé Neto, Furtado e Cássio de um lado e Hamilton e Melo do outro, todos tricolores dispostos a meter a mão na massa, e que com certeza amam até hoje o Fluminense, apesar de suas divergências políticas.
Acredito que a maior ajuda que dei a Flusócio, não foi organizando churrascos e participando do SATT, mas sim tentando mostrar aos amigos a visão que alguém de dentro do clube envolvido ou não com política, tinha de movimentos de adesão em massa de torcedores como o primeiro proporcionado pela Vanguarda e que depois veio a ser novamente tentado pela Flusócio de forma mais equilibrada, sem agredir os associados, e principalmente tentando entender melhor o clube em seu interior.
Posso destacar o belíssimo trabalho conciliatório que era feito pelo Rogério Félix, Alexandre Vasconcellos, Flávio Henrique, Pedrão e Bernardo. Mas o sucesso da Flusócio veio também através de outros guerreiros não tão conciliadores, mas que sacrificaram muito o seu lazer em prol de um blog que hoje funciona como uma verdadeira ouvidoria do Fluminense, dentre estes posso citar o Dhaniel Cohen, o Danilo Félix (apesar das nossas divergências políticas), o Abad, o Storino, o Bolt, o Cezar Mota e o Lauro Aires. E da nova geração, o Kadu, o Fábio Dib, o Bruno Curi e o Marcus Vinicius.
O movimento Legião Tricolor também teve sua importância em todo o processo, apesar de entendermos que o objetivo do movimento não tinha vinculação com a política, não tem como negar que o apoio recebido pelo Peter de nomes como Pedro Machado, Marcelão, Felipe UFO, Léo Bagno, Gustavo Ribeiro e Lucas Sodré, tricolores que meteram a mão na massa nas arquibancadas, foram fundamentais para a vitória do “Novo Fluminense”.
E qual seria o objetivo deste post afinal? Na verdade procuro alcançar dois objetivos. O primeiro deles, é pedir aos conselheiros do Fluminense que não deixem passar esta oportunidade que não sei se teremos novamente de poder ajudar a salvar o Fluminense, posso afirmar aos senhores que a situação é bem pior do que se imagina, tentar esconder dos torcedores, associados e conselheiros a verdade sobre a real situação financeira do clube não ajuda em nada, se quisermos salvar o doente precisamos saber de todas as suas doenças, por mais estragos que estas venham a ocasionar.
E a segunda delas é que mesmo que este projeto não seja aprovado, que não deixem de se associar ao Fluminense, e principalmente que procurem tentar entender um pouco mais de suas finanças, que leiam com atenção cada linha dos orçamentos e balanços, que questionem quando tiverem dúvidas, não caiam mais nessas conversas de que se os balanços e orçamentos não forem aprovados o clube fica engessado.
Não adianta apenas se associar, temos que meter a mão na massa.
ST.
Milton Borges      

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Auditoria Virtual - Parte 5 - Pedido de esclarecimentos ao Conselho Diretor

Parte 5 – Pedido de esclarecimento ao Conselho Diretor
Sugiro aos amigos que leiam com atenção a mensagem do conselheiro Luiz Antonio Barbosa datada de 14/04/12 e publicada no Blog Cidadão Fluminense:
Gostaria de perguntar ao conselheiro se alguém da atual administração respondeu às dúvidas por ele levantadas sobre os números apresentados no Balanço de 2011, porque eu até o momento não consegui com base no material que me foi disponibilizado obter tais esclarecimentos. Pelo contrário, à medida em que dou sequencia ao meu trabalho mais dúvidas vão surgindo, existem muitas contradições entre os números apresentados no balanço, se analisados em conjunto com a DRE, o fluxo de caixa e as notas explicativas.
Entendo que o senhor como conselheiro deveria formalizar essas dúvidas junto ao presidente do conselho deliberativo, e se for necessário anexar em parecer técnico assinado por um profissional da área, me coloco à sua disposição para elaborá-lo.
Em 31/12/09 a dívida total apresentada no balanço do Fluminense era de R$ 338,9 milhões, gerando um montante de despesas financeiras em 2010 de R$ 32,1 milhões, equivalentes a 9,49% ao ano.
Em 31/12/10 a dívida total apresentada no balanço do Fluminense era de R$ 382,1 milhões, gerando um montante de despesas financeiras em 2011 de R$ 24,7 milhões, equivalentes a 6,47% ao ano.
Ou seja, apesar de ter um acréscimo de R$ 43,2 milhões no seu Passivo, a despesa financeira do Fluminense em 2011 foi reduzida em R$ 7,4 milhões, gerando uma suposta economia que acabou sendo justificada para cobrir os excessos das despesas operacionais em relação ao orçamento no montante de R$ 15,8 milhões. Na realidade a economia em despesas financeiras apresentadas no Balanço foi de R$ 13 milhões, o que com certeza precisa ser devidamente esclarecida.
Cabe aqui um esclarecimento, que no meu conceito de “despesas financeiras” estão incluídas as chamadas “despesas tributárias (atualização)” que na verdade correspondem aos Juros Selic / Timemania e ao Juros / Multas / Recolhimento em Atraso de Impostos.
Durante muitos anos me chamou a atenção aquele montante alto que aparecia nos balanços do Fluminense como “despesas tributárias”. Quem trabalha no mercado financeiro sabe que os tributos lançados naquela posição da DRE correspondem ao imposto de renda e a contribuição social, dos quais o clube está isento. Os tributos incidentes sobre a receita bruta aparecem na DRE logo abaixo destas como “Deduções”, enquanto que os tributos incidentes sobre a folha de pagamento são lançados como despesas operacionais.
Mais tarde quando tive acesso à um orçamento analítico do Fluminense, pude perceber que as chamadas despesas tributárias, que no balanço de 2011, passaram a ser chamadas ”despesas tributárias (atualização)” na verdade correspondem aos juros e multas sobre tributos devidos, estando desta forma enquadrados no conceito de “despesas financeiras”.
E só não incluo também as chamadas provisões para contingências no conceito de despesas financeiras, por ainda não ser possível comprovar todas as evidências, o que espero obter ao final dos trabalhos.    

Milton Borges
       

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Auditoria Virtual no Blog "Cidadão Fluminense"

Tricolores e Associados do Fluminense F. C. 

Já que a prometida auditoria big four não saiu, resolvi por conta própria, com base nas demonstrações financeiras publicadas no site oficial e em outras fornecidas por conselheiros do clube, fazer uma análise completa do desempenho econômico-financeiro dos 18 primeiros meses da gestão Peter Siemsen, e também uma análise das principais políticas contábeis aplicadas na preparação das demonstrações contábeis nos últimos exercícios.

Atendendo a um pedido do Professor de História e Escritor Eduardo Coelho, fizemos uma síntese dos 4 (quatro) tópicos iniciais que haviam sido enviados anteriormente para a minha lista de contatos, procurando focar apenas nas questões financeiras, para que sejam publicados no seu Blog "Cidadão Fluminense", e posteriormente possamos debater de forma democrática, sobre este tema que é do interesse de todos os tricolores e sócios do Fluminense F.C.
O endereço do blog é este: http://cidadaofluminense.blogspot.com/

Os amigos fazem parte de uma lista de centenas de tricolores e associados que conheci nos meus 38 anos de clube, nos tempos de Flusócio e outros tantos que vieram para o clube através do projeto SATT Serviço de Atendimento ao Torcedor Tricolor do qual tive o prazer de participar de forma efetiva, disponibilizando as instalações da Luke, e na troca de e-mail´s e telefonemas, sempre recomendando a sua associação, pois esta era uma das poucas formas que eu vislumbrava para que o clube conseguisse sair da situação de abandono em que se encontrava na época, a outra seria através de uma gestão competente que elaborasse orçamentos dentro da realidade do clube, com previsão mínima de um superávit que aos poucos fosse utilizado para amortizar parte do seu passivo.

Sou Contador, Auditor, Perito Judicial do TJ/RJ e Perito de Varas Cíveis Federais e de Execuções Fiscais, com 32 anos de carreira, e venho estudando as finanças do Fluminense há aproximadamente 9 (nove) anos, tendo elaborado neste período cerca de 80 arquivos (32,8 MB), com matérias e planilhas sobre as finanças do clube.Para quem não recebeu os primeiros tópicos, segue a síntese que será publicada em breve no Blog "Cidadão Fluminense".

Milton Borges

Parte I e II - Introdução

Imaginem uma família de classe média que outrora fez parte da classe alta, e hoje se encontra bastante endividada, tendo hipotecado seus bens, com dívidas de cartão de crédito, cheque especial, com ações trabalhistas de ex-empregados, e, que nestas condições, resolve pedir ajuda a um amigo especialista em finanças com larga experiência em clubes de futebol, para que a ajude a montar um orçamento familiar.

Esta família fez acordos recentes, para pagamento da dívida trabalhista em 12 parcelas de R$ 1.000, parcelou a dívida do cheque especial em 12 x de R$ 1.000, e a dívida do cartão de crédito em 12 x R$ 1.000.

O marido recebe de salário R$ 5.000 e a esposa R$ 2.000.

A família tem despesas estimadas mensais com condomínio R$ 800; luz, gás e telefone R$ 500, despesas com instrução R$ 1.200, vestuário R$ 600, empregados domésticos R$ 1.200; plano de saúde R$ 1.200, transporte R$ 800, e outras despesas de R$ 800.

De posse destas informações o especialista monta o orçamento conforme planilha abaixo e informa à família que vai ser necessário cortar R$ 100 de custo para não fechar o ano com déficit.

Receitas:

Salário marido: 5000

Salário esposa: 2000
 
Total das Receitas: 7.000

Despesas:

Condomínio: 800
Luz, gás e telefone: 500
Despesas com instrução: 1200
Vestuário: 600
Empregados domésticos: 1.200
Plano de saúde: 1.200
Transporte: 800
Outras despesas: 800
Total das Despesas: 7.100
Déficit Previsto: 100


A família questiona ao especialista porque este não incluiu nas despesas mensais as parcelas do acordo trabalhista, do cartão de crédito e do cheque especial que montam em R$ 3.000 mensais, e obteve como resposta o seguinte:

"Os senhores me pediram para fazer um orçamento das despesas e receitas e não um fluxo de caixa. Se me pedissem para fazer um fluxo de caixa, o corte nas despesas não seria de apenas R$ 100 mensais e sim de R$ 3.100".


Este exemplo de má gestão dos recursos de uma pequena família que dei como exemplo, acontecia dentro do Fluminense com freqüência na gestão anterior, e infelizmente continua a acontecer na atual gestão.


Eu sei que é um assunto chato, que poucos têm paciência para tentar entender as diferenças entre "orçamento" e "fluxo de caixa", entre "regime de competência" e "regime de caixa", que quase ninguém tem saco para estudar aquelas dezenas de páginas com milhares de números que compõe o orçamento e o balanço, que ninguém tem saco para aturar as explanações do gestor financeiro do clube, mas é disso que se aproveitaram os fracos gestores que passaram pelo nosso clube nos últimos anos, para aprovarem suas contas com déficits sem a necessidade de pedido de suplementação da dotação orçamentária.

Acreditem o orçamento do Flu para 2011 foi elaborado com déficit nas despesas e receitas, tal qual o exemplo da família de classe média, e deixou de fora a dívida que vencia em 2011, que no caso da família era de R$ 3.000 mensais e no caso do Fluminense era de R$ 173,1 milhões.

É direito de todo associado exigir que o clube disponibilize aos sócios, o balancete analítico do clube demonstrando seus principais credores.

Esclarecer como se deram as perdas de ações que culminaram com algumas dívidas absurdas com ex-atletas que em alguns casos individuais estão na casa dos milhões de reais.

Que o clube se comprometa a elaborar o fluxo de caixa de forma trimestral, e divulgar no site oficial junto com o balancete e com o orçamento, para que seja possível fazer um comparativo entre o orçado e o realizado.

O inciso XX do artigo 40 do Estatuto do Fluminense, prevê o seguinte:


Compete ao Conselho Diretor organizar por Departamento, o Orçamento anual, analítico e sintético, com estimativas de Receitas e Despesas.

Precisamos acrescentar neste item, um parágrafo que determine ao Conselho Diretor, não apenas fazer uma estimativa das Receitas e Despesas, mas também fazer uma estimativa das Entradas e Saídas, previstas para o exercício.


O que precisa ficar claro para os conselheiros é que Receita não significa necessariamente entrada de dinheiro em caixa, sendo que no caso do Fluminense específico grande parte destas Receitas previstas no orçamento já entrou em exercícios anteriores através de antecipações realizadas junto às emissoras de TV.

Por outro lado, nem tudo que o clube está obrigado a pagar neste exercício está enquadrado no conceito de Despesas previstas no estatuto, muito pelo contrário são Despesas que foram geradas em exercícios anteriores, que não foram pagas e que hoje fazem parte do nosso passivo de curto prazo.


Parte III - Orçamento 2011


A gestão Peter Siemsen recebeu como herança da gestão Horcades uma dívida de R$ 382 milhões, sendo que deste montante R$ 173 milhões estariam vencendo em 2011.

Destes R$ 173 milhões de passivo circulante, o que mais preocupava era a dívida trabalhista no montante de R$ 70,3 milhões.


Esclarecendo mais uma vez aos amigos que neste montante de despesas previstas para 2011, não estavam inclusos os R$ 173 milhões de dívidas (despesas geradas em outros exercícios) que estariam vencendo em 2011, dentre elas a dívida trabalhista de R$ 70,3 milhões. Esses R$ 97,2 milhões correspondiam a novas despesas que seriam geradas no exercício de 2011.

Desta forma se projetássemos na época um fluxo de caixa para 2011, teríamos a seguinte situação (em milhares de reais):

Saldo Inicial de Caixa e Bancos   -  2.840

(+) Entradas Previstas

Contas a Receber - 1.623

Receitas orçadas para 2011 - 79.253

Receitas antecipadas - (7.216)

(=) Total das entradas - 73.660

(-) Saídas previstas

Dívidas vencíveis em 2011 - 165.919

Despesas orçadas para 2011 - 97.241

Total das saídas - 263.160

(=) Dívida de curto prazo projetada para 31/12/11 - (186.660)

Ou seja, havia uma previsão de aumento da dívida de curto prazo ao final do exercício de R$ 20,7 milhões (R$ 186,6 - R$ 165,9), já que as entradas de caixa previstas de R$ 73,6 milhões estavam totalmente comprometidas, com as dívidas vencíveis em 2011, basicamente com o passivo trabalhista no montante de R$ 70,3 milhões. Não havia previsão de entrada de novos recursos para o pagamento das demais dívidas que venceriam em 2011, bem como para o pagamento das novas despesas que seriam geradas.

Na prática o Conselho Deliberativo do clube ao aprovar o orçamento de 2011, estava autorizando o presidente do clube a aumentar a nossa dívida, da mesma forma que ocorreu nas gestões anteriores, prática esta que deu origem ao crescimento desordenado desta dívida.


Entendo que precisamos repensar esta forma de elaborar os orçamentos. Precisamos destinar no mínimo 10% das novas receitas para a redução do passivo. Não podemos admitir que sejam enviadas novas propostas de orçamento ao Conselho Deliberativo do clube, onde as despesas sejam superiores as receitas previstas para o exercício.
Diante deste quadro caótico, a gestão Peter Siemsen elaborou um orçamento para 2011 com uma estimativa de Receitas de R$ 79,2 milhões e de Despesas de R$ 97,2 milhões, ou seja, com uma previsão de déficit de R$ 17,9 milhões.


Parte IV - Dívida Trabalhista

Conforme comentamos no tópico anterior, o desafio da nova gestão em seu primeiro ano de mandato seria buscar recursos para honrar os compromissos assumidos pela gestão anterior e para custear as despesas correntes que permaneciam muito elevadas.

O clube não tinha muitas saídas, precisava com urgência gerar novas receitas, cortar custos e renegociar dívidas com credores.
Dentre as alternativas existentes a que foi mais bem sucedida do ponto de vista financeiro, foi a última com a retomada do ato trabalhista, que postergou o pagamento de uma dívida de R$ 82,1 milhões, sendo R$ 70,3 de curto prazo (exigível em 2012) e R$ 11,8 de longo prazo, para quitação através de depósitos mensais equivalentes a 15% da receita mensal, com a garantia mínima de R$ 900 mil mensais, correspondentes a R$ 10,8 milhões anuais.

Como o novo ato trabalhista somente foi assinado em 29/11/11, o clube esteve sujeito durante a maior parte do ano a cumprir os acordos trabalhistas pactuados pela gestão anterior, o que acabou não se concretizando.

De acordo com o fluxo de caixa e com a nota explicativa nº 16 do Balanço publicado, dos R$ 70,3 milhões devidos em 2011, apenas R$ 15,5 milhões foram pagos, tendo sido constituída ao final do exercício uma provisão para contingências no montante de R$ 32,2 milhões, que não consta da DRE (demonstração do resultado do exercício). O valor da provisão para contingências que aparece na DRE é de apenas R$ 9,1 milhões. Vamos ver se a razão desta divergência aparece mais a frente, após a análise das demais contas, pode ter ocorrido uma reversão de provisões.

Apesar de não ter sido esclarecido na publicação, deveria por se tratar de fato relevante que aumenta a dívida do clube em mais de R$ 30 milhões, acredito que esta provisão para contingências tenha relação com o fato de ter sido postergado por nove anos o pagamento do passivo trabalhista, e desta forma alguns acordos podem ter retornado ao seu valor original devido sem desconto.

Portanto, a dívida trabalhista total subiu de R$ 82,1 milhões em 31/12/10 para R$ 98,8 milhões em 31/12/11, conforme demonstrado a seguir (em milhares de reais):
Dívida Trabalhista em 31/12/10 -         82.163
(-) Pagamentos efetuados em 2011 -    15.538
(+) Provisão para Contingências             32.266
Dívida Trabalhista em 31/12/11 -          98.891

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O churrasco da YOUNG FLU (ES)

A Torcida Organizada “YOUNG FLU” do Espírito Santo (ES), no próximo sábado, dia 23/06, estará promovendo o “churrasco de confraternização dos amigos”.
Horário: 15:00 hs.
Local: bairro Jardim América, Cariacica, próximo ao extrabom, em frente ao bar Pazzoline.

Atrações: Som com DJ, churrasco e bebida liberada.
Garanta já seu ingresso!!!
Convites limitados!

Mais informações:
Edinho: 9984-3809 / Felipe: 9758-9032 / Fubinho: 9922-7247  

domingo, 17 de junho de 2012

O churrasco da FORÇA-FLU

A Torcida Organizada “FORÇA FLU” promove um churrasco neste domingo, dia 17. O encontro será das 09:00 às 14:00 hs,
O local é o campo do Vista Alegre. Os membros da Torcida Organizada Sangue Jovem, do Santos Futebol Clube, do nosso querido técnico MURICY RAMALHO, são os “convidados de honra”. Todos os tricolores são convidados para a confraternização.

"RIO + 20" e a "FLORESTA DA TIJUCA"

Em tempo de “RIO + 20” deixo um recado para os tricolores (ou não) ligados na questão ambiental. Os que ainda não são ligados, peço gentilmente que se liguem.
Neste domingo, dia 17, será exibido novamente o programa “DE LÁ PRA CÁ” na TV Brasil, sobre “OS 150 ANOS DO REFLORESTAMENTO DA FLORESTA DA TIJUCA. O programa é apresentado pelo jornalista ANCELMO GOIS e pela socióloga VERA BARROSO. O programa será exibido às 18:00 hs.
Vale a pena conferir o programa. Na verdade vale muito. Pois, fora as informações sobre a “FLORESTA DA TIJUCA”, são exibidas lindíssimas imagens e paisagens da nossa “CIDADE MARAVILHOSA”.

Veja o programa – Floresta da Tijuca – Bloco 1 ( 11m 12s):

Veja o programa – Floresta da Tijuca – Bloco 2 (13m 36s):

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A "TERCEIRA ESTÁTUA DO CASTILHO" e a "DISCÓRDIA TRICOLOR"

Durante a semana tivemos uma matéria no jornal Lance! falando sobre a “DISCÓRDIA TRICOLOR”. A matéria falava sobre a iniciativa de alguns torcedores que criaram o “Projeto Estátua Tricolor”. A iniciativa é válida e merece aplausos. Todavia, o vice-presidente de marketing do Fluminense, Idel Halfen, se posicionou corretamente. Idel colocou algumas ressalvas ao projeto.
Realmente, é preciso algum ordenamento no Fluminense. E creio que ninguém melhor que a Diretoria para determiná-lo. Afinal, subentende-se que foram eleitos para esta função.   
O “Projeto Estátua Tricolor” elegeu o craque Castilho para ser o homenageado. Justa homenagem. Castilho merece todas as homenagens possíveis. Entretanto, parece que os idealizadores do projeto não devem saber que “já existe uma estátua do Castilho” na sede do Fluminense. Por sinal, uma belíssima homenagem criada por nossos companheiros: Remo Bruno, Paschoal Bruno, Carlos Miranda e Heitor D’Alincourt.
E aí? Vamos colocar uma "SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO" no Fluminense? Temos tão poucos ídolos assim? Vamos virar tema de anedota em Portugal? O engraçado é que por conta deste debate sobre a ‘new estátua’ do Castilho, cheguei a ler na internet, alguém dizendo que deveríamos fazer uma estátua do Preguinho. Aí foi dose pra elefante. Me tira o tubo!!!   
O vice de marketing, Idel Halfen, dizia na matéria que qualquer coisa que não esteja dentro do planejamento do clube, a Diretoria terá suas ressalvas. No entanto, na mesma matéria, um dos idealizadores do projeto dizia que tinham recebido um sinal positivo do presidente Peter Siemsen. Ou seja, neste caso,  segundo o presidente Peter, a opinião com ressalvas do vice de marketing, começava a ‘virar pó’. Ou melhor, o vice de marketing Idel Halfen e nada, era a mesma coisa.
Mas no dia seguinte da matéria publicada, o presidente Peter Siemsen entrou em contato com os idealizadores do projeto contrariando as palavras do vice de marketing Idel Halfen. Ou seja, para Peter Siemsen as palavras de Idel Halfen ‘viraram pó’. Ou melhor, para Peter as palavras do vice de marketing e nada, era a mesma coisa.   
Peter disse que a ideia é válida e que pode gerar mais uma justa homenagem ao grande ídolo do Fluminense. Exato! Ninguém duvida disso. Mas será que o bom senso ‘mandou lembranças’ ao se fazer uma “SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO”???
Na matéria em que o Peter respalda a iniciativa do projeto, já era apontada uma pessoa do clube para fazer a interlocução com os idealizadores do projeto. E um dos idealizadores do projeto até já planeja onde será colocada a “SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO”. Pelo visto, por esta deliberação do presidente, o vice de marketing Idel Halfen neste caso foi pra escanteio.    
Bem, desta nova “DISCÓRDIA TRICOLOR” podemos fazer algumas reflexões. O presidente Peter Siemsen "já está disputando voto como quem disputa um prato de comida". Peter Siemsen já começa a fazer o jogo demagógico e populista de querer sempre "jogar pra torcida". E demonstra não estar nem aí para a opinião de sua equipe de trabalho. Vide a opinião do vice de marketing Idel Halfen atropelada com menos de 24 horas.

Será que o vice de marketing comparecerá a inauguração da “SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO”??? Será que o vice de marketing Idel Halfen continuará no cargo após a inauguração da “SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO”???
Será que o presidente Peter nos apoiará no empreendimento de uma "TERCEIRA ESTÁTUA DO CASTILHO"????? Se podemos ter a "SEGUNDA ESTÁTUA DO CASTILHO" creio que também podemos ter a "TERCEIRA ESTÁTUA DO CASTILHO". Afinal, como ele mesmo diz "seria mais uma justa homenagem ao grande ídolo do Fluminense".

O carrão importado que não importa

Quando a semana está um pouco sem assunto, a imprensa tenta ser criativa e arruma um tema para ter o que falar. É compreensível. Ela está no seu dever de ofício. Mas aí aparecem logo uns tentando se aproveitar.
Parte do noticiário do Fluminense durante a semana foi o centroavante Fred. Não por seus belos gols. Não por suas grandes atuações. Mas por questões pessoais. E que não nos dizem respeito.  
Não nos interessa saber qual é a marca do automóvel do jogador. Isso é um assunto dele e das pessoas de sua intimidade. Mas o que é interessante refletirmos neste aspecto é que determinadas questões pessoais do artilheiro, quando são do seu interesse, podem se tornar públicas. Como no caso do automóvel que comprou e foi com ele treinar nas Laranjeiras. Já outras não. Como no caso da matéria que divulgou onde ele teria saído na noite carioca e quantas ‘biritas’ teria bebido.
Se o automóvel é da marca A ou B. Se é barato ou caro. Se o automóvel é popular ou importado. Nada disso nos interessa. Mas tudo bem. O Show é esse. E isso faz parte dele. Tem gente que gosta deste tipo de ‘assunto’. Então, que batam palmas ‘as focas de circo’.
Independente de estarmos no momento da “Rio + 20”, seria mais interessante se o Fred chegasse nas Laranjeiras em cima de uma bicicleta. Neste caso, poderíamos pensar: “Que legal, um jogador de futebol que pensa em reduzir a emissão de gases tóxicos no planeta”. Assim, ele fugiria do estereótipo do “carrão importado e cordão de prata no pescoço”. Mas não deu. Fica pra próxima.
Aí, o Fred aproveitou a semana para falar de sua identificação com o Fluminense. Mas não entendo um jogador que ‘se diz’ identificado com o Fluminense e não comemora seus gols contra o Cruzeiro Esporte Clube. E o que é pior, além de não comemorar os seus gols, afastou os seus companheiros (com cara de poucos amigos) que queriam lhe abraçar pelo feito. Que identificação é essa com o Fluminense, de alguém que já declarou publicamente, por diversas vezes, ser “TORCEDOR DO CRUZEIRO”???
Não entendo alguém que se diz identificado com o Fluminense e xinga de marginal uma grande liderança da torcida tricolor. E aí? Teremos retratação pública??? E quando será??? Ou pensa que o assunto vai cair no esquecimento???
Enquanto isso, na mesma semana, “o velho BOCA JUNIORS de guerra” bateu a LaU por 2 x 0. Enquanto isso, nós tricolores nos contentamos com as notícias do “carrão importado” do Fred e sua identificação com o Fluminense.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

PETER DESISTIU DO SÓCIO FUTEBOL???

CONSELHEIRO PC CUMPRINDO SEU DEVER ESTATUTÁRIO 16

Como muitos sabem, não todos, eu sou a favor da inclusão no Estatuto do FLUMINENSE da Categoria de “Sócio Futebol”. Inclusive fiz questão de expressar, publicamente na tribuna do Conselho Deliberativo, o meu apoio e admiração pela estrutura do projeto. Acho que foi, senão a melhor, uma das melhores ideias já apresentadas para o futuro do nosso Tricolor.
Claro que eu tenho algumas considerações a acrescentar, mas isto será (ou seria) feito no momento oportuno. Pelos acontecimentos, já não tenho mais a certeza se poderei apoiar e muito menos opinar sobre essa revolucionária mudança do nosso clube. Tudo porque se for verdade o que me informaram hoje, pode ser que o meu sonho de ver o FLUMINENSE com mais sócios que o Barcelona da Espanha ou o Porto de Portugal esteja morto antes mesmo de nascer. Chegou-me aos ouvidos que o Presidente Peter Siemsen teria dito a importantes figuras da diretoria, que este alvoroço e mobilização em torno desta campanha foram puro entusiasmo juvenil dos integrantes da Flusócio.
Eu me recuso a acreditar que nosso mandatário desanimou daquela que seria a sua grandiosa obra prima, seu gol de placa. Recuso-me a acreditar também que um projeto deste vulto tenha sido tomado por impulso de afogadilho ou improviso precipitado.
É imperioso que o Presidente se dirija aos Conselheiros, sócios e tricolores em geral e diga se realmente procede essa história de que foi induzido ao erro por sua corrente política, ou tudo não passaria de mais um disse-me-disse no clube. Aguardo ansioso que ele desminta o sepultamento do que seria a redenção do meu amado TRICOLOR DAS LARANJEIRAS.


Artigo  5  Inciso  IX  da constituição brasileira: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação independente de censura e licença”.
PAULO CESAR FERREIRA SOARES



   

quarta-feira, 6 de junho de 2012

As três falácias do presidente

Meus amigos,

Após a entrevista do Peter, no site do Sidney Rezende – SRZD – dia 17/05, se não tomarmos o devido cuidado, estaremos à beira do caos.
Não sei se alguns dos membros “espertos” da Flusócio (vide seu blog) que se aproveitam de um presidente tutelado ou se é um presidente irresponsável que se utiliza de garotos inconsequentes e imaturos. O fato é que estão todos empenhados, através de um discurso populista e maldoso, a induzir a torcida do Fluminense a pensar que a situação escabrosa por que passa o Clube deve-se aos seus sócios e conselheiros antigos. E mais ainda, tentam, através de um golpe em que se deprecia o valor do título de sócio, dar direito de voto aos que venham a se beneficiar dessa depreciação.
O Presidente atual, omisso e distante, que nunca frequentou o Clube e que pouco tem feito no sentido de reduzir sua dívida catastrófica – vide os salários absurdos que adota em sua gestão – vem a público afirmar que a torcida deva fazer parte da administração do clube “que tanto ama”.
São palavras do presidente.
“Esse projeto tem que ser um caminho sem volta. O conselho deliberativo tem obrigação de aprovar essa proposta. É imprescindível. Nosso desafio será colocar 50 mil sócios nesta categoria. Não tenho a menor dúvida que com isso não vendermos nossas promessas para pagar nossas dívidas. É nosso sonho. Eu sou um torcedor na presidência e queremos democratizar o clube o tornando ainda maior”.
Peter ainda convocou os torcedores que são sócios do clube a fazerem pressão para que o projeto seja aprovado no Conselho, alegando sermos os responsáveis pela dívida.
“Façam pressão por isso. Vamos ficar em cima de cada conselheiro, porque se isso não for aprovado vamos ter que repensar o Fluminense. Aqueles que estiveram na construção da dívida de 400 milhões não podem inviabilizar uma proposta fundamental para a oxigenação financeira do clube”.
É muita irresponsabilidade, cujas consequências são imprevisíveis. É uma atitude fascista. Jogar os torcedores contra sócios antigos, só na mente doentia de alguém. Hitler aplaudiria este comportamento. Incitar a torcida contra os associados e conselheiros infringe o Item IV do artigo 118 e é passível de penalidade.
Procurem saber, na história do Fluminense, quem, de alguma forma, contribuiu para essa dívida.
O Sócio Futebol, a ser criado, poder votar transcorrido um ano de contribuição é um verdadeiro absurdo. Como pode um sócio com mínima participação financeira, uma vez que lhe é dispensada a joia da admissão e cujas mensalidades correspondem a 1/3 ou ¼ do valor normal, almejar ter o direito, em tão pouco tempo, de interferir na gestão desse clube. Assim, então, com apenas R$ 360,00 ou R$ 480,00 um indivíduo compraria o direito de gerir uma instituição secular como o Fluminense. Tal proposta tem que ser veementemente rechaçada pelo Conselho.
A Direção, reduzindo o valor do título do clube, age de maneira similar ao dono de empresa que manipula o valor das ações com intuito de obter vantagens. Isso é um crime que na Bolsa de valores dá cadeia. Pois é isso que o presidente está propondo. Além do mais, várias falácias fazem parte desse discurso:
1ª. Falácia: O ‘projeto serviria para amortizar a dívida’. Como amortizar uma dívida de R$ 400.000.000,00 se a verba decorrente dos sócios futebol seria, não havendo nenhuma inadimplência, em torno de R$ 2.000.000,00 (cobrados 40,00 de cada um dos 50.000)? Quantos anos seriam necessários para amortizar essa dívida se toda aquela verba fosse destinada para tal? Se a dívida parasse de crescer ou não sofresse correção monetária (o que é absolutamente impossível), levar-se-ia 16,6 anos.
2ª. Falácia: O ‘Internacional adotou esse projeto’. Mentira! O Internacional não tem sócio futebol. Entrem no site do Internacional e vejam seus estatutos. Tem é sócio patrimonial que é muito diferente.
3ª. Falácia: O ‘sócio futebol somente poderia frequentar o bar temático (qual?) e as arquibancadas’. 50.000 sócios que dificilmente o clube acomodaria, certamente elegeriam quem eles quisessem e certamente seriam eles que comporiam o Conselho Deliberativo. Ou não? Será que eles podem votar, mas não poderão se votados? Quem garante? E, sendo eles, apenas sócios futebol, se nem podem frequentar as demais dependências do clube, como designariam os vice-presidentes de Esportes Olímpicos e o vice-presidente Social? Meus amigos, uma vez ocupado o Conselho eles serão onipotentes e onipresentes. Sem essa de poderem frequentar apenas a arquibancada e o famoso inexistente bar temático.
A nós, sócios antigos, somente nos restará entregarmos as chaves e irmos embora.
Alguns sócios que contribuem com R$ 120,00 por mês, já levantaram a hipótese de migrar de sócio contribuinte para sócio futebol. Essa diretoria vem trabalhando no sentido de cercear cada vez mais as disponibilidades de seus associados. Onde está o salão de jogos sociais? Onde, a biblioteca? Onde, a sala de leitura? Onde, o restaurante? Onde, a banda larga? Onde, o projeto dos espaços? Já que o Fluminense cada vez mais oferece tão pouco porque não pagar menos? Acho que muitos pensarão da mesma maneira.
A desvalorização do título de sócio é a única coisa que esse projeto insano poderá proporcionar.
Numa situação política favorável seria até conveniente uma mudança dos estatutos que permitisse a criação de outras categorias especiais de sócios que pudessem até ter o direito de votar, mas transcorridos no mínimo 5 anos.               
Na situação caótica porque passa o clube qualquer mudança nos estatutos é uma afronta e um perigo. Não podemos agora, em hipótese alguma, deixar que os estatutos do clube sejam modificados.
Espero que no final a lógica prevaleça. Conto, inclusive, com os amigos mais lúcidos da Flusócio.
Quero deixar claro que ao criticar a Direção como tenho feito, enumerando todos os seus erros, falo, como sempre falei, única e exclusivamente em meu nome.

Saudações Tricolores,
Paulo Cesar de Carvalho Studart
Sócio Proprietário e Conselheiro  
        

Massa de Manobra Tricolor

O conselheiro Paulo Cesar Ferreira Soares, o “PC”, divulgou seu boletim nº 14. E destacamos algumas partes com sérias reflexões sobre o nosso Fluminense. Abaixo algumas delas:

Massa de Manobra
Massa de Manobra se refere ao conceito de violência simbólica, onde a sociedade é conduzida por uma ideologia dominante, se anulando enquanto ser histórico e protagonista.
Traduzindo, massa de manobra é um grupo de pessoas que são motivadas por uma opinião ou ideologia pré-formada por um grupo político, mídia, ou de outra forma, para fazer passeatas ou movimentos para defenderem a ideologia sob a qual estão influenciadas. É como se fosse um gado que os vaqueiros conduzem para onde querem.

E o conselheiro PC continuava com sua explicação sobre a massa de manobra no Fluminense:

Isso é a mesma massa de manobra, pessoas que não sabem a que vieram e nem sabem para onde vão. Só sabem que vão ao sabor dos conselhos dos dirigentes dos movimentos e ideologias dos quais participam ou seguem.
Ou seja, massa de manobra é o grupo de novos candidatos a sócios do Fluminense que certos espertalhões, travestidos de salvadores da Pátria (do clube), estão tentando formar com “promessas” vantajosas. Espertalhões estes que invadiram o clube, hoje recebendo altos salários e que estão tentando tomar o poder a qualquer custo. Muitos dos membros da base aliada, que participaram da campanha do atual presidente, hoje estão empregados no clube recebendo benefícios que dão inveja a muitos executivos de grandes multinacionais.
Como as eleições para presidente do Fluminense acontecerão em novembro de 2013, o atual presidente já está colocando sua tropa de choque nas ruas (nas arquibancadas) com o nítido objetivo de trazer novos eleitores para o quadro social. O argumento fajuto de aumento no número de associados visando aumento nas receitas do clube não satisfaz. Todos nós sabemos que o problema do Fluminense nunca foi receita e, sim, despesas. Tudo que entra sai e de forma descontrolada. Empréstimos em bancos, Adidas, Unimed, feitos pelo atual presidente já estão fora de controle. Antecipações de receitas de televisão (2013) já foram gastas e não se sabe onde. Grande parte da dívida atual (R$ 430.000.000,00) se deve a este que hoje dirige o Fluminense, que quando vice presidente jurídico, por omissão, falta de tempo e dedicação (disse em plenário que tinha família e que não poderia viver para o Fluminense) contribuiu com esse número. Quando o atual presidente assumiu o clube em dezembro de 2010 encontrou uma dívida de R$ 360.000.000,00. Em dezembro de 2011, um ano depois de assumir, a dívida chegou a R$ 430.000.000,00.
Analistas da área prevêem uma dívida de mais de R$ 720.000.000,00 para o fim do mandato, em dezembro de 2013. E de quem será a culpa? Será ainda do Fischel, do Horcades?
Creditar esta dívida na conta dos que estão lá há mais tempos, é querer jogar o pobre torcedor inocente contra aqueles que ajudaram a escrever a história do Fluminense. Se hoje o Fluminense tem uma história, deve-se aos que chegaram lá primeiro.
Massa de manobra tricolor é isso. Pessoas de bem, porém inocente, sem conhecimento do que realmente é verdade, que não têm consciência dos problemas políticos, sociais e financeiros do clube e que se deixam levar por entusiasmo provocado por balelas de dias melhores. Pessoas de bem, que são subjugadas através de cabresto por um grupo dominante que, com nada menos do que interesses pessoais, almejam perpetuar-se no poder.
O que ocorre, está claro isso, é um movimento demagógico, de aliciamento rasteiro, na tentativa de dominar grupos de torcedores fanáticos usando, justamente, a paixão tricolor.
Não passa de um moimento sem legitimidade, já que não é motivado pela vontade de cada indivíduo dentro do grupo e, sim, pela manipulação de falsos líderes interessados em tomar de assalto o Poder Diretório do FLUMINENSE.
Em relação ao Brasil, o ex-presidente Collor de Mello era o símbolo da modernidade. Não é preciso lembrar, pois todos nós sabemos bem o que fez e qual foi o seu fim.
Em relação ao FLUMINENSE, também já vimos este filme. Quando “os homens de preto” assumiram o clube, fomos para na 3ª divisão do Campeonato Brasileiro.




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