Parte 5 – Pedido de esclarecimento ao Conselho Diretor
Sugiro aos amigos que leiam com atenção a mensagem do conselheiro Luiz Antonio Barbosa datada de 14/04/12 e publicada no Blog Cidadão Fluminense:
Gostaria de perguntar ao conselheiro se alguém da atual administração respondeu às dúvidas por ele levantadas sobre os números apresentados no Balanço de 2011, porque eu até o momento não consegui com base no material que me foi disponibilizado obter tais esclarecimentos. Pelo contrário, à medida em que dou sequencia ao meu trabalho mais dúvidas vão surgindo, existem muitas contradições entre os números apresentados no balanço, se analisados em conjunto com a DRE, o fluxo de caixa e as notas explicativas.
Entendo que o senhor como conselheiro deveria formalizar essas dúvidas junto ao presidente do conselho deliberativo, e se for necessário anexar em parecer técnico assinado por um profissional da área, me coloco à sua disposição para elaborá-lo.
Em 31/12/09 a dívida total apresentada no balanço do Fluminense era de R$ 338,9 milhões, gerando um montante de despesas financeiras em 2010 de R$ 32,1 milhões, equivalentes a 9,49% ao ano.
Em 31/12/10 a dívida total apresentada no balanço do Fluminense era de R$ 382,1 milhões, gerando um montante de despesas financeiras em 2011 de R$ 24,7 milhões, equivalentes a 6,47% ao ano.
Ou seja, apesar de ter um acréscimo de R$ 43,2 milhões no seu Passivo, a despesa financeira do Fluminense em 2011 foi reduzida em R$ 7,4 milhões, gerando uma suposta economia que acabou sendo justificada para cobrir os excessos das despesas operacionais em relação ao orçamento no montante de R$ 15,8 milhões. Na realidade a economia em despesas financeiras apresentadas no Balanço foi de R$ 13 milhões, o que com certeza precisa ser devidamente esclarecida.
Cabe aqui um esclarecimento, que no meu conceito de “despesas financeiras” estão incluídas as chamadas “despesas tributárias (atualização)” que na verdade correspondem aos Juros Selic / Timemania e ao Juros / Multas / Recolhimento em Atraso de Impostos.
Durante muitos anos me chamou a atenção aquele montante alto que aparecia nos balanços do Fluminense como “despesas tributárias”. Quem trabalha no mercado financeiro sabe que os tributos lançados naquela posição da DRE correspondem ao imposto de renda e a contribuição social, dos quais o clube está isento. Os tributos incidentes sobre a receita bruta aparecem na DRE logo abaixo destas como “Deduções”, enquanto que os tributos incidentes sobre a folha de pagamento são lançados como despesas operacionais.
Mais tarde quando tive acesso à um orçamento analítico do Fluminense, pude perceber que as chamadas despesas tributárias, que no balanço de 2011, passaram a ser chamadas ”despesas tributárias (atualização)” na verdade correspondem aos juros e multas sobre tributos devidos, estando desta forma enquadrados no conceito de “despesas financeiras”.
E só não incluo também as chamadas provisões para contingências no conceito de despesas financeiras, por ainda não ser possível comprovar todas as evidências, o que espero obter ao final dos trabalhos.
Milton Borges
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