domingo, 28 de fevereiro de 2010

Reunião do Conselho Deliberativo - 26/01/10 - ("Segunda Parte")

REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB – 26/01/10 – (“Segunda Parte”)

SEGUNDA REUNIÃO: PATROCÍNIO DA UNIMED

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “A primeira reunião, reunião Extraordinária então está encerrada. Vamos partir pra segunda reunião da noite. É... O primeiro tópico: Fluminense Futebol Clube e a Unimed. Então, pediria que o Conselho Diretor fizesse já a explanação sobre o contrato”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Quero esclarecer dois pontos fundamentais, que exigiria o interesse geral do Conselho, mas eu vejo que a plenária está esvaziando. Também eu gostaria de solicitar que presidente do Conselho Diretor, Dr° Roberto Horcades, a pedido do presidente do Conselho Deliberativo, que ficasse na reunião até o final".

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Senhores conselheiros, por gentileza, tem um orador aqui na tribuna. Por gentileza, Presidente Horcades, o conselheiro está na tribuna. Vamos ouvi-lo. Ele está fazendo uma solicitação”.

O Conselheiro Fernando Leite, disse: “Gostaria que ou o presidente permanecesse até o final da reunião ou nomeasse alguém do Conselho Diretor que ficasse aqui capaz de esclarecer as indagações sobre futebol que eu farei aqui nesta tribuna. Então, eu gostaria que fosse deliberada da presidência, que ficasse ou o presidente do Conselho Diretor ou alguém que tivesse conhecimento sobre o futebol, adiantando que o tema que vai ser tratado por mim nesta tribuna é assuntos gerais sobre futebol. Então, eu gostaria que essa solicitação fosse feita. Para não acontecer o que aconteceu aqui na última reunião. Eu fiquei aqui até uma e meia da manhã e não tinha mais ninguém do conselho diretor para responder à pergunta que eu fiz no início da reunião”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Então foi feita... A sessão da reunião Extraordinária está encerrada. Vamos entrar na segunda reunião. O primeiro ponto é a explanação do Conselho Diretor sobre o contrato de parceria entre o Fluminense e a Unimed. Pois não, conselheiro”.

O Benemérito Marcos Furtado, falou: “Eu queria neste momento aqui prestar uma homenagem ao Conselho desta casa que atuou como deveriam atuar todos os conselheiros. O Conselho Fiscal do Fluminense Football Club, com a presença do Renê, do Melo e do Ênio, teve um comportamento que deve servir pra gente como uma aula de como os conselheiros do Fluminense devem se comportar. Independente de caminhos políticos que cada uma de nós tem dentro desta casa, vocês mais uma vez mostraram ao Fluminense o que é ser verdadeiros tricolores. Ninguém mais do que ninguém, ninguém menos do que ninguém. Então, faço questão do registro. Gostaria que ficasse consignando em Ata o meu aplauso, que eu espero que seja de todo o Conselho Deliberativo do Fluminense ao Conselho Fiscal do Fluminense, na figura dos senhores três grandes conselheiros que essa casa possui. Muito obrigado pela participação de vocês”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Eu acho que as pessoas não entenderam quando eu pedi para colocar os ausentes. Eu acho que isso aí sei, essa condução está equivocada. Quando eu fiz uma questão de ordem ignorada pelo Álvaro. Porque é o seguinte: quando você assina um livro de (presença) tem ali datilografado a sua rubrica, o seu nome, nitidamente. 141 presentes, então você vai na quantidade de presentes. O que pode ocorrer inclusive, pela manifestação ali, pessoas votarem sem ter assinado o livro. Então, foi isso o que eu perguntei. Então, tem propriedade o que eu falei. Apesar de que, alguns membros da situação que gostam de fazer sarcasmo. Eu só queria agradecer a oportunidade de poder me explicar porque eu falei dos ausentes, para colocar quantos ausentes. Eu queria fazer um comparativo. E falo para o senhor, que para evitar fraudes, que a votação não seja mais por todo o conselho e, sim, pelo livro de assinatura. Porque aí, sim, nós temos a nítida impressão de que não está havendo fraude. Agora, se não seguir o livro geral, aí eu sento lá e voto sem ter assinado”.

O Segundo Secretário Oswaldo Peniche, disse: “António César, o primeiro secretário Álvaro fez pelo livro de chamada”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Então, ele podia ter falado que uns estavam ausentes e outros se retiraram. Então, o professor Álvaro errou. Ele tinha que falar de todos que se retiraram. Se for pelo livro de chamada, se alguns foram classificados de ausentes e outros de retirantes”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Vamos agora começar a explanação do contrato da Unimed com o Fluminense”. Senhoras e senhores, o conselheiro Carlos Henrique Ferreira.

O Benemérito e Vice-Presidente de Finanças, sr° Carlos Henrique Ferreira, disse: “Antes de entrar no assunto do contrato com a Unimed em que vou convidar Dr° Humberto Palma pra fazer a explanação dos termos principais desse contrato, eu quero reforçar as palavras do Dr° Marcos Furtado em relação ao nosso Conselho Fiscal. Nosso Conselho Fiscal é impar. É profissional, é sério. Independente de partido político. Eu também agradeço muito e teço os maiores elogios. E isso me deixa tranquilo quando o conselheiro Antonio César veio a essa tribuna e falou em escamotear valores, documentos. O Conselho Fiscal nosso não deixa. Há integridade nos homens que dirigem o Fluminense. E tem mais: existe toda uma auditoria externa, que olha documento por documento dentro dessa casa. Tem erros? Existem erros. Errar, todo mundo erra. Agora, escamotear? Escamotear eu entendo como preparar documentos, como falsificar documentos. Isso absolutamente não existe dentro do Fluminense. O nosso Conselho Fiscal é nosso parceiro. E parceiro de todos os senhores conselheiros. Eu infelizmente não... eu repudio essa sua declaração. Por favor, Dr° Humberto Palma, eu gostaria que o senhor fizesse a explanação sobre o contrato com a Unimed”.

O conselheiro Antônio César, disse: “Olha, quando eu falei em escamotear, o contexto foi muito claro. E o senhor foi muito extremamente maldoso. Isso está sendo gravado. Eu não tenho medo de gravação. Pode vim! Eu não tenho medo de perseguição. Se estão querendo me perseguir, se o conselheiro está querendo manipular para querer fazer alguma coisa. Eu não citei nesse contexto, eu citei em outro contexto. Falei inclusive que eu não tinha condições de afirmar. E você colocou como se eu estivesse afirmando taxativamente. Eu repudio a sua mesquinha malvadeza. Porque não foi nesse sentido não, conselheiro. Estou olhando dentro dos seus olhos: você foi maldoso. Eu não sabia desse seu traço de personalidade, não”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Senhor presidente, quando eu solicitei alguém do Conselho Diretor para que me desse um esclarecimento sobre assunto futebol. E o presidente me chamou e perguntou da possibilidade se o assessor da presidência, meu amigo Dr° Marcelo Penha possa responder no lugar dele, por mim não há o menor problema, se ele souber do assunto”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Mas o Estatuto tem um artigo que diz que na ausência do presidente, um vice-presidente tem que ficar representando ele. Mas tudo bem. Marcelo Penha, o assessor dele, fica também. Fica o vice-presidente e o Marcelo Penha”.

O presidente do Fluminense e Benemérito, sr° Roberto Horcades, disse: “O que acontece é o seguinte, o presidente que estaria em exercício é o Ricardo Tenório, que não está. Está ai na nossa estrutura, como gestor, que é o Mario Bittencourt. Mas o Mário não foi homologado ainda na reunião do Conselho, não está liberado para isso. Então, quem sabe o assunto específico sobre futebol, e com o aceite dele, acho que é o Marcelo Penha. Ele é o meu assessor sobre futebol.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Perfeito. Tem que ficar um vice-presidente também o representando e o assessor”.

O presidente do Fluminense e Benemérito, sr° Roberto Horcades, disse: “Quando houve aquela solicitação do Fernando em relação à saída do Carlos Henrique Correia. Os episódios que aconteceram no jogo com a LDU, aquela coisa toda. O Conselho Diretor achou por bem, depois de se reunir. Isso está em Ata em reunião do Conselho Diretor, tendo em vista que foram feitos dois ‘Termos de Ajuste de Conduta’ (TAC). E em nenhum deles o Carlos Henrique (Correia) foi arrolado como culpado ou sequer suspeito de alguma coisa. O Conselho Diretor assumiu ao... Carlos Henrique exatamente por isso. Primeiro, porque não havia prova. Segundo, porque o Conselho já o considerava como pessoa idônea. Já de algum tempo e com toda uma história de passagem pelo clube. Então, isso aí, o Carlos ficou de colocar. Mas infelizmente não deu tempo porque fizeram um jogo de empurra e deixaram ele pra último para falar e ninguém é de ferro”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “É... Só pra lembrar presidente, naquela reunião às oito e meia da noite...”

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Isso é uma outra reunião. Pois não, conselheiro. Pois não conselheiro. Pois não. O conselheiro Fernando César está terminando já para nós entrarmos já no contrato Unimed”.

O conselheiro Fernando Leite: “Senhor presidente, primeiro: naquela reunião, às oito e meia da noite eu pedi a manifestação do Carlos Henrique Correia, do Carlos Henrique Ferreira, e ele não se sentia preparado para responder naquele momento e pediu para falar no final de tudo”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiros, por gentileza. Vamos respeitar. Tem um conselheiro na tribuna”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “E segundo, presidente. A sua explicação aqui foi em relação aos fatos acontecidos na venda de ingressos na Libertadores. (...) Mas a minha indagação não foi essa. A minha indagação foi em relação à entrevista lançada no globo.com, onde o Carlos Henrique Correia fez sérias acusações, fez sérias menções a conselheiros do clube, um dia antes da votação do relatório. A minha indagação é essa: se isso foi considerado pelo Conselho Diretor um ultraje ao Conselho Deliberativo? Eu confesso que me senti ultrajado. Justamente porque eu era membro da comissão e me senti ultrajado. Praticamente tudo que ia ser discutido naquela reunião já estava vazado pelo globo.com. Então, eu me senti ultrajado, eu e meus colegas... O Melo também da comissão... E eu me senti ultrajado porque isso era para ser discutido aqui. O fórum previsto pra discussão era o Conselho Deliberativo, não o site da globo.com. Eu estou falando de mim, conselheiro Fernando César Reis. Eu me senti ultrajado pelo funcionário que foi ao globo.com. Aí vão dizer: ‘não ele foi fazer uma defesa’. Perfeitamente. Mas a defesa dele não podia avançar até o direito do Conselho Deliberativo, que era discutir essa matéria em data, hora e local apropriado. Essa foi a minha indagação. Se o Conselho Diretor, mediante tudo isso que aconteceu, não tomou nenhuma providência? Perfeito! Eu acho então que... Estava ciente do que aconteceu. Se isso, não tem nenhuma providência a ser tomada, lamento. Mas eu, como conselheiro, me senti ultrajado”.

O presidente do Fluminense e Benemérito, sr° Roberto Horcades, disse: “Mais uma vez é lamentável a intenção ou não de querer tumultuar a coisa. O que você escreveu, está escrito por você, Fernando. Está escrito na carta. Está escrito na carta que você solicitou providências sobre o fato. E o que quê aconteceu? O Conselho Diretor, sobre esse aspecto que você está falando marcou uma reunião. Houve uma reunião do Conselho Deliberativo. E o Carlos Henrique esteve aqui, e se defendeu publicamente. Perante o Conselho. Ou você está esquecendo disso? Aprende a escrever o que você quer”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Presidente, Roberto Horcades. Eu entendi o conselheiro Fernando César. Ele quer saber por que o Conselho Diretor não demitiu o Carlos Henrique Correia.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Eu não escrevi nada, presidente. Que carta? Eu fiz uma solicitação aqui, uma reunião antes, neste microfone. Eu não escrevi carta nenhuma. Mas tudo bem, eu estou satisfeito com a resposta”.

O Benemérito e Vice-Presidente de Finanças, sr° Carlos Henrique Ferreira, disse: “Senhores conselheiros, vamos assistir a explanação do doutor Humberto Paulo em relação ao contrato da Unimed”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “No dia 29 de dezembro de 2009, isto é, há vinte e poucos dias atrás, nós sentamos com o pessoal da Unimed e renovamos o contrato com o Fluminense por um ano. De primeiro de janeiro a 31 de dezembro de 2010. Os principais pontos do contrato... O contrato é muito parecido com o contrato que já vinha valendo há alguns anos. Tem algumas coisinhas diferentes que eu quero mostrar a vocês. A abrangência do contrato envolve o uniforme de jogo, treino e uniforme de passeio, que são os uniformes usados em viajem. Inclui os jogadores e as comissões técnicas. Inclui o futebol de campo masculino, sendo todas as categorias: profissionais, juniores, juvenil e infantil. Inclui também o futebol de campo feminino e o futsal masculino.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Senhores conselheiros, por gentileza”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Como eu disse, o contrato é de 12 meses, encerrando em 31 de dezembro de 2010, podendo ser renovado por três anos a cada ano. A cada ano você pode renovar por mais um. Ele tem um aviso prévio de 30 dias. Isto é: o Fluminense tem que se manifestar se pretende renovar o contrato com a Unimed. Desde que não tenha dívida. Se permanecer essa dívida, que hoje está em cerca de R$ 6 milhões, no ano que vem se interessar a ela (Unimed), ela pode renovar por mais um ano.

PERGUNTA DA PLENÁRIA: “Humberto, se você tiver a proposição do pagamento da dívida, acaba”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Exatamente. A gente tem a opção de até 30 de novembro pagar a dívida. E renunciar o contrato. O valor do contrato que foi feito de patrocínio é de R$ 1.978.245,70. O que é isso, na verdade? Isso aí foi pego o valor da dívida, de R$ 6 milhões e 200, essa dívida... Ela foi dividida em 48 vezes aplicando 1% ao mês de juros compostos em que você tem um valor de prestação mensal de R$ 164 mil. É claro que se a gente renunciar o contrato, a gente traz o valor pra valor presente na época e liquida o passivo. Nós devemos 6 milhões à Unimed. Muito bem: quando você vai comprar um carro e o carro custa R$ 20 milhões, você diz assim: ‘eu preciso pagar em 48 meses e a taxa de juros é 1%’. Aí eles vão lá naquela maquininha para ver lá e calcular quanto é que você vai pagar por mês. É exatamente isso, muito bem. A contrapartida disso é o valor do patrocínio. Então, pra todos os efeitos, o patrocínio do Fluminense, veja bem... eu vou completar depois... mas em termos de patrocínio o valor é de 1 milhão 978/ano. Muito pouco, não é? Depois a gente vai ver. Em contrapartida a gente não vai receber isso porque a gente tem uma dívida. Então, mata uma coisa com a outra. Tô pagando a dívida, certamente. Caso a gente renove por mais três anos sucessivamente, a gente... Certo? Aí tem um detalhe novo. Tem uma garantia de investimento, que não havia, de R$ 15 milhões. Então, antes como é que funcionava? Se houvesse algum desentendimento entre a Unimed e o Fluminense, a Unimed simplesmente não aportava mais investimento nenhum. Hoje ela é obrigada, neste ano de 2010, a investir R$ 15 milhões. A verdade é que esse valor é mais de 20... o contrato dos jogadores, a comissão técnica, considerando luvas... A Unimed está aportando no Fluminense mais de R$ 20 milhões de reais. Porém, tudo é de jogador, de comissão técnica. Não entra caixa para o Fluminense.

(INTERVENÇÃO de conselheiro)

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho só, por favor. Acho melhor o Dr° Humberto terminar e depois o conselheiro que quiser vai à tribuna e faz a pergunta”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Então, isso aí nós incluímos no contrato com a finalidade de garantir um mínimo de investimento para o Fluminense. Então se você considerar esses R$ 15 milhões mais R$ 1 milhão 978 do patrocínio, que ele não paga a gente, mas abate a dívida. Nós temos um contrato garantido de praticamente R$ 17 milhões de reais. É um bom patrocínio, em termos de valor. Pode se discutir é o problema do caixa, que não entra. Tem o jogador. Aí é discutir modelo. É uma boa discussão aí, e longa. Essa dívida, em 30 de dezembro, na hora de fazer o contrato, era de R$ 6.260.151,81. Muito bem. É... Por que quê nós renovamos o contrato? O modelo, que está montado, de patrocínio, é um modelo montado em pagamento de imagem de jogador. Então, quando você chega em dezembro de qualquer ano e começa a negociar o contrato, o patrocinador diz assim: ‘espera aí eu tenho aqui 20 milhões...’ O Fluminense paga 20 a 25% do valor e a Unimed 80, 75, 80% essa é a média, muito bem. A pergunta é o seguinte: ‘Como é que a gente desmonta (o contrato) da Unimed’?. Essa é a grande pergunta. Pra desmontar isso, é preciso começar a desmontar agora. Como? Primeiro, pagando a dívida. Segundo, buscando um plano B: um patrocinador que pague. Então, quando chegar em novembro, em que a gente for obrigado a pagar o aviso prévio... Primeiro, tem que ter o patrocinador para pagar a dívida lá. Tem que pagar a dívida antes, não é? E temos alguém para bancar o time no ano que vem. Esse modelo aí, de R$ 20 e tantos milhões, é um modelo de luxo. Porque o Fluminense tem hoje cerca de R$ 15 milhões por ano de pagamento de salário dos nossos jogadores. A nossa parte são R$ 15 milhões. Esses R$ 15 milhões não são cobertos por patrocínio. O patrocínio é direto na imagem do jogador. Então, o que quê acontece? Esses R$ 15 milhões de salários que a gente paga sai do capital de giro do Fluminense. O modelo ideal é você ter um time de R$ 15 milhões e um patrocínio de R$ 15 milhões. Então eles te pagam R$ 1 milhão e pouco por mês, você vai lá e paga os salários. Fica equilibrado. O Fluminense não está equilibrado. O Fluminense tem que pagar do bolso dele o salário, do capital de giro dele, a parte que cabe ao Fluminense do salário dos jogadores. Isso é um modelo a ser estudado. A próxima gestão tem que pensar nisso. E nós aqui que estamos tocando o dia-a-dia, a gente precisa saber o que vai fazer durante o ano. Não é? Tenta renovar com a Unimed... De repente a gente não paga a dívida... A dívida é 1% ao mês. A dívida no banco é 2,5, 3%. Questão matemática. Então, é preciso saber desde já o que se vai fazer em 2011. Porque não adianta... Ninguém consegue chegar no dia 30 de dezembro e discutir um contrato... E quando o cara abre o contrato lá vai descobrir que tem R$ 20 milhões de jogadores contratado.

(INTERVENÇÃO DO PLENÁRIO)

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiros, por gentileza, vamos aguardar terminar a explanação”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Uma pergunta que poder ser feita: ‘Por que nós não conseguimos ao longo do ano de 2009 o plano B, para quando fosse discutir no final do ano já ter uma alternativa’? O Fluminense, ele não fez uma boa campanha em 2009. Nós passamos... Sei lá, vinte e cinco rodadas na zona do rebaixamento. O valor da marca estava muito difícil de se vender. Não é? Então a gente teve dificuldade de captar um patrocínio. Eu conversei muito com o Márcio ontem, e falamos sobre isso. Estava realmente muito difícil da gente captar um patrocinador nesse nível de valor. Então, a coisa foi se arrastando. E o Fluminense de repente começou a ter um grande valor de marca. E foi o que nos salvou. 11 jogos invictos. Aí, de repente mudou muito. Mas aí já estava em cima. Então, a gente tinha que decidir a dezessete dias do estadual o que fazer com o contrato. Então, tivemos a preocupação de fazer um contrato curto. O próximo presidente vai decidir o que fazer. A grande preocupação nossa, na área financeira, é que essa decisão tem que começar agora. Não é? Então, os candidatos hoje, à presidência do clube, talvez tenham que conversar um pouco comigo, com o Conselho Diretor. O que quê a gente faz durante esse ano? Porque são procedimentos diferentes. Ficar com a Unimed representa um procedimento. Não ficar com a Unimed é um outro. Inclusive, precisa ver como é que a gente vai fazer o pagamento da dívida. Então, praticamente o modelo está aí. Tem contratos feitos esse ano por três anos. Quando chegar em dezembro, a conta é mais ou menos esses R$ 20 milhões que a gente está colocando aí. São os mesmos. O Fred tem mais dois anos daqui a um ano. O Conca mais um. Julio César mais três. Então, essa mesma conta de agora, vai ser a conta de 31 dezembro de 2010. Então, para discutir em bases iguais, de forma mais favorável ao Fluminense, a gente tem que ter um plano B. E esse plano B pagar a dívida que vai ser novamente de R$ 6 milhões daqui a um ano”.

PERGUNTA DE UM CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, responde: “Então, esse é o cenário que a gente vai ter que trabalhar esse ano. E o caminho é saber se ficamos com a Unimed ou não ficamos com a Unimed”.

PERGUNTA DE UM CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, responde: “Não, não trocaríamos o credor. Eu acho o seguinte, se for o caso de trocarmos o credor, é por causa do modelo. A Unimed é um grande parceiro, não há dúvida disso. Do ponto de vista de marca, de merchandising até para o fluminense, de projeto, é um bom patrocinador. Eu não vejo muita vantagem de você sair da Unimed e ir para um outro dentro do mesmo modelo. Porque a gente não vai ganhar nada com isso. Agora, mudando de patrocinador, eu acho que ele tem que pagar a dívida. Pagar esses R$ 6 milhões pra gente poder sair do outro. A gente tem que arranjar R$ 6 milhões para poder renunciar o contrato. Senão, a gente não consegue. Então, o que a gente vai fazer com o Fred, o que a gente vai fazer com o Conca? Vai chamar o cara e vai dizer assim, pontualmente: interessa pra gente que você pague fulano, fulano e fulano como imagem. E o resto você paga a gente que a gente paga os salários”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Eu acho que essa questão de penhora, a gente não pode pensar muito nisso a longo prazo não. Nós estamos trabalhando cada vez mais para diminuir a possibilidade de penhora. Trabalhando nos valores mais altos. Então hoje, R$ 55 milhões dos 90, que virou 43, estão acordados e depende de nós pagarmos para não ter penhora. O que está acontecendo de penhora, por exemplo, na bilheteria do Maracanã, são aqueles entreveros que a gente não chegou ainda a negociar, que são os valores individualmente mais baixos. Mais ou menos R$ 600 mil reais individualmente. São esses que estão penhorando. Por que nós não conseguimos chegar neles ainda? Porque está difícil pagar o maior. Se você faz acordo, você chega naquele ponto de se não pagar é 100% de multa e execução direta. Então, às vezes é melhor deixar o cara penhorar uma renda no Maracanã de 30, 50 ou 100 mil reais porque você está pagando o passivo. (Alguém pode pensar): ‘Ah, o Fluminense não recebeu nada. Ficou sem dinheiro nenhum’. Não, não é bem assim. Nós recebemos e pagamos ao mesmo tempo. Então, a dívida está diminuindo. E esse é o único caminho que a gente tem: de diminuir a dívida trabalhista. Se não a gente não vai a lugar nenhum”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Encargo trabalhista? Não, não esses 15 é o investimento que ele faz. Esses 15 é uma obrigação deles investir. Não é o patrocínio. Patrocínio são os R$ 2 milhões. Então, esse investimento aí não é contabilizado no Fluminense. Isso aí ele paga diretor como imagem ao jogador. Até hoje ainda não tem nenhum processo que vincule qual o passivo pra ele. Por enquanto não tem. Sim, pois não”.

O conselheiro Pedro Carneiro pronunciou-se: “Boa noite, meu nome é Pedro Carneiro. Humberto, eu queria tirar umas dúvidas com você em relação a esse contrato. O contrato que o Fluminense tem com o atleta é com relação aquele contrato de atleta, de vínculo de trabalho, não é isso? E com a Unimed é o direito de imagem. Eu queria entender o seguinte: na rescisão de contrato com a Unimed... esse direito de imagem... esse contrato não é feito com a Unimed? O Fluminense então arcaria com o pagamento desse direito de imagem?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Paulo, disse: “Da parte referente à Unimed? Não”.

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Que são essa garantia de investimento anual de R$ 15 milhões?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, não. O Fluminense é responsável por aquilo que é registro dele. O funcionário registrado no Fluminense. O Fred, registrado pelo Fluminense, ganha o valor do salário do Fluminense. No caso de uma rescisão, o Fluminense paga em cima daquele valor. Automaticamente, o contrato do Fred com a Unimed fica rescindido. Agora, veja só: tem alguns casos em que a Unimed é obrigada a indenizar o jogador no caso de nós rescindirmos o contrato dele. O Leandro Amaral é um. O Fred também tem um negocinho lá também. Mas a maioria, automaticamente o Fluminense rescindiu, é como se fosse um contrato acessório. O principal termina, o acessório automaticamente está...”

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Você fala que ao término do contrato com a Unimed, o Fluminense não tendo mais o patrocínio dele, nós teríamos que sentar com o Fred, com o Conca... Seria no caso deles não aceitarem jogar pelo clube só com o salário deles, somente isso? Então, havendo uma rescisão, seria uma rescisão em cima desse salário, correto?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Exatamente. Do nosso salário”.

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Essa garantia de investimento anual, você está colocando essa garantia de investimento na nossa conta de patrocínio entre aspas. Então, pelo que estou entendendo, vendo isso, na realidade, é um investimento da Unimed até pra ela fazer uso da imagem desses atletas pra isso. Isso faz parte do contrato? É esse o ponto: O Fluminense gerir esse valor e definir contratação ou isso é feito pela Unimed?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Veja bem. O Fluminense vai administrar esse contrato de forma que nunca seja inferior, no seu total, a R$ 15 milhões. Então, digamos que o Fluminense esteja em primeiro lugar, está liderando tudo, é campeão e não precisa de jogador nenhum. Se o investimento deles estiver em R$ 14 milhões, ele é obrigado a pagar um a gente. Em dinheiro ou...”

PERGUNTA DE CONSELHEIRO NO PLENÁRIO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Quem define? Veja só: quem contrata e escolhe é o futebol. O futebol escolhe junto com o patrocinador”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Paulo, disse: “Mas eu digo o seguinte, a escolha é feita entre o futebol e o patrocinador. A escolha técnica, que estou falando. Resolvido que é aquele jogador, resolvido qual o salário e a forma de contratação, a forma jurídica, o modelo tem que passar pro jurídico. E no caso da parte desse salário tem que passar por nós no financeiro. Essa parte do salário do Fluminense”.

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Agora, só me permite eu dar a minha opinião voltada pra área... Aí você falou do departamento de marketing, o Daniel tá aí, que é onde eu tenho um certo conhecimento. A dificuldade de encontrar patrocínio, ela existe em qualquer lugar. Mas a gente também... E acho que o Fluminense precisa pensar nisso, Daniel. O Fluminense precisa ter armas para encontrar o seu patrocinador. O que seria isso? O Fluminense precisa se conhecer. O Fluminense desde 2002 não faz nenhum tipo de pesquisa pra poder ter elementos próprios, pra poder buscar patrocinador. A gente fica hoje se baseando em buscar patrocínio com o que a Rede Globo diz da gente com venda de cota de ‘pay-per-view’ ou algo do gênero. Isso é o maior erro do Fluminense. Eu acho que o Fluminense tem que batalhar pra poder ter elementos próprios de pesquisa e de índice de consumo de torcedor. Porque a gente pode não ser a maior torcida, mas há 8 anos atrás foi percebido na pesquisa qualitativa que o índice de consumo do torcedor do Fluminense é altíssimo. Você tendo números atualizados disso, você vai conseguir encontrar sim. Agora não tendo elementos concretos na mão para provar isso, realmente vai ser difícil. Tem que ser uma bandeira do departamento de marketing do Fluminense fazer pesquisa. Isso é fundamental. Porque senão a gente vai ficar ouvindo a Rede Globo dizendo pra gente: não, vocês foram décimo primeiro na venda de ‘pay-per-view’ Quando eles fizeram uma análise de venda. No pior momento que o Fluminense tinha. A partir dali para poder formatar o ranking deles. O que é uma coisa absurda. O Fluminense sempre foi um dos maiores vendedores de ‘pay-per-view’. E não é base de consulta a venda de ‘pay-per-vie’ de assinante antigo. Só se faz de assinante novo. Enquanto o Fluminense não se levantar contra isso, nós vamos ficar de cabeça baixa e vamos ficar aqui lamentando isso. O Fluminense tem que mudar a sua postura. Tem que ser mais forte. E buscar pelos seus direitos. Isso é a minha opinião, acredito que vários aqui também a tenham. Porque a gente é uma marca vencedora, sim, Humberto. O Fluminense passou por um período péssimo ano passado, por incompetência própria nossa, mas a marca continuou valendo bastante. O Fluminense foi à maior média (de público) nas últimas dez rodadas do campeonato brasileiro, dentro de casa. Então o Fluminense é uma marca vencedora. Agora, não tendo elementos pra gente pode lutar e mostrar ao... Que venha pro clube. Vai ser difícil vender realmente. Vai ser difícil. Eu fico muito triste vendo o que você passou agora em relação a Unimed, em ver que eles fazem até uma chantagem com a gente dizendo que: “Vocês tem que renovar com a gente, porque senão não vai dar’. Eu pensei que essa relação fosse um pouco melhor. Mas é triste mesmo, fazer o quê? Obrigado”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Pedro, só o seguinte. Imagina o seguinte: essa dívida que nós temos com a Unimed é uma dívida que ela assumiu com a gente e não tem avalista, não tem nada. O que se avaliza pra Unimed é o contrato que a gente tem com ela. Na medida em que a gente não tiver mais contrato, a Unimed vai ter que ir para a justiça se a gente não pagar. Por isso, que ela coloca como condição da rescisão o pagamento da dívida porque é a garantia que ela tem. Sob o ponto de vista empresarial, ela está correta”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Como? Dependendo do ponto de vista... Da visão... É: financeiramente nós estamos amarrados. Diante do que estou mostrando, está amarrado. Tudo que você não consegue desfazer num espaço de tempo pequeno é sinal de uma dependência qualquer. Então, no caso nosso com a Unimed, há essa dependência em função do modelo. Então, pra desmontar esse modelo a coisa tem que começar de agora, senão não vai desmontar”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Eu não sei. É preciso conversar com os candidatos pra ver qual é a visão de cada um em relação à Unimed. O que a gente vai fazer agora, vai dar o efeito seguramente no final do ano. Se a gente quiser sair da Unimed, tem que começar a desmontar desde agora. Porque senão ela vai apresentar a conta de três anos de contrato. E depois não vai ter como sair. A decisão tem que começar agora”.

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho pronunciou-se: “Humberto, você deu uma explicação muito boa, deixou muito claro o caso de jogadores com quem o Fluminense rescinde. E o Fluminense é responsável perante a justiça do trabalho, como dívida trabalhista, da parte que o Fluminense paga. O que seria direito de imagem pago pela Unimed, o Fluminense seria automaticamente rescindido. Não receberia nem do Fluminense nem da Unimed. Então, só uma perguntinha, que nós tivemos agora o caso do Fabinho, graças a Deus, o contrato dele chegou ao fim, foi embora. O Rui e o Wellington Monteiro acharam um destino lá e o Fluminense então ficou livre completamente de qualquer dívida com eles, não é isso?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Isso”.

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho, disse: “E o caso do Luiz Alberto e mais um dois ou três, uma parte só que era do Fluminense, o resto era direito de imagem?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Isso”.

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho, disse: “Então cai naquele caso: vai ter que responder, no caso do Luiz Alberto pra dar exemplo, ao Luiz Alberto por aquela parte que seria do Fluminense. A outra, não. Se existir direito de imagem, pagar direito de imagem ao Luiz Alberto é jogar dinheiro fora, na minha opinião. E a outra pergunta só: a gente ouve muito no noticiário que haveria uma ingerência grande da Unimed, com contratações, escalações e tudo mais, isso existe ou não existe”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Paulo, respondeu: “Olha eu... Veja só: eu sou da área financeira. Eu não vi ainda nenhum jogador ser colocado à força dentro do Fluminense. Eu não vi.”

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho, disse: “Isso é só, vamos dizer, conversa de jornal”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “É. O Fred, por exemplo, todo mundo que é torcedor gosta do Fred”.

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho, disse: “Todos nós o queríamos”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Todos nós queríamos. Tá, tá bom. O nosso assessor da presidência, Dr° Marcelo Penha, se precisar de algum esclarecimento em relação a futebol, o Dr° Marcelo Penha está aí à disposição”.

O conselheiro Oswaldo Cochrane Filho, disse: “Eu já perguntei o que eu queria, muito obrigado, estou satisfeito.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Obrigado ao senhor”.

O Presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho, conselheiro. Um minutinho. Estão fazendo perguntas aqui. Conselheiro Fernando César, por gentileza”.

O conselheiro Fernando Leite: “Humberto, duas perguntas. Primeiro: O contrato, já foi dito aqui por outra pessoa. Até acho que foi o Ademar que falou que foi uma questão até ética, que o contrato foi renovado por um ano. Mas eu ouvi... É aquela história: eu não vi o contrato então não posso dizer... Se eu tivesse visto o contrato não precisaria perguntar... Que existe uma questão da renovação compulsória unilateral da Unimed? Que a Unimed tem a prioridade pra renovar por mais três anos. Como é que funciona isso”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Se você não quer renovar o contrato... Você não é obrigado a renovar. Desde que o Fluminense pague a dívida de R$ 6 milhões e pouco na época e avise com o tempo necessário, o contrato está rescindido, não está renovado. Agora, no caso de a gente abrir uma concorrência e a Unimed participar, aí ela no empate ela ganha. Aí é leilão. A preferência representa valores e condições superiores ao melhor contrato. Isso quer dizer preferência. Não é só dizer assim: ‘Ah, você está recebendo R$ 15 milhões de dinheiro e eu tô botando 30 em jogador’. É diferente. Nas mesmas condições a preferência é dela. Desde que ela participe da concorrência. Agora, se você tem uma cláusula que diz que você pode rescindir o contrato, dadas algumas condições, desde que você cumpra essas condições, o contrato está automaticamente rescindido. O Marcelo vai esclarecer”.

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Boa noite, senhores conselheiros, senhor presidente, senhor secretário. Na verdade, o que ocorre: o que consta no contrato é que qualquer uma das partes, tanto o Fluminense como a Unimed, podem renovar o contrato ou renunciar o contrato em 30 dias. Na verdade, assim que reinicia o contrato e o Fluminense não quer mais... O Fluminense tem uma dívida com a Unimed que pode ser cobrada judicialmente. Nós podemos renunciar o contrato. (E dizer) ‘Não queremos mais’.. E a gente vai ter que chegar a um acordo para pagar a dívida ou eles vão cobrar a dívida na justiça. Isso é o que consta no contrato, não sei se esclareci. A gente não precisa pagar os R$ 5 milhões ou R$ 6 milhões, depositar em juízo, eles podem cobrar na justiça.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “O que a gente ouviu dizer, aqui a rádio corredor funciona muito, é que a prioridade da renovação era indiscutivelmente da Unimed. Foi isso que...”

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, respondeu: “Não”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Que esse contrato de um ano foi feito em razão do cumprimento do resto do mandato do Horcades”.

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, respondeu: “Nós temos uma parceria com a Unimed há mais de 10 anos, 12 anos. Iniciada até pelo conselheiro Benedito Sérgio, que foi o primeiro a fazer as tratativas de aproximação entre Fluminense e Unimed. O que ocorre é o seguinte: essa parceria existe há 12 anos. No caso que o D° Humberto falou, de uma concorrência, em que se apresentar uma proposta, eles têm um prazo para poder igualar a proposta e cobrir a proposta. Se a proposta for de R$ 30 milhões, eles vão ter que dar R$ 30 milhões. R$ 40 milhões, R$ 40 milhões. Se for renovado sem concorrência, é a garantia que o Humberto explicou, de R$ 15 milhões. Satisfeito agora”?

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Uma segunda pergunta para o doutor Humberto. A questão do futebol profissional em relação a Unimed nesse contrato. Não é isso. Ou seja, futebol profissional”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Incluindo a divisão de base”.

O conselheiro Fernando disse: “A minha pergunta objetiva é: em quatro meses passados até agora foram disputados dois campeonatos com transmissão pela Sport TV das divisões de base. Ou seja: a marca Unimed foi bem exposta nesse período. Tanto é que parece que o Fluminense chegou à semifinal do brasileiro. Então, bastantes jogos foram transmitidos pela televisão, pelo canal fechado, salvo me engano Sport TV. Acho até que a TV aberta também estava transmitindo. Qual é o repasse disso, desse investimento da Unimed, nessa parceria com o futebol, qual o repasse da Unimed pra Xerém? Já que nesses dois últimos campeonatos quem expôs bem a marca com vitórias e sucesso foi a garotada de Xerém. Eu quero saber o que é investido desse dinheiro desse contrato nas divisões de base em Xerém”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Pelo modelo do contrato, o Fluminense não recebe nenhum centavo. Esse ano, não. Zero. É o modelo. Aí a questão é entrar depois na crítica do modelo. É outra coisa. Pelo modelo o Fluminense não recebe nem pro profissional nem pras divisões de base, nada em espécie. Agora, a questão é o seguinte: como o contrato é um contrato de imagem, ele resolveu começar a pagar também a jogadores que vieram da base. Então, ele vai estender, não sei a que título, pagamentos ao Maicon, ao Alan, ao Digão. Esses que estão vindo da base vão começar a receber também um valor pequeno pela Unimed que vai fazer parte dos R$ 20 e tantos milhões. Por que? Pra evitar aquele negócio: a Unimed paga em dia, nós pagamos atrasados. Então, todos os jogadores do elenco do Fluminense vão ganhar alguma coisa pela Unimed. Esses que não têm contrato de imagem. Não sei se ele vai fazer contrato de imagem com Digão, com Maicon e com Alan. Não sei se o modelo vai ser imagem. Mas vai pagar alguma coisa pra eles. De forma que todos, no elenco, consigam receber alguma coisa da Unimed. Ter uma equalização maior”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Mas a minha pergunta é a seguinte: a partir do momento em que o Digão, o Maicon e o Alan saem da divisão de base e já incorporam o elenco profissional, eles já estão no patamar técnico de Fred, de Mariano... ou seja: são da equipe profissional do Fluminense. A minha pergunta mais objetiva é a seguinte: essa garantia de investimento anual se ela só se limita à contratação de jogadores? Porque pelo que passou... eu quero saber se essa garantia de investimento também é investimento na base. Eu acho que o Rui e o Orlando, até o Carlos Henrique tem problemas para resolver lá em Xerém, muita coisa... De repente acho que um aporte financeiro da Unimed dentro dessa garantia de investimento seria muito importante pra Xerém. Então, eu quero saber se existe dentro desse contrato alguma coisa... Bem já disse que não existe. Mas se existe uma possibilidade dentro dessa renovação por mais três anos que a Unimed ou o nosso próximo parceiro, olhe um pouquinho pra Xerém porque eu acho que é dali que pode sair o futuro e a salvação do Fluminense. Como você mesmo explanou aqui no orçamento. Que é com a venda de jogadores. Mas eu acho que o Fluminense tem que vender os jogadores no ponto certo, não pode vender nem antes e nem depois. A equipe de futebol, Marcelo e Mário eles são competentes nisso. O ponto certo para tirar o jogador do Fluminense para posterior. Ou seja: provavelmente o Welington Silva a gente não vai ver jogando profissional pelo Fluminense. Como outros jogadores. Então, acho que esse ponto certo tem que ser importante. E isso, com o aporte financeiro que a Unimed pode dar em Xerém, acho que ajuda bastante. Acho que isso tem que ser bem pensado pro futuro”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Concordo com o conselheiro Fernando. E durante as negociações nós tentamos conseguir uma parte em dinheiro. Foi tentado. Nós conversamos e discutimos muito sobre isso. Esse valor em dinheiro seria como se fosse uma manutenção em Xerém. Era um dinheiro carimbado que a gente colocaria em Xerém pra começar a ter uma manutenção melhor de Xerém, para resolver aqueles problemas todos que a gente sabe que Xerém tem. Mas nós não fomos felizes nisso. Ele (Celso Barros) bateu o pé, disse que o contrato dele é aquele e não teve muita saída. E não teve muita saída em relação a isso”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “O próximo inscrito é o conselheiro Fernando Simoni. O Benedito Sérgio foi citado, então ele vai falar antes. Então, Simoni por favor, logo depois”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Eu fui citado... Agora, o julgamento da história, desculpe eu não cumprimentar a todos, realmente é implacável. Eu imagino daqui a dois três anos eu vou ser o culpado de ter trazido a Unimed pra cá. Não é bem assim não. Hoje eu estranho muito que o patrocinador é credor do clube. Eu não quis participar da reunião do orçamento. Não quis. O contrato que foi feito numa situação em que o Fluminense estava numa situação muito difícil. Foi um contrato excelente na época, nunca foi renovado, nunca foi reajustado. Já não sou tão próximo da Unimed porque não me interessa mais ser. E a questão principal é o seguinte. Dentro do que está sendo colocado aqui que foi colocado pelo Palma. O Palma, uma questão muito simples. Dentro dessa avaliação, eu parto dessa questão. Porque eu não quero ser o algoz do Fluminense. A medida que a coisa se encaminha, nós estamos cada vez mais devedores da Unimed. Deve ter tido uma explicação antes, de que a Unimed tem um investimento extra. É do Fluminense esse investimento, ou é da Unimed. Eu não estou aqui para criticar a Unimed, acho que foi importantíssima a presença da Unimed conosco, mas eu acho que está sendo prejudicial a medida que quem tem que ganhar na minha concepção de tricolor é o Fluminense. Então, o aporte da Unimed se é para a Unimed, então não está me interessando hoje aqui. Justamente o contrário. E eu queria saber o seguinte: na questão da Unimed, o contrato ainda é o contrato original, quando nós estávamos na terceira divisão”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Não é o mesmo”.

O conselheiro Benedito Sérgio perguntou: “Não? Então ele está renovado já em bases do Fluminense... É Libertadores da América, essa coisa toda”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não entendi. Como assim”?

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Eu não sei, porque me chamaram, na realidade, pra dizer: ‘você está sendo citado lá como o culpado por isso’. Eu não sou culpado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Não, não foi não. Citou”?

CERTA CONFUSÃO

O conselheiro Benedito César, disse: “Vem cá, você é meu amigo pessoal...”

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Na verdade, quando eu te citei, foi neste sentido: ‘No momento mais difícil na história do Fluminense, nos 107 anos de história do clube... O Benedito Sérgio tinha um relacionamento muito bom com o presidente da Unimed. Então, na verdade eu quis elogiar você. Você foi uma das pessoas mais importantes de abrir as portas para trazer a Unimed àquela época. Se hoje, depois de 12 anos existiram alguns problemas, ou divergências na continuação de contrato, na feitura do nosso contrato, a minha única indicação aqui no seu nome foi no sentido de elogiar. Você participou, você ajudou o Fluminense num momento importante da vida do clube. Foi isso que eu quis esclarecer, jamais te colocar como algoz. Até mesmo porque, tenho que falar em opinião própria, eu acho que o contrato com a Unimed é um bom contrato (...).

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Então, obrigado pela sua intervenção, mas acho que o contrato hoje é nocivo ao Fluminense”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro Fernando Simoni”.

O conselheiro Fernando Simone: “É Simone”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Ah, perdão”!

O conselheiro Fernando Simone, disse: “Humberto são dois assuntos: uma pergunta e uma preocupação. Dentro desses R$ 15 milhões, a gente lê nos jornais, não sei se é verdade, você pode confirmar ou não. Muitas vezes os jogadores chegam ao Fluminense... De que houve a compra dos direitos econômicos do jogador com a ajuda do patrocinador. Isso aí é 50%, às vezes 30 ou o que seja. Se isso for verdade... No caso de um jogador que está dentro desses R$ 15 milhões, eu acho que sim. Se tiver no momento em que haja rescisão ou a venda desse jogador. Por exemplo, um jogador que tenha vindo com 50% da compra dos direitos que tenha sido feito com a ajuda da Unimed ao Fluminense. Como é que é feita essa remuneração? 100% pra Unimed, 100% pro Fluminense, 20%, 10%, por causa da vitrine. Quero saber se isso é feito ou não? O segundo assunto, aí você pode falar, é uma preocupação, quando você falou dos 30 dias que a gente vai ter que dizer ou não se vai querer o contrato, você falou no mês de novembro. As nossas eleições são em novembro, na segunda quinzena. Até lá, nós temos pré-candidatos, não temos nem candidatos. Muito menos presidente que possa assinar ou decidir qualquer coisa. Preocupa um pouco... Hoje mesmo nós tivemos disputa aqui, uma discussão de temporada, que é até a segunda quinzena, antes da segunda quinzena, na segunda quinzena... Então, acho que isso pode gerar algum problema porque... Trinta dias antes, início de novembro, não tem ninguém eleito, não tem ninguém para assinar nada. Nenhum candidato pra dizer: ‘Não vamos querer a Unimed ou não’. E o clube vai ficar preso porque quando tiver a eleição, já elegeu, já passou os trinta dias. Acabou: está preso com a Unimed. Então, existe essa preocupação que não sei como seria resolvida. Só isso. Queria que você me respondesse. Obrigado”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Primeira questão. Hoje, se você computar, luvas, que a Unimed paga; comissão de agenciamento; direitos econômicos, que ela paga. Por exemplo, o Willians... Se não me falha a memória... Marcelo, o Willians a Unimed comprou o direito econômico, não foi”?

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Direitos econômicos: Júlio César, Willians está emprestado e o Fluminense tem uma comissão, uma participação na venda. E o Everton e também o Leandro Euzébio no caso de negociação, o Fluminense tem um percentual”.

Pergunta de um conselheiro no plenário: “E o Thiaguinho”?

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Não, não foi pago. Pagar foi pago pelo Júlio César, Everton e Willians. O Thiaguinho não tem nem contrato com a Unimed”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Deixa eu só explicar uma coisa. Os valores que a Unimed coloca, é dividido em direito de imagem, que ela paga direto; agenciamento, que ela paga a quem trouxe o negócio; luvas, que ela paga ao jogador para ser transferido; e direito econômico que ela compra quando ela compra uma parte do valor econômico do jogador. Isso tudo aí, só de direito de imagem, que é o que interessa a gente, já tem R$ 21 milhões e meio. Só de direito de imagem. Ela paga tudo isso. Ela paga comissão, luvas e tudo. Então, respondendo a pergunta do Simone. Então veja bem, esses R$ 15 milhões é dinheiro que tem que estar dentro do clube. Pronto. Entendeu? Se ela, se baixar muito o nível... Na verdade você imagina o seguinte: se ela já tem hoje R$ 21 milhões e meio mais tudo isso que ela já pagou de luvas pra chegar a R$ 15 milhões em 11 meses é muito difícil. Sei que vai embora o Conca, vai embora o Júlio César, vai embora o Fred... É muito difícil. De qualquer maneira por contrato ela vai ter que entrar com os R$ 15 milhões”.

PERGUNTA DE CONSELHEIRO NO PLENÁRIO

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Se vender, ela tem um percentual normalmente de 80% do valor. E o Fluminense 20 pela vitrine. É mais ou menos o percentual do salário: a gente paga 20%, ela paga 80. Então, em alguns casos pontuais, não são todos, a maioria dos jogadores ela não tem nenhuma cláusula de que vai receber, mas alguns ela tem. E sempre na proporção de 80 e 20. O Fred é um negócio muito duro para o Fluminense e para ela. O Fluminense não recebe nada. E o Fred tem que devolver os salários todos ao Fluminense. E... No caso da Unimed tem uma multa lá que a Unimed paga. São dois ou três casos que tem essa da multa da Unimed com o jogador. O outro é o Leandro Amaral. E com relação ao que você falou das eleições... A coisa tem que vir desde agora. Porque se não se fizer nada, vai ser difícil pra quem assumir ter essa bomba na mão para discutir. Quer dizer: a coisa tem que ser feita agora. Ou num caminho ou noutro caminho. A decisão de ficar com a Unimed, nesse modelo, tem que começar de agora. Se não, é difícil desarmar. Se não tomar nenhuma providência desde já... É decisão... E que daqui pra frente... Caminhar na direção”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro Ademar Arrais”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Vou procurar ser bem objetivo em função do adiantado da hora. Eu anotei aqui quatro perguntas, mas acho que dá para ser rápido. Primeiro é o seguinte: a Unimed tem a exclusividade do patrocínio? Ou seja: eu Fluminense posso, por exemplo, botar a marca de outra empresa na camisa?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Não”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Não. A Unimed tem exclusividade. O Fluminense tem conhecimento, tem cópia, dos contratos feitos pela Unimed diretamente com os jogadores”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Fisicamente nós não temos esses contratos”.

O conselheiro Ademar Arrais disse: “Nós não temos esses contratos”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Fisicamente não. Nós sabemos, porque a gente participa da negociação. O papel, não temos não”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Nós não temos cópia dos contratos? Aí vai a terceira pergunta que tem a ver com isso. As negociações, como são feitas? Porque você tem aí a realização de dois contratos. Como é que elas são feitas na prática? Quem são os negociadores do Fluminense? Pela Unimed é diretamente o Celso Barros? Como é que é feito isso? E como são feitas as negociações? Elas são feitas separadamente ou em conjunto”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Veja só. Pela Unimed é o próprio presidente (Celso Barros) E pelo futebol são os representantes do futebol, no caso o gestor do futebol, o vice do futebol, o Marcelo Penha participa também. Agora, como é que é feito? O Fluminense tem um limite de salário para pagar. O Fluminense não paga mais... R$ 40 mil reais já é uma exceção. A média do Fluminense, o máximo que o Fluminense chega é trinta. É claro que no Fred a gente chegou a mais. Mas a média é trinta. Se o jogador quer ganhar R$ 200 mil, a Unimed vai ter que pagar R$ 160 a ele. O Fluminense, na maioria dos casos, é R$ 30 mil. Então, já parte do valor do Fluminense. A diferença, a Unimed paga”.

O conselheiro Ademar Arrais: “A vice-presidente financeira, ela só participa a posteriori ou ela participa de alguma forma nas negociações”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Ela é consultada em alguns casos, quando há necessidade de fugir aos parâmetros. O Fred, por exemplo, me perguntaram e perguntaram ao Carlos Henrique. Porque a gente teve que chagar a um valor mais alto no Fred, na parte do Fluminense. Então, o Carlos Henrique e eu, nós fomos consultados. E nós respondemos o seguinte: ‘está estourando o orçamento. Vocês vão ter que compensar em outros jogadores’. Foi isso que nós respondemos”.

O conselheiro Ademar Arrais: “Os contratos, do ponto de vista do modelo, você tocou muito no assunto modelo, e eu concordo plenamente: o contrato é bom, na realidade o que se tem que fazer é negociar com o patrocinador. Então o que se tem que mudar é o modelo. Agora, como é que tem sido isso? Eu queria perguntar para alguém que tenha participado dessas negociações. A Unimed tem se disposto a renegociar? Porque nós tivemos uma renegociação agora. Então, alguma idéia disso vocês devem ter. Ela tem se mostrado disposta a renegociar esse modelo, como é que está isso”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, respondeu: “Veja bem: essa última, foi a única em que eu participei, ela foi inflexível. Não foi fácil negociar com a Unimed, não. Porque ela tinha esses contratos todos na mão dela. Ela tinha o time do Fluminense todo na mão dela. Não teve como chegar a uma situação limite de discussão. Então, a gente tentou alguma coisa. Tentamos uma parte em dinheiro, que era justamente para reverter para Xerém. Mas ela foi muito clara e não queria modificar esse tipo de modelo”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “A minha última pergunta é a seguinte: ela tem participação em todas as vendas de jogadores? Ela paga o contrato de imagem e tem participação proporcional ao pagamento na venda, é isso”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não. Marcelo, como é que é feito isso? Explica aí”.

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Não, só nos casos em que a Unimed faz o aporte financeiro para compra dos direitos econômicos. Na verdade os direitos federativos vêm todos para o Fluminense. Nesses casos específicos e em casos de negociação, a Unimed tem participação. Ela aportou efetivamente dinheiro para a compra dos direitos federativos para o Fluminense e parte dos seus direitos econômicos. Por exemplo, para citar um exemplo só: o Gabriel, lateral direito. O Gabriel ele veio, a Unimed pagava a imagem do Gabriel e o Fluminense pagava o salário. Não teve aporte. O Gabriel saiu pagando a cláusula penal de R$ 1 milhão e 200 mil euros. 100% do Fluminense”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Eu só queria fazer um comentário final. Eu acho que nós aqui que vivemos o Fluminense, acho que a gente tem que lutar para que nas próximas gestões nós tenhamos um fortalecimento maior da vice-presidência de finanças e da vice-presidência até jurídica. Para que de repente contratos do futebol... porque o futebol vive muito aquela questão da torcida, nós todos somos torcedores e tal, só que há de se ter uma racionalidade maior. Não dá. Infelizmente a gente quer ter uma seleção aqui todo ano. Mas chega um momento que você tem que apertar um pouco a casa. E acho que passa por aí. Passa pela oitiva do jurídico e passa pela oitiva da vice-presidência de finanças. Acho eu isso de extrema importância. Eu fico muito preocupado, no caso do Fred, por exemplo. Em que o jurídico opinou e apresentou algumas... Porque isso pode não gerar repercussão agora, mas lá na frente gera. E aí, todo mundo paga a conta. E quem paga a conta final somos nós e nem aqui. Somos nós na arquibancada. Então, acho que daqui pra frente, acho que a gente tem que repensar tudo isso. E ainda vou dizer mais: Até a própria questão financeira no clube, nessa atual gestão, por mais críticas que eu possa ter, esse Conselho tem feito com que algumas questões viessem à tona. Esse contrato, por exemplo, é de 12 anos. É a primeira explanação que eu vejo do contrato em todo esse período aqui. Né? Mesmo o período em que eu não estava aqui no conselho, eu acompanhava. E jamais tinha visto uma explanação em relação ao contrato específico. Então, eu acho que a gente tem que cada vez mais aprofundar essa questão financeira porque é isso que está impedindo o clube de alavancar. Obrigado”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “O próximo inscrito é o conselheiro Antonio César”.

MANISFESTAÇÃO DA PLENÁRIA

O conselheiro Antonio César, disse: “Não, eu era o primeiro inscrito. É... Eu pedi ao Dr° Humberto pra repetir o que eu não tinha entendido. Eu não fiz pergunta. Ele repetiu com muita educação e confundiram isso com pergunta. Acontece o seguinte. A escamoteação está aí. Eu não tenho clareza. As coisas que... Está escondido. Há um esforço pra que se coloquem as coisas, assim. Mas não dá para ter clareza total e por isso fica escamoteado. Essa história da Unimed... Eu não gosto nem de falar da Unimed. O seu Celso Barros, que eu não suporto, é estranha... Porque culpar a empresa por causa do seu presidente eu não gosto de fazer isso. A figura do seu Celso Barros, que realmente eu tenho até um certo nojo dessa figura. Mas... está gravado, pode gravar. Eu fui o primeiro a chegar aqui e a denunciar esse senhor aqui e vou continuar sempre denunciando ele. Ele não representa, e não é um tricolor ilustre. Ele é um homem de interesses mercantis. E até respeito ele, como empresário, nesse sentido. Tudo bem, como empresário até respeito. É um cara que sabe como defender a sua empresa. Mas o amor dele pelo Fluminense não é igual ao nosso amor aqui, não, que estamos até essa hora discutindo essa questão. Isso eu questiono nesse homem. Então, Dr° Humberto, como o Ademar falou, nós temos algumas informações, mas algumas coisas eu sinto que o senhor mesmo não tem a informação, a clareza. Eu gostaria de ler. Tem a coisa da filigrana jurídica que está lá dentro”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pode perguntar, conselheiro”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Espera aí... Eu acho que tem um histórico que nem você conhece. Tem um histórico de vários jogadores que nem você sabe. Talvez você tenha a coisa mais presente. Mas o histórico, que acabou de sair. Talvez você não tenha essa memória histórica. Alguns têm aqui. Talvez você não tenha. Mas eu não estou te questionando, não. Agora, deixa eu fazer uma pergunta, na minha santa ignorância... Porque realmente eu tenho que confessar a minha ignorância. Eu não conheço nada. Nunca li nada. Eu estou tendo uma informação aqui, que você colocou ali, uma síntese, você está com um esforço aqui, procurando responder as pessoas. Na minha ignorância, vou fazer uma pergunta aqui a você. No contrato com o Fred, ele tem direito à imagem. O Fluminense paga. Nós encerramos o contrato com a Unimed, aí automaticamente é rescindido o contrato do Fred com a Unimed. O Fred vai ter alguma obrigatoriedade de continuar jogando no Fluminense? Nessa obrigatoriedade, o Fluminense vai ter que cobrir o que a Unimed paga a ele?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Vou responder. O Fluminense tem o direito federativo, o Fred seria obrigado a continuar jogando pelo Fluminense”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Pelo salário que o Fluminense paga a ele”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Pelo salário... Agora, o grande trabalho é fazer ele ter a motivação de trabalhar pro Fluminense pelo salário só do Fluminense. Esse é o problema. Agora, tecnicamente, ele é obrigado a continuar porque ele tem um contrato federativo com o Fluminense”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Bem, com relação à motivação, ele é um profissional, ele assinou um contrato e sabia dos riscos do contrato. Ele sabia inclusive que a empresa ia encerrar. Que tinha um prazo, que inclusive foi renovado agora só por um ano. Se ele é profissional inclusive tem advogados que o cercam. Ele tinha que ter perfeita consciência disso. Então, ele tem que ter muita motivação sim para jogar. Então, eu não concordo com essa sua argumentação, que não é jurídica”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Só um minutinho. O Fred colocou mecanismos no contrato que protegem, ele da Unimed. Ele colocou. Agora, a maioria não tem, não. Perde o contrato mesmo”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Volto a falar que tem coisa escondida, escamoteada. A Drª Roberta chegou aqui e falou: ‘não opinamos no contrato do Fred’. Até usou a palavra talvez... não sei se estou enganado... Nocivo... Lesivo... Que o contrato era lesivo e não foi contestado por nenhum membro do Conselho Diretor, o que me deixou bastante assustado. Então, Dr° Humberto, isso é que eu falo. Tem coisa escamoteada. Estou tentando. Estou sentindo esforço de você clarear a coisa escamoteada. Há um esforço grande, mas não me dou por satisfeito. Me dou por satisfeito de um requerimento que eu fiz e o presidente acatou. Eu gostaria demais... Eu gostaria que o presidente do Conselho constituísse uma comissão. Eu não preciso estar nela, tem até bons advogados, pra examinar esse contrato para chegar às conclusões que o senhor está nos dando aqui. O senhor dá as interpretações sobre o contrato. Eu não sei se é isso. Será que o senhor também não está enganado? Só lendo para ter a convicção real, só lendo. Vejo boa vontade, mas não saio com convicção aqui porque eu acho que não consigo ter elementos. Acho, conselheiro Ademar, avançamos. Você deu coisas que nós desconhecíamos totalmente. Agora o responsável por essa renovação foi... Eu só queria saber o seguinte: o Conselho Diretor logicamente aprovou. Mas o responsável... a comissão de negociação foi o Dr° Tenório, Dr° Mario Bittencourt e Dr° Penha? Não? Isso eu gostaria de esclarecer”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Os que participaram da reunião final foram o presidente Horcades, Dr° Marcelo Penha e eu”.

O conselheiro Antonio César, disse: “E o Dr° Mário e o Dr° Tenório, não participaram”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não estavam nesse dia. Eles sabiam o que estava ocorrendo”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Mas eles não participaram da decisão final do contrato”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Então, quem participou como técnico foi o senhor”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Como técnico fui eu e o Conselho Diretor foi comunicado e o presidente...”

O conselheiro Antonio César, disse: “Mas depois houve a decisão final do Conselho Diretor que aprovou. Mas estou falando dos que acolheram para depois submeter ao Conselho Diretor. Quem acolheu? Foi o presidente Horcades, o senhor como técnico e qual foi a terceira pessoa?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Dr° Marcelo Penha”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Também como técnico porque é contratado do clube. Então foram essas três pessoas. Dr° Mário Bittencourt e Dr° Tenório não participaram”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, eles sabiam de tudo que estava ocorrendo e o Tenório, como Vice de futebol, ele participou da reunião do Conselho Diretor que aprovou os termos do contrato de um ano”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Ele foi saber ‘a posteriori’ ou antecipadamente ele já sabia dos pormenores dos detalhes do contrato”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “O Conselho Diretor sabia das dificuldades, sabia que o caminho era mais ou menos esse que a gente fechou. O Conselho Diretor já estava pré-aprovando isso”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Pré-aprovando... Bem, eu louvo o esforço. Mas não me sinto ainda satisfeito. Presidente do Conselho Deliberativo eu proponho... Agradeço pelo senhor ter acatado meu requerimento. A explanação do Dr Humberto eu acho bastante esforçada, mas é interpretativo de algumas coisas que não sei se é real. Acho que ele interpreta alguns artigos do contrato. Eu gostaria de saber se realmente é aquilo. Eu gostaria de ir além. Eu gostaria que o presidente nomeasse uma comissão independente para examinar esse contrato e que pudesse dar um depoimento. Uma comissão independente de advogados desse Conselho. Eu nem me incluo porque não sou advogado. Mas tem advogados capazes, bons e independentes que podem falar: a interpretação que o Dr° Humberto deu aqui foi correta, só isso”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Próximo inscrito é o conselheiro Daniel”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “Boa noite presidente, boa noite conselheiros...”

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho só, conselheiros. Eu queria comunicar que o Segundo Secretário Osvaldo (...) teve que se retirar por motivo familiar. Então eu convoquei o conselheiro Otávio Sarmento para ficar aqui fazendo o papel de Segundo Secretário”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “O Pedrão tinha citado pesquisa, realmente o departamento de marketing precisa comprar pesquisa. E a gente tem algumas pesquisas que foram cedidas pra gente da Infomídia, da TNS, da Macro Sports. Essas pesquisas estão fazendo parte do nosso plano de patrocínio máster e a gente esse ano vamos procurar um possível novo patrocinador para o Fluminense. E a gente teve algumas surpresas nessa pesquisa em relação a Unimed. Quando a Unimed entrou 11 anos atrás, esse ano está fazendo 12, ela tinha 1,7% do mercado. Hoje ela detém 35,8% do mercado. A marca do Fluminense ajudou. Ajudou imensamente isso. A cada dólar investido na Copa Brasil, ela teve 35 dólares de retorno. Para cada dólar investido na Libertadores da América, ela teve 50 dólares de retorno. Então a marca do Fluminense é forte. Eu questiono inclusive uma pesquisa que veio da Trawn, que é um instituto de pesquisa britânico, que mostrou a nossa marca em décimo lugar. A primeira é do clube da Gávea e a segunda é do Corinthians, de São Paulo. Nós temos uma outra pesquisa também, do Instituto (IHSC), de estatísticas também da Inglaterra. Nós somos a quarta maior marca do Brasil. Foi assim impressionante. Nós estamos angariando essas pesquisas e montando uma proposta para gente poder oferecer ao futuro novo patrocinador, não só de futebol como também de material esportivo. Esse ano, não se esqueçam, que os dois contratos, tanto da Unimed quanto da Adidas, terminam no final do ano. Então, o departamento de marketing já está trabalhando para ouvir novas propostas tanto do material esportivo quanto do futebol, patrocinador. Ouvindo o financeiro, o futebol, o jurídico e o Conselho Deliberativo. Inclusive eu gostaria de apresentar pra vocês, o Conselho Deliberativo se me permitir, numa próxima reunião Extraordinária ou Ordinária, presidente, esse plano. Gostaria de apresentar esse plano. Pra gente discutir valores. Mostrar o plano. Mostrar a marca do Fluminense. Eu trouxe uma vez aqui, mas nesse dia a Assembléia estava muito tumultuada, não deu pra mostrar. Eu fiquei muito decepcionado. Eu gostaria que todo o Conselho Deliberativo participasse disso. É um trabalho árduo do departamento de marketing. Pequeno, mas heróico aqui no Fluminense. E a gente também por incrível que pareça, Pedrão, nós temos uma proposta de manga. Se o uniforme tivesse contemplado a manga pro Fluminense e o calção hoje nós... Não posso dizer três clientes. Mas tem três propostas de manga, omoplata e calção. Nós fomos a São Paulo, corremos o mercado. Estamos vendo também o berço dos concorrentes, como a gente diz em marketing, em publicidade. Você tem o Corinthians como segundo colocado, a Gávea como primeiro, valendo R$ 560 milhões à marca. Corinthians com 530. E o Fluminense paga em R$ 160 milhões, que eu achei muito aquém do valor da marca. Mas isso funciona muito como o termômetro do futebol. A gente indo bem na Libertadores, a nossa marca... Enquanto no ano passado a marca caiu. Então, é um termômetro muito grande. E eu gostaria que você me ajudasse aqui. Você que é um cara de marketing também”.

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Daniel... Boa noite novamente a todos. Quando eu fiz a sugestão com relação à pesquisa, eu acho que o maior legado que o departamento de marketing do Fluminense hoje pode deixar pra próxima gestão é fazer uma pesquisa qualitativa do torcedor, não da marca. Da marca, a gente vê, tem vários institutos internacionais que fazem essa averiguação constante disso que é basicamente feita através de exposição de mídia. Que é o quanto o clube aparece na mídia isso dá o retorno em tantos dólares correspondentes ao investimento, que é o caso que vocês colocaram que saiu na Folha de São Paulo, nesse mês agora. Foi uma reportagem bem interessante. E que ela está efetivamente ligada... Pra deixar claro a quem por acaso não trabalha nessa área, isso está efetivamente ligado à condição do clube no momento. Obviamente o clube estando numa situação ruim, a marca vai aparecer menos. Mas falo o seguinte: o departamento de marketing do Fluminense, eu sei que é difícil com base na situação financeira caótica que o clube vive, mas o clube precisava entender... Eu faço esse pedido ao presidente do Conselho Deliberativo, ao nosso presidente financeiro. Fazer pesquisa qualitativa junto ao torcedor é fundamental pro Fluminense. Se a gente vai buscar um novo parceiro, que é importante isso, Fluminense precisa buscar um novo parceiro A relação com a Unimed na minha opinião, ela está desgastada. É difícil buscar novas diretrizes numa relação de 11 anos que já passou por tanta história nesse tempo. O que a gente vê efetivamente é que o resultado disso tudo, desse investimento, se a gente for pesar relação custo e benefício não foi dos melhores. O dinheiro que nós gastamos nesse tempo todo, para o retorno que tivemos é muito pequeno. O que nós temos que fazer é uma pesquisa com o torcedor. Esmiuçar, fazer um Raio X do torcedor do Fluminense. Nós tínhamos essa pesquisa em 2002. Há oito anos atrás, o universo de torcedores do Fluminense que tinham acesso a Internet era de 100 mil pessoas. A Internet como todos sabem, ela dobra praticamente de ano a ano. Então, quantos tricolores hoje têm acesso a Internet? A gente não sabe. A gente não tem esses números. Nós precisamos é disso, Daniel. É uma bandeira que você tem que levantar aqui dentro do clube. É fazer uma pesquisa com o torcedor do Fluminense”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “O torcedor do Fluminense é o que compra carro, é o que compra whisky, ele tem o poder aquisitivo bem mais alto que o dos outros clubes, apesar de nós termos 13% do mercado regional de acordo com essas pesquisas. Eu queria depurar essas pesquisas todas e formatar dentro de um plano de patrocínio, que tanto a gente pode usar com a Unimed e com a Adidas um semelhante e com isso a gente agrega valor comercialmente. E a marca, a gente pode conseguir um valor maior de patrocínio”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro Daniel, por favor. Nós temos mais quatro aqui. Excelente a sua explanação, veio ilustrar ainda mais. Vamos marcar uma reunião, com certeza. Mas é que ainda tem mais quatro conselheiros inscritos”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “Eu só queria trazer, presidente, esse plano de patrocínio de que a gente estava falando para nos ajudar aqui no conselho deliberativo. Somar as forças. Bota na pauta, presidente...”

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Excelente, perfeito. Próximo inscrito, conselheiro Márcio Trindade”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “Presidente, só um minutinho. Gostaria que o senhor colocasse na pauta da próxima reunião, se for possível”.

O conselheiro Márcio Trindade pronunciou-se: “Boa noite. Humberto, diante de tantas perguntas, eu me senti respondido em 90% do que eu ia falar aqui. Você falou que a Unimed paga um percentual pro jogador em cima de uma negociação em que ele quer ganhar 200. O Fluminense diz: dou 30. Se a Unimed vai dar os 170 ou não, o Fluminense não se envolve. Ela só diz: ‘olha, o jogador já está acertado’. É isso”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “O vice do futebol, ou representante do futebol, ele acompanha essa negociação até o final. Porque não adianta a Unimed gastar verba demais num jogador e depois deixar de contratar um outro jogador que interessa a gente”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Por que dessa pergunta? A Unimed tem um valor a investir. Então, a gente entende o seguinte: o jogador foi pra lá pra negociar a diferença dos 200. A Unimed informa: ‘olha já acertei’. Então, virou 170 na conta do investimento. Ou ela retorna e informa: ‘fechei por 180, vocês vão pagar 30, ficou 150 na conta corrente”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Há uma conversa de ida e volta. O futebol é que conhece o mercado, não é a Unimed. Então, às vezes a gente alerta a ele que ele está pagando muito por um jogador. Não é? Porque depois entra na conta do Fluminense, entra lá nos R$ 20 milhões. Então, não adianta sobre-estimar o valor se não for de interesse da gente. Por isso que tem que ter a participação nossa nos contratos”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Então, a Unimed dá o retorno do valor que ela está pagando pro jogador. Você só não tem o documento de recibo. Porque você falou que não tinha nada em mãos que...”

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, veja só: eu respondi que não tenho o documento físico. Mas nós temos noção, bem aproximada, de tudo que ela coloca no Fluminense. Se ela paga numa concentração, uma pré-temporada, R$ 150 mil, ela coloca na conta R$ 150 mil. A gente sabe aqui também que é R$ 150 mil”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Por isso da minha pergunta: saber exatamente o retorno da negociação. Se o jogador volta e está acertado, você não sabe quanto que está sendo pago”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, a gente tem conhecimento”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Tem essa informação”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Tem”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Segundo: você falou que o jogador do Fluminense não ganha mais do que R$ 30 mil reais, com exceção do Fred. Quanto que o Fred ganha pelo Fluminense”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “R$ 50 mil de federativo e 54 de direito de imagem. O Fred é um dos poucos que tem imagem também com o Fluminense. O Fluminense, em tese, pode explorar o Fred em anúncio”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “O jogador que ganha até R$ 30 mil, todos que ganham até R$30 mil só o Fluminense paga? Ou tem algum jogador que ganha 30, que a Unimed paga 20 e a gente paga 10”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse “Tem jogador que ganha R$ 50 mil, 25 no Fluminense e 25 na Unimed. Tem jogador que ganha 20 no Fluminense e 30 na Unimed”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Existe algum jogador que a Unimed não dá nada pra ele? Ou todos estão atrelados à Unimed”?

O gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma: “Tem muitos jogadores ainda que a Unimed não paga nada. Mas vai começar a pagar, conforme eu falei”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Vai começar a pagar porque o Fluminense vai dar aumento e esse aumento quem vai pagar é a Unimed”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Esse aumento...”

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Porque tem que renovar o contrato e o aumento vai vir naturalmente”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, veja só: uma das reclamações que existe... Foi aquilo que eu disse. O Fluminense paga com atraso. E a Unimed paga em dia. Então, tem jogadores no elenco hoje, por exemplo Digão, Thiaguinho, Maicon, Alan, João Paulo... João Paulo saiu agora, mas esses jogadores que vieram de Xerém, eles não têm contrato com a Unimed. E hoje eles estão no elenco profissional. Então, oito jogadores recebem em dia e três não recebem. Então, a Unimed vai começar a pagar a esses três também de forma que todos fiquem...”

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Então, a conclusão que eu cheguei, o Fluminense é que leva o jogador a ter um complemento de pagamento da Unimed. Ou é a Unimed que vem ao Fluminense e diz: aquele jogador eu quero ter direito de imagem”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, veja só: isso é uma reclamação antiga nossa. Que alguns jogadores são premiados pelo contrato da Unimed e outros não. E às vezes na hora de decisão, quem decide são os jogadores novos, não é? Totalmente novos. Então, para haver uma equalização, ele resolveu pagar a título de aumento de salário pela Unimed. E aí vai ver se vai ter imagem ou não_ esses jogadores. Então, pra responder a sua pergunta, daqui a dois ou três meses todos estarão com o contrato da Unimed”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “O que a gente escuta dos jogadores, quando eles treinam aqui. E a gente acaba batendo papo com um com outro e você sente que todos querem um dia estar com a Unimed que paga”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Claro, claro”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Por que? Porque o Fluminense não é muito organizado nesse sentido de pagar em dia. Então existe essa situação: jogador que não é da Unimed sabe que pode chegar no fim do mês, ir lá e não ter dinheiro. Não é isso o que acontece? Por isso todos querem... Ou é a Unimed que procura eles”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Não, hoje... Isso partiu do Fluminense. Era uma reclamação do Fluminense que alguns jogadores estavam sendo colocados numa situação secundária em relação a outros. Então, a Unimed vai completar esses outros também de forma que todos tenham uma participação pela Unimed”.

O conselheiro Márcio Trindade, disse: “Me senti atendido, muito obrigado. Boa noite”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Próximo inscrito é o Benemérito Marcos Furtado”.

O Benemérito Marcos Furtado, disse: “Boa noite, senhores conselheiros. Eu vou tentar ser breve até pelo adiantado da hora. Na sua exposição, você fala dos números da Unimed, mas num dado momento, até discuti com o Júlio porque surgiu uma dúvida. Você falou: na nossa folha de futebol, nossa Fluminense, tem R$ 15 milhões/ano”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Folha salário mais comissão técnica, nossa”.

O Benemérito Marcos Furtado, disse: “Nossa”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Nossa”.

O Benemérito Marcos Furtado, disse: “Então, o numero é esse mesmo”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Alguma coisa entorno de R$ 1 milhão e 200 por mês”.

O Benemérito Marcos Furtado, disse: “Se você considerar mais R$ 1milhão e 200, até um pouco mais do patrocinador, essa folha chega a dois e quinhentos”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Na verdade é até mais, Marcos. Hoje ela coloca 20 por ano. Com 15 nosso, são 35”.

O Benemérito Marcos Furtado, disse: “Quer dizer: só na nossa parte da folha aonde boa parte dos atletas a gente paga entorno de 20, 30%, a gente está gastando o que muito clube grande no Brasil, não gasta. Então, talvez aí esteja até o primeiro caminho a se procurar naquelas questões de redução de custo falada lá atrás, na questão orçamentária. Realmente, a folha do Fluminense, com R$ 15 milhões/ano, fora o dinheiro do patrocinador, aí realmente é um número bastante alto. E difícil efetivamente de se administrar. Mas acho assim: primeiro agradecer ao Humberto, aos conselheiros que fizeram a reivindicação da apresentação do contrato da Unimed e ao Conselho Diretor de permitir que a gente passasse a ter acesso a essas informações. Pena que, em função do andamento da reunião, estamos com o plenário pequeno, então provavelmente alguns dos outros conselheiros, terão de pegar informação com nós que ficamos aqui até esse momento. Por outro lado também, acho assim, ímpar para todos aqueles que tenham propostas, como inúmeros de nós, de soluções para o Fluminense. A gente tem aí, a camisa do Fluminense a nossa disposição esse ano, para todos nós trabalharmos junto com o departamento de marketing do clube, com o futebol do clube, com a área comercial que está sendo criada, pra trazer soluções melhores do que aquelas que existem hoje. Temos também a questão Adidas, que o contrato termina este ano também. Só que vale a pena lembrar, é aí o Daniel (Daniel Bastos, Vice-Presidente de Marketing) e o Tavinho (Octávio Sarmento Diretor de Marketing), podem servir de testemunha, que a questão Adidas é para ontem. Porque diferentemente da questão Unimed, que a gente pode pensar em renovar em novembro, pra em janeiro usufruir do recurso, a questão Adidas ou qualquer outra empresa de material esportivo, vai ter todo um planejamento de designer, de confecção de amostras, de aprovação da amostra nesse Conselho Deliberativo. E algumas dessas empresas trazem todo esse material a nível de importação. Mas acho também assim, dentro desse espírito que o Conselho está junto com o Conselho Diretor a ajudar na construção de uma unidade no clube, nós estamos num momento ímpar pra reunir forças nesse sentido. Vejo, ao longo da exposição do Palma, que realmente as área... Isso não é virtude dessa gestão, é assim na história, elas continuam como alguns feudos. A questão futebol é decidida dentro do futebol. Aí a gente não escuta as finanças, que é quem tem que pagar. E aí a gente não escuta o comercial, que poderia explorar esse negócio que está sendo realizado. Nesse sentido, acho que queremos deixar aqui um apelo ao Conselho Diretor no sentido de uma união maior dessas áreas. É evidente: você sempre vai ter aquele voto qualitativo. Mas o voto no sentido Minerva e não aquele voto de forma unitária. Ou seja: o departamento tal faz o negócio, encaminha pro jurídico ou não encaminha pro jurídico, depois vem a conta pro financeiro pagar. E isso a gente vem... Esse processo de alavancagem de dívida. Mas sinto também assim: que a estrutura vem sendo montada pra que essas coisas passem a se realizar com uma maior facilidade. Um parêntese que deve ser feito até pra se justificar este tipo de modelo é o seguinte: o Conselho Diretor quando fez a opção por esse tipo de modelo, naquela ocasião, nós estávamos em pleno vigor à confecção do ato trabalhista, então, esses recursos, se dentro do clube entrassem, na sua contabilidade, nós teríamos que gerar receita própria pra absorver talvez 15% aí, você devem lembrar melhor do que eu, 15% desse valor todo aplicado pra que você fizesse o recolhimento. Porque do seu lado investidor não tinha esse desejo. Tinha o desejo de aplicação diretamente na formação de uma grande equipe. Verifico também, e eu acho que a gente podia aproveitar já que não fizemos nenhum registro, mas verifico também o seguinte: esse ano o Fluminense já teve uma postura na relação com a Unimed diferente dos anos anteriores. Nos anos anteriores a gente via a chegada de 17, 18, 14, 10, 12 jogadores. Esse ano pelo menos o discurso foi pra a prática. O Fluminense ficou com quatro ou cinco jogadores, que em princípio nos parece de uma qualidade diferenciada, dentro daquela filosofia de que, estão vindo para serem titulares. Até porque para ser reserva vamos continuar trazendo de Xerém porque vai sair muito mais barato pra gente. Então, acho que a gente deve deixar também um agradecimento ao Tenório e ao Mário que continua aí nessa questão da gestão do futebol. Primeiro: pelo que eles fizeram aí, pelo fato de assumirem a posição que assumiram quando o clube, pra todos os matemáticos... Só que, presidente, os matemáticos não jogam futebol, não é verdade? Se eles jogassem... Então, eles têm o seu valor nesse sentido. Vejo a mudança de postura na negociação com o patrocinador nesse início de ano, não é? Torço pra que a coisa continue evoluindo dessa forma. Mais uma vez agradeço a você e ao Conselho Diretor. E é isso. Obrigado”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “O último inscrito é o Benemérito Arthur Nogueira”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “Uma boa noite a todos. Primeiro eu quero parabenizar a todos que são verdadeiros tricolores, que estão a essa hora aqui presentes, como disse o Primeiro Secretário Álvaro, meu amigo da diretoria da época de Arnaldo Santiago. Mas infelizmente ele se retirou. E outros verdadeiros tricolores que vieram aqui levantar a mão e votaram, também foram embora. Então, acho que nós que estamos aqui, como nós falamos na igreja “padre nosso” e damos as mãos uns aos outros e nos cumprimentamos. Então acho que deveríamos nos cumprimentar primeiro por sermos tricolores, estarmos aqui à essa hora. Eu sou médico, sou cirurgião. Às sete horas da manhã eu tenho que estar na casa de saúde São José operando. Mas acho que é nossa obrigação vir aqui e defender os interesses do clube. Independente de sermos A ou B, posição de lá ou de cá. Quero parabenizar a todos os presentes. Parabéns a todos nós. Primeira coisa, queria perguntar ao Humberto Palma o seguinte: eu há questão de uns seis ou oito meses atrás eu vim aqui e falei sobre o contrato do Fred. Falei que foi um contrato em que eu estava presente por acaso na secretaria do clube fazendo uma xerox. E estava o senhor Marcelo Penha, o presidente do clube, o Tote Menezes e vários diretores na época que eu não posso lembrar de um a um. E que o contrato do Fred já estava assinado, pronto, na Unimed. E que o jurídico do clube não participou em nada. Foi ignorado ou foi afastado. Inclusive a Drª Roberta foi muito corajosa ao vir aqui e dizer que o contrato da Unimed foi feito à revelia do Fluminense. Bom, então eu queria saber se no contrato atual, em que Fluminense evoluiu. Porque na última reunião desse Conselho, ou penúltima, se não me engano, nós ficamos aqui até a uma hora da manhã, e uma das coisas que foi votado pela presidente que estava em exercício, que era a Drª Ângela, foi que o presidente Horcades fosse iluminado para que ele não fizesse um contrato além de 2010. Para que o próximo presidente não carregasse esse ônus, ou essa carga, esse fardo, que o presidente Horcades me disse quando eu era membro da sua diretoria no início em 98, que ele já estava com um contrato maldito feito pela Unimed e que era culpa dos antecessores e que ele não podia se responsabilizar e tinha que carregar aquilo nas costas. Então, eu queria saber se agora em 2010 qual é o poder da Unimed sobre o Fluminense? Porque eu assisti uma coisa assombrosa. Eu não tenho nada a favor ou contra o Ricardo Tenório. Ele foi um diretor de futebol, que jogaram nele a responsabilidade de salvar o Fluminense. Se ele era competente ou não, se teve sorte ou não, isso não me interessa. Ele foi e por acaso conseguiu. O Fluminense não caiu. Todos os tricolores de coração devem, ou deveriam bater palmas para a gestão dele no período. Porque ele foi iluminado por Deus, por quem quer que seja. E surpreendentemente o Fluminense... Chegou agora há pouco tempo, o presidente Horcades, numa nota oficial, disse que não havia problema nenhum contra ele. Que ele estava tranquilo. E mo dia seguinte, ele estava demitido. Por qual motivo ele foi demitido, não venho analisar porque não faço parte da diretoria. Agora eu queria saber, Humberto Palma, até que ponto a Unimed foi fundamental para que ele fosse trocado, ou fosse demitido, ou fosse afastado”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Veja só: eu não tenho conhecimento de nenhum tipo de pressão da Unimed pra isso, não. Que eu saiba, não ouvi nada, não participei de nada. Não estou sabendo de nenhum tipo de participação. Foi uma decisão do presidente Horcades”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “Olha: é estranho que o presidente Horcades tenha dito em nota oficial, que ele estava tranqüilo, que não havia nenhum problema contra ele. E dois dias após... Eu estava viajando, soube tudo através dos jornais e informações de amigos... E que dois dias depois ele tinha sido demitido. Eu achei muito estranho. Não é que eu tenha nada para defender o Ricardo Tenório, até porque já tive alguns problemas com ele. Inclusive se ajoelhou e chorou um dia na arquibancada na minha presença e na presença do conselheiro Hamilton Iague que está ali, por algumas declarações que ele tinha feito. Isso já faz uns seis meses atrás. Quer algum aparte, Sérgio?

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “É muito interessante. Porque nós tivemos aqui uma casa cheia... Pessoas convocadas por telefone, por telegrama, buscadas em casa... Nós elegemos aqui, não tem dois meses, um Vice-Presidente de futebol. E agora ninguém tem como informar o que houve o que não houve. Será proposto um novo vice-presidente. Assim como será proposto um adendo de 12 milhões no orçamento de 2009. Assim como será proposto também...”

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “São R$ 7 milhões, não são 12”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Então, a carta que eu recebi vai ser modificada também. Como foi modificado já o orçamento. Presidente, eu acho que eu tenho que continuar falando. Eu estou falando por outro motivo. Talvez você esteja preocupado com a questão técnica e nós estamos num ano político de eleição no Fluminense. Então tentando retomar o raciocínio... Nós teremos eleições muito importantes aqui. Nós teremos que... E eu vou dar a dica porque nós fazemos reuniões no Fluminense e coincidentemente a resposta acontece antecipadamente. Então, a próxima questão é que eu tenho um documento que eu recebi que diz o seguinte: que nós temos um rombo de despesa de R$ 12 milhões, que serão cobertos por terceiros. Então eu vou falar antes das reuniões de que eu participo. Eu quero saber quem é o terceiro? Quem é o terceiro? Deu de graça? Foi uma doação? Vai cobrar do Fluminense posteriormente? É porque agora não tem aquela claque toda não. Não tem aquele apoio, não tem segurança mais. Ih, olha o cara parou de filmar. Continua filmando. Parou a filmagem. Parou a filmagem. Eu estou dizendo isso e vou explicar mais adiante. Nós teremos aqui reuniões importantíssimas para o Fluminense. Então, é importante que essas reuniões não sejam do nível que foi a reunião de hoje. Presidente, principalmente para o senhor... Está filmando? Parou? Olha só: nós estamos num ano eleitoral no Fluminense. Nós estamos falando de uma série de histórias. Então na realidade, isso aqui vai ter que ter uma definição. Porque eu não tenho a menor importância, já fui citado aqui. Não deveria ter sido. Eu acho a sua administração fraquíssima, dizer claramente. Votei aqui num reajuste que eu pedi para mudar de aumento de mensalidade pra reajuste, porque era só um índice, porque nós pagaríamos os empregados do Fluminense e não pagamos. Traga na próxima reunião... E também a turma que está apoiando traga isso pra dizer: quem é o terceiro que vai colocar não mais 12, desculpe, sete milhões. Não pode a gente vir aqui, como conselheiro do Fluminense, e votar por ideologia. Nós temos uma responsabilidade muito grande. Porque nós começamos aqui como conselheiros, e eu fiz um discurso no primeiro dia, que não era confortável para mim. Eu pedi aos meus amigos para não ser conselheiro. Começaram com uma dívida de R$ 200 milhões, que está em 350. E chegará a 700 daqui a pouco. Gente é preciso começar a consertar isso. Fazer cartão de crédito, raspadinha... Isso eu já conheço essa história. Essa história eu já conheço. Vai dar mais dívida. O Fluminense tem que começar a se profissionalizar. Então eu pedi aparte pro Arthur, agradeço. Tragam o terceiro. Porque se não trouxer o terceiro que botou R$ 7 milhões, não são mais 12. Tragam o nome, porque se não trouxer o nome eu votarei ‘Não’ novamente”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Só um minutinho. Posso explicar o que quer dizer terceiro? O terceiro quer dizer o seguinte: o parecer do Conselho Fiscal disse que o Fluminense não tem recurso próprio daí ter estourado o orçamento. E por isso está recorrendo a recurso de terceiros. Terceiros são todos aqueles que não é o próprio Fluminense”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Mas tem que ter nome”.

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Banco. O terceiro é Banco. Quando não tem recurso próprio, tem que recorrer a terceiros. Os terceiros são os Bancos. Não é nenhuma pessoa física”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Não estou discutindo a questão técnica. Mas tem que ter um nome, porque eu não me conformo do Fluminense ter um patrocinador que recebe dinheiro em vez de pagar ao Fluminense. Então, tem que ter um nome do terceiro”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “Então, eu gostaria de terminar Palma. O seguinte: eu queria saber até que ponto hoje, a partir de 26 de janeiro de 2010, a Unimed manda no Fluminense? Gostaria de saber da sua parte se ela manda totalmente e quando eu digo manda é manda no futebol. Manda 100%, 80, 50... Qual a sua classificação em relação a esse poder de mando da Unimed no Futebol”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Eu posso responder pelo lado financeiro. Pelo lado financeiro, ela não pode ter poder absoluto pelo simples fato de que só o presidente do clube pode assinar um contrato de jogador de futebol. Só o presidente do clube tem o poder de assinar um contrato registrado na federação. Se o presidente do Fluminense não quiser, nenhum atleta pode jogar no Fluminense”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “Tudo bem. Então gostaria que o senhor me respondesse à última pergunta. O Vice-Presidente de futebol, que foi o ‘Chefe dos Guerreiros’, ele foi demitido pelo presidente Horcades ou pelo Celso Barros”?

O Gestor Financeiro do Fluminense, sr° Humberto Palma, disse: “Pelo presidente Horcades”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “Então vou perguntar a ele por que ele demitiu... Você que está representando... É o Marcelo que o está representando? Eu só perguntei por que fiquei curioso. Eu não sou amigo do Ricardo Tenório. Até bati palmas porque ele deu sorte, teve estrela, não interessa, ganhou... Torci. Fui com os meus netos de arquibancada. Vibrei. Graças a Deus o Fluminense não caiu. Fiquei surpreso ao saber que na segunda ou terceira rodada do campeonato carioca ele tinha sido demitido. Eu estava viajando... Como?! Demitiram o Tenório?! O que aconteceu?! Se foi o presidente Horcades que o demitiu, eu queria presidente, se pudesse, na próxima reunião, perguntar ao Horcades: por que você demitiu o Ricardo Tenório? Agora, se foi por problemas políticos, futebol, Unimed, mando da Unimed... Então a coisa vai muito mais longe. Porque a partir do momento em que a Unimed estabelece contrato de um jogador em que o Fluminense não participa, a gente imagina que a Unimed tem um poder muito grande sobre o futebol do Fluminense. Vamos deixar de hipocrisia. Todos nós aqui sabemos que o futebol é uma máfia. Quem está no futebol sabe que a Unimed ganha dinheiro, como o Daniel chegou aqui e falou que R$ 1 real virou 35. Onde é que a gente coloca um e vira 35? É uma maravilha. Quisera eu ser o dono da Unimed. Eu acho que o Celso Barros é um privilegiado, tem uma estrela maravilhosa. Mas eu acho que ele devia ser um pouquinho tricolor. Porque ele chegou a ser Vice-Presidente de Futebol uma época, não foi? Durante dois ou três meses. Ele foi aconselhado... Eu sou médico e sei que a direção da Unimed o aconselhou que ele se afastasse do futebol porque ele estaria trazendo confusão para a Unimed. Então, conselheiros, acho que o Celso Barros como tricolor, ele nunca teve coragem de chegar aqui nesse microfone e falar sobre Unimed, Fluminense, contrato, amor, patrocínio... Ele nunca veio aqui. Acho que seria muito interessante se um dia nós conseguíssemos que o Celso Barros viesse aqui pra falar desses assuntos. Eu sei que ele na sua grandeza, no seu poder, ele provavelmente não vai chegar aqui pra nós, ‘reles conselheiros do Fluminense’, vir aqui dar explicações. Mas ele é uma pessoa, que seria fantástico se ele viesse aqui. Eu acho que essa posição Fluminense e Unimed deveria ser muito clara, a gente deveria saber. Quem sabe se o Fluminense chega lá e o Celso Barros se reúne com A, B ou C, e diz: ‘Tira o fulano que está atrapalhando’. O que é atrapalhando? É, no mundo da bola, a pessoa que não reza a cartilha do mundo da bola. Então, agora os profissionais do futebol antigo sabem que o futebol tem uma máfia, que existem regras, existem coisas. Então, eu gostaria de saber só isso: que quem demitiu o Tenório foi o presidente Roberto Horcades. Não foi a Unimed. Muito obrigado”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Daniel, por favor”.

O conselheiro e Vice-Presidente de Marketing, sr° Daniel Bastos, disse: “O dólar investido na Copa Brasil, que retornou 35 dólares na Copa Libertadores, foi exposição de mídia. No Jornal Nacional, na capa do Jornal O Globo, em todo país. Esse é o retorno de exposição de mídia, em números. O comercial, no Jornal Nacional, em caráter nacional, custa mais de R$ 500 mil reais. Então, se você transmite um jogo, final de Copa Libertadores ou Copa Brasil, e depois sai isso no jornal, na televisão e tudo, isso é um dólar pra 35 que ele teve em exposição de mídia”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Muito bem explicado, obrigado. Um minutinho... Mas eu não falei que não vai ter. Calma, até cinco horas da manhã tem tempo aqui”.

O conselheiro Pedro Carneiro, disse: “Presidente, só pra poupar tempo vou retirar minha inscrição em assuntos gerais. Tutuca (Arthur Nogueira) esvaziou o assunto que eu tinha pra falar aqui, que é a questão do futebol, mais precisamente a questão da demissão do então vice-presidente Ricardo Tenório. Eu não fico só satisfeito em saber quem foi que demitiu não. Eu sei que não foi o Horcades. Isso aí... Eu quero saber qual foi o motivo que levou a demissão do Ricardo Tenório. Por que? Eu vou ter que explicar lá fora, pras pessoas que sabem que eu sou conselheiro, que o Fluminense demitiu um Vice-Presidente que estava praticamente invicto. Então, preciso saber... Nós conselheiros precisamos saber. Porque senão nós vamos ficar aqui como enfeites. As coisas acontecem e o Conselho não tem ciência do que está acontecendo. Então a gente tem o direito e o dever de saber... Até mesmo para quando for indagado futuramente... ‘Olha o Ricardo Tenório saiu por causa disso, disso e disso’. Então, até quando solicitei para que o presidente permanecesse na reunião, era pra isso. Para que ele concedesse a versão oficial de demissão do Tenório. Não me interessa nem muito quem foi que demitiu não. Eu quero a versão do presidente do clube. Por que? Porque nós somos os conselheiros do Fluminense. Eu acho que aqui ninguém é conselheiro nem funcionário da Unimed. Então, eu quero a posição do Fluminense em relação ao Tenório. E aí, eu retiro a minha inscrição para assuntos gerais.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um momentinho... Marcelo Penha pode responder. Veja bem: já encerramos o primeiro item da pauta que era a explanação. Queria agradecer o Humberto Palma pela explanação, queria agradecer o Conselho Diretor por ter aceito a nossa convocação. Daqui pra frente nós vamos sempre fazer as convocações. É muito importante para o esclarecimento dos senhores conselheiros. Então, já estamos em assuntos gerais. Marcelo Penha, por gentileza”.

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Só pra responder à indagação. O presidente pediu que eu respondesse por ele. Primeiro, em nome da presidência do clube, agradecer o período que o Ricardo Tenório dirigiu a Vice-Presidência. Ele foi Vice-presidente do clube. Reconhecemos a importância, inclusive nos momentos muito difíceis, como já falaram aqui, quando os matemáticos todos apostavam no rebaixamento e ele foi peça importante. Foi líder nesse momento. Ele participou ativamente junto com os demais membros do departamento de futebol na obtenção do sucesso do não-rebaixamento. O que ocorreu? E daí o conselheiro Arthur Nogueira, que também estranhou e falou com razão, que a presidência do clube soltou uma nota oficial dizendo que não havia problemas e etc. O que me foi narrado, que chegou ao presidente do clube, é que já desde novembro do ano passado para cá, estava começando a existir alguns problemas de relacionamento, de forma de atuação e etc, com alguns membros do departamento de futebol. Acabou-se o ano, foi feita a reformulação. Dispensaram jogadores, contrataram novos jogadores. Estava ainda pra ser iniciado o campeonato. Tivemos a pré-temporada em Vitória. Houve um problema de relacionamento do Vice-Presidente com membros do departamento de futebol.

PERGUNTA DO PLENÁRIO: “Quem”?

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Os membros do departamento? Com... Os últimos problemas que tiveram envolveram inclusive problemas com o Alcides Antunes, comigo, com o Rodrigo Henriques... Passou a envolver também alguns membros da comissão técnica, em relação à postura; alguns jogadores do elenco também. Isso quando foi conversado com o presidente do clube. O presidente conversou, chamou o vice-presidente para conversar, conversou com o vice-presidente. O vice-presidente reconheceu alguns erros na forma de conduta. O presidente achou que estava por encerrada a questão. Só que a questão, infelizmente ultrapassou em âmbito maior. Chegou-se a um determinado momento, em que o presidente em prol... Houve alguns cargos foram colocados à disposição, não de comissão técnica, nada disso. E o presidente entendeu, conversando e ouvindo todas as partes, ouvindo funcionários, outros vice-presidentes, conversou com o chefe da divisão técnica, que é o nosso técnico, conversou com alguns atletas e constatou-se que existia uma dificuldade de relacionamento grande. O grupo estava montado, a equipe estava montada... A equipe está trabalhando em conjunto e a gente sente isso. Em cada comemoração de gol, um atleta novo e o presidente Horta conhece muito bem isso, quando chega existe um tempo de adaptação. Isso chegou ao ouvido do presidente e o presidente foi aprofundar e bateram as informações. Ele chamou o vice-presidente, conversou com o vice-presidente, agradeceu e resolveu então pela demissão do cargo de vice-presidente de futebol. Não sei se esclareci”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Primeiro queria agradecer ao Marcelo pelo esclarecimento. Acho que mais cristalino e transparente do que essa explicação, acho que não teve. E, pelo menos dessa vez, o presidente Horcades chamou o vice-presidente pessoalmente para demitir. Não mandou por carta, não. Porque acho de os outros vice-presidentes foram demitidos por carta ou por telefone. Bom, estamos melhorando. Obrigado”.

O Benemérito Arthur Nogueira, disse: “O que o Marcelo falou eu agradeço. E quando eu perguntei ao Palma sobre quem mandava no Fluminense, não era o Fluminense. As coisas aqui acontecem... É tanta coisa que a gente esquece. Mas no mês de maio, depois daquela desastrosa aventura, veio o Parreira pro Fluminense. O Parreira era o ídolo do presidente Horcades. Disse que era o sonho da minha vida ter o Parreira como presidente. O Parreira não era do gosto do Celso Barros. O Parreira não se deu bem. Eu também não sou favorável ao Parreira como técnico. Mas o Parreira disse no Globo, disse em entrevista, duas frases que eu fiquei extremamente sensibilizado. Primeiro: ‘Eu pensei que o presidente Horcades fosse meu amigo’. Segunda frase: ‘Eu conheci o Fluminense na época em que o presidente era o presidente do clube. O Fluminense mudou. E não é mais o presidente que comanda’. Porque quando o Parreira foi demitido, ele também foi demitido por outro e não pelo presidente. Então, isso me marcou. Pra ver como é que as coisas funcionam. O Fluminense tem um presidente, o Celso Barros comanda e demite e traz quem ele quer. O Tenório foi uma pessoa vítima deste processo. Eu só posso dizer isso porque a gente sabe das coisas, a gente conhece as pessoas. Lógico que interferiu em alguma coisa... Eu não estou defendendo o Tenório. Eu só achei que a demissão dele foi extremamente surpreendente. Eu não estava no Rio, estava viajando. Eu falei: ‘o homem que era o Chefe dos Guerreiros foi demitido’? Isso tem dedo de política, tem dedo do futebol, tem dedo de interesse, tem dedo de... Estava atrapalhando. Pode até ser que o Tenório estivesse agindo de maneira errada no meio futebol. Talvez fosse muito inocente pra estar no meio futebol. No futebol as pessoas têm que ter uma certa experiência. Então, talvez, ele tenha sido vítima disso. Muito obrigado”.

O Benemérito Hamilton Iague, pergunta: “Eu gostaria de perguntar ao Marcelo, está um ‘zum-zum-zum’. É verdade que o Branco está voltando? Seria uma brincadeira”!

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, respondeu: “Eu estou respondendo pelo presidente do Fluminense, não é? Não, não é verdade. Isso já saiu na imprensa diversas vezes. Inclusive saiu, se não me engano, em blog, alguma coisa assim. Ricardo Tenório saiu, Alcides Antunes voltou e o Branco está voltando. O que eu posso falar é que eu conversei com o vice-presidente de futebol nomeado, ainda não homologado, e o Alcides Antunes falou que não, que no momento ele não pensa em trazer nem o Branco e nem nenhum outro profissional por enquanto pra ocupar o cargo de coordenador de futebol. Ele acha que a equipe de futebol dele está enxuta. Ele como vice-presidente, Dr° Mário Bittencourt como gestor de futebol, Luis Henrique supervisor e assim por diante. Ele acha que a equipe está enxuta. E ele vai trabalhar com essa equipe durante o campeonato carioca, com certeza. Depois, pode fazer alguma reavaliação. Mas o nome do Branco... Ele falou que não pretende contratar”.

O Benemérito Hamilton Iague, disse: “Eu queria fazer um comentário aqui. Eu me lembro quando o seu Joel Santana voltou para ser treinador do clube, depois daquele porre que ele tomou. Teve que tomar injeção na veia... Ele saiu já contratado pelo Flamengo... O Carlos Henrique Correia falou pra mim assim: ‘com 95% de certeza o seu Joel não será mais contratado pelo Fluminense’. Três dias depois ele estava contratado. E a minha preocupação é exatamente essa. Eu queria saber se realmente é uma coisa séria ou nós vamos repetir aquela coisa que aconteceu”.

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Conselheiro Hamilton, na verdade eu sou assessor do presidente. Eu não tenho o poder da caneta, nada disso. Então, estou confiando na palavra do presidente. E em outros membros do conselho diretor, bem como a palavra que me foi dada pelo vice-presidente de futebol que, no momento, durante o campeonato estadual não pretende nem trazer o Branco, nem contratar nenhum outro coordenador de futebol para o cargo”.

O Benemérito Hamilton Iague, disse: “Então eu gostei de ouvir que você confiou na palavra do presidente e do vice-presidente. Gostei de ouvir, porque eu estou acostumado que o presidente não cumpra a palavra comigo”.

O conselheiro Carlos Cruz, disse: “Marcelo Penha, você citou o Antunes. Todos nós sabemos que o Antunes há algum tempo está no Fluminense e ele está remunerado. O Estatuto do clube não permite que uma pessoa remunerada assuma a vice-presidência. Eu pergunto: como é que vai ficar”?

O Assessor do Presidente do Fluminense, sr° Marcelo Penha, disse: “Posso responder”? Existe uma questão jurídica está sendo cancelado totalmente e ele não receberá mais nada pelo clube. Obrigado, senhor presidente, e desculpe”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher, disse: “A título de elucidar suas dúvidas, conselheiro Antônio César, eu junto com a Sandra conferimos as assinaturas da reunião de hoje. E pelo visto acho que foi um recorde. 145 assinaturas no livro. 91 conselheiros votaram. Teve uma abstenção. Com um total de votos... Calma aí, amor, vou chegar lá... Você sabe que eu só tenho dois neurônios. Quando você falou, aí eu já me perdi. Por favor. Como nosso presidente (disse) as mulheres só tem dois. Então, espera um pouquinho. Então, vamos lá: 91 conselheiros votaram. Uma abstenção. Total: 76 votos favoráveis. E 14 votos contra. 54 conselheiros não votaram. Certo? É... 145 assinaturas. 91 conselheiros votaram. Uma abstenção. Então, no caso, seriam 90. 76 votos favoráveis com mais 14, noventa. E 55 não votaram. Quer dizer: 54 não votaram e uma abstenção. Certinho. Fechou. Está bom? Anotou? Está aqui. E também contribuindo com nosso presidente, Carlos Henrique, dando o total aqui do recorde. E parabenizar principalmente a Embratel, a Oi, a Telemar. Que em todas as reuniões os conselheiros viessem e dessem essa presença de 145. Que isso é muito bom. Porque só assim esses conselheiros ficam sabendo da realidade, vivenciando o que acontece no Fluminense. De tudo fica um pouco, não é? Não só vir no dia que tem algum assunto interessante. Assunto interessante, não. Assunto em que ele é convocado através do telefone. Quando no estatuto consta que é obrigação dos conselheiros virem à reunião. Então, por favor, eu parabenizo todos e também peço que chamem para a próxima reunião todos esses conselheiros pra gente bater mais um recorde, 160, 170. Está bom conselheiro? Satisfeito, Antônio César, com o número? Fechou, não fechou? Obrigado”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Continuando assuntos gerais, conselheiro Antônio César.

O conselheiro Antônio César, disse: “Eu queria falar sobre o Ricardo Tenório. Dr° Horta, eu queria que o senhor ouvisse. O senhor, que foi presidente do Fluminense. Aquela pessoa que tem a pretensão de querer ser dirigente do clube, ele tem que olhar pra torcida e ver o seguinte: ele não é o ídolo da torcida. O ídolo da torcida são os jogadores, principalmente. Talvez até o técnico. Nós somos respeitados pela torcida. Somos dirigentes respeitados ou não. Eu, francamente, em todos esses anos como torcedor, desde criança, me lembro de João Boueri... Bem década de 60. O único que eu vi que realmente causou um carisma na torcida a ponto de virar quase um ídolo da torcida e isso refletiu depois até em mandatos, foi o Dr° Horta. Mas é um caso... Eu só me lembro desse caso. Realmente o Dr° Horta trouxe um time de Rivelino, Paulo César Caju. E aquilo parece que deu um impacto na torcida que até hoje a gente idolatra o doutor Horta. Eu acho que ele cometeu erros, como todo homem comete. Mas nem assim se compara. Você vê o caso do Roberto Dinamite, que é um jogador, um ídolo do Vasco... Se comparar a ação parlamentar do Roberto Dinamite com a atuação do Dr° Horta, olha é ridículo fazer essa comparação. Porque o Dr° Horta é um homem, até pela cultura, pela sua expressão, pelos seus projetos de lei, ele é muito maior, muito mais grande... Não dá pra comparar com o Roberto Dinamite. No entanto, o Roberto vem continuamente ganhando mandato porque ele é um ídolo da torcida. E porque o Dr° Horta... Fazendo um time tricampeão praticamente aqui. Nos anos 70, com Paulo César Caju... Ele não conseguiu se manter aí e o Roberto está se mantendo esse tempo todo aí. Então, essa é a figura. Então, o cara que chega aqui... Primeiro: o dirigente confunde, ele acha que pode ser um ídolo. E os colegas dirigentes também acharam isso. Eu até acho que a coisa heróica que houve nessa coisa de sair da Segunda Divisão. Em primeiro lugar foi a torcida. A torcida foi heróica. A torcida inclusive demonstrou um apoio para o time até fazendo um repúdio à diretoria. Eu participei de uma passeada espontânea, que não foi comandada por nenhum grupo do Fluminense, eram jovens sócios aqui do Fluminense, garotos das Laranjeiras que eu vi surgirem, tricolores. Eu estava lá. Era figura coadjuvante. Aqueles jovens botaram uma faixa, tomaram a rua das Laranjeiras. Eram mais de 300. Não era torcida organizada, não era nada: ‘FORA DIRETORIA IMUNDA’ Não era contra a torcida, era contra a diretoria. Então, quem viu o depoimento do Fred. O Fred colocou a emoção dele. Ele falou: ‘Pô, quando nós chegamos e vimos aquela torcida nos recebendo, nós achamos que estava tudo acabado’. Então, quem foi o herói dessa questão, pra mim foi a torcida do Fluminense. A torcida do Fluminense está em primeiro lugar. Segundo, os jogadores que corresponderam a essa expectativa da torcida. E o nosso técnico. Em último, fomos nós. Nós não podemos ter a pretensão querer ser ídolo. Nós temos apenas que ser respeitados. Nos somos atividade meio. Eles são atividade fim. Então, tem alguns colegas que incorrem nesta ingenuidade. Aí, acontecem esses erros. É a vaidade, a prepotência, a arrogância. Eu queria falar aqui... O Dr° Ricardo Tenório... Eu me dava pessoalmente com ele. Mas eu não consigo entender um vice-presidente de futebol que não se interessa pelo campo. Primeira coisa que ele tinha que se interessar era pelo campo. Eu vinha batalhando por esse campo, por essa reforma que finalmente está acontecendo... Ia falar que estava atrasado, os rapazes fazendo trabalho debaixo de sol... (Ele dizia) ‘Não me interessa, a questão é do financeiro’. Não te interessa o campo? O campo, o jogador pode se machucar, o tipo de gramado e tal. Eu tive em época até do doutor Mario Bittencourt. Eu não me identifico muito com ele, não. Mas ele foi, me respondeu, se mostrou entusiasmado com essa reforma, se emprenhou e a reforma está aí. Nós estamos com um novo gramado. Vamos ter um campo excelente e não vai ter aquela desculpa, que um jogador deu aí, acho que ele tem problemas psicológicos, falou que se machucou aí no gramado do Fluminense, que torceu o pé... Então, vai acabar com esse negócio. Nós estamos com um campinho novinho. E até... não sei como mas nego fala assim: ‘Nós vamos fazer um CT e excluir o campo das Laranjeiras’. Que isso? Ele é parte desse CT também. Mesmo que lá em... Ele é parte disso. Ele vai ter a ação dele, vai ser definida. Espero que um dia também, a partir da reforma desse campo, nós possamos fazer uma reforma na arquibancada para que tenhamos jogadores e jogos de categorias de base aqui, os juniores, o juvenil. Para que possamos ver como são esses jogadores. Porque existe muito isso. Olha, quando o time do Fluminense esteve fora, olha eu fiquei com tanto medo. Porque tem tanta gente... Você sabe que inúmeras pessoas iriam deixar de ser sócias do Fluminense, se o Fluminense saísse daqui. Porque o que tem, o que aqui assistir treino antes do jogo, o que vem de sócio e torcedor para assistir. Ele paga o Fluminense só pra entrar aqui na social e assistir aquele treino. Para ver os seus jogadores ao vivo. E isso estava totalmente ignorado. Eu não sei da onde saiu essa história da gente ir para lá. Então, os companheiros que tem pretensão de serem dirigentes, não queiram virar ídolos. Isso é uma coisa natural. O Dr° Horta não tinha essa pretensão. Foi natural o que aconteceu. É o único caso que eu vejo. Nós temos a figura do Dr° Laport, uma figura altamente respeitado. Mas não era... Pois não, presidente. Terminou. Agora é assuntos gerais. Então, eu queria expressar isso aos companheiros. Com relação à votação, eu quero fazer um alerta. Presidente, não faz isso não. Eu acho o seguinte: presidente, meu protesto. Alguns amigos meus saíram da reunião em protesto porque eles acham um estado policialesco de botar filmagem em cima da gente. Eu queria fazer um apelo ao presidente, se o vice-presidente me permitisse, porque é direto para ele, que não fizesse mais isso. Não há necessidade disso. Não há necessidade de colocar máquina de filmagem aqui. Está sendo gravado. E quem entra aqui na chuva é pra se molhar. A gente tem que ser responsável pelo que se fala. Eu não tenho medo de retaliação. Pode vir. Porque mais retaliado do que eu já fui como conselheiro, ninguém foi. Até questão de ordem fui proibido... O orçamento foi votado... Me impediram até uma questão de ordem. Eu tive minha família vilipendiada aqui nesse microfone. Sem que o presidente do Conselho chamasse atenção da pessoa. Porque ali é um debate entre conselheiros, que não envolvesse família, menores. Uma história maluca, inventiva que fizeram. Eu vou ter medo? Eu e minha família estamos preparados pra tudo! Pra tudo! Eu e minha família estamos preparados pra tudo! Ninguém vai tirar, com ameaça disso ou daquilo, pode tentar me eliminar, o meu amor pelo Fluminense. Isso ninguém vai me tirar. Então, nós estamos preparados para o embate. Lamento que a situação venha numa postura belicista. Eu acho que esse negócio da filmagem é uma postura belicista. Perigosíssima, porque o clube está rachado. O que a vice-presidente colocou aqui mostrou claramente uma situação dividida no clube. Várias pessoas saíram indignadas aí. As votações são apertadas. Elas são eventuais. Pode de repente a maioria não ser e pode ser. Existem alguns espertalhões aí que gostam de dar conselhos e estão dando conselhos errados. E agora eu vou dizer uma coisa. Eu gosto do adversário. Eu não gosto de quinta coluna, eu não gosto de pessoa falsa. Muita gente não entende porque eu falo do Dr° Luis Antonio. Eu discordo dele em diversas coisas, do Dr° Luis Antônio. Inclusive aos ataques que ele faz a algumas pessoas. Ao Dr° Silvio Kelly, ao Dr° Ângelo. Mas ele é um cara que mostra a cara. Ele chega aqui e fala na tribuna, como eu falo. E as pessoas estranham que a gente está sempre conversando, na adversidade. Então, vou concluir o seguinte: ele não precisa disso. E vamos ser sinceros. Mostre a cara. Eu não tenho medo e não tenho essa prepotência de ser um cara incriticável não. Podem vir aqui... ‘O Antônio César, você é um cara que gosta muito de bater’. Eu apanho pra cacete também. E pode vir bater, não tem problema, não. Eu vou pedir a réplica ou a tréplica se for o caso, e vou debater de forma civilizada conforme manda o Estatuto. Como aconteceu aqui com o Carlos Henrique (Ferreira) que fez uma afirmação que eu achei que não era correta e fiz a réplica em cima dele. Então, eu prefiro que seja assim. Viu Carlos Henrique (Ferreira). Até fui duro um pouco, mas prefiro que você venha e fale, do que ficar no fuxico. Você veio aqui na tribuna e falou. Eu estou concluindo para que o senhor possa falar, que é o seguinte: respeito o adversário que mostra a cara. Agora, a quinta coluna, as pessoas falsas, essas pessoas não merecem o meu respeito. Porque isso aí é a escória do ser humano. E o Dr° Mario Bittencourt, não indico ele. Mas eu chego aqui afirmando: ‘Ele foi extremamente acessível na discussão. Como também o Dr° Humberto. Eu levei a reclamação pra ele, que os rapazes estavam há três meses sem receber, e providências foram tomadas. Como o meu adversário Luiz Antonio. Levei essa reclamação para ele e ele se preocupou porque viu que era uma reclamação séria. Obrigado”.

O Benemérito Novaes pronunciou-se: “Eu vou ser bem objetivo, o que não existiu aqui hoje. Orçamento nunca é cumprido. Discutimos muitas pautas, menos o orçamento. Quando entrei aqui em 1978, o Fluminense era um grande clube que tinha futebol. O sócio é o grande esquecido. Só se pensa em futebol aqui. Não concordei com os que pediram o impeachment. Peço que o presidente Horcades e o presidente do Conselho Deliberativo reconsiderem a questão da direção do Tiro. Peço ao presidente que tenha a grandeza de reformular a questão”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher, disse: “Agradeço suas palavras Novaes. Queria perguntar ao presidente do Conselho, se em todas as reuniões nós teremos filmagens”?

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, respondeu: “Não foi só hoje. Na reunião do impeachment...”

“Bate boca, envolvendo o Benemérito Hamilton Iague e uma pessoa no plenário”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, continuou dizendo: “Em determinadas reuniões que ‘EU’ achar, ‘EU VOU MANDAR’ filmar”.

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Se vai disponibilizar as fitas para os conselheiros não tem problema. Eu acho que é até bom. As diversas correntes tem se excedido. As pessoas devem se respeitar...”

“O Benemérito Hamilton Iague expulsou uma pessoa que trabalhava para o Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, e sentava indevidamente no meio do Plenário, local exclusivo do Conselheiros”.

O conselheiro Ademar Arrais continuava dizendo: “As quadras estão com goteiras. O Clube está péssimo. É sempre bom escutar o presidente (Francisco) Horta falar. Eu sugiro que ele venha falar”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher, disse: “Presidente, o som está péssimo”.

O conselheiro Leonardo Lachtermacher, disse: “O som está obsoleto e não é digno do Fluminense Football Club. Hoje se usa CD. Eu acho que não vai custar caro pro Fluminense gastar R$ 500 ou R$ 1.000 reais pra comprar um aparelho decente”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher, disse: “Se o Fluminense tem dinheiro pra filmar a reunião, por que não comprar um aparelho novo”?

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “É a máxima do Rui Barbosa, ‘aos amigos tudo, aos inimigos nada”. Senhor presidente, nós elegemos o senhor. Hoje pra mim, tá muito claro que o senhor quer o poder pelo poder. Eu não admito que o senhor desrespeite a Angela, Vice-Presidente do Conselho. Não vou aceitar de maneira alguma. O senhor pra mim não é mais presidente do Conselho. O senhor é parte de um grupo, de uma facção. Pode telefonar pra duas, três mil pessoas pra vir pra cá. Eu não tenho essas vaidades que as pessoas tem. O Fluminense é maior que todos nós. Tá sobrando ignorância. Tá faltando diálogo. Eu disse não a Vanguarda. E eu vou dizer não ao presidente. O meu pai morreu pelo Fluminense. Eu não quero morrer pelo Fluminense. O Salim (Armando) morreu no Fluminense. E virou um moleque de rua porque era oposição. Não admito nenhum Grande Benemérito Atleta ser desrespeitado. Queria que a Angela fosse respeitada presidente”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher, disse: “Estou gelada porque estou com vergonha. Vergonha do Conselho. As reuniões do Conselho eram uma escola. Eu tenho amor ao Fluminense, ao escudo do Fluminense, aquela bandeira. Por isso, não posso admitir. Eu estou doente, doente por estar ao seu lado (referia-se ao Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira), com o seu autoritarismo. E o nosso grande professor (olha para o ex-presidente Francisco Horta), o Fluminense é o nosso sonho. O senhor (refere-se e olha para o Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira) mesmo cria entre nós um clima de briga. Olha só a pose dele? ‘O SENHOR É O CÂNCER DO FLUMINENSE”!

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Está tudo sendo gravado”!

O conselheiro Leonardo Lachtermacher, disse: “Vou falar como conselheiro e não como marido da Ângela. O senhor rasgou o Estatuto. Eu fiz campanha pro Horcades. Hoje eu quero distância do Horcades. Ali está um verdadeiro tricolor (aponta para o ex-presidente Francisco Horta).

O conselheiro Rogério Do Val leu seu discurso: “No final do ano passado, quando o Fluminense passava por momentos difíceis no Campeonato Brasileiro, o Presidente Roberto Horcades pedia paz e união à todos para que o Fluminense pudesse sair daquela situação. Culpava a oposição, que pedia o seu impeachment, pelo mau momento do time na competição e pela falta de pagamento dos salários aos funcionários do Clube.

No entanto, a oposição não lhe deu ouvidos, não lhe deu trégua e muito menos se uniu a ele. A oposição continuou firme no seu papel, que era de fiscalizar atentamente sua administração, cobrar um comportamento ético na sua conduta, uma gestão financeira positiva e transparente, o respeito às leis do Clube e o cumprimento de suas obrigações.

Unir é um ato de pacto, de aliança, de paz, de harmonia, no sentido de um bom relacionamento entre as partes. É um casamento de interesses comuns.

Na verdade, o que ele desejava era uma união de conivência. Que se fingisse não ver ou que se encobrisse os males praticados pelo Conselho Diretor, do qual ele é Presidente.

Este tipo de união, pelo menos eu, não faço. Acobertar não é do meu feitio. Não conte comigo para isto.

Pois bem, o Fluminense, nos seus últimos 11 (onze) jogos, empatou 4 (quatro) e venceu 7 (sete). Proporcionou belos espetáculos com jogos maravilhosos, recuperou-se na tabela, livrou-se do rebaixamento e se manteve na Primeira Divisão.

Com isso, ficou provado que a situação ruim pela qual o Fluminense passava não era provocada pelo processo de impedimento do Presidente. Ficou provado que a oposição não tinha nenhuma responsabilidade sobre o caos administrativo Horcadiano.

É muito fácil colocar a culpa em alguém, difícil é reconhecer o erro. Contudo, antes tarde que nunca.

Reportagem publicada no site Globo.com, em 07 dez 2009.

Passado o sofrimento da luta para permanecer na Primeira Divisão, o Fluminense termina 2009 refletindo o que foi feito de errado no planejamento para que o time chegasse a ponto de decidir o seu futuro na última rodada do Brasileirão.

Vejam aqui, que a culpa não era da oposição e sim, do planejamento errado admitido pela própria administração.

Há tempos sem falar com a imprensa, Horcades solta o verbo após a salvação do Flu

Roberto Horcades, presidente do clube, fez questão de desabafar contra os seus opositores:

- São maus tricolores. Não quero entrar em detalhes, desestabilizaram a presidência, mas mostramos que, no final, a justiça sempre chega. Estes pseudotricolores, que chamo de abutres, vão continuar a comer carniça. O Fluminense não merece isso, estou desabafando, de tantas e tantas coisas, que vem desestabilizando também a minha vida particular como médico – disse o cardiologista e mandatário tricolor à Rádio Brasil.

Ou seja:

Como ficou provado antes, não foi culpa da oposição o mau andamento do time em campo, durante o Campeonato Brasileiro.

Como ficou provado antes, não foi culpa da oposição a falta de salários aos bolsos dos funcionários do Clube.

O que ficou comprovado, com o próprio reconhecimento da diretoria, é que o grande culpado de tudo foi o erro de planejamento. Cabe ressaltar aqui que não foi a oposição quem fez este tal planejamento.

Quando as coisas iam mal, pedia paz e união. Quando as coisas terminaram bem, soltou o verbo chamando a oposição de abutres.

Seria esta a união que ele queria, com abutres? Seria ele a própria carniça?

Se nos 2 (dois) anos que se passaram desta legislatura, tivesse ele administrado o Clube com ética, nenhum abutre sobrevoaria as Laranjeiras.

Tivesse ele um comportamento digno, como requer o cargo de Presidente do Fluminense, nenhum mau cheiro de carne podre atrairia os abutres carniceiros.

Tivesse ele transparência nos seus atos administrativos, o Clube estaria livre dos Conselheiros de rapina.

E mais: tivesse ele observado o Art. 49 do Estatuto, que o obriga a cumprir, não só o próprio Estatuto como também, os Regulamentos e os Regimentos do Clube, não estaria este abutre aqui e agora para pedir o seu afastamento do Conselho Deliberativo do Fluminense. Sua investidura no cargo de Conselheiro não encontra respaldo legal e, portanto, sua presença nesta Casa, como Conselheiro, é indevida.


Entendo, na minha humilde forma, que o Senhor Roberto Horcades Figueira foi investido no cargo de Conselheiro Nato e Efetivo do Conselho Deliberativo, na atual legislatura, sem respaldo legal pelo Estatuto do Clube.

O § 4º do Art. 25 do Estatuto do FLUMINENSE dispõe o seguinte:

- Os Membros Natos que quiserem participar como Conselheiros Natos deverão, a cada legislatura, comunicar essa sua intenção ao Presidente do Conselho Deliberativo. Essa comunicação poderá ser feita por escrito, no prazo de 90 (noventa) dias da eleição dos novos Conselheiros Eleitos ou, oralmente, na primeira sessão da nova legislatura, fazendo uso da tribuna e respectiva transcrição em ata.

§ 5º do Art. 25 do Estatuto do FLUMINENSE dispões o seguinte:

- O não cumprimento do estabelecido nos parágrafos anteriores será entendido como manifestação de recusa quanto a integrar o Conselho Deliberativo na referida legislatura.

Em maio de 2009, foi realizada uma sessão ordinária do Conselho Deliberativo que na sua convocação trazia em sua ordem do dia o item “votação para benemerência do sócio Roberto Horcades Figueira”, dentre outros.

Isto posto, conclui-se, sem sombra de dúvida, que Senhor Roberto Horcades Figueira, até aquela data, não pertencia ao quadro de Sócios Beneméritos do Clube.

Com o fim da sessão acima citada, tendo o Senhor Roberto Horcades Figueira o nome aprovado pelo Conselho Deliberativo, em votação com maioria simples de voto, lhe foi concedido o Título de Sócio de Benemérito.

Isto posto, conclui-se, sem sombra de dúvida, que o Senhor Roberto Horcades Figueira, só a partir daquela data, 26 de maio de 2009, poderia integrar-se ao quadro de Sócios Beneméritos do Clube.


Portanto, conforme o exposto acima, o Senhor Roberto Horcades Figueira não conquistou a condição de participar como Conselheiro Nato do Conselho Deliberativo, da atual legislatura (2008 a 2010).


A 90 (noventa) dias da eleição para novos Conselheiros, o Senhor Roberto Horcades Figueira não pertencia ao Quadro de Sócios Beneméritos do Clube e, por conseguinte, não era Membro Nato do Conselho Deliberativo.

Não tinha como o referido Conselheiro manifestar-se por escrito sua intenção de participar do Conselho Deliberativo.

Não sendo Membro Nato quando a primeira sessão da nova legislatura foi realizada – janeiro de 2008, também não havia como o Senhor Roberto Horcades Figueira manifestar-se, oralmente, fazendo uso da Tribuna, a vontade de participar do Conselho.

Da formação do Quadro único de suplentes

O Quadro Único de Suplentes do Conselho Deliberativo – Natos e Eleitos - é formado no início de cada legislatura. Em janeiro de 2008, início da atual legislatura, o referido Quadro, após a primeira sessão, é concluído e encerrado com sua composição definitiva. A partir daí, a entrada de novos Conselheiros somente poderá acontecer conforme o disposto do § 2º e § 3º do Art. 16 do Estatuto.

Art. 16 - § 2º do Estatuto – Se o número de Conselheiros Eleitos tornar-se, pela falta de suplentes, inferior a 150 (cento e cinqüenta), a Assembléia Geral será convocada, no prazo de 30 (trinta ) dias da ocorrência, para eleger 50 (cinqüenta) novos suplentes do Conselho Deliberativo.

Art. 16 - § 3º do Estatuto – Se a hipótese prevista no parágrafo anterior ocorrer nos últimos 12 (doze) meses da legislatura, não haverá a convocação da Assembléia Geral e o Conselho Deliberativo funcionará, normalmente, com o número de Conselheiros existentes.

A participação de um Membro Nato como Conselheiro no Conselho Deliberativo requer, por escrito ou verbalmente, comunicação de intenção feita ao Presidente do Conselho Deliberativo, conforme o § 4º do Art. 25 do Estatuto.

O fato de um sócio ser agraciado com o Título de Benemérito não lhe dá, automaticamente, a condição de Membro Nato do Conselho Deliberativo. A opção por esta condição deverá ser feita por escrito, contendo declaração do postulante de que é torcedor do FLUMINENSE em todas as modalidades esportivas, e ser dirigida ao Presidente do Conselho Deliberativo, impreterivelmente, no prazo de 30 (trinta) dias da concessão do título honorífico, importando a ausência de tal manifestação, em recusa. - § 1º do Art. 17 do Estatuto.

Vale lembrar que:

Aqueles que não fizeram a tal opção, 30 ( trinta) dias após terem sido agraciados com a Benemerência, saibam que já perderam o direto de fazê-la.

Porém, como tudo aqui é feito “às escondidas”, pode ser que o Presidente do Conselho Deliberativo ainda aceite com data retroativa a 7 (sete) meses.

Conforme o § 1º do Art. 17, que dispõe sobre a Constituição do Conselho Deliberativo, nenhum Sócio Benemérito é obrigado a ser Membro Nato do Conselho Deliberativo. Todo Sócio Benemérito só poderá ser Membro Nato se quiser e se fizer a opção.

Conclui-se então que:

- Nem todo Sócio Benemérito é, obrigatoriamente, Membro Nato.

- Nem todo Membro Nato é, obrigatoriamente, Conselheiro Nato.

- Um Sócio Benemérito pode não ser um Membro Nato e ser Conselheiro Eleito.

- Um Membro Nato pode não ser Conselheiro Nato e ser Conselheiro Eleito.

O que não pode nunca é um Conselheiro Eleito ter a sua condição de participação alterada durante uma legislatura. Mesmo sendo Benemérito, mesmo sendo Membro Nato, o Conselheiro Eleito deve permanecer nesta condição até o fim do seu mandato.

Sendo assim, tenho aqui em mãos um requerimento pedindo, ao Presidente do Conselho Deliberativo, uma reunião extraordinária para se discutir e votar a CASSAÇÂO do mandato de Conselheiro do Sócio Roberto Horcades Figueira, devido à situação irregular em que se encontra nesta Casa.

Os Conselheiros Eleitos que obtiveram o Título de Benemérito durante a atual legislatura e que, por conseqüência, tiveram a condição de Conselheiro alterada, passando a integrar o quadro de Conselheiros Natos Efetivos, devem retornar, imediatamente, a condição obtida no início da legislatura.

Encerrando

- Para aqueles que desejam a moralização das práticas administrativas espúrias,

- Para aqueles que desejam uma reformulação na conduta dos Poderes deste Clube,

- Para aqueles que desejam banir o autoritarismo, a prepotência, o egoísmo e o pedantismo,

- Para aqueles que desejam passar o Fluminense a limpo, lutando pela legalidade e transparência, eu peço que aponham suas assinaturas neste documento.

- Para aqueles que acham que os amigos devem ser sempre protegidos, mesmo aqueles que se colocam às margens ou acima das leis,

- Para aqueles que acham que aos amigos não se deve levar decepção, por mais decepções que eles causem,

- Para aqueles que acham que amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo aqueles que não têm um coração digno de guardar um amigo,

- Para aqueles que acham mesmo que ‘o Estatuto do Clube foi feito para ser descumprido e os que se sentirem prejudicados que recorra à Justiça’, eu não tenho nada a pedir e nem mais nada a dizer. Para os demais, simplesmente, peço a proteção de DEUS. O FLUMINENSE tem tudo para ser o melhor Clube do Rio e do Brasil. Só depende de nós. Passar o FLUMINENSE a limpo, deve ser o nosso projeto de trabalho. Obrigado”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Por que presidente, tá caçando minhas palavras? Queria agradecer o conselheiro Rogério Do Val pelos esclarecimentos. Senhor presidente o Fluminense não pode virar Olaria. Tudo o que tem o voto do Roberto Horcades não é válido, ele não pode ser conselheiro. Quero agradecer o conselheiro Rogério Do Val. Tudo que Roberto Horcades votou tem que ser impugnado. Na hora da eleição o presidente e vice não podem ser conselheiros. O nosso Conselho tá acabando”.

O ex-presidente Francisco Horta pronunciou-se: “Minhas saudações tricolores. Falo como presidente mais antigo do Fluminense. Já são quase três horas da manhã. E os conselheiros que aqui estão é por amor ao Fluminense. Queria pedir mais união, que nos amemos mais. O perfil do tricolor é diferente. O tricolor é um homem de bem. O Fluminense é centenário. Nós não podemos ser nossos adversários. Os nossos adversários são Flamengo, Vasco e Botafogo. Oposição é necessário, indispensável. O amigo que é amigo não pode deixar o outro cometer um erro. Por isso, sou a favor da divergência. O que não posso concordar é que briguemos entre nós. Os nossos adversários estão lá, no campo, na piscina, e não aqui. A divergência é salutar. Não pode o presidente do Conselho não ter um relacionamento bom. Essa Mesa é mais importante que o presidente do Clube. Essa Mesa tem que ter pessoas que se amam, que sejam amigos. Essa mesa tem que ser sempre exemplar. Essa Mesa é que autoriza o Conselho Diretor. Quem manda no Fluminense é o Conselho Deliberativo. Quem governa é o Conselho Deliberativo. Ela é o nosso exemplo, a Mesa. Eu volto e peço a Deus que os integrantes desta Mesa possam se entender como um time, como uma equipe. O senhor é um grande homem, a nossa vice é uma grande mulher, e os secretários. E presidente, a ação deve partir do senhor. Nós temos que ter amor de vir ao Fluminense. E esta reunião esteve muito tensa. O senhor, como eu, viemos do Direito. E o Direito é equilíbrio. Direito é o não conflito. Espero em deus que nós saiamos daqui às três da manhã, em harmonia. Esse Clube precisa estar unido para chegarmos às conquistas, que a nossa Vice-Presidente conquistou. O casal (refere-se a Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, srª Angelamaria Rosa Lachtermacher e ao conselheiro Leonardo Lachtermacher), está de parabéns, é um casal que se ama, que está junto há muito tempo, que são amigos. Ademar, agradeço, pois não ia falar. Hoje, velho, com 75 anos, vejo o nosso Clube crescer. Presidente, ai do clube em que as reuniões acabam às dez da noite. Ai do clube, que não há discussão”.

Logo em seguida vários conselheiros se levantaram para abraçar o ex-presidente Francisco Horta. Exatamente às 03 horas e 44 minutos do dia 27/01/10, o presidente do Conselho Deliberativo deu por encerrada a reunião do Conselho Deliberativo, convidando o ex-presidente Francisco Horta para retirar a bandeira do Fluminense.

Saudações Tricolores

2 comentários:

  1. Confesso que não entendi direito ao que se refere a verba de patrocínio que consta no orçamento de R$13,353 milhões anuais correspondentes a R$1,112 milhões mensais.

    Segundo o Humberto Palma o novo patrocínio é de R$1.978.245, 70 anuais correspondentes a R$164.854,00 mensais, que na verdade não entrarão no caixa do clube, pois servirão para abater a dívida com a Unimed de R$6,200 milhões que parcelada em 48 meses com juros de 1% ao mês corresponde a uma parcela mensal de R$164.854,00.



    Existe ainda uma garantia de investimentos de R$ 15 milhões anuais, mas que serve para pagar direitos de imagem, portanto, não entram no orçamento, e mesmo que entrasse teria que ter uma saída no mesmo valor na parte das despesas.



    Segundo o HP a parte do Flu com salários cerca de 20% do bruto, fica em R$15 milhões anuais, cerca de R$1,200 milhões mensais, o que não bate com o orçamento que prevê cerca de R$25 milhões anuais entre salários e encargos.



    Esse tipo de coisa é que me deixa puto, para que ficar até 3 da manhã, se o cara fala o que quer e ninguém checa no orçamento para ver se os números batem, e também não poderia ser depois de ter o orçamento aprovado. Primeiro aprovaram o orçamento e depois falam sobre o contrato da Unimed.

    Uma reunião dessa importância teria que ser marcada num sábado começando pela manhã e se estendendo até o dia seguinte se necessário.

    Milton Borges

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  2. Depois de ler esta reunião, estou decepcionado com o funcionamento deste Conselho. Há muita discussão fundada em rancores pessoais, muita intriga, pouco debate propositivo, falta rigor técnico.
    Falta o olhar para frente, a postura construtiva. Falta o foco nas conquistas que o futebol, razão de ser do clube, precisa.
    O Fluminense está em primeiro lugar, acima de desentendimentos pessoais.
    ST.

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