"Apenas ser Fluminense!"

O grupo sul-coreano Hyundai investirá U$ 150 milhões na fábrica que vai instalar em Itatiaia, no Sul do Estado do Rio de Janeiro. A unidade fluminense não será uma fábrica de automóveis, mas de outra divisão da Hyundai: equipamentos pesados. As obras devem começar já no segundo semestre deste ano. A construção deve demorar aproximadamente dois anos. A Hyundai contará com vários incentivos fiscais. Mas, não será a primeira vez em que o grupo sul-coreano Hyundai investirá em solo fluminense.


Em 1996, pela primeira vez em 22 anos, existia a possibilidade do Presidente da FIFA, o “tricolor” Drº João Havelange, ser derrotado na escolha de uma sede de Copa do Mundo. Era o momento da escolha do país-sede da Copa do Mundo de 2002. Foi realizada uma campanha agressiva e eficiente, liderada por Chung Moon-Joon, que trabalhava pela candidatura da Coréia do Sul. Chung Moon-Joon era herdeiro do grupo sul-coreano Hyundai e integrante do Comitê Executivo da FIFA.

O Japão e a Coréia do Sul disputavam o direito de ser o país-sede da Copa do Mundo de 2002. Na Ásia existia a preocupação sobre a possibilidade de que a escolha da FIFA, provocasse consequências imprevisíveis no relacionamento entre os dois países.

O Drº João Havelange até tinha um laço especial com a Coréia do Sul. Mas os laços e compromissos de Havelange com os japoneses, leais e fiéis colaboradores de sua gestão, eram muito maiores. Havelange projetava realizar uma Copa do Mundo no Japão já havia alguns anos. Os japoneses sabiam da importância de ter o apoio de Havelange, por isso apresentaram a candidatura primeiro e fizeram tudo de forma correta.

Chung Moon-Joon era definido por alguns líderes esportivos de várias maneiras. Uns acreditavam que, ele era “um moço que tinha um poder econômico e financeiro, porque a Hyundai era do pai dele”. Outros, achavam que ele era “um dirigente completamente diferente dos outros integrantes do Comitê Executivo, que trazia modernidade para a FIFA”. E ainda outros que, reconheciam nele “um cabeça-dura que lutou muito para levar a Copa do mundo para a Coréia do Sul”.

Chung Moon-Joon de forma obstinada, tinha incluído na sua ofensiva, patrocinar o Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro, o “Clube do coração” do Drº João Havelange. O ex-presidente do Fluminense, o Drº Sylvio Kelly dos Santos, o dirigente tricolor historicamente mais próximo do Drº João Havelange, se surpreeendeu, em 1994, quando foi procurado por executivos da Hyundai interessados em patrocinar o clube. Sobre o caso, o Drº Sylvio Kelly disse: “Eu era convidado para tudo. E ninguém entendeu por que a Hyundai veio patrocinar o Fluminense”. E patrocinou por um ano.

No ano de 1995, ano em que a Hyundai patrocinou o Fluminense, o clube tornou-se campeão carioca de futebol, quebrando um angustiante jejum de nove anos sem títulos. O título de 1995, patrocinado pela Hyundai, conquistado pelo Fluminense Football Club, foi um dos mais festejados de toda a sua história.

A FIFA e o Drº João Havelange encontraram como solução a divisão da Copa do Mundo de 2002, entre o Japão e a Coréia do Sul. Na Copa do Mundo de 2002, a seleção da Coréia do Sul chegou até as semifinais. Nesta Copa do Mundo de 2010, a seleção da Coréia do Sul já chegou às oitavas de final.

E ainda existem duas ou três pessoas no Fluminense que insistem em dizer que o Drº João Havelange nunca ajudou o Fluminense. Talvez precisem de mais informação, ou então não gostam de jeito nenhum do Drº João Havelange. Mas, para o Drº João Havelange ajudar o Fluminense, já basta "apenas ser Fluminense!”

Saudações Tricolores