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Roberto Sander |
Todos os tricolores, mulheres, homens, crianças, jovens, adultos, idosos, todos de uma maneira geral, sem nenhum tipo de exclusão ou distinção, devem anotar em suas agendas uma
“programação imperdível”. Esta programação imperdível será o lançamento do livro “
TAÇA DE PRATA DE 1970 – O CAMPEONATO BRASILEIRO MAIS DIFÍCIL DE TODOS OS TEMPOS, CONQUISTADO PELO FLUMINENSE”. O lançamento será realizado no
“DIA 22 DE OUTUBRO”, sexta-feira, na
“LIVRARIA DA TRAVESSA DO SHOPPING LEBLON, A PARTIR DAS 19 HORAS”. O livro é mais uma das grandes obras do jornalista e escritor
ROBERTO SANDER.
Formado pela
PUC/RJ, ROBERTO SANDER é jornalista há 23 anos. Trabalhou no jornal
O Globo, na
TV Globo e no
SporTV. Há seis anos se dedica à carreira de autor e editor. Em 2008, junto com o jornalista
Paschoal Ambrósio Filho criou a
“MÁQUINÁRIA EDITORA”. Entre seus maiores objetivos está o de valorizar autores nacionais e títulos com relevância histórica. Seu primeiro projeto – a
Coleção Ídolos Imortais – está sendo um sucesso absoluto, tanto pelo aspecto de vendas como pelo reconhecimento do seu caráter informativo e educativo.
ROBERTO SANDER escreveu também os livros,
SUL-AMERICANO DE 1919, que mostra a importância do
“ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS” para o futebol brasileiro, e
“OS DEZ MAIS DO FLUMINENSE”, que conta a trajetória dos maiores ícones tricolores.
ROBERTO SANDER nunca escondeu ser um
“tricolor de carteirinha”. E seu ídolo maior é
NELSON RODRIGUES, “O PROFETA TRICOLOR”.
O mais novo livro de
ROBERTO SANDER, sobre a conquista da
“TAÇA DE PRATA DE 1970”, narra jogo a jogo, a memorável conquista do Campeonato Brasileiro da época pelo
Fluminense. Foram 19 partidas em que o tricolor carioca enfrentou os maiores clubes do país em um momento mágico do nosso futebol. O
Brasil havia acabado de conquistar o
Tricampeonato Mundial do México e os grandes craques da
seleção atuavam em nossos gramados, o que fez da competição, sem dúvida, uma das mais difíceis (senão a mais) de todos os tempos.
Foi há 40 anos. Além das fichas de todos os jogos do time, o livro tem a ilustração de
52 fotos históricas.
O livro tem 128 páginas. E preço de R$ 28,00. E ROBERTO SANDER concedeu uma pequena entrevista para o
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”. E todos os tricolores podem ir se preparando, pois vem
“coisa boa” por aí.
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE: Como se deu a sua relação com o
Fluminense?
ROBERTO SANDER: Paixão acontece sem que a gente possa explicar. Sequer lembro quando a que tenho pelo
Flu surgiu. Mas sei que, pelo menos, desde os meus 7 ou 8 anos já era tricolor. Essa escolha também é um mistério para mim. Não tive qualquer influência familiar e, levando-se em conta o período em que me decidi, o mais lógico seria se eu optasse por ser
Botafogo, clube que vivia uma época áurea com aquele timaço bicampeão carioca em 67-68 em que despontavam
Gérson, Jairzinho e
Paulo César, entre outros. Acho que a minha escolha talvez tenha alguma relação com as cores do clube. Lembro que uma das coisas que mais me fascinavam quando ia ao
Maracanã, ainda bem garoto - levado pelo meu pai, que não torcia por time algum, mas que, por eu ser
Fluminense, acho que acabava também curtindo as vitória do time -, era observar a festa da torcida, com as coloridas bandeiras tricolores sendo desfraldadas. Era um negócio diferente. Sentia um inexplicável orgulho de ser um daqueles torcedores.
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Como surgiu a idéia de fazer um livro sobre os 40 anos da conquista da
Taça de Prata pelo
Fluminense?
ROBERTO SANDER: Esse campeonato de 70 tem um simbolismo muito forte pra mim. Futebol era a minha vida naquela época. Tinha 12 anos e torcia como nunca mais torci, o que é natural para um garoto nessa idade. Além disso, aquele time era especial, o grande time de guerreiros da história do
Fluminense. Os caras jogavam com uma raça e uma vibração inigualáveis. Nem o time de 83-84-85 era tão forte nesse sentido. Além disso, tinham jogadores que ficaram marcados na minha memória afetiva. Craques como
Denilson, Samarone, Flávio e
Lula eram de uma eficiência e regularidade absurdas. Sabe lá o que é disputar um campeonato contra o
Santos de
Pelé, o
São Paulo de
Gérson, o
Corinthians de
Rivelino, o
Botafogo de
Jairzinho, o
Cruzeiro de
Tostão e o
Palmeiras de
Ademir da Guia? Era uma Super Primeira Divisão e não essa Terceira ou Quarta que hoje é o nosso Campeonato Brasileiro. Nesse contexto, o
Fluminense derrotou duas vezes o
Palmeiras e também o
Cruzeiro, as duas equipes dessas grandes que se exibiam em melhor forma. Enfim, estava querendo lançar esse livro há muito tempo. Estava só esperando a data redonda dos 40 anos para reviver essa epopéia do
Flu. É uma forma de homenagear os ídolos de toda uma geração de tricolores.
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Destaque alguns aspectos importantes e momentos marcantes desta conquista?
ROBERTO SANDER: O mais importante dessa conquista a gente só percebe quando situamos o momento que vivia o futebol brasileiro. A nossa seleção tinha acabado de levantar a taça
Jules Rimet, o que representou o tricampeonato mundial e a hegemonia do futebol mundial. Era um instante mágico do nosso futebol. Pelos nossos gramados desfilavam todos os
heróis do Tri no auge das suas carreiras. Daí eu afirmar no subtítulo do livro que este foi o Campeonato Brasileiro mais difícil de todos os tempos. Isso não é uma bravata de torcedor. Desafio a qualquer um apontar um outro Brasileiro que tenha reunido tantos craques em tão boa forma. Simplesmente não ocorreu, pois logo
Pelé deixaria o futebol e
Tostão, no ano seguinte, já não estava em tão boa forma, sem contar com todos os outros gênios que citei acima. Quanto ao momento mais marcante, destaco a vitória do
Flu por 3 a 0 (três gols de
Flávio), em
São Paulo, sobre a
Academia do Palmeiras, liderada pelo maravilhoso
Ademir da Guia. Sem dúvida, essa foi uma das melhores atuações de um time do
Fluminense em toda a história. Ali aquela equipe mostrou que era especial, pois o
Palmeiras era o atual campeão da
Taça de Prata, liderava o seu grupo e estava invicto há 17 jogos. Se tratava de uma equipe extremamente bem entrosada e que levava pouquíssimos gols.
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Que jogadores deste time, você destacaria como ídolos tricolores? Você teve algum ídolo entre eles?
ROBERTO SANDER: Meu grande ídolo era o
Denilson. Tinha uma enorme admiração pelo futebol dele. Lembro até hoje com muita clareza o modo como dominava o meio-campo. Tinha muita classe, jogava com a cabeça erguida e possuía uma enorme capacidade de tomar a bola dos adversários. Era fã também, como disse acima, do
Samarone, um mestre na arte de passar bem; do
Flávio, um monstro dentro da área; e do
Lula, um ponta artilheiro com uma canhota que era uma
"bomba" de tão forte. Porém, aquele time todo era muito sólido.
Félix dispensa comentários, era o melhor do
Brasil, titular da seleção.
Oliveira e
Marco Antônio - este craque de seleção - eram laterais, tanto defensivamente como ofensivamente, bastante eficientes.
Galhardo e
Assis eram zagueiros que se completavam, o primeiro mais técnico e o segundo mais viril - eram uma barreira às vezes intransponível.
Didi era um camisa oito com certas limitações técnicas, mas que compensava isso com um futebol de muita raça - jogava com uma intensidade e regularidade impressionantes. Já
Cafuringa era o showman. Seus dribles desconcertantes chegavam a lembrar os de
Garrincha - normalmente desmoralizavam o adversário.
Quanta saudade!!!
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Recentemente, ocorreu na sede das
Laranjeiras uma festa para celebrar os
40 anos da conquista da Taça de Prata com a presença de vários ex-jogadores. Você manteve algum contato com estes ex-jogadores?
ROBERTO SANDER: Sim, com vários deles. Conversei especialmente com o
Samarone e o
Lula. O
Samara é uma simpatia. Parece que está muito bem, trabalha com engenharia. Foi um papo ótimo. Ele é muito inteligente e bem articulado. Já o
Lula me contou que estava há 17 anos trabalhando no
Oriente Médio. Me passou também ótima impressão. Fiz fotos de todos que estavam lá e estou usando-as no fim do livro. Acho que ficou bem bacana. Foi uma tremenda sorte essa coincidência. Acho que o leitor vai gostar também de ver como estão os ídolos hoje em dia, já que utilizo 52 fotos históricas da campanha do título.
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Há seis anos você se dedica à carreira de autor e editor. Como você avalia a relação do povo brasileiro com o seu passado, com a sua
História? E que contribuição o futebol pode oferecer a este respeito?
ROBERTO SANDER: Se formos analisar a relação dos brasileiros com seu passado, vamos começar a chorar aqui (rsrsrsr). Mas é sério. Infelizmente a maior parte da população não tem a menor noção da nossa história e muito menos da história do nosso futebol. O número de torcedores que consomem literatura esportiva é irrisório. A galera quer saber do
"aqui e agora" e se esquece que o
"aqui e agora" é fruto de uma sucessão de episódios que começou lá trás. Mas num país em que a educação sempre foi um luxo para poucos isso não poderia ser diferente. O que procuro fazer como autor e editor é dar a minha contribuição para mudar esse quadro. É pouco, mas, pelo menos, tento fazer a minha parte.
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“NÃO PERCAM O LANÇAMENTO DO LIVRO”!
Saudações Tricolores