quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ROBERTO SANDER E A TAÇA DE PRATA DE 1970

Roberto Sander


Todos os tricolores, mulheres, homens, crianças, jovens, adultos, idosos, todos de uma maneira geral, sem nenhum tipo de exclusão ou distinção, devem anotar em suas agendas uma “programação imperdível”. Esta programação imperdível será o lançamento do livro “TAÇA DE PRATA DE 1970 – O CAMPEONATO BRASILEIRO MAIS DIFÍCIL DE TODOS OS TEMPOS, CONQUISTADO PELO FLUMINENSE”. O lançamento será realizado no “DIA 22 DE OUTUBRO”, sexta-feira, na “LIVRARIA DA TRAVESSA DO SHOPPING LEBLON, A PARTIR DAS 19 HORAS”. O livro é mais uma das grandes obras do jornalista e escritor ROBERTO SANDER.

Formado pela PUC/RJ, ROBERTO SANDER é jornalista há 23 anos. Trabalhou no jornal O Globo, na TV Globo e no SporTV. Há seis anos se dedica à carreira de autor e editor. Em 2008, junto com o jornalista Paschoal Ambrósio Filho criou a “MÁQUINÁRIA EDITORA”. Entre seus maiores objetivos está o de valorizar autores nacionais e títulos com relevância histórica. Seu primeiro projeto – a Coleção Ídolos Imortais – está sendo um sucesso absoluto, tanto pelo aspecto de vendas como pelo reconhecimento do seu caráter informativo e educativo.

ROBERTO SANDER escreveu também os livros, SUL-AMERICANO DE 1919, que mostra a importância do “ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS” para o futebol brasileiro, e “OS DEZ MAIS DO FLUMINENSE”, que conta a trajetória dos maiores ícones tricolores. ROBERTO SANDER nunca escondeu ser um “tricolor de carteirinha”. E seu ídolo maior é NELSON RODRIGUES, “O PROFETA TRICOLOR”.

O mais novo livro de ROBERTO SANDER, sobre a conquista da “TAÇA DE PRATA DE 1970”, narra jogo a jogo, a memorável conquista do Campeonato Brasileiro da época pelo Fluminense. Foram 19 partidas em que o tricolor carioca enfrentou os maiores clubes do país em um momento mágico do nosso futebol. O Brasil havia acabado de conquistar o Tricampeonato Mundial do México e os grandes craques da seleção atuavam em nossos gramados, o que fez da competição, sem dúvida, uma das mais difíceis (senão a mais) de todos os tempos. Foi há 40 anos. Além das fichas de todos os jogos do time, o livro tem a ilustração de 52 fotos históricas. O livro tem 128 páginas. E preço de R$ 28,00. E ROBERTO SANDER concedeu uma pequena entrevista para o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”. E todos os tricolores podem ir se preparando, pois vem “coisa boa” por aí.


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE: Como se deu a sua relação com o Fluminense?

ROBERTO SANDER: Paixão acontece sem que a gente possa explicar. Sequer lembro quando a que tenho pelo Flu surgiu. Mas sei que, pelo menos, desde os meus 7 ou 8 anos já era tricolor. Essa escolha também é um mistério para mim. Não tive qualquer influência familiar e, levando-se em conta o período em que me decidi, o mais lógico seria se eu optasse por ser Botafogo, clube que vivia uma época áurea com aquele timaço bicampeão carioca em 67-68 em que despontavam Gérson, Jairzinho e Paulo César, entre outros. Acho que a minha escolha talvez tenha alguma relação com as cores do clube. Lembro que uma das coisas que mais me fascinavam quando ia ao Maracanã, ainda bem garoto - levado pelo meu pai, que não torcia por time algum, mas que, por eu ser Fluminense, acho que acabava também curtindo as vitória do time -, era observar a festa da torcida, com as coloridas bandeiras tricolores sendo desfraldadas. Era um negócio diferente. Sentia um inexplicável orgulho de ser um daqueles torcedores.

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Como surgiu a idéia de fazer um livro sobre os 40 anos da conquista da Taça de Prata pelo Fluminense?

ROBERTO SANDER: Esse campeonato de 70 tem um simbolismo muito forte pra mim. Futebol era a minha vida naquela época. Tinha 12 anos e torcia como nunca mais torci, o que é natural para um garoto nessa idade. Além disso, aquele time era especial, o grande time de guerreiros da história do Fluminense. Os caras jogavam com uma raça e uma vibração inigualáveis. Nem o time de 83-84-85 era tão forte nesse sentido. Além disso, tinham jogadores que ficaram marcados na minha memória afetiva. Craques como Denilson, Samarone, Flávio e Lula eram de uma eficiência e regularidade absurdas. Sabe lá o que é disputar um campeonato contra o Santos de Pelé, o São Paulo de Gérson, o Corinthians de Rivelino, o Botafogo de Jairzinho, o Cruzeiro de Tostão e o Palmeiras de Ademir da Guia? Era uma Super Primeira Divisão e não essa Terceira ou Quarta que hoje é o nosso Campeonato Brasileiro. Nesse contexto, o Fluminense derrotou duas vezes o Palmeiras e também o Cruzeiro, as duas equipes dessas grandes que se exibiam em melhor forma. Enfim, estava querendo lançar esse livro há muito tempo. Estava só esperando a data redonda dos 40 anos para reviver essa epopéia do Flu. É uma forma de homenagear os ídolos de toda uma geração de tricolores.

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Destaque alguns aspectos importantes e momentos marcantes desta conquista?

ROBERTO SANDER: O mais importante dessa conquista a gente só percebe quando situamos o momento que vivia o futebol brasileiro. A nossa seleção tinha acabado de levantar a taça Jules Rimet, o que representou o tricampeonato mundial e a hegemonia do futebol mundial. Era um instante mágico do nosso futebol. Pelos nossos gramados desfilavam todos os heróis do Tri no auge das suas carreiras. Daí eu afirmar no subtítulo do livro que este foi o Campeonato Brasileiro mais difícil de todos os tempos. Isso não é uma bravata de torcedor. Desafio a qualquer um apontar um outro Brasileiro que tenha reunido tantos craques em tão boa forma. Simplesmente não ocorreu, pois logo Pelé deixaria o futebol e Tostão, no ano seguinte, já não estava em tão boa forma, sem contar com todos os outros gênios que citei acima. Quanto ao momento mais marcante, destaco a vitória do Flu por 3 a 0 (três gols de Flávio), em São Paulo, sobre a Academia do Palmeiras, liderada pelo maravilhoso Ademir da Guia. Sem dúvida, essa foi uma das melhores atuações de um time do Fluminense em toda a história. Ali aquela equipe mostrou que era especial, pois o Palmeiras era o atual campeão da Taça de Prata, liderava o seu grupo e estava invicto há 17 jogos. Se tratava de uma equipe extremamente bem entrosada e que levava pouquíssimos gols.

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Que jogadores deste time, você destacaria como ídolos tricolores? Você teve algum ídolo entre eles?

ROBERTO SANDER: Meu grande ídolo era o Denilson. Tinha uma enorme admiração pelo futebol dele. Lembro até hoje com muita clareza o modo como dominava o meio-campo. Tinha muita classe, jogava com a cabeça erguida e possuía uma enorme capacidade de tomar a bola dos adversários. Era fã também, como disse acima, do Samarone, um mestre na arte de passar bem; do Flávio, um monstro dentro da área; e do Lula, um ponta artilheiro com uma canhota que era uma "bomba" de tão forte. Porém, aquele time todo era muito sólido. Félix dispensa comentários, era o melhor do Brasil, titular da seleção. Oliveira e Marco Antônio - este craque de seleção - eram laterais, tanto defensivamente como ofensivamente, bastante eficientes. Galhardo e Assis eram zagueiros que se completavam, o primeiro mais técnico e o segundo mais viril - eram uma barreira às vezes intransponível. Didi era um camisa oito com certas limitações técnicas, mas que compensava isso com um futebol de muita raça - jogava com uma intensidade e regularidade impressionantes. Já Cafuringa era o showman. Seus dribles desconcertantes chegavam a lembrar os de Garrincha - normalmente desmoralizavam o adversário. Quanta saudade!!!

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Recentemente, ocorreu na sede das Laranjeiras uma festa para celebrar os 40 anos da conquista da Taça de Prata com a presença de vários ex-jogadores. Você manteve algum contato com estes ex-jogadores?

ROBERTO SANDER: Sim, com vários deles. Conversei especialmente com o Samarone e o Lula. O Samara é uma simpatia. Parece que está muito bem, trabalha com engenharia. Foi um papo ótimo. Ele é muito inteligente e bem articulado. Já o Lula me contou que estava há 17 anos trabalhando no Oriente Médio. Me passou também ótima impressão. Fiz fotos de todos que estavam lá e estou usando-as no fim do livro. Acho que ficou bem bacana. Foi uma tremenda sorte essa coincidência. Acho que o leitor vai gostar também de ver como estão os ídolos hoje em dia, já que utilizo 52 fotos históricas da campanha do título.

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Há seis anos você se dedica à carreira de autor e editor. Como você avalia a relação do povo brasileiro com o seu passado, com a sua História? E que contribuição o futebol pode oferecer a este respeito?

ROBERTO SANDER: Se formos analisar a relação dos brasileiros com seu passado, vamos começar a chorar aqui (rsrsrsr). Mas é sério. Infelizmente a maior parte da população não tem a menor noção da nossa história e muito menos da história do nosso futebol. O número de torcedores que consomem literatura esportiva é irrisório. A galera quer saber do "aqui e agora" e se esquece que o "aqui e agora" é fruto de uma sucessão de episódios que começou lá trás. Mas num país em que a educação sempre foi um luxo para poucos isso não poderia ser diferente. O que procuro fazer como autor e editor é dar a minha contribuição para mudar esse quadro. É pouco, mas, pelo menos, tento fazer a minha parte.


CAPA DO LIVRO - Clique para ampliar





“NÃO PERCAM O LANÇAMENTO DO LIVRO”!




Saudações Tricolores

4 comentários:

  1. Assistí esse time jogar a partir de 1969, estive na final contra o Fla e na final da Taça de Prata de 70, tinha 11 anos em 69 e essa equipe me marcou profundamente, lembro ainda hoje às vésperas dos meus 53 anos (faço aniversário no dia 22/10 - dia do lançamento do livro)cenas no Maraca que ficarão impregnadas em mim até o fim dos meus dias.
    Parabéns pela matéria e parabéns ao Roberto Sander pela publicação.
    No dia 22 estarei lá para comemorar meu aniversário e adquirir um exemplar
    Saudações tricolores.

    Sergio

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  2. Eduardo,

    Como colecionador de livros sobre futebol (como você bem sabe, já que iniciamos nossa amizade num lançamento dos 10 maiores jogadores do Fluminense, de autoria do próprio Sander), tentarei estar no lançamento desse livro, pois as sextas têm sido complicadas para mim devido à campanha.

    Abs e STs!
    Cadu

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  3. Caro Amigo Cadu,

    Muito boa a sua lembrança. Quando estava escrevendo este texto, na tentativa de colaborar com o amigo e companheiro Roberto Sander, eu me recordava exatamente disso.

    Nos conhecemos no lançamento do livro "OS DEZ MAIS DO FLUMINENSE", também de autoria do Sander. Me lembro até que você estava bem alinhado de paletó e gravata, chegando direto do trabalho. Pensei: "Pô, esse cara deve ser gente boa, veio aqui direto do trabalho prestigiar o lançamento do livro",rs,rs...

    Na época achei muito legal o Sander fazer o lançamento do livro no "BAR DO TÊNIS". O coitado do "BAR DO TÊNIS" não tem culpa de nada sobre os problemas de nosso Clube, mas vive sendo 'achincalhado', rs,rs,rs... Coitado do Bar! Até que agora nem tanto, né? rs,rs... Mas, achei legal o Sander fazer o lançamento lá, não só por isso. Mas, por ser no Fluminense.

    E achei muito bacana também, que o Sander chegou lá, quieto, tranquilo... E 'humildemente' com sua bandeira do Fluminense "de estimação", cobriu a mesa onde ficaram os livros que seriam vendidos. E logo, juntou um pequeno grupo, entre eles nós dois, para falarmos das glórias do nosso "ETERNO FLUMINENSE". Me lembro que conheci também o Moacir, que de vez em quando, escreve alguns comentários por aqui.

    Mas é legal lembrarmos deste momento. Pois nossa amizade nasceu dentro do FLUMINENSE e em uma ocasião relacionada a "CULTURA TRICOLOR". Infelizmente, não são todas as pessoas que gostam disso. Porém, devemos sempre procurar incentivá-las.

    Compreendo perfeitamente seus compromissos de campanha. E você sabe que sou um grande incentivador de seu ativismo político no Fluminense. Pois considero você um quadro importante para o nosso Clube. É que você 'sabe ouvir' e não é movido pela 'embriaguez' da vaidade. Continue desse jeito!

    Mas, se conseguir dar uma escapada de seus compromissos de campanha, será um prazer 'dar um abraço' no amigo.



    Um abraço fraterno e...

    Saudações Tricolores,

    EDUARDO COELHO

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  4. Amigo Eduardo, acho que seria importante você trazer algum relato sobre a grande festa promovida pela campanha do Julio Bueno para apresentar o projeto dos esportes olímpicos.

    Foi uma noite e tanto.

    O ponto alto da noite foi o discurso do presidente da confederação brasileira de voley, o excepcional Ary Graça que segundo o próprio podia resumir o mandado do presidente Horcades em uma palavra: CREDIBILIDADE.

    Segundo Ary Graça ele não tinha dúvida nenhuma em votar no Júlio Bueno que daria continuidade a gestão Horcades mantendo a credibilidade do Fluminense.

    Em seguida num excelente discurso o presidente Horcades em tom de confidência relatou para os presentes que a muito tempo ele e Júlio Bueno vem trabalhando em conjunto no clube. Ainda deu uma olhadinha para o Júlio e perguntou: não é mesmo Júlio ?!??!? Segundo Horcades, desde de março de 2009 o presidente e Júlio Bueno vem trabalhando em conjunto no Fluminense. Segundo o Horcades sua última grande missão no Fluminense seria fazer o seu sucessor com a vitória do Júlio Bueno.

    Foi uma noite memorável com presenças importantes: Daniel Bastos, vice de marketing, Ailtinho vice adminstrativo, Carlos Henrique Ferreira vice de finanças, Carlos Henrique Correa superintendente do clube, José de Sousa vice geral e etc.

    Também muito bom o mestre de cerimônias Júlio Domingues.

    E por fim importante citar a presença de Claudio Bruno da chapa por Amor ao Fluminense.

    Enfim, uma grande e tradicional noite tricolor. Baluartes da política do Fluminense estavam presentes.

    ST de um sócio empolgado com a campanha do Júlio Bueno.

    Ricardo Pereira

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