PETER SIEMSEN: JUDAS ISCARIOTES OU CALABAR???

No dia de ontem, quarta-feira, dia 8 de dezembro de 2010, foi realizada a primeira reunião da nova Legislatura do Conselho Deliberativo do Fluminense eleito no último dia 30 de novembro. A reunião teve início às 20:00 hs e terminou na primeira hora da madrugada do dia 9 de dezembro, quinta-feira.

A pauta principal era a eleição do novo Presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense. Tivemos duas Chapas concorrendo. Uma encabeçada pelo conselheiro ADEMAR ARRAIS (“IDEAL TRICOLOR”). E outra Chapa encabeçada pelo conselheiro BRAZ MAZULLO (“DEMOCRACIA TRICOLOR”). A Chapa encabeçada por BRAZ MAZULLO foi eleita com 129 votos, contra 32 votos dados para a Chapa de ADEMAR ARRAIS. O conselheiro ADEMAR ARRAIS como muitos sabem, era o “COORDENADOR GERAL DA CAMPANHA DO PRESIDENTE ELEITO, SR° PETER EDUARDO SIEMSEN”. E o conselheiro BRAZ MAZULLO é um experiente e tradicional sócio do Fluminense desde 1963.

A nova Mesa Diretora do Conselho Deliberativo ficou assim constituída:

Presidente: BRAZ MAZULLO (“DEMOCRACIA TRICOLOR”)
Vice-Presidente: ROGÉRIO FÉLIX (“FLUSÓCIO”)
1° Secretário: OSWALFO PENICHE (“DEMOCRACIA TRICOLOR”)
2° Secretário: MARCUS VINICIUS (“TRICOLOR DE CORAÇÃO”)

O Vice-Presidente eleito do Conselho Deliberativo, sr° ROGÉRIO FÉLIX, faltou a reunião do Conselho Deliberativo que o elegeu para o referido cargo. Vale ressaltar que, segundo o artigo 25 do ESTATUTO SOCIAL DO FLUMINENSE – A PRESENÇA DOS CONSELHEIROS NAS REUNIÕES DO CONSELHO DELIBERATIVO É “OBRIGATÓRIA”.

Durante a reunião, foram feitos discursos firmes e contundentes por membros do grupo político “IDEAL TRICOLOR”. No momento em que o conselheiro ROGÉRIO DO VAL (“IDEAL TRICOLOR”) preparava-se para discursar, retirou de sua mochila e vestiu uma camisa de campanha de PETER EDUARDO SIEMSEN. A camisa tinha o nome do PETER riscado na frente e nas costas. E a camisa na parte da frente tinha a seguinte inscrição: “NUNCA IMAGINEI ALGUÉM PIOR DO QUE JUDAS ISCARIOTES”. E nas costas da camisa tinha a seguinte inscrição: “CALABAR”. Veja o discurso lido pelo conselheiro ROGÉRIO DO VAL na primeira reunião da nova Legislatura do Conselho Deliberativo:



“A LUTA CONTINUA”

Sempre soubemos que era uma questão de tempo. Mais cedo ou mais tarde a batalha iria começar. Não nos sentimos enganados, muito menos traídos porque nunca tivemos dúvida a respeito do ninho de cobra em que nos metemos. Sabíamos perfeitamente o que teríamos pela frente. Tínhamos conhecimento de que seria uma luta árdua, que o inimigo seria poderoso, com u forte exército e que viria fortemente armado.

Optamos pela candidatura PETER por uma questão bem simples: se quiséssemos manter a esperança de mudar o Fluminense teríamos de nos aliar com o menos pior, uma vez que, perdendo nas urnas para o candidato da situação – Júlio Bueno – certamente o clube se transformaria sei lá em que. Com o PETER na presidência, achávamos que as chances do Flu sobreviver seriam maiores. Sabíamos que entre um novo candidato e um candidato transformado a única possibilidade que o Fluminense teria de continuar vivo seria a eliminação do velho.

Trabalhamos muito, dia e noite, debaixo de sol e chuva. Fosse domingo ou feriado, não tínhamos trégua. Não havia tempo para o descanso. Tantos meses trabalhando, tantos sonhos com o trabalho.

Trabalho, trabalho e mais trabalho. O motivo principal era justificado: não queríamos que o clube caísse nas mãos dos sócios anônimos. FLU S.A.? Jamais.

Fizemos uma bela campanha, uma campanha limpa, correta e fomos recompensados. Nossa vitória foi esmagadora e assim eliminamos o fantasma da destruição.

A guerra continua, companheiros. Vencemos apenas uma batalha e hoje damos início à outra. Com certeza esta será mais duradoura e mais sangrenta.

Sempre soubemos que era uma questão de tempo. Mais cedo ou mais tarde a segunda batalha iria começar. Não nos sentimos enganados, muito menos traídos porque nunca tivemos dúvida a respeito das armadilhas que nos preparavam. Conhecemos cada palmo do terreno pelo qual vamos avançar. Sabemos perfeitamente o que temos pela frente. Temos conhecimento de que será uma luta árdua, onde o inimigo agora é novo, mais poderoso e já transformado. Que também tem um grande exército e que se apresentará fortemente armado.

O “Ideal Tricolor” permanece íntegro nos seus princípios e suas armas são a ética e a moral. O “Ideal Tricolor” não vai compactuar com o que há de vir por aí. Claro que nem tudo foi flor cheirosa na campanha. Observamos várias demonstrações durante a toda a mobilização e por isto sabemos o que nos espera. Exemplos de falta de hombridade, de falta de honestidade, de transparência nos acordos e decisões. Exemplos de pura vaidade e grande pedantismo. Muitas mentiras, muitos enganos.

O “Ideal Tricolor” sempre foi a favor de um Conselho Deliberativo totalmente independente do Conselho Diretor, sem nenhuma submissão ao Presidente do clube.

Embora estejamos perto do Natal, não podemos deixar que esta Casa se transforme num presépio. Se o Presidente eleito achou que nasceu JESUS CRISTO, nós não seremos o boi nem o burro de seu curral.

Dependerá dele, quem seremos. Poderemos ser Belchior, Baltasar ou Gaspar. Mas poderemos ser também Herodes.

Na legislatura passada, para a eleição da Mesa Diretora, os amigos votaram nos amigos. Parecia coisa de facção. Deu no que deu.

A reunião de hoje, tenho certeza, foi a mais importante entre tantas que virão. Decidimos aqui o destino do clube nos próximos 3 anos e votar não é um simples ato de colocar uma cédula na urna. O voto de cada um de nós representa aquilo que de melhor queremos para o Fluminense. E isto tem início do Conselho Deliberativo.