Ainda não deixei de ser criança

Desde que tomei conhecimento de que o Fluminense tinha sido campeão carioca no ano em que nasci sempre tive o maior orgulho disso. E faz muito tempo que descobri isso. Eu ficava gozando um querido primo (fanático pelo Flu como nós) que tinha nascido um ano antes. Ano em que o nosso "maior rival" levou o caneco. Na verdade, tenho muito orgulho disso até hoje. É mais uma das muitas besteiras que todo torcedor fanático de futebol fica se prendendo ao seu Clube do coração.

No dia em que nasci, o Fluminense perdeu para o Bangu por 2 a 1. Era um domingo ensolarado. Mas o Fluminense se vingaria dos "mulatinhos rosados" na final, massacrando-os e ficando com o título máximo do certame. O Fluminense me vingou. Como diria o grande Nelson, "estava escrito". Era "AMOR ETERNO!!!". Não é difícil imaginar o ano em que nasci.

Quando era criança, ficava imaginando que seria bom viver bastante para morrer bem velho, mas muito velho mesmo. E ao longo da vida inteira poderia assistir a muitos jogos do Fluminense. Que maravilha! E também ficava imaginando que seria legal depois de morrer poder sentar numa daquelas nuvens lá de cima, junto com vários tricolores e ficar a eternidade inteira só assistindo aos jogos do Fluminense. Hoje em dia, chego à conclusão de que ainda não deixei de ser criança.

Como muitos tricolores, pelo Fluminense já passei frio, fome e sede pra ver um jogo do meu time do coração. Chorar? Sim! Mas só de alegria. E pode ser a qualquer hora. De tristeza? JAMAIS! Já entrei em confusões por causa do Fluminense... E não foram poucas. Já tentei me curar da doença... Mas desisti. Não tem jeito! Talvez não queira mesmo. Tá no sangue! Tá na alma! É maior que tudo!

Já briguei com pai, mãe, irmão e mulher pelo Fluminense. Mais nunca briguei com o Fluminense. Não dá! Não tem jeito. Tá no sangue! Tá na alma! É maior que tudo!






"SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO, SOU DO CLUBE TANTAS VEZES CAMPEÃO"