quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Você quer me derrubar Patricia???"

Estava ouvindo um dia desses uma gravação de um programa da Rádio Globo, na sexta-feira, dia 08/07, antes do último Fla x Flu. Participavam do programa, o “Garotinho” José Carlos Araújo, Loureiro Neto, Renato Maurício Prado (direto da Argentina). O programa recebia a presença do presidente do Fluminense, Peter Siemsen.

Numa segunda parte do programa, Garotinho recebeu a participação de Patrícia Amorim, a presidente do Flamengo. O clima entre a presidente do Flamengo e o presidente do Fluminense era cordial e amistoso. Num determinado momento do programa, perguntaram para Patrícia Amorim, como se dava a relação entre o Flamengo e seu patrocinador.

A presidente Patrícia Amorim respondeu tranquilamente que no Flamengo quem mandava no clube era o Conselho Deliberativo da instituição. Patrícia Amorim afirmou categoricamente que, no Flamengo os patrocinadores apenas colocam dinheiro no clube em troca da exposição da marca nos uniformes. Patrícia Amorim continuou dizendo que, no Flamengo patrocinador algum se metia na escalação ou contratação de atletas, que quem manda no clube é o seu Conselho Deliberativo.

Neste imediato instante, o brilhante presidente Peter Siemsen sorrindo disse: ”ASSIM, VOCÊ QUER ME DERRUBAR PATRÍCIA???” O presidente Peter Siemsen não aguentou ouvir o pronunciamento da presidente do Flamengo, talvez se sentindo incomodado pela realidade. Pois qualquer pessoa que acompanhe minimamente o futebol do Rio de Janeiro, sabe que quem dá as cartas no Fluminense é o sr° Celso Barros. Dá tanto as cartas que elege até o presidente do clube.

O presidente Peter Siemsen não devia ter interpelado intempestivamente a presidente do Flamengo, até porque ela não estava fazendo nenhum ataque ao Fluminense. Ela estava apenas se referindo como ocorre em sua instituição às relações entre o clube e seu patrocinador. Mas o presidente Peter Siemsen manifestou-se, talvez movido por algum complexo de interioridade, percebendo que a realidade que Patrícia Amorim descrevia se encaixava perfeitamente com a realidade tricolor.

Mas o pior de tudo, ao ouvir o programa de rádio, é perceber a incapacidade do presidente do Fluminense de como deve se comportar em público. Talvez o presidente do Fluminense não saiba que um programa de futebol na Rádio Globo, no final da tarde, é ouvido por milhares de pessoas. Não dá para o presidente do Fluminense, tratar a presidente do Flamengo como se fosse sua “amiguinha” de Colégio ou os “amiguinhos da patotinha”.

Logicamente, acreditamos que as relações entre todos os presidentes de clubes (e principalmente os quatro grandes do Rio) devem ser respeitosas e civilizadas ao máximo. E sempre que possível, é importante que possam estabelecer ações de trabalho em conjunto. Mas, daí ao presidente do Fluminense se expressar desta maneira, vai uma diferença enorme.

Dizer, “ASSIM, VOCÊ QUE ME DERRUBAR PATRÍCIA???”, em um programa de grande audiência como é o da Rádio Globo é marcar um verdadeiro “GOL CONTRA”. O presidente do Fluminense precisa aprender que, ao dar demonstrações de fragilidade em público (e não foram poucas em sete meses), ele fragiliza a instituição e presta um desserviço ao nosso Clube. É assumir publicamente que o que foi dito por ela, nada mais é do que a pura verdade. Uma verdade tão verdadeira, que incomodou o presidente do Fluminense.

Porém, o pior foi sua intervenção ridícula e patética. E aí, fica uma pergunta: “ONDE ESTÁ A ASSESSORIA POLÍTICA DO PRESIDENTE DO FLUMINENSE NESTAS HORAS???” DEVIA ESTAR MAIS ATENTA PRA FAZER JUSTIÇA AO GORDO SALÁRIO QUE NÓS, SÓCIOS E TORCEDORES DOM FLUMINENSE, PAGAMOS.

A intervenção do presidente do Fluminense no programa de sexta-feira (antes do Fla x Flu) foi tão ridícula que no mesmo programa, na segunda-feira após o Fla x Flu, o presidente do Fluminense foi duramente criticado por um torcedor tricolor fanático. Nitidamente, já está mais do que evidente para os setores populares de nossa imensa torcida, toda a fragilidade política do presidente do Fluminense. Portanto, para este caso não existe assessor político “o tal das galáxias” que dê jeito. Nem aquele que tem “currículo de primeira” ou o que ajudou a eleger fulano, beltrano e sicrano. E não serve por quê? Pois existem momentos em que o presidente estará sozinho diante da multidão, o povo. Aí é que mora o perigo! Como já diziam os pigarros e tiques nervosos.

Um comentário:

  1. Nelson Rodrigues falava sobre ridículo e patético.

    Você escorregar numa casca de banana e cair de bunda no chão, se ninguém estiver olhando, é ridículo. Se, no caso, estiver 1 testemunha ( ou toda a audiência da rádio globo - que não é pequena) olhando, a situação passa a ser patética.

    Então, mais uma vez foi patético. Mas você já disse isso.

    Att.
    Clark

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