Eurico Miranda dentro de sua estratégia política dizia: “JOGAR COM O FLAMENGO É UM CAMPEONATO À PARTE”. Eurico Miranda dentro de sua estratégia política dizia: “GANHAR DO FLAMENGO É MELHOR DO QUE FAZER SEXO”.
Eurico Miranda teve influência política no Clube de Regatas Vasco da Gama durante muitos anos. Mas coincidentemente, a chegada de Eurico Miranda na Vice-Presidência de Futebol do Vasco da Gama, em 1986, ocorreu numa época próxima de Eduardo Vianna tornar-se presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ). Eduardo Vianna tornou-se presidente da FERJ em 1984. Não vamos detalhar os acontecimentos que ocorreram de lá pra cá, mas alguma coisa precisa ser dita.
Qualquer tricolor que tenha por volta de 45 anos recorda-se com felicidade do tempo em que “o Vasco da Gama era freguês do Fluminense”. Em dias de jogos com o time de São Januário, era ir sorrindo para o Maracanã e voltar gargalhando. E o que fez o srº Eurico Miranda dentro de sua estratégia política? Durante os anos 1980 e 1990, Eurico Miranda passou a pagar “bicho” extra para o Vasco ganhar os jogos, sempre que o seu time jogasse com o Fluminense. Qual era o objetivo de Eurico Miranda dentro de sua estratégia política? Reverter à freguesia histórica que o Vasco tinha com o Fluminense. Com que intuito? Além de enfraquecer um rival, passar-lhe na estatística, (freguesia) e caminhar na direção de uma bipolarização no futebol do Rio de Janeiro com o time mais popular. Ou seja, o Clube de Regatas do Flamengo.
Enfraquecendo os rivais (Fluminense e Botafogo) e bipolarizando o futebol do Rio de Janeiro com o time do povão, o Flamengo, Eurico Miranda, potencializaria no imaginário popular a ideia de grande líder guerreiro contra o mal. O mal, no caso, sendo personificado pelo Flamengo. Pelo menos pelos anti-flamenguistas. E os anti-flamenguistas podem ser tricolores, vascaínos ou botafoguenses.
Eurico Miranda conseguiu seu objetivo. O Vasco da Gama conseguiu reverter à estatística (freguesia) com o Fluminense. Logicamente que, além de Eurico Miranda ter sido muito sagaz em todas as suas estratégias políticas, o dirigente cruzmaltino ainda contou com a ineficiência de alguns dirigentes tricolores. E com outros, Eurico Miranda tornou-se até amigo. E para melhorar a situação de Eurico Miranda, o dirigente da Colina Histórica, conseguiu estabelecer uma longa e estável aliança, com o srº Eduardo Vianna, conhecido popularmente como Caixa D’Água.
E durante esta aliança política, coincidentemente, o Vasco da Gama tornou-se campeão estadual em 1987, 1988, 1992, 1993, 1994, 1998 e 2003. Uma bagatelazinha de 7 (sete) títulos. Nada mal, né? Não conto os outros títulos do Vasco da Gama neste período, pois me refiro ao plano doméstico, que está no raio de atuação da FERJ.
Eurico Miranda dentro de suas estratégias políticas foi muito bem sucedido. Não que tenhamos que concordar com suas práticas, ideias, discursos e filosofia política. Mas dentro do que ele se propôs a fazer conseguiu algum êxito. Tanto é que, ele ainda continua presente no imaginário popular dos futebolistas. E até hoje, ainda é comum seu nome surgir em algumas conversas de futebol. E sempre foi comum ouvirmos alguns tricolores e botafoguenses dizendo que “queriam um Eurico no seu time”. EU NÃO QUERIA!!!
Mas é compreensível este tipo de raciocínio. Eurico Miranda estabeleceu suas estratégias políticas de forma muito similar aos políticos totalitários. No regime totalitário é muito comum a idolatria ao “grande líder” e o culto a personalidade do “grande líder”. No regime totalitário, criticar o “grande líder” é o mesmo que estar criticando o país. E o “grande líder” é aquele que, com toda sua coragem e carisma conduzirá o país (Clube) a um futuro glorioso e de superioridade suprema entre os seus competidores.
Uma das vitais estratégias políticas de um “grande líder” em um Estado (Clube) totalitário é a implantação de uma espécie de “lavagem cerebral” coletiva. Algo parecido com o que ocorreu na Alemanha na década de 1930. Ou seja, todos aqueles que se tornarem opositores do regime serão “inimigos da Pátria”. E entre os vascaínos, criticar o Eurico Miranda no período em que ele esteve no poder, era quase que criticar a instituição Vasco da Gama.
Dentro da lógica das estratégias políticas de Eurico Miranda, ele conseguiu deixar a ideia no imaginário popular dos futebolistas do Rio de Janeiro que ajudou o Fluminense em seu retorno ao grupo de elite do Campeonato Brasileiro. Este é um dos mitos e lendas que futuramente deverão ser destruídos. Mas Eurico Miranda se beneficiou muito deste mito. Este mito criava a ideia de um Eurico Miranda dadivoso e solidário com o sofrimento de um rival enfraquecido do seu Vasco. Este mito como vários outros criados por Eurico Miranda serviram para que ele ganhasse uma enorme projeção e a conquista de um sólido poder no Vasco da Gama.
E esse sólido poder no Vasco da Gama permitiu que Eurico Miranda conquistasse dois mandatos de deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Um em 1994 e outro em 1998. Vale sempre lembrar que, certa vez Eurico Miranda declarou: “Sempre digo lá em Brasília que não sou representante do povo. Sou representante do Vasco”.
E nesta semana de Fla-Flu, para nossa surpresa e estranheza, no texto Hora de Vencer! publicado no Blog da Flusócio, “O MAIOR GRUPO DE SITUAÇÃO” do Fluminense, logo na primeira frase podemos ler: “FLA-FLU É UM CAMPEONATO À PARTE”.
É compreensível! Possivelmente, o autor do texto, de tanto ouvir a frase de EURICO MIRANDA, deve ter ficado com ela incrustada na mente. É compreensível, possivelmente, o autor do texto durante os anos 1990, que marcam o apogeu da ‘Era Eurico’ devia ser uma criança ou adolescente, observando-se que o grupo é majoritariamente constituído por jovens. Tudo é compreensível. Só passa a ser preocupante se o autor do texto for conselheiro do Fluminense...
Esta excrescência de “jogar com o Flamengo é um campeonato à parte” é bem típica dos seguidores de Eurico Miranda. Quando alguém estabelece tal tipo de raciocínio, talvez sem perceber, está produzindo uma supervalorização do Clube de Regatas do Flamengo. E não existe aqui, nenhum tipo de problema de raiva, ódio ou desprezo ao Flamengo. Creio que não seja necessário nenhum tipo de sentimento em relação ao Flamengo. O Flamengo nada mais é do que “apenas” mais um adversário do Fluminense. A única diferença em ganhar do Flamengo, em relação a ganhar de Vasco ou Botafogo, é que o Flamengo tem um maior número de torcedores. E só!
Ganhar do Flamengo vale a mesma coisa que ganhar do Vasco ou Botafogo. O Flamengo é apenas mais um rival. E ganhar do Flamengo tem o mesmo valor, tratando-se da matemática do campeonato. Ou seja, ganhar do Flamengo valem os mesmos 3 (três) pontos que ganhar do América-MG (que ainda não vencemos). Ficar com este tipo de raciocínio que, “FLA-FLU É UM CAMPEONATO À PARTE” só engrandecer cada vez mais o Flamengo. Os rubro-negros adoram isso. Tô fora!!! Deixo isso para outros tricolores que gostam de supervalorizar o Flamengo.
domingo, 9 de outubro de 2011
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Por essas e outras, é que um desconhecido jogador de basquete é o atual vice de de futebol
ResponderExcluirUm currículo muito interessante, bem compatível com a função, daí a alegria do dono da bola, Sr. Celso Barros, que faz o que quer e contrata um bando de jogadores em fim de carreira, transformando o clube numa clinica de fisioterapia.
Perdemos para o adversário à parte, porque os veteranos não conseguem correr os dois tempos, fora o fato de que biritar à noite, não dá preparo físico para ninguém.
Que saudade do Alcides Antunes, pelo menos esse era um profissional experiente, que foi queimado pelos conselheiros do baixo bebê e seu Novo Presidente ausente.