quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Um pequeno erro histórico

Eu queria elogiar. Eu queria aplaudir. Mas infelizmente não deu... O jornal O Globo, ontem, dia 05/10, dizer que o Oscar Cox era francês, dá até pra perdoar. Pois como dizem muitos por aí com mania de perseguição, é a expressão máxima da tenebrosa Fla-press. O site NETFLU repetir a mesma informação, que Oscar Cox era francês também dá pra perdoar. Afinal o “site número 1 da torcida tricolor” é apenas o “site número 1 da torcida tricolor”. Ou seja, apenas mais um site da torcida tricolor.

Mas, “um pequeno erro histórico” vindo do site oficial do Fluminense não dá pra deixar passar em branco. O desprezo do site oficial do Fluminense pela História de nosso Clube pode ser medido por uma informação totalmente equivocada em relação ao nosso principal fundador e primeiro presidente, OSCAR ALFREDO COX.

Qualquer leitor que seja bem observador e com alguma perspicácia poderá perceber que provavelmente, o autor do texto sobre a Promoção #Oscar Cox, no site oficial do Fluminense, teve como fonte de pesquisa o Wikipédia, a enciclopédia livre da internet, pois os textos são muito semelhantes. Com algumas pequeninas modificações. Nada contra! Mas é preciso tomar alguns cuidados pra não se pagar micos por aí. Também nada contra pagar micos por aí. O problema é levar junto o nome do Fluminense Football Club.

Na matéria do site oficial do Fluminense sobre a Promoção #Oscar Cox, está escrito que, Oscar Cox, primeiro presidente do Fluminense presidiu o Clube de 21 de julho de 1902 até 31 de dezembro de 1904. ESTÁ ERRADO!!!

O marketing e a comunicação não são inimigos da História. Muito pelo contrário! São e devem ser grandes aliados. Mas desde que todos saibam o peso e a força da História.

O autor da matéria poderia consultar o LIVRO da HISTÓRIA DO FLUMINENSE de PAULO COELHO NETTO. Juro que o LIVRO não morde. As páginas são até macias e suaves, boas de manusear entre os dedos. E o LIVRO pode se tornar um bom companheiro. Todo LIVRO também pode ser um meio de prazer e entretenimento. Além, é claro, de inesgotável fonte de conhecimento.

A grande diferença entre o PAULO COELHO NETTO e o Wikipédia, é que o PAULO COELHO NETTO era um grande intelectual tricolor. PAULO COELHO NETTO era um fervoroso tricolor. PAULO COELHO NETTO escreveu também o LIVRO, “O FLUMINENSE NA INTIMIDADE”.

PAULO COELHO NETTO era filho do grande escritor COELHO NETTO, irmão do imortal MANO (Emmanuel Coelho Netto) e do lendário PREGUINHO (João Coelho Netto). E quem escreve nesse Wikipédia? Talvez seja até um torcedor do Flamengo e membro da sinistra Fla-press.

Mas caso o autor da matéria tivesse consultado o LIVRO da HISTÓRIA DO FLUMINENSE poderia LER que OSCAR ALFREDO COX presidiu o Fluminense Football Club de 21 de julho de 1902 até 15 de dezembro de 1903. Repito... “DEZEMBRO DE 1903”.

E seria muito fácil constatar isso. Pois existe no LIVRO um pequeno balanço da gestão de Oscar Cox, nos anos de 1902 e 1903. Neste balanço são apresentados números da gestão de Oscar Cox sobre o total do quadro social, receita, despesas e superávit. E no mesmo LIVRO da HISTÓRIA DO FLUMINENSE pode-se ver que o segundo presidente do Fluminense, FRANCIS H. WALTER, presidiu o Clube de 15 de dezembro de 1903 até 13 de dezembro de 1908.

No LIVRO da HISTÓRIA DO FLUMINENSE também são apresentados números da gestão de Francis Walter. São números sobre o total do quadro social, receita, despesas, superávit, déficit, campeonatos e torneios conquistados. O total do quadro social em 1904 na gestão de Francis H. Walter era de 175 sócios. Portanto, não dava para o Oscar Cox ser presidente do Fluminense em 1904 como diz o site oficial do Fluminense.

Foi durante a gestão de FRANCIS H. WALTER que o Fluminense substituiu o uniforme bicolor, cinza e branco, pelo tricolor. A mudança das cores foi debatida na Assembléia Geral Extraordinária de 15 de julho de 1904. Neste momento foi lida uma carta de Mário Rocha e Oscar Cox, que, se encontravam em Londres. A carta dizia da dificuldade de encontrar o uniforme cinza e branco.

Portanto, se FRANCIS H. WALTER era presidente em 15 de julho de 1904, e nesta mesma data Oscar Cox estava em Londres, fica difícil de entender que Oscar Cox tenha sido presidente de nosso Clube até 31 de dezembro de 1904, como diz o site oficial do Fluminense no texto da Promoção #Oscar Cox.

Alguém que acredite que estou fazendo uma tempestade num copo d’água, digo que não. E a pessoa que achar isso está enganada. Simplesmente, não podemos nos acostumar com pequenos erros como se eles não existissem. E principalmente no "site oficial do Fluminense". Foi desse jeito que o Fluminense deixou de ser um Clube modelo e exemplar. E daí foi um passo para o que o Fluminense viveu em anos de um passado recente e de triste lembrança. E qual foi o motivo do Fluminense ter chegado lá no fundo do poço? É que passou a se acostumar com os erros, com o desleixo e com qualquer coisa.

E tudo isso, todo esse texto só por causa de um erro na data do período do mandato do primeiro presidente do Fluminense? Claro que não. O problema é o descaso e o descompromisso com a História do Fluminense. Tipo: “Bota qualquer coisa lá. Ninguém vai saber mesmo se está certo ou errado”. E ainda podemos LER no site oficial do Fluminense que “NÓS SOMOS A HISTÓRIA”. Mas qual História? A certa ou a errada? E se isso ocorresse na gestão anterior, conheço uma galera que faria disso um imenso carnaval.

Mas isso tudo é compreensível. LER em nosso querido país ainda é um árduo caminho a ser percorrido. Só pra comparar com o maravilhoso país do nosso querido Dario Conca, tomamos uma goleada quando o assunto é LIVRARIA (local onde se vendem LIVROS). De acordo com a Associação Internacional de Leitura Conselho Brasil Sul, enquanto o brasileiro lê em média um LIVRO por ano, o argentino lê quatro. A capital do país do nosso querido Dario Conca foi eleita pela UNESCO a capital mundial do LIVRO em 2011. Um dia, com certeza, a gente chega lá!

5 comentários:

  1. Daniel Mac Mahon Bastos7 de outubro de 2011 às 02:58

    Professor Eduardo Coelho,

    Gostaria de gentilmente sugerir ao pessoal do site e do mkt do nosso F.F.C., que quando tiverem alguma dúvida sobre a " História do Fluminense ", calçem as sandálias tricolores da humildade e procurem os jornalistas mais experientes e sábios (ex.: Argeu Affonso, Octávio Sarmento, Heitor Dallincourt, dentre tantos outros) que sempre estarão dispostos a ensinar com a fidalguia que lhes é peculiar sobre a nossa história (pois o saber nunca falta lugar) e também não deixar de consultar os nossos compêndios tricolores nas bibliotecas antes de publicarem alguma notícia histórica nos orgãos oficiais e veículos de comunicação do clube de futebol mais "antigo" do Brasil.

    Saudações!

    Daniel

    P.S.: Era um costume bastante salutar antigamente o mais novo aprender com o mais velho do Fluminense Football Club e no final, pedir-lhe a sua benção tricolor!

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  2. Tambem acho um erro absurdo, se tratando daquele que deu vida a uma grande paixão nacional, Oscar Cox foi brilhante em seu trabalho, trazendo bola e conjunto de camisas da Inglaterra e escolhendo as nossas próprias cores, ele foi e sempre será o primeiro tricolor.

    JEZAFLU=ACRE

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  3. Caro MacMahon (do comentário acima),
    Você que é o famoso vice presidente da marketing da administração Roberto Horcades, conhecido no meio como Daniel 10% Bastos?

    Só pra contextualizar...

    Um abraço,
    Rodolpho Dantas

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  4. Daniel Mac Mahon Bastos24 de outubro de 2011 às 22:18

    Caro Rodolpho Dantas (anônimo ou pseudônimo),

    O senhor está sendo no mínimo covarde e leviano, além de estar incidindo em vários artigos do Código Penal,ou o senhor acha que pode sair difamando e ofendendo as pessoas de bem á seu bel prazer...!

    Só pra contextualizar, vou processá-lo!

    Daniel Bastos

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  5. Daniel Mac Mahon Bastos25 de outubro de 2011 às 03:53

    Prof. Eduardo Coelho,

    O senhor deveria mediar e postar no seu blog comentários de alto nível como deveria ser entre fidalgos tricolores, por isso sempre li " Cidadão Fluminense", mas agora alguns estão usando este para denigrir a imagem alheia.
    É uma pena...,ter que acionar advogados e se fazer justiça!

    Atenciosamente.

    Daniel Bastos

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