sexta-feira, 11 de maio de 2012

ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS - "93 ANOS"

        "ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS" antes de 21/12/1961


O “ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS” neste dia 11 de maio de 2012, completa “93 ANOS”. E o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” jamais deixará está data passar em branco. Entretanto, para contribuirmos e incentivarmos a “CULTURA DA PRESERVAÇÃO DO ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS” abordaremos uma das datas mais tristes dos 110 anos do Fluminense. Ou seja, a data da demolição parcial de nosso estádio. Pois o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” acredita que para existir ‘CIDADANIA’ em nossa sociedade é preciso ter “EDUCAÇÃO”, “INFORMAÇÃO” e “REFLEXÃO”.
A demolição parcial de nosso estádio iniciou-se no dia 21 de dezembro de 1961. E no dia 21 de dezembro de 2011, o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” organizou uma “manifestação pacífica e cidadã” para lembrar os “50 ANOS DA DEMOLIÇÃO PARCIAL DO ESTÁDIO LARANJEIRAS”. Afinal de contas, ‘NÃO BASTA EMOÇÃO, TEM QUE ROLAR AÇÃO”.




O presidente Jorge Frias de Paula recebendo o cheque de Lopo Coelho



Iniciamos a manifestação às 8h30m, momento exato que se iniciou a demolição em 1961. Reunimos alguns tricolores para realizar a manifestação, que na verdade se tornou uma grande aula pública sobre a história de nosso estádio. Todos os transeuntes ficaram muito satisfeitos com o grande número de informações que obtiveram sobre o “ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS” e sobre o bairro também. Os transeuntes, majoritariamente moradores de Laranjeiras, parabenizaram os tricolores participantes do ‘Ato de Cidadania’. Várias pessoas dentro dos ônibus solicitavam o nosso jornal. Alguns taxistas também paravam seus carros para pedir o jornal. Dentre os participantes, estava “RUBENS GALAXE”. O nosso querido “RUBENS GALAXE” é o 6º jogador de futebol que mais vestiu a linda camisa tricolor em 110 anos. Durante o Ato, distribuímos 2.000 exemplares de um jornal tablóide contendo parte da história da demolição. E contendo também, 10 (dez) importantes depoimentos de pessoas que amam o nosso estádio. Agora, abaixo, leia um pouco dos textos que se encontram no jornal:



                              O início da demolição - 21/12/1961



Às 8h30m do dia 21 de dezembro de 1961, operários iniciavam o trabalho de demolição do Estádio das Laranjeiras na sua parte fronteira à Rua Pinheiro Machado, que obstruía o alargamento do conjunto de vias que ligariam o Catumbi a Laranjeiras. O Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” jamais poderia deixar passar em branco uma das datas mais significativas da História do Fluminense Football Club, até porque nosso lema é: NÃO BASTA EMOÇÃO, TEM QUE ROLAR AÇÃO.
Após mais de dois anos de entendimentos iniciados com a Prefeitura do antigo Distrito Federal e, posteriormente com o Governo do estado da Guanabara, o Fluminense foi desapropriado em uma faixa de seu terreno situada na Rua Pinheiro Machado, medindo aproximadamente 96,40 metros na linha da fachada do nosso Estádio das Laranjeiras com uma profundidade média de 11,27 metros. A desapropriação avançou pelo terreno do Clube, no alinhamento divisório com o Palácio Guanabara, 13,18 metros e, junto aos prédios da esquina da Rua Álvaro Chaves com a Pinheiro Machado, avançou 8,90 metros. A linha dos fundos fechando a área do polígono do terreno desapropriado media aproximadamente 78,10 metros. A área total desapropriada atingiu 1.084,95 m2, justamente onde estavam construídas as arquibancadas, formando a curva do placar do lado da Pinheiro Machado.


          "ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS" após 21/12/1961



Durante a cerimônia do ato inicial da demolição, registrou-se a presença do Governador Interino do Estado da Guanabara, Deputado Lopo Coelho (substituindo o Governador Carlos Lacerda), junto com diversos Secretários de Estado, ordenando a execução da demolição. Lopo Coelho era presidente da Assembleia Legislativa e membro do Conselho Deliberativo do Fluminense.
A cerimônia foi realizada na esquina da Rua Álvaro Chaves com Pinheiro Machado. A diretoria do clube esteve presente. Logo após a entrega do cheque a SURSAN iniciou a demolição parcial do Estádio das Laranjeiras.


Eduardo Coelho conversando com um transeunte na Pinheiro Machado - 21/12/2011


O FLUMINENSE VENCEU!
No dia da demolição parcial do Estádio das Laranjeiras, o Fluminense jogou à noite pelo campeonato carioca. E venceu o Bangu por 1 a 0, no Maracanã, com gol de Escurinho, aos dezessete minutos do segundo tempo.
FLUMINENSE: Castilho; Jair Marinho, Pinheiro, Clóvis e Paulo; Edmilson e Paulinho; Calazans, Jaburu, Humberto e Escurinho.
BANGU: Ubirajara; Joel, Claudionor, Zózimo e Nilton Santos; Elcio e Valter; Correia, Bianchini, Décio Estêves e Beto.
JUIZ: José Teixeira de Carvalho



                                     
                                    
     Leonardo Carvalho e Ricardo Exner observam os cartazes



OS NÚMEROS DA TRANSAÇÃO
Pela perda do terreno, que compreendia também uma parte das suas arquibancadas, as antigas bilheterias populares e dois portões de entrada, o Fluminense recebeu uma indenização do Governo da Guanabara. Coube ao presidente Jorge Frias de Paula receber das mãos do Governador o cheque de Cr$ 81.058.000,00, dos quais separavam-se Cr$ 31.355.000,00, que correspondiam às áreas remanescentes dos terrenos das Ruas Álvaro Chaves e Pinheiro Machado. A desapropriação gerou Cr$ 49.703.000,00.

                                      
Leonardo Carvalho orienta um transeunte e Ricardo Exner observa



A IMPORTÂNCIA ÍMPAR DO ESTÁDIO
No Estádio das Laranjeiras foi realizado o 1º jogo de futebol da Seleção Brasileira, em 21 de julho de 1914.
O Brasil conquistou o seu primeiro título importante no futebol, o Sul-Americano de 1919, quando pela primeira vez o país parava para celebrar uma conquista no futebol.




        Eduardo Coelho aproxima-se de um transeunte



NÃO MAIS SERÁ SACRIFICADO O CAMPO DO FLUMINENSE
A manchete acima fazia parte do Boletim de Informações do Fluminense de 1º de outubro de 1950, que noticiava que a diretoria tricolor, esteve no Palácio Guanabara, à tarde de 22 de setembro, para agradecer ao prefeito do Distrito Federal, General Angelo Mendes de Morais, sua decisão de aprovar um novo plano de remodelação da rua Pinheiro Machado, pelo qual as arquibancadas e entradas pela mesma rua ficariam livres de demolição, fora do novo traçado.
Muito preocupava o quadro social do Fluminense a ideia de saber que, sendo abertura do túnel Catumbi-Laranjeiras, e o consequente alargamento da rua Pinheiro Machado, o novo escoamento para a zonal sul, o Estádio das Laranjeiras seria fatalmente sacrificado.
Com acerto e presteza, em defesa do patrimônio tricolor, o presidente Fábio Carneiro de Mendonça teve a felicidade de ver terminada aquela preocupação, o que constituiu motivo de contentamento. Isso em 1950.





            Transeuntes observam os cartazes da manifestação



O FLU DE 1961
VIAJE CONOSCO PELAS MANCHETES DE 50 ANOS ATRÁS
Em 1961, o Fluminense dependia economicamente dos seus associados. Eram 7.446 contribuintes. Incluindo-se sócios proprietários e as demais classes, o total de associados era de 25.000. O Departamento Social contribuía com a receita em 65%, estando em primeiro plano a sua arrecadação face à expansão que o quadro social vinha registrando. Em vista dessa grande contribuição, o clube não cobrava dos seus associados pelo seu acesso aos salões e dependências da Álvaro Chaves por ocasião de festas. O programa recreativo, em 1961, seguia uma rotina que abrangia a tradicional festa de aniversário, os festejos carnavalescos, festas de debutantes, apresentações de artistas de renome internacional, boates-shows, disco dançante aos domingos, festas infantis, cinema, festas de arte, etc. Depois da construção das piscinas, o Clube tinha uma afluência de cerca de dois mil sócios aos domingos.
Em 1961, o Fluminense vivia os tempos do Plano de Expansão, obras que visavam aparelhar o Clube para o futuro. Obras como: o Parque Aquático, um dos mais modernos e bonitos da América do Sul; Ar-condicionado no Salão Nobre; Sub-estação de energia elétrica; Água refrigerada na piscina da Sauna; Construção do Bar da Piscina (atual Bar do Tênis). Um fator negativo de 1961 foi a venda dos passes dos jogadores de futebol Maurinho e Waldo. O centroavante Waldo é até hoje o maior goleador da História do Fluminense com 314 gols.




    Leonardo Carvalho, Ricardo Exner e Eduardo Coelho



FLU TERÁ CINEMA E MURO PARA COMPENSAR MUTILAÇÃO DO ESTÁDIO
A manchete acima era do Jornal dos Sports do dia 23 de dezembro de 1961. Para disfarçar a mutilação de seu estádio, o Fluminense planejava construir um muro, que desse condição de realizar jogos pelo campeonato carioca.
Para explicar o que aconteceu o presidente Jorge Frias de Paula teceu considerações na manhã de 22 de dezembro daquele ano.
JORGE FRIAS DE PAULA: “Há um projeto urbanístico e houve a desapropriação da faixa do terreno. Por isso, o Fluminense concordou com a demolição. Quinta-feira no ato de entrega, o recebimento do cheque de cinquenta milhões de cruzeiros, eu disse ao deputado Lopo Coelho, Governador em exercício da Guanabara, que o Fluminense sentia tristeza por ver a mutilação do seu patrimônio, mas, ao mesmo tempo estava feliz por contribuir para o progresso da cidade”.
JORGE FRIAS DE PAULA: “O que eu disse ao Governador em exercício foi, em síntese, o seguinte: o Fluminense via, com grande tristeza, desaparecer grande parte do seu patrimônio sua principal tradição, que é o football. Mas se por um lado estávamos tristes com a mutilação sofrida, por outro, orgulhamo-nos porque o Fluminense está contribuindo em benefício da população carioca”.
O presidente tricolor rememorou tempos idos, para dar mais força as suas palavras: “Em 1918, quando este estádio foi construído, para o Sul-Americano, e em 1922, por ocasião dos Jogos Olímpicos Latino-Americanos, o Fluminense arcou prazerosamente com todas as despesas. Já então, sentia orgulho por estar fazendo algo pelo povo carioca. Isso é uma tradição. E essa tradição revive agora. Nem a tristeza de ver o estádio parcialmente destruído é suficiente para suplantar esse orgulho”.
E que fará o Fluminense para recuperar o que perdeu? JORGE FRIAS DE PAULA contava: “Na área desmembrada, evidentemente, é impossível fazer qualquer coisa. Entretanto, pensamos recompor o que ficar. O pensamento inicial é fazermos um muro, na parte fronteira à Rua Pinheiro Machado; onde se procede a demolição. Por outro lado, e aproveitando parte do cinqüenta milhões recebidos, temos um projeto para a construção de um cine-teatro, que ficará na esquina das Ruas Álvaro Chaves e Pinheiro Machado. Agora, entretanto, e face do alinhamento definitivo dessas duas áreas teremos que estender de novo o projeto, pois serão necessárias modificações”.
O muro está lá. Já o cinema...




      Transeuntes observam os cartazes da manifestação



DEPOIMENTOS
O QUE O ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS REPRESENTA PARA VOCÊ?
ROBERTO SANDER – JORNALISTA E ESCRITOR: “O Estádio das Laranjeiras é o símbolo do nascimento do futebol brasileiro. Foi o palco não só das primeiras conquistas do Fluminense, o clube mais tradicional do país, como também da própria seleção brasileira. Portanto, é motivo de orgulho não só para os tricolores, mas também para todos aqueles que valorizam a memória do futebol. É um verdadeiro monumento da história da cidade do Rio de Janeiro”.



           Transeuntes observam os cartazes da manifestação



LUIZ ANTONIO BARBOSA DE CASTRO – BENEMÉRITO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB: “Vi muitos jogos no campo do Fluminense. Não me lembro do tempo em que foi o mais importante do estado porque foi antes da minha época. Mas vi muita fotografia dos tempos iniciais do nosso estádio, com as pessoas todas embecadas, como diz minha neta. Tenho orgulho disso. Também assisti a muitas partidas ali, vendo Orlando, o Pingo de Ouro, Castilho, Píndaro e Pinheiro, o Telê, Leo, Waldo, Robson e Escurinho, e tantos outros. Quando desfiguraram o campo para alargar a rua foi como perder a parte mais importante da referência de minha juventude. Como era bom assistir partidas de futebol no campo das Laranjeiras! Sou do tempo em que o estádio não havia sido destruído para dar passagem ao progresso, matando um passado histórico. Era confortável e charmoso. Nunca foi comprovada sua capacidade total. Para alguns historiadores era de 18.000 pessoas, para outros 25.000. Entretanto, quando lotado, parecia que era muito mais. Custei a me acostumar a vê-lo sem um pedaço. Mas continuei indo ver os jogos que eram ali programados, sempre com prazer, embora envolvido em certo sentimento de perda. Tivemos partidas memoráveis até o final da década de 1990. Hoje, vejo alguns treinos e sinto saudades daqueles tempos”.




        Eduardo Coelho orienta um transeunte sobre o estádio


SYLVIO KELLY DOS SANTOS – EX-PRESIDENTE DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB (1981-1984): “Comecei a frequentar o Fluminense no início de 1945, época em que o nosso clube era o melhor do Brasil. Acompanhei, desde então, a trajetória do nosso estádio. Em 1946, assisti diversos jogos do super-campeonato, vencido pelo Fluminense. Em 1948, assisti o Campeonato Sul-Americano de Atletismo. Assisti, com pesar, a demolição de parte das arquibancadas, para possibilitar o alargamento da Rua Pinheiro Machado. Assisti e participei de diversos desfiles da ‘Olimpíada Tricolor’, festa do esporte olímpico do nosso clube. Lembro, com saudades, de diversos nomes que fizeram a grandeza do Fluminense, e perpetuaram o nosso legado de ‘clube tantas vezes campeão’. Marcos Carneiro de Mendonça, João Coelho Neto (Preguinho), Arnaldo Guinle, Jorge Frias de Paula, João Havelange e tantos outros da mesma estirpe”.




         "BAIANA" - Símbolo Popular da Torcida Tricolor 




FRANCISCO HORTA – EX-PRESIDENTE DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB: “Fui admitido como sócio em 24 de maio de 1945. Tenho a carteirinha que comprova até hoje. Eu vi o Estádio das Laranjeiras efervescente. Era fechado, muito bem tratado e bonito. Na social a gente botava a carteirinha e ninguém sentava. Vi no estádio grandes goleiros, como Batatais, Castilho. Depois veio o Félix. Vi o time projetado por Zezé Moreira em 1951. Zezé Moreira de terno e gravata, que elegância. Eu vi o maior Diretor do Fluminense, José de Almeida, com todos os dados técnicos das equipes. Eu vi diante do Estádio das Laranjeiras – que jamais deve ser derrubado – seleções brasileiras. O Estádio das Laranjeiras era o Maracanã do Rio de Janeiro. Ali nasceu o futebol brasileiro para o exterior. E lá jogaram os grandes ídolos do passado. Do lado esquerdo da Tribuna de Honra, ficavam os surdos e mudos, cerca de cem alunos eram convidados pelo Fluminense. Os cavalos da polícia ficavam na parte de baixo. Aquilo para os surdos e mudos era uma dádiva, pois eles assistiam aos grandes jogos. Eu me lembro de batalhas fantásticas em nosso estádio. Ali no Estádio das Laranjeiras tivemos grandes momentos na vida de nosso Clube. Tivemos grandes momentos históricos.




      Foto do "ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS"



ANGELAMARIA ROSA LACHTERMACHER – GRANDE BENEMÉRITA ATLETA DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB: “Eu tive o privilégio e a honra de treinar arco e flecha no campo do Fluminense. Vivenciei e pesquisei vários eventos em que o campo do Fluminense serviu de alegria e palco para a humanidade. Relembrando Paulo Coelho Neto: Nas horas de incerteza e sofrimento, a verdadeira e indestrutível muralha  de apoio é sem dúvida o respeito e amor à tradição. Como acabar com o campo do Fluminense se ele está para o mundo como os grandes atletas estão para as Olimpíadas?”






Foto do "ESTÁDIO DAS LARANJEIRAS" e a entrada antiga da Rua Pinheiro Machado



DELEY – EX-JOGADOR DE FUTEBOL DO FLUMINENSE (ENTRE 1980 E 1987) E DEPUTADO FEDERAL: “Na verdade todas as vezes que estou nas Laranjeiras, me vem a lembrança do quanto eu vivi momentos agradáveis. É como estar num templo carregado de mistérios por onde passaram talentos maravilhosos. Com certeza as Laranjeiras carrega toda a sua magia e seu encanto. É parte importante do Brasil. Não é a toa que temos o Cristo Redentor de frente para nossa casa”.




   Foto do presidente Fábio Carneiro de Mendonça agradecendo o prefeito



JAIR MARINHO – EX-JOGADOR DE FUTEBOL DO FLUMINENSE (ENTRE 1959 E 1963) E CAMPEÃO DA COPA DO MUNDO DE 1962, NO CHILE: “O Estádio das Laranjeiras é um monumento. E não é só importante para o Fluminense. É importante para a comunidade de Laranjeiras, para a cidade do Rio de Janeiro e para o Brasil. Ali foram realizadas partidas que deram muitas alegrias ao Brasil. Ali surgiram craques como Castilho, Waldo, Altair, Telê, Escurinho, Pinheiro e tantos outros. O Estádio das Laranjeiras deve ser preservado! Não pode ser vendido e nem mexido”.




         Transeuntes observam os cartazes da manifestação




LEANDRO CARVALHO (CAMPINHO) - PROFESSOR DE HISTÓRIA E LÍDER DA TORCIDA ORGANIZADA YOUNG-FLU: “As lembranças que guardo do estádio vêm de encontro com a minha história com o nosso amado Fluminense Football Club. Facilmente faço uma viagem aos meus tempos de criança, onde todos finais de semana estava no Clube sob o comando do mestre Armando Giesta para preparar a festa da mais bonita torcida do Brasil. A perda de parte do estádio não acompanhou a demanda de sua imensa torcida, fazendo com que perdêssemos parte de nosso lar e da nossa história. As Laranjeiras, a nossa casa, que sempre foi tão receptiva e aconchegante conosco, hoje nos deixa saudades de seu estádio e dos momentos lá vividos”.





       Faixa: "AQUI NASCEU O FUTEBOL DO BRASIL"
                          


MARIA DA GLÓRIA DE SOUZA – PRESIDENTE DA AMAL (ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DE LARANJEIRAS): “O Estádio das Laranjeiras é um referencial do esporte no bairro. É importantíssimo! Tem uma importância para a memória e história do bairro. A ideia de preparar o clube para receber a visita de turistas é excelente. E como teremos a Copa do Mundo e as Olimpíadas, é importante gerar trabalho e renda para as pessoas jovens contarem a história do clube e do bairro. Para a Amal o Fluminense sempre foi um parceiro. Pra gente é super importante! E a gente está afim de apoiar”.




   Eduardo Coelho, Rubens Galaxe e Ricardo Exner
                                    


RUBENS GALAXE – EX-JOGADOR DE FUTEBOL DO FLUMINENSE (ENTRE 1971 E 1982) É O 6º ATLETA QUE MAIS VESTIU A CAMISA TRICOLOR: “O Fluminense não só está na minha iniciação no esporte, mas também participou e ajudou na minha formação como cidadão. Para quem chegava aos quinze anos de idade, entrar naquele estádio com toda sua história e tradição, palco de momentos inesquecíveis para o esporte nacional, local que grandes craques pisaram e de tricolores ilustres que contribuíram para sua grandiosidade, tem que realmente referenciá-lo e não esquecê-lo jamais! A História é contada pelos vitoriosos. Então podemos afirmar que assim deve seguir para as gerações de futuros tricolores, que o Fluminense Football Club é um vitorioso na vida esportiva. E seu estádio é a mais pura e verdadeira história que não podemos deixar passar despercebido”.



Um comentário:

  1. Excelente trabalho! Lembro que em 1999 fui ao clube e nem a guia sabia que a frente do estádio era onde está o muro de tijolos vermelhos.

    A torcida do Fluminense e os amantes do futebol precisam saber que o Estádio das Laranjeiras já foi um dos mais belos e imponentes estádios da América do Sul.

    Hoje, maltratado pelo tempo e desprestigiado pelas recentes gestões do clube, não tem utilidade para o time de futebol, servindo apenas para treino.

    Tenho muita saudade do tempo em que o Fluminense jogava nas Laranjeiras. Espero que um dia, o clube volte a mandar jogos lá, mesmo contra times pequenos. Afinal, pra jogar no Engenhão com 4 mil pessoas, é muito melhor jogar na nossa casa.

    ST!

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