Sempre escutei algo que, me parecia mais “lenda” do que outra coisa. Portanto, fui pesquisar. No dia 19 de dezembro de 1995, após uma tumultuada campanha, o Conselho Deliberativo do Fluminense elegeu o Grande Benemérito Atleta e Benemérito José Gil Carneiro de Mendonça como presidente do clube para o triênio 96/98. O candidato Gil Carneiro de Mendonça com 156 votos derrotou José Carlos Vilela com 112. E a posse de Gil Carneiro de Mendonça como presidente do Fluminense ocorreu no “DIA 2 DE JANEIRO DE 1996”, exatamente há 14 anos.
Antes de qualquer coisa, é bom que se diga que, na época eu torcia “fervorosamente” pela vitória de José Carlos Vilela. E sem querer defender ou atacar alguém aqui. Mas apenas fazer uma pequena correção histórica, em relação ao ex-presidente Gil Carneiro de Mendonça. E o que me deixava intrigado eram aquelas baboseiras do tipo “Gil Carneiro quer acabar com o futebol”, ou coisas deste gênero.
No livro, ...TANTAS VEZES CAMPEÃO de Oscar Cox à Vanguarda Tricolor, de Alfredo Claussen, publicado em 1998, na página 73, o autor escreve: “AO ASSUMIR GIL LAMENTAVA O FATO DO FLUMINENSE TER FUTEBOL EM SEU NOME...” Entretanto, alguns anos mais tarde, mais precisamente no dia 9 de outubro de 2008, o grupo político FLUSÓCIO, publicou em seu blog um texto intitulado “José de Souza strikes again”. Neste texto a FLUSÓCIO disse que: “EM SEU DISCURSO DE POSSE, AO SER PERGUNTADO SOBRE O QUE SUA GESTÃO FARIA NO ÂMBITO DO DEPARTAMENTO DE FUTEBOL, GIL DISSE QUE ‘INFELIZMENTE O FLUMINENSE ERA FOOTBALL CLUB, E QUE POR ISSO TERIA QUE DAR A DEVIDA ATENÇÃO...”
Bem, os dois grupos (VANGUARDA e FLUSÓCIO) fizeram afirmações sobre as palavras do ex-presidente. As palavras oficiais do ex-presidente Gil Carneiro são aquelas proferidas em seu discurso de posse. O resto é “achismo” ou então “outro discurso”. E caso existam provas concretas podem nos enviar que publicamos. Mas, esse é aquele velho caso em que, “é algo que alguém ouviu falar, não sabe aonde, gostou, começou a repetir e virou verdade”. E como dizia Nelson Rodrigues, antes que venham os “idiotas da objetividade” ou mesmo os “cretinos fundamentais” com aquele papo furado de “piscineiro”, coloco a disposição de todos o discurso de posse do sr° Gil Carneiro de Mendonça. Em nenhum momento, em seu discurso, se observa alguma alusão sobre acabar com o futebol ou que o “esporte das multidões” fosse um fardo para o nosso clube. Vamos ao discurso na íntegra:
Autoridades presentes, Senhores Conselheiros, Meus Senhores, Minhas Senhoras,
Eu estou aqui desde 1936. É uma honra tomar posse na presidência do Fluminense. Quando do falecimento de meu avô, Austragésilo de Athayde, descreveu: “Era o melhor dos homens!” Neste momento, tenho a satisfação de estar fazendo a vontade daquele que considero, realmente, “o melhor dos homens”, meu pai.
Com bondade, honradez e capacidade, dedicou grande parte de sua vida ao Fluminense. Dirigiu com brilhantismo. E principalmente, ensinou-me a ser Fluminense.
O período eleitoral terminou. E imediatamente, os tricolores devem se unir e ajudar. Não a mim. Mas ao Fluminense que tanto necessita.
O Conselho Diretor é formado por quem conhece e freqüenta diariamente este Clube. E todos estão de braços abertos para aqueles que queiram colaborar e engrandecer.
No dia da eleição foi batido o recorde de presença de conselheiros. O que demonstra o interesse pelo Fluminense. Motivo pelo qual repito, nos unemos.
As dificuldades são enormes, mas esperamos resolvê-las. O Fluminense vai dar certo! Que Deus ilumine a todos nós. Obrigado.
O intuito de registrar este discurso é aproveitar o início deste ano que será de eleições, para que possamos fazer uma reflexão “com muita serenidade”, sobre o que passou e sobre o que virá.
Saudações Tricolores
sábado, 2 de janeiro de 2010
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É mais do que evidente que, no discurso de posse, Gil Carneiro de Medonça não falasse em destruir o futebol. Não precisava dizer. O que aconteceu em 1996 já basta.
ResponderExcluirLamento muito que o Fluminense tenha tido e talvez ainda tenha um grupo político que foi responsável pelo MAIOR VEXAME da história do futebol brasileiro.
Todos que contribuíram, de alguma forma, para essa VERGONHA HISTÓRICA tinham que ser estudados e catalogados, para que aqueles anos negros NUNCA MAIS se repitam.
Post útil, caro tricolor Eduardo Coelho, seria, sem dúvida, um com a finalidade de expor quem são, caso existam, as pessoas que ajudaram a nos afundar na década de 90 e ainda hoje tentam ter espaço na política tricolor.
ST.
Caro Eduardo,
ResponderExcluirMais um de seus comentários que nada acrescentam ao momento político do clube. Muito inoportuno associar vanguarda tricolor a flusócio. Você é o saudosista sa mesmice e tentar fazer ruído para minar os que acenam com a mudança e um Flu melhor.
Estimado Eduardo
ResponderExcluirVoce tem como me dizer se o Gil Carneiro de Mendonca está vivo ou se já faleceu?
ST
Jorge Priori
Prezado Jorge Priori,
ResponderExcluirNo jantar de celebração dos "60 ANOS" da Taça Olímpica, no último dia 28/04/09, que foi realizado no Salão Nobre do Fluminense e que estive presente, o sr° Gil Carneiro de Mendonça esteve presente, como vários outros ex-presidentes do Fluminense.
Saudações Tricolores,
EDUARDO COELHO
Ele não falou no discurso que mas ele quase conseguiu acabar não só com o futebol como também ao Fluminense como um todo.
ResponderExcluirA gestão desse Senhor sujou o nome do Fluminense até hoje.
ST
Prezado Marcelo Ferreira,
ResponderExcluirNão se trata de defender o sr° Gil Carneiro de Mendonça. Apenas de ser justo com os fatos. Se lhe acusam de ter dito, em seu discurso de posse, algo que ele não disse, o que é isso???
Se esta afirmativa sobre seu pronunciamento de posse, viesse apenas da torcida, tudo bem. Mas vindo de grupos políticos que pretendem tomar o poder do Fluminense, temos que nos precaver. Como serão tais grupos ao tomarem o poder??? Continuarão criando "suas verdades" de acordo com as circunstâncias e interesse do momento???
Uma das grandes dificuldades de algumas pessoas que militam na política tricolor é separar o "torcedor de arquibancada" do "político".Umas nem querem separar. Outras tentam, mas não conseguem direito. Mas para governar qualquer coisa é preciso frieza. Exatamente, o contrário da principal característica dos "torcedores".
Saudações Tricolores,
EDUARDO COELHO