segunda-feira, 8 de março de 2010

Reunião do Conselho Deliberativo - 09/02/10

REUNIÃO DO CONSELHO DELIBERATIVO DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB – 09/02/2010

Após a execução do HINO OFICIAL DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB, o Presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club, disse: “Deliberar a solicitação do Conselho Diretor relativa à reprogramação orçamentária do exercício de 2009’. Então, eu pediria ao Vice-Presidente de Finanças, Carlos Henrique Ferreira... Ah, sr° Humberto Palma, então”?

O ex-presidente do Fluminense e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: “Presidente... Pela ordem”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não”.

O ex-presidente do Fluminense e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: “Eu detectei um engano, uma ilegalidade na convocação. Então, vou fazer uma ‘Questão de Ordem’. A carta circular 102, desse Conselho, datada de 21/01/10, convocou os conselheiros para ‘reunião Extraordinária, realizada para o dia 09/02/10, às 20:00 hs previstas. Deliberar sobre a solicitação do Conselho Diretor, relativo a reprogramação orçamentária do exercício de 2009’. Sucede porém, que a solicitação do Conselho Diretor não tem sentido. O fato porém, posto no capítulo XIII, no Estatuto do Fluminense Football Club. Pois bem, no capítulo em questão indicado nas finanças do Fluminense, determina o orçamento durante o exercício para o qual foi aprovado pelo Conselho Deliberativo. Tal determinação está escrita no artigo 131, inciso V, letra ‘a’, do Estatuto do Fluminense. Artigo 131: ‘A administração financeira do FLUMINENSE reger-se-á pela estrita observância das seguintes normas. V – ‘O Orçamento anual, analítico e sintético, deverá ser rigorosamente observado, respeitados os seguintes preceitos quanto à sua disposição e aprovação’. Letra a, ‘O Orçamento, a vigorar no exercício seguinte, deverá ser organizado pelo Conselho Diretor, com assistência e parecer do Conselho Fiscal e enviado pelo Presidente do Clube ao Conselho Deliberativo, na segunda quinzena de dezembro de cada ano, para apreciação e julgamento’. A reprogramação orçamentária só poderá ser solicitada, apreciada e julgada, dentro desse exercício que dirigia o orçamento anual que se pretenda recomendar. Assim sendo, é indubitável o prazo para que o Conselho Deliberativo aprecie e julgue a recomendação orçamentária do exercício de 2009, que expirou-se em dezembro de 2009. Ressalvo e oportuno que o Conselho Fiscal cumprindo o disposto da primeira parte do parágrafo primeiro, do artigo 132, do Estatuto do Fluminense, afirmou em pronunciamento datado em 16/12/09, que não há cobertura para despesas que excederam a dotação orçamentária para o exercício de 2009. Com essa afirmativa o Conselho Fiscal contribuiu de forma intransponível a aprovação da prestação do Conselho Diretor".

O conselheiro Rogério Do Val pronunciou-se: “Boa noite a todos. Eu recebi na minha casa pelo correio um envelope com timbre do Fluminense, no qual continha uma circular do Conselho Deliberativo convocando uma reunião extraordinária, que trazia na sua ‘Ordem do Dia’ o seguinte: ‘Deliberar sobre a solicitação do Conselho Diretor relativo à reprogramação orçamentária do exercício de 2009’. Confesso que fiquei abestalhado tentando entender esta convocação. Pois não consegui encontrar no Estatuto do Fluminense um artigo que dispusesse sob a competência do Conselho Diretor. Pelo que pude concluir, não compete ao Conselho Diretor reprogramar o orçamento, ao menos. E muito menos, um orçamento de um exercício anterior, 2009. Quando o orçamento de 2010, até já foi aprovado. Recebi também, junto com a convocação, o parecer de uma comissão de conselheiros, outro parecer do Conselho Fiscal e um material para análise, intitulado ‘Suplementação Orçamentária’. O pedido para convocação de reunião extraordinária é feito através de requerimento, ao presidente do Conselho Deliberativo. Mas o pedido de autorização, para que as despesas que chegam as dotações orçamentárias é feito também através de requerimento ao Conselho Deliberativo. É bom não confundir: uma coisa é o presidente do Conselho Deliberativo, outra coisa é o Conselho Deliberativo. O presidente do Conselho Deliberativo não é o Conselho Deliberativo! Eu sei que tem gente que confundi. Mas o Conselho Deliberativo somos todos nós que deliberamos. O presidente do Conselho é só o conselheiro que dirige os trabalhos da Mesa. Eu tenho ali, o material que eu recebi, por que? Nesse material que foi encaminhado pra residência dos conselheiros, não consta o requerimento de solicitação da reunião extraordinária. Esse material que eu recebi, não consta o pedido de suplementação orçamentária. A não ser que estejam tentando me enganar e dizer que isso aqui é um pedido de autorização pra que as despesas excedam. Esse simplesmente tá aqui no documento que ele mandou. Conclusão: ‘Estou encaminhando para análise o pedido de suplementação de verbas para o exercício de 2009, no montante de R$ 7 milhões e 630 mil. Tendo como base o realizado de outubro de 2009, e projeção para novembro e dezembro de 2009’. Então, nem fez o pedido de reunião extraordinária e também não tem o pedido. Então o pedido de reunião extraordinária é pro presidente. Mas o pedido de autorização pra gastar é ao Conselho Deliberativo e não consta aqui. Junto com esse material, eu recebi um parecer da comissão de conselheiros, de cinco conselheiros. O Estatuto, no artigo 40 do Estatuto, ele fala que ‘ao Conselho Diretor compete, inciso IX: solicitar ao Conselho Deliberativo. Alínea C: autorização para que as despesas possam exceder às dotações orçamentárias, tal como prevê o artigo 132’. ‘Autorização para que as despesas possam’, o verbo é poder. O modo verbal é o subjuntivo. ‘Possam’, está no Presente do Subjuntivo. Subjuntivo, significa subordinado, dependente. Portanto, pra que as despesas possam exceder as dotações, dependem de autorização prévia. Uma coisa está subordinada a outra. Não se pode gastar primeiro e pedir autorização depois. Primeiro, se pedi, depois se gasta. Até porque, a autorização pode ser negada. Se o presidente do Conselho Diretor requer ao presidente do Conselho Deliberativo uma reunião extraordinária, nos moldes do artigo 28, inciso II, da alínea C, e concorda com o disposto no artigo 40, inciso IX, alínea C, este requerimento fica sem sentido. Não há porque acontecer esta reunião, uma vez que as despesas já foram realizadas sem prévia autorização. Por que pedir autorização para gastar, se já gastou? Alínea C, do inciso IX, do artigo 40, é muito clara. O presidente do Conselho Diretor deve pedir ao Conselho Deliberativo, autorização para gastar. E não solicitar uma reunião extraordinária para que o Conselho aprove seus gastos. Talvez, com esta manobra, ele esteja tentando evitar outro processo de impeachment, como aquele que aconteceu em 2009, no ano passado. Porque gastaram R$ 16 milhões sem autorização do Conselho Deliberativo, no exercício de 2008. Mais é ele mesmo que busca esse tipo de coisa. Depois vai pros jornais e diz que existe no Conselho Deliberativo um ninho de abutres. Diz que: ‘falsos tricolores tentam desestabilizar o clube, a sua vida pessoal e profissional’. Então, por uma questão, uma proposta de encaminhamento, tô entregando o requerimento, pra impugnar a reunião nas bases do que foi dito aqui. Junto com esse material também, eu recebi um parecer da comissão de cinco conselheiros. O parágrafo primeiro, do artigo 132 do Estatuto, ele diz o seguinte: ‘O Conselho Fiscal pronunciar-se- á sobre a disponibilidade financeira e a Comissão dará parecer sobre a conveniência do pedido’. Esse parágrafo pode ser dividido em duas partes. A primeira, o Conselho Fiscal pronunciar-se-á sobre a disponibilidade financeira. E a segunda, a comissão de cinco conselheiros dará parecer sobre a conveniência do atendimento ao pedido. Com base no parágrafo acima, solicito também a impugnação da comissão de conselheiros, tendo em vista que tal parecer não está de acordo com que estabelece o Estatuto do Clube. A comissão de cinco conselheiros nomeada pelo presidente do Conselho Deliberativo, para dar parecer sobre a conveniência do pedido do Conselho Diretor, para que as despesas excedam as dotações orçamentárias, mantém poder legal perante o Estatuto, para recomendar ou não. Sugerir, aprovação ou não. Não cabe a comissão de cinco conselheiros se opor ou não, ao pedido. A comissão de conselheiros, pelo que recomenda o Estatuto do Fluminense, deve se posicionar somente em relação à conveniência do atendimento ao pedido. Ou seja, a comissão de conselheiros deve explicar, explicitar por escrito em seu parecer, se o pedido procede ou não. Se o pedido é oportuno ou não. Se o pedido é vantajoso ou não. Se é intempestivo ou não. A comissão de conselheiros fundamentando em dados deve mostrar claramente no seu parecer de conveniência. Conveniência não é socorro e nem recomendar aprovação. No seu parecer de conveniência, ‘porque o pedido procede, porque é oportuno, porque é realmente necessário’. Se realmente convém, quais são as vantagens pra nós? Antigamente, na época da escravatura, para se fazer uma telha os escravos moldavam argila assim nas coxas. É óbvio que os escravos quando tinham entre si as coxas diferentes, umas mais finas e outras mais grossas, umas mais curtas e outras mais longas, as telhas quando colocadas no telhado, não se encaixavam com perfeição. Esse parecer da comissão de conselheiros, com certeza não está se encaixando com perfeição, como determina o parágrafo primeiro, do artigo 132. Sobre um assunto tão relevante, emitiram um parecer desse tipo, em pleno ano de 2010 é o mesmo que fazer telha no tempo dos escravos. Só parecer do Conselho Fiscal conforma determina. O parágrafo primeiro, do artigo 132, mostra claramente que não há recursos para cobrir as despesas que excederam as dotações orçamentárias. O parecer do Conselho Fiscal informa: ‘assim sendo, os estritos termos da primeira parte, do parágrafo primeiro, do artigo 132, do Estatuto’. Ou seja, ‘quando a disponibilidade financeira’, o Conselho Fiscal, pouco importa, que houve quebra na realização das receitas previstas, em cerca de R$ 12.761.833,97. Assim, não há cobertura para as despesas. Parágrafo Primeiro, do artigo 132, na sua primeira parte diz o seguinte: ‘O Conselho Fiscal pronunciar-se-á sobre a disponibilidade financeira’. Só que, não somente só, o fato do Conselho Fiscal ter aventado a hipótese se pegar o empréstimo no Banco pra resolver a questão fica prejudicado, pois não cabe ao Conselho Fiscal dar palpite ou solução. E sim dar o parecer concreto sobre a disponibilidade. A disponibilidade financeira, que o parágrafo primeiro, do artigo 132, se refere, é no cofre do Clube, é no caixa do Fluminense, não é no caixa do Banco. Não é lá no cofre do Banco. O parecer do Conselho Fiscal relata que o Fluminense não tem dinheiro. E quem tem a grana é o Banco. E aí, então, me pergunto: ‘Agora e quando que os conselheiros dão parecer baseado na correspondência do Conselho Fiscal? Após análise de praxe, da documentação que acompanha o pedido de suplementação orçamentária, com as devidas explicações do Conselho Diretor. E da correspondência do Conselho Fiscal, os membros desta comissão por unanimidade não se opõem a este pedido e recomendam sua aprovação. Como pode isso? Se a correspondência do Conselho Fiscal diz que, ‘não tem cobertura para as despesas’, como que ainda assim a comissão de conselheiros, mesmo sem competência recomenda aprovação do pedido? Eu tenho um requerimento aqui também, pra impugnar a parte do parecer do Conselho Fiscal. E até que o parecer do Conselho Fiscal foi um parecer coerente. Mas, acho que falou demais depois da vírgula. Neste artigo 40... No artigo 40, no inciso IX, que cabe ao Conselho Diretor solicitar do Conselho Deliberativo, autorização para que as despesas possam... Neste mesmo artigo, tem lá um inciso XII... O inciso XII, se ele gastou, e se precisou gastar, ele tinha até que vir... É convocar uma reunião do Conselho Deliberativo. Inciso XII, por proposta do presidente do Fluminense, com parecer do Conselho Fiscal, autorizar pagamentos e despesas inadiáveis. Esse é inadiáveis, não previstas no orçamento. ‘Ad referendum’ o Conselho Deliberativo cuja convocação será solicitada no prazo de sete dias, com autorização para julgamento das coisas aprovadas. Então, por que não fez isso quando gastou que é que realmente precisava? Gasta! Gasta até outubro, depois lá em... Já o orçamento pronto de 2010, então ele vem pedir? Pra que aprove o que ele gastou sem autorização? Tá fugindo? Como fugiu dos R$ 16 milhões? Deve ser por isso! Obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro Julio Domingues”.

O conselheiro Julio Domingues, disse: “Senhor presidente, nobres membros do Conselho. Na verdade, a ‘Questão de Ordem’ suscitada pelo eminente conselheiro Sylvio Kelly se confundi com o mérito. Portanto, ‘permissa vênia’ deve ser repelida. A própria sustentação incerta na manifestação de sua excelência é clara, quando ele aborda uma série de questões, que somente o Conselho Deliberativo pode determinar. O presidente do Conselho Deliberativo cumpriu expressamente com que o Estatuto prevê. Uma vez convocado pelo presidente do Conselho Diretor no sentido de requerer a realização dessa plenária, assim o fez e convocou o Conselho Deliberativo. E quem subsidia exatamente o meu ponto de vista é a extensa, ‘permissa vênia’ também, manifestação do conselheiro Rogério Do Val. Todos os requerimentos por ele apresentados, na verdade constitui-se declaração de voto. Toda a sua sustentação é no sentido de apreciar o mérito do que o Conselho Diretor virá apresentar para os conselheiros. Ora, se nós estamos adentrando o mérito, se estamos aqui já inicialmente fazendo declaração de voto é evidente que queremos todos, a apreciação do que o Conselho Diretor venha apresentar. Portanto, meu parecer excelência é no sentido da rejeição da ‘Questão de Ordem’ e da realização da sessão plenária com apresentação...”

TUMULTO NO PLENÁRIO

O conselheiro Julio Domingues, pergunta: “Vossa Excelência é conselheiro? Não! Vossa Excelência como Vice-Presidente Geral não é conselheiro”! (referia-se ao sr° José de Souza). Então, ‘permissa vênia’ Vossa Excelência não tem a possibilidade de se manifestar. Eu sou um conselheiro, estou na tribuna, eu não gostaria de ser aparteado por Vossa Excelência. Vossa Excelência o meu ponto de vista é exatamente no sentido... É exatamente no sentido de que, Vossa Excelência rejeite a ‘Questão de Ordem’ e instaure a sessão com a apresentação do parecer do Conselho Diretor. Muito Obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro Fernando”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Sr° presidente, demais conselheiros. Queria ousar discordar do meu amigo Julio Domingues, que desde que eu assumi aqui a essa gestão no Conselho, eu não consegui ficar do lado dele. Quando eu assumi ele tava na oposição. E eu fui eleito pela chapa da situação. E hoje os papéis se inverteram. Eu pretendo ficar um dia do seu lado, Julio. Pelo amor de Deus! Me dá esse direito! E vou ousar discordar de um fundamento que ele usou pra que fosse repelida... Sr° presidente, inclusive o sr° como advogado deve saber disso. Processo, ele tem duas fases. Primeira é a fase do conhecimento. Se ele não é conhecido, como foi sugerido, foi requerido pelo Benemérito Sylvio Kelly, ele não tem que ser apreciado. Ele é fulminado nessa base. Então, não há confusão com o mérito. Porque é uma questão de conhecimento. Se existe uma falha, clara, foi muito bem especulada nessa tribuna pelo conselheiro Sylvio Kelly, não pode desmerecer o conhecimento. Por que? Por uma falha de conhecimento. Por isso que todo procedimento ele tem a fase de admissibilidade. Julio é advogado, eu sou advogado, tem vários advogados aqui e sabem disso. Vários julgamentos de processos, eles não chegam na fase do mérito, por que? Preliminares são abolidas e dão fim inclusive ao conhecimento do procedimento. Então esse procedimento, ele não pode passar da fase de admissibilidade. Pelos motivos explicados, muito bem explicados, pelo Benemérito Sylvio Kelly. Muito Obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não”.

O conselheiro Guilbert Vieira Peixoto pronunciou-se: “Eu notei que na convocação não existe o item de assuntos gerais. É da parte das reuniões do Conselho, a necessidade e a obrigatoriedade tácita de assuntos gerais. Porque todos nós temos nossos interesses no Clube e temos necessidade de manifestar. Eu recebi uma carta do senhor, que eu... Ofensiva. E que o senhor fala... Aliás, o senhor vasculhou bastante em minha vida. Inclusive, eu não sei ainda qual foi o interesse que o senhor foi tocar na minha vida, na minha atuação política. Depois da instauração da ditadura... O que isso tem a ver com meu pronunciamento aqui? A única coisa que eu disse aqui e o senhor não respondeu, é que o senhor não pode ao mesmo tempo arranjar de juiz... O senhor... Raciocina o senhor, se Fernandinho Beira-Mar fosse juiz de ação no Ministério Público contra ele? O senhor foi... Contra o senhor 39 conselheiros se manifestaram. O senhor não podia... De código de ética nenhum, o senhor indeferiu o pedido. Tinha sim, sua obrigação, moral, ética e legal, de passar o pedido para a Vice-Presidência. Realmente, o senhor se defende dizendo que o pedido não narra fato. Mas, isto é o motivo que a Vice-Presidente sim, ela poderia fazer. Agora, eu não entendi é a razão porque o senhor vai vasculhar a minha atividade política contra a ditadura. O senhor vasculhou pouco. Vasculhou pouco! Porque foi muito maior! Sempre me manifestei. Fui eleito conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil quando advogava justamente para defender os direitos humanos. Primeiro banido que voltou ao país, a Ordem dos Advogados me indicou para recebê-lo. E evitar que fosse torturado na chegada aqui, já algo de 79. A minha atividade política não interessa aqui ao Fluminense. O senhor me acusa de um processo que não existe. De eu ter uma ação no Ministério Público... Doutor... Só existe ação, quando o rei é citado. Essa petição, até hoje, foi de 1992. E onze anos depois não existe o cidadão. Mas, o senhor usa isso como argumento. Por que? O que quê isso tem a ver com eu dizer que o senhor não pode julgar-se em processo em que o senhor é acusado. O que uma coisa tem a ver com a outra? É seu interesse apenas de me ofender? O senhor tem interesse de me excluir? Minha atividade política, minha atividade profissional, com acusação mentirosa. Acusação que não existe, que o senhor que trouxe como se existisse o processo. O processo foi injustíssimo, quando eu for citado. E eu acho difícil que exista essa citação. Porque onze anos depois, não existe mais interesses. Mas o senhor achou que sim. Achou inimizade, está declarada e eu aceito. Realmente, o senhor mostrou total divórcio, com a ética e com a relação que deve existir entre conselheiros e presidentes. Aliás, na reunião passada, o eminente conselheiro Sylvio Kelly deixou perfeitamente caracterizado a sua parcialidade. Numa sessão, abre às oito horas e com fila para assinar presença, o senhor encerra a sessão. Na outra sessão, com a fila de desistência, o senhor abre a sessão e espera que se assine o livro de presença. O senhor tá na posição, de presidente do Conselho. Ou está na presidência ou está apenas fazendo o papel de uma facção. Eu lembro ao senhor, que esse caso foi honrado pelo presidente Luguel. Do qual Vossa Excelência difere totalmente. O senhor que quer apenas mostrar aqui no Fluminense a nossa decadência. É a sua presença no Conselho, é a decadência do Clube. Muito Obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não”.

O Benemérito Luiz Antonio Barbosa de Castro pronunciou-se: “Boa noite presidente. Conselheiros, conselheiras. Então, eu acho o senhor excelente e educado. Muito paciente em ouvir certas coisas. Tenho um respeito profundo pelo amigo que é o Guilbert. Ele... O Hamilton, eu não posso ser contrariado, não. É ridículo ter que falar o nosso pensamento. Não precisa fazer essa cara de deboche pra mim. Eu nunca fiz. Sempre te respeitei muito bem. Então, vamos manter o respeito que é uma coisa... Não. Não. Não é bem assim. Outra coisa que eu gostaria de saudar também é que o Dr° Sylvio não cumpriu a palavra dele. Eu fico feliz porque a presença dele é importante, independente da divergência que nós temos hoje. É fundamental a importância dele. Ele saiu daqui contrariado a última vez. Eu entendo o motivo, houve um problema grave em família, o falecimento de um contra-parente, o que eu lamento e não pude participar. Quanto ao que ele disse, do dossiê que eu tenho dele. Só tenho dossiê dele o seguinte: bom pai, bom marido, bom atleta, bom filho, bom irmão, excelente advogado a quem eu devo inúmeras gentilezas. Hoje, lhe discordo pela maneira como se portava. Os assuntos pessoais não podem ser tratados nesse recinto. Nós temos aqui que observar uma parte histórica. Sempre existiu, historicamente, sempre existiu quebras nos orçamentos. Porque a dinâmica é muito grande. Não dá tempo. Muitas vezes é aprovado em março, outras em outubro. Anos anteriores quando deveria ter aprovação no máximo em março. Já tivemos casos aqui de ser aprovado em outubro...”

INTERVENÇÃO DO PLENÁRIO: “Retornando há ‘Questão de Ordem’ não é defesa”.

O Benemérito Luiz Antonio Barbosa de Castro continuou: “Então, exatamente sobre isso companheiro. É exatamente sobre isso. Eu não conheço, eu não conheço, eu desconheço a manifestação do Dr° Sylvio Kelly. Desconheço, essa premissa levantada. Eu não posso falar sobre ela. Nós estamos falando o seguinte, historicamente sempre se analisou isso".

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro, conselheiro, vamos falar sobre a...”

INTERVENÇÃO DO PLENÁRIO

O Benemérito Luiz Antonio Barbosa de Castro, disse: “Quando passa alguém que queira fazer tempo de aplainar os assuntos e não haver briga, não pode falar que esta é a intenção da gente. Temos que separar... Companheiro, eu nunca me levantei pra falar com o senhor assim”!

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro Fernando, por favor”.

O Benemérito Luiz Antonio Barbosa de Castro, disse: “Então, vamos respeitar. O que falta é respeito! O que falta é respeito e opinião. Eu respeito à opinião de cada um. É fundamental respeitar a opinião de cada um. Agora, no momento em que as pessoas vêm aqui e falam, ela é agredida. Se não fala, não é possível, dois terços foi vendido. Obrigado. E eu sou um dos membros da comissão que...”

INTERVENÇÃO DO PLENÁRIO: “O Conselho Fiscal diz que...”

TUMULTO NO PLENÁRIO

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiros, vamos, vamos, vamos manter calma. O conselheiro Sylvio Kelly quer... Foi citado ele quer responder”.

O ex-presidente do Fluminense e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: “Explicar para os que estiveram aqui na última reunião do Conselho Deliberativo, puderam presenciar que a minha saída foi uma repulsa da forma como Vossa Excelência preside a reunião do Conselho Deliberativo. O meu protesto, saí porque senti que nós não estamos aqui para resolver os problemas do Fluminense. As minhas ponderações tem fundamentação jurídica, legal, estatutária. Vossa Excelência se restringe a dizer: ‘Não acolho’. Tem que fundamentar seu presidente. Tem que dizer porque que não acolhe. Para que eu possa fazer um requerimento desse, eu perco tempo, uso o meu conhecimento, vejo o Estatuto, escrevo. E Vossa Excelência diz: ‘Não acolho’. Eu queria fundamentação. Dizer porque que não acolhe. Foi um absurdo o que aconteceu na última reunião. Fundamentadamente aquela reunião não poderia acontecer. Como essa de hoje também não pode acontecer. Por isso, eu levantei essa ‘Questão de Ordem’, fundamentalmente. Não estou entrando em ilação nenhuma, não estou entrando no mérito. Como bem disse o Fernando, ‘nós estamos na fase preliminar’, de se aceitar ou não. Não resta dúvida alguma, não resta dúvida alguma, pra quem saiba ler, que o parecer do Conselho Fiscal foi contrário ao pedido formulado pelo Conselho Diretor. No momento em que ele diz, que não existe dinheiro disponível para cobrir a quebra, ele está dizendo que não pode ser aprovado pelo Conselho Deliberativo. Por isso, é que eu escrevi, por isso que eu li. Não adianta virem aqui e querer misturar uma coisa com a outra. Eu quero repetir: ‘Eu não estou aqui há sessenta e cinco anos nesse Clube, 9 de março eu faço 65 anos no Clube. Nunca vim a tribuna pra atacar ninguém. Se eu vim a tribuna é para falar o que acontece no Fluminense. Quando eu ataco, eu ataco com palavras em alto nível, mostrando as falhas e apontando o caminho que deve ser cumprido. Isso é o que eu quero fazer. E faço um apelo a Vossa Excelência, senhor presidente, a ‘Questão de Ordem’ pelo nosso Estatuto tem que ser recebida, dirimida, pelo presidente do Conselho Deliberativo. Não passe para o Conselho a decisão que cabe a Vossa Excelência. Decida fundamentalmente. Fundamente a sua decisão. Conteste aquilo que foi dito por mim e que foi dito pelo conselheiro Rogério (Do Val). Nós apresentamos duas questões de ordem fundamentadas no Estatuto. E Vossa Excelência ponderar, não aceitar essas questões de ordem, mas muito fundamentadas no Estatuto. E não dizer: ‘Não acolho’. Isso não existe”!

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não conselheiro Amadeu... Ademar, perdão”.

O conselheiro Ademar Arrais pronunciou-se: “Bom, boa noite a todos. É... Antes de mais nada, ao Dr° Guilbert eu como conselheiro do clube, gostaria de ter maior ciência da carta que foi enviada pro senhor. Porque foi enviado pelo presidente do Conselho Deliberativo, na qualidade de presidente do Conselho Deliberativo, pelo que eu senti. E aí, eu só discordo do senhor num negócio, que pessoas que combateram a ditadura, que isso não importa, não. Importa sim. Eu... Uma das pessoas que mais me orgulham por eu ter conhecido através do Fluminense, chama-se Ivan Proença. Que foi uma pessoa que combateu a ditadura e várias outras que participam desse Conselho e participam do Clube. E é inadmissível se isso, se isso ficar evidenciado que houve alguma menção com relação a isso. Eu proponho desde já, uma ‘sessão de desagravo’ ao conselheiro Dr° Guilbert. Porque este tipo de procedimento, não pode ser o procedimento do Fluminense Football Club. Aquele clube que a gente aprendeu a amar. Aquele clube que a gente torce. Aquele clube que a gente quer no mais alto nível possível. Então, sobre a questão do Dr° Guilbert, queria deixar aqui meu total e irrestrito apoio a qualquer atitude contrária a este tipo de atuação política, que num, que num... É inadmissível! Não dá nem pra... Mas, eu peço que traga para o Conselho. Para que o Conselho tome conhecimento melhor do que aconteceu. Em relação a ‘Questão de Ordem’ especificamente, eu tenho uma... A seguinte observação. Como já foi falado aqui, nós temos algumas questões preliminares ao julgamento do mérito pelo plenário do Conselho Deliberativo. E aí nesse sentido, alerto que ao meu ver, independente de decisão favorável ou contra ‘Questão de Ordem’, essa reunião ela é nula de pleno direito. Ela é nula de pleno direito. Nós não podemos jamais pegar autorização de uma quantia já gasta. E que fique claro o seguinte: ‘Não se está falando de uma primeira quantia’. No ano passado, todos se lembram bem, que houve a mesma situação com os R$ 16 milhões, R$ 16 milhões e pouco. Dezesseis e pouco com mais sete e pouco agora, são vinte e pouco, quase R$ 24 milhões só de excesso. Só de excesso. E olha como é que tá o nosso clube financeiramente, que modificações foram feitas. Por fim, queria deixar só um recado para o Conselho Deliberativo: ‘Acho eu que a gente tá no início, aí, do ano. E acho eu que, nós como um todo, temos que produzir mais pelo Clube, hein. Temos que produzir pelo Clube! A coletividade. Porque não se está produzindo nada. E essa reunião, por exemplo, aqui, de orçamento, de discussão de gastos, ela deveria ser feita juntamente com os diversos Vice-Presidentes pra eles colocarem aqui as diversas necessidades, as diversas restrições do que irão fazer em termos de gastos. Porque assim, ninguém sabe de nada. Então, a gente precisava ter uma reunião específica pra discussão do Esporte Olímpico. A gente precisava ter uma reunião específica pra discussão do Social. E uma reunião específica pra discussão do futebol. Esses R$ 24 milhões, nós precisamos saber aonde foram gastos. Nós precisamos saber, por exemplo, porque que as contas não são separadas. Porque, porque que a gente tem essa... Porque, que o Esporte Olímpico continua sem patrocínio. E essas discussões todas, elas não são pontuais, não. Elas são muito urgentes! Inclusive, por causa do processo eleitoral. Com 450 pré-candidatos, mas tá na hora da gente cobrar dos senhores candidatos o seguinte: ‘Vem cá, qual é o teu projeto, meu amigo, pra isso aqui’? E aí? Eu tô falando de Esporte Olímpico, mas tem várias outras carências no Clube. ‘O que quê você tá pretendendo em termos dos concessionários do Clube? O que quê você tá pretendendo em termos de Esporte Olímpico’? Isso é o orçamento. O orçamento não é uma peça, notícia, pra gente vir aqui ao Conselho Deliberativo aprovar por aprovar. Isso é uma bobagem. Aprova-se. E aí, Luiz Antonio, eu vou discordar veementemente de você. Essa história de que: ‘Ah, todo ano a gente aprova, já é usual’. É por isso que a gente tá com essa dívida! É por isso! É por isso! É por isso, que a gente tem extrema dificuldade. É por isso que a gente tá nas mãos de Celso Barros. É por causa deste tipo de prática. Vamos fazer um realinhamento. Vamos repensar o Clube. A gente já passou da hora disso, de repensar o Clube. De lutar para um Clube diferente. Não podemos... A gente tá cada vez mais empurrando com a barriga. Os problemas estão indo pra debaixo do tapete, debaixo da piscina, debaixo dos concessionários, debaixo do gramado. E nada é resolvido. Tudo aqui é paliativo. É o Celso Barros como solução paliativa do futebol. É o fulano que... São os concessionários, que eu boto ali de maneira paliativa. Então, a gente precisa solucionar o Clube. E aí, eu falo com todas as correntes. Todos os grupos, a verdade é essa. Todos os grupos tem pessoas boas. Vamos parar com esse negócio de satanizar todo mundo. Certo? Participei da Vanguarda Tricolor. Estou no Clube, ingresso pela Vanguarda Tricolor. Me orgulho de ter participado da Vanguarda Tricolor. Infelizmente, ela perdeu o seu rumo. Infelizmente, fui obrigado a sair da Vanguarda Tricolor, porque ela perdeu seus ideais: ‘Democracia, Modernidade e Dignidade’. Infelizmente, por causa disso eu tive que sair. E tive que continuar brigando. E até hoje tô brigando por isso. Então, tá na hora de nós nos unirmos. Nos unir, não a união pela união. União entorno de projeto. Votar o orçamento pra aprovar... A gente não tá aqui, pra votar contra ou a favor ao Dr° Horcades, contra ou a favor a atual gestão. Não se trata disso. Quando a gente vem aqui votar o orçamento, a gente tá tendo... Tem que ter responsabilidade. A gente tá discutindo o Clube. A gente não tá vindo aqui pra, pra brigar oposição contra situação. Isso é uma bobagem. Então, volto a dizer: ‘A gente não pode aprovar gastos, autorizar gastos, que já foram feitos’. Quando isso aconteceu no ano passado. E essa questão já se repetiu o ano passado. Pra eu finalizar, eu queria fazer também, que tem tudo a ver, com essa reunião. E com essa ‘Questão de Ordem’, justamente por eu entender, que essa reunião de hoje é nula de pleno direito. Eu teria uma ‘Questão de Ordem’ direta, rápida, pra Mesa. Eu gostaria de saber, por que hoje nós não temos filmagem da reunião? Uma vez que na última reunião, o presidente garantiu que todas as reuniões seriam filmadas. E estariam disponíveis para todos? E já, desde já, deixo aqui o meu registro, gostaria que registrasse em Ata, se fizerem questão inclusive, eu por escrito durante a semana, não tem problema nenhum... Eu gostaria, eu quero obter, nós queremos... Pelo menos os conselheiros do Ideal Tricolor. O Ivan Proença, o Ivan Proença Filho, Rogério Do Val. Antonio César e Ademar. Nós queremos as fitas da reunião passada. Nós queremos as declarações que foram dadas aqui, em relação ao orçamento. Nós queremos as declarações que foram dadas em relação a Unimed. Nós queremos a fita de vídeo. Aqui a responsabilidade é de todos. Tem que para com esse negócio que só tem que ter responsabilidade os outros. Nós não. Então, eu gostaria de saber por que, que esta reunião de hoje não está sendo filmada?

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira perguntou: “Terminou? Quer saber por que não está sendo filmado?

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Quero”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não. Porque, ‘QUANDO EU ACHO’ que tem necessidade de filmar, ‘EU CONTRATO’.

TUMULTO NO PLENÁRIO

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Presidente...”

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, perguntou: “Terminou conselheiro”?

O conselheiro Ademar Arrais, disse: “Eu, eu, eu terminei. Só pra esclarecer o seguinte... Eu, eu quero, eu quero dizer mais uma vez o seguinte... Presidente, eu já falei isso aqui nessa tribuna: ‘Essas coisas, essa confusão que acontece no Conselho Deliberativo, que vem acontecendo no Conselho Deliberativo, é muito fruto disso presidente’. Na reunião passada o senhor me disse com todas as letras e tá gravado: ‘TODAS AS REUNIÕES SERÃO GRAVADAS A PARTIR DE AGORA’! E aí, acontece isso. Então, aí, o que quê acontece? O conselheiro passa a desacreditar presidente. E o senhor não pode ser uma pessoa desacreditada. Como o próprio ex-presidente Horta falou aqui, o senhor tá numa posição essencial para o Clube. O senhor é... Está num cargo essencial para o Clube. Nós não podemos continuar com a sua figura extremamente desmoralizado. Eu me sinto mal até e tenho pena do senhor. Isso não é possível mais acontecer. Obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro, eu dispenso a sua pena. Eu dispenso a pena. Pois não, conselheiro Milton”.

O Benemérito Milton Mandelblatt pronunciou-se: “Presidente boa noite. A reunião já está começando a descambar. Nós não temos assuntos gerais. Nós já estamos ouvindo aqui, enfim, coisas de que não vai se discutir hoje. Ou que se iria discutir. Existe uma ‘Questão de Ordem’ que precisa ser resolvida. Uma ‘Questão de Ordem’ complexa, apresentada pelo conselheiro Sylvio Kelly. E prova disso aqui, ele estudou bastante pra fazer essa ‘Questão de Ordem’. Assuntos jurídicos, assuntos estatutários. E ela foi apresentada ao senhor agora, para que o senhor resolva se acata ou se não acata. É uma questão complexa. E eu não vejo como, isso se colocar aqui. E o senhor possa agora colher elementos pra decidir. Acho muito difícil. Eu sugiro que o senhor coloque essa sessão em caráter permanente. E que se reinicie na próxima reunião com o senhor estudando isso, estudando esse assunto e podendo acatar ou não acatar a seguinte forma, como o senhor pedi pro conselheiro Sylvio Kelly. E é o que deve ser feito, de forma justificada. Então, esta é a minha sugestão”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho só, conselheiro, a Mesa vai... Cinco minutinhos só pra nós...”

TUMULTO NO PLENÁRIO

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho só, conselheiro”.

O conselheiro Fernando Leite, disse: “Ele pediu pelo senhor”?

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “A Mesa vai decidir aqui”.

O conselheiro Marcos Lenz pronunciou-se: “Com licença, dá licença... A truculência e a falta de democracia presidente são o começo da corrupção. A corrupção começa por aí. A conotação que o Milton Mandelblatt fez de que o senhor teria uma situação complexa pra decidir, o senhor já deveria ter decidido. E nem ter convocado essa sessão. O senhor teve muito tempo pra decidir sobre isso. Quando recebeu esse documento, o senhor já deveria ter examinado, já deveria ter visto que não era procedente. Então, já decidido, devolvido ao Conselho Diretor, dizendo que o senhor não é capacho do presidente do Clube e que o senhor não convocaria essa reunião porque não está prevista no Estatuto. Não tem base legal no Estatuto. O senhor teve muito tempo pra decidir. Diferente do que pensa o conselheiro Milton Mandelblatt. Muito obrigado”.

O conselheiro Benedito Sérgio pronunciou-se: “Boa noite seu presidente, boa noite companheiros do Conselho do Fluminense, ‘Companheiros de Luta e de Glória’. Hoje, nós estamos neste momento com o plenário cheio. Quero me reportar em cima das questões de ordem que estão sendo colocadas aqui. A reunião anterior nós saímos daqui, às três horas eu estava aqui. Eu estava aqui. Aqui foram ofendidos várias glórias e honras do Fluminense. E o senhor inclusive teve a hombridade em si, retratar e se reconciliar com a história do Fluminense. Então, o que eu vejo, eu peço desculpas até aos companheiros que querem ‘passar o rodo’. Eu usei esse termo. É um termo chulo. É um termo que não cabe aqui no Fluminense. Tem que dizer porque aqui no Fluminense só entende dessa forma. Então, vai todo mundo embora, resolveu o seu problema pessoal e o Clube continua na mesma situação. Então, seu presidente, em nome daquela reconciliação que teve, eu peço ao senhor encarecidamente. Nós já tivemos uma relação anterior... Eu considero o senhor como um grande tricolor. Nós já tivemos uma relação nesse sentido. Que o senhor resolva as questões do Conselho diante do plenário repleto por todos presentes. A ‘Questão de Ordem ‘ tá colocada. O senhor não precisa de análise, não precisa seguir conselho de ninguém. Aqui a maioria já fez o que tinha que fazer, bem ou mal. Ou mal ou bem. O Fluminense tá mal. Eu queria pedir ao senhor pela nossa relação que é muito antiga dentro do Clube, que o senhor decida. Decida pelo aquilo que eu conheço do senhor. Pelo seu coração tricolor, decida logo. Decida. Não deixe essa coisa em cima da gente. Vamos resolver. Tá na hora de decidir essas correntes todas, ou Vanguarda ou desvanguarda, o desvio. Eu sei que o Fluminense não pode esperar pelo... As nossas vaidades, né? As nossas coisas, o Fluminense não pode esperar. O Fluminense tá afundando. Eu queria pedir... Eu só vim aqui pra pedir: ‘Decida hoje, diante de todos’. Não dá pra ficar decidindo num dia de cinco ou seis conselheiros que ficam aqui até a última hora. Aí é outro Fluminense, o presidente pede desculpas, se reconcilia, diz que tava errado. E agora aparece um monte de herói aqui, dizendo: ‘É assim, mermo, vamu passar a corda, vamu fazê’. Isso pra mim, não é Fluminense, não. Então, meu pedido pro senhor, presidente, é só isso. Decida diante desse grupo maior que tá aqui. Muito obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Queria cinco minutos aos senhores conselheiros, que a Mesa aqui está... Nós estamos reunidos pra decidir. Um minutinho, por favor”.

SUSPENSÃO DA REUNIÃO POR 5 (CINCO) MINUTOS

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Eu confesso que eu tenho dúvidas. Então, eu convidaria os conselheiros vê se aceitam: Sylvio Kelly... Não aceita? Pois não. Ademar Arrais... Um minutinho só, por favor. Ademar Arrais, aceita fazer parte? Aceitou. Milton Mandelblatt? Ivan Proença? Sérgio Benedito"?

O conselheiro Benedito Sérgio responde: “Benedito Sérgio”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “ Benedito Sérgio, perdão, desculpa mais uma vez. Julio Domingues? E Braz Mazzulo? Todos aceitam? Depois do carnaval, a Sandra liga, nós vamos marcar uma reunião. E vamos sentar em cima disso, pra ter uma decisão, depois a Mesa vai decidir. Então, eu gostaria que... Se vai ter reunião ou não, se nós... Sobre, sobre, Sobre o tema, né? Então, essa comissão, essas pessoas, nós vamos depois do carnaval, nós vamos marcar uma reunião, aqui no Conselho Diretor. Vamos sentar, agora eu pediria que todos já estudassem a matéria, pra depois nós sentarmos e discutirmos sobre isso. E a Mesa vai decidir. E a mesa depois vai decidir. Conselheiro, por favor, já tá decidido já conselheiro”.

O ex-presidente e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: “Senhor presidente, senhores conselheiros, senhores conselheiros. Atenção! O nosso Estatuto é claro: ‘O presidente do Conselho Deliberativo decide as questões de ordem’. Vou discordar do conselheiro Milton Mandelblatt ao dizer que sua excelência não está preparado para decidir. Vossa Excelência tem que ter a capacidade de decidir. Vossa Excelência foi eleito para isso. Eu quero denunciar a indicação da comissão, embora eu faça parte e nominalmente a facção que propugna pela não realização da reunião, tem a maioria. Mas, aí é que está a armadilha, depois do parecer da comissão, Vossa Excelência vai utilizar o Estatuto, que diz que a decisão da ‘Questão de Ordem’ é decidida por Vossa Excelência. Eu quero, exijo, é um direito nosso de realizar a reunião hoje. Não importa saber se tem maioria ou minoria. Nós temos que realizar a reunião hoje. Nós fomos convocados pra isso. Vossa Excelência como presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense Football Club, não pode passar um atestado de incompetência. Vossa Excelência é um advogado de nome. Vossa Excelência foi eleito presidente do Conselho Deliberativo, não vá, não vá rejeitar os votos que o senhor recebeu das pessoas que acreditaram na sua competência. O que está se procurando fazer aqui é uma armadilha. E nós não podemos concordar com isso. O Estatuto está do nosso lado. A questão tem que ser decidida hoje. Não há suspensão! A decisão tem que ser decidida hoje. Vossa Excelência não conta com o apoio da maioria do conselheiros. Isso que o senhor está fazendo é um absurdo. É um absurdo! E nós não podemos concordar”.
O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “A mesa, conselheiro Sylvio Kelly, a Mesa decidiu pela suspensão. Está mantida a suspensão. Então, a reunião está encerrada... Um minutinho, conselheiro... A comissão... Nós não estamos a vontade pra decidir. Nós não estamos a vontade pra decidir. Eu acho... Eu acho que a coisa, bem, bem democrática... Não, não, bem democrática.

O ex-presidente do Fluminense e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: Senhor presidente, complementando a sua decisão, que eu fui contrário, eu vou solicitar a Vossa Excelência que nesta próxima reunião seja respeitada a lista de presença. Que não entre quem não assinou a lista de presença hoje. Que a sessão vai ser suspensa, que ela continue com as pessoas que aqui estão. As pessoas que aqui estão poderão não vir. Mas, as de fora não poderão entrar. Por quê? Porque a sessão é esta que está acontecendo. Esse é um pedido que eu faço a Vossa Excelência, para que nós possamos acatar a sua decisão, sem mais delongas”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “O senhor poderia repetir por favor”?

O ex-presidente do Fluminense e Grande Benemérito Atleta, sr° Sylvio Kelly dos Santos, disse: “Que essa sessão que o senhor suspendeu, que ela fique na próxima reunião, apenas aquelas pessoas que assinaram a lista de presença de hoje. Que essa lista de presença seja encerrada e que as pessoas, que aqui virão, com aquelas que aqui estão, quem faltar não vai ter quórum. E quem não está aqui hoje, não poderá entrar na próxima reunião. É uma questão justa! É uma questão que atende o seu pedido, atende o pedido de todo mundo. E ninguém pode ficar contra esse meu pedido. É uma exigência melhor que eu faço. E nós não podemos vir aqui pro Fluminense e sermos enganados por manobras. Se Vossa Excelência quer suspender a reunião, decisão da Mesa, que suspenda. Mas, se fazer limite na presença dos conselheiros que aqui estão. E tiveram o trabalho de aqui vir. E que aqui vieram para decidir uma questão de grande importância para o Fluminense”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “A mesa decidiu. Então, está... É a, a lista tá fechada. Então só, só podem comparecer as pessoas...”

O conselheiro Benedito Sérgio falou: “O conselheiro Marcos Furtado... Conselheiro Marcos Furtado, em nome da nossa amizade, que é independente de nossas tendências políticas do Clube e tudo... Eu tava... Eu posso continuar aqui? Eu tinha pedido ao presidente... Quer dizer o que o Fluminense não faz com a gente. Isso é importante. O Fluminense existe por nós mesmo. Por nossas divergências, por isso tudo. Agora, o que quê o Fluminense não faz com a gente? Presidente, eu vim aqui apoiar a decisão da Mesa. Eu vim apoiar a decisão da Mesa. Não vim aqui nem denunciar, não vim nem denunciar a comissão que foi formada. Eu acho interessante até a comissão que foi formada. Vai ser uma reunião em que...”

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro, por gentileza. Tem um conselheiro na tribuna. Vamos respeitar”.

O conselheiro Benedito Sérgio, disse: “Já tem falência no Fluminense? E que beleza! E eu tenho então, presidente, que eu venho aqui lhe dizer que, não só o presidente mais a Mesa. Não concordo com a decisão que foi tomada. E não tenho menor medo de armadilha, não tenho menor medo de nada. Eu acho que a política é a arte do convencimento. Se houver alguém, que houver algum convencimento, que ocorre é que as coisas são jogadas aqui de trambolhões. Eu tinha, é... Posição concreta de como ia votar, deixar de votar. Eu vi que a matéria é muito mais complexa. Então, eu vim aqui justamente para apoiar a decisão. Eu acho que é uma coisa tranquila, agora, já pedi de público ao senhor presidente, que essa decisão, se ela não for uma decisão de consenso, que seja colocada aqui na reunião antes da sua decisão as opinião que tem discordante. Não digo nem... Não digo nem que seja a nossa posição que vai ser discordante. De repente vai ser a decisão que o senhor vai acatar. Mas, em nome da democracia e aqueles que não se sentirem contemplados nessa reunião, possam expressar aqui um ponto de vista, antes da decisão. Não sei se eu me fiz entender bem. É uma comissão... Tem que ter... É uma diversidade muito grande. E que venha pra aqui, a posição que se achar prejudicada da decisão final da comissão, que possa, que tenha o seu tempo certo pra expressar porque essa decisão não contemplava a discussão que participou. E eu quero dizer, peço desculpas a todos os companheiros que não concordam comigo. Mas eu aprovo e eu acho que as coisas no Fluminense tem que ser decidida com tranqüilidade, acima de tudo. Muito obrigado pela atenção”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um segundinho... Perdão. Um minutinho só. Um minutinho só. Um minutinho só... O conselheiro Ricardo”.

O conselheiro Ricardo Lopes pronunciou-se: “É presidente, é uma questão que talvez ajude até o senhor aí. Só um minutinho Fernando”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Um minutinho conselheiro, por gentileza”.

O conselheiro Ricardo Lopes perguntou: “Por gentileza, quantas assinaturas nós temos aí no livro”?

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Cento e... Quantas são”?

A Secretária Sandra, responde: “Cento e dois”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Cento e dois”.

O conselheiro Ricardo Lopes, disse: “Cento e dois e depois assinaram mais dois”?

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Não, não, não. Tá fechado. Cento e dois”.

O conselheiro Ricardo Lopes, disse: “Bom, ou cem ou cento e dois”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “É”.

O conselheiro Ricardo Lopes, disse: “Eu peço a Vossa Senhoria, que publique na internet...”

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Não! Não, vai constar na Ata”.

O Benemérito Marcos Furtado disse: “A gente vem falar em armadilha... Eu não quero saber a opinião do senhor, conselheiro Rogério. Quando o senhor falou, eu escutei atentamente, com todo o tempo que lhe foi dado. Então, eu espero que o senhor respeite o meu pronunciamento. Então, eu quero colocar pro senhor (refere-se ao Presidente do Conselho Deliberativo) que o senhor está fazendo alguma coisa histórica de forma negativa pro Fluminense. Aceitando, acatando, essa... Esse fechamento da presença dos conselheiros. Os trezentos conselheiros tem direitos iguais nessa casa. Os trezentos conselheiros tem direitos iguais nessa casa. Nós estamos modificando a regra do jogo. Isso... Essa... Essa coisa nunca aconteceu! Eu desafio qualquer conselheiro presente a dizer isso. E me considero conselheiro com bastante tempo de casa. Tá! Nunca assisti uma atitude dessa do Conselho Deliberativo do Fluminense. Acho que esse não é o caminho. Acho que os conselheiros que estão aqui, sabe, se por algum motivo, a Mesa não se sente com capacidade de votar, ela não deve tirar o direito dos conselheiros que não estão aqui hoje. Tá! Ela... Ela não pode tirar o direito dos conselheiros que não estão aqui hoje. Por favor, Fernando. Você... Não, não... Eu não quero nenhum aparte nesse momento. Depois se você quiser, você vem e fala. Eu respeito todos os tribunos. Não, não, não. Eu não quero aparte. Tá certo? Eu queria que, pra externar o meu ponto de vista. E externar a minha indignação com a conduta que tá sendo dada a este processo. Tá? É... A gente por algum tempo já vem vendo no Fluminense, o não pelo não, sabe. Respeito o posicionamento de cada um dos senhores. Agora, acho também... Tá na hora da gente voltar a tratar as reuniões do Conselho Deliberativo do Fluminense, de maneira séria. E o que eu tô vendo hoje aqui, não é este posicionamento. Era este o meu depoimento. E peço a sua reflexão, quanto a essa questão da assinatura do livro. Muito obrigado”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro”.

O conselheiro Antonio César, disse: “É... Eu queria fazer uma lembrança e tá registrado aqui na fita, que o senhor presidente do Conselho, ele suspendeu a reunião. Ele não prorrogou a reunião, viu Marcos”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Exatamente. Está suspensa”.

O conselheiro Antonio César, disse: “Ela tá suspensa. E não prorrogada, por isso que essa preocupação. Então, fica um pouco prejudicada a sua argumentação em cima dessa premissa. Que ela não foi prorrogada, ela foi suspensa. Isso que eu queria registrar. E perguntar ao presidente o seguinte: ‘Presidente, o senhor nomeou pessoas respeitáveis aqui no Clube, tanto da situação, como de oposição a gestão. Não há pessoa nenhuma, pra elaborar um parecer para a Mesa do Conselho Deliberativo. É... O parecer... O parecer é conclusivo. Todo parecer tem que ter conclusão. Então, eu quero que o senhor... Eu acho que o senhor tenha... Se o senhor teve essa... Essa responsabilidade colocou essa responsabilidade nessa comissão. Então, que o senhor acate, pelo menos, o parecer dessas pessoas que são pessoas da mais alta respeitabilidade e saber. E também de amor ao Fluminense”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro Ivan Proença”.

O conselheiro Ivan Proença pronunciou-se: “É... A preocupação fica, já que a Mesa acatou e entende que nesse momento não consegue ter esclarecimento ou discernimento pra decidir. Eu fico muito mais preocupado com a instituição Fluminense Football Club. Mais um adiamento, em cima de tantos outros adiamentos. Eu ainda me bato na tecla de que isso deveria ser decidido hoje. Mas, a mesa entendeu diferente, no nome do seu presidente. Agora, o Fluminense que vai esperar depois do carnaval, depois do... Quem meche com as finanças sabe o que quê isso significa. Então, essa... Eu vou chamar... Sem querer dar aqui nenhuma conotação provocativa... Mas me desculpe conselheiro Milton Mandelblatt, o senhor vir a essa tribuna, pra se utilizar dessa manobra, e de que: ’Temos que adiar’. Porque tá sentindo que a Assembléia não tá muito boa. Me desculpe. Isso aqui não é mais manobra para o Fluminense Football Club. Nós temos que ter responsabilidade, com o que vai acontecer amanhã. Nós já estamos... Histórico, senhor Marcos Furtado, conselheiro Marcos. Histórico é a gente ter que aprovar uma conta que foi gasta no ano seguinte do ano anterior. Isso é que é histórico. Histórico é a gente chegar aqui e interromper uma sessão dessa de... Dessa magnitude pra poder ampliar ou depois... Depois do carnaval, como é que vai saber onde esses seis vão se encontrar? E o Fluminense, como é que fica nisso? Eu não tô preocupado aqui com balança disso ou daquilo, até porque, até hoje, todas as comissões foram desfavoráveis. Tem gente aí, que já participou até de... Sei lá, quantas comissões. A mesma pessoa. Quer dizer, então, é isso aí. Nesse momento agora, não me contempla. Eu estou me sentindo desrespeitado profundamente. E acho que o Fluminense sai perdendo. Nós teríamos que pensar na instituição. Fluminense não pode esperar. É isso”!

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não, conselheiro Sérgio Galvão. Que cedeu a vez pro...”

O Benemérito Milton Mandelblatt, disse: “Eu quero só um minuto. Eu fui citado. Eu tenho o direito de falar. O conselheiro que esteve aqui, disse que eu estaria fazendo algum tipo de manobra. Eu acho que ele está... Ele ouviu mal ou não soube entender o que eu quis dizer. Eu apenas aqui, me coloquei na posição do presidente. Eu me senti na posição do presidente, que aqui ouviu uma ‘Questão de Ordem’, complexa. Feita por um conselheiro. Conselheiro Sylvio Kelly, que disse aqui que estudou bastante. Que levou bastante tempo. Estudou o Estatuto. Que estudou matéria jurídica. Que estudou tudo, pra poder formular essa questão. Ela foi lida aqui, não foi nem entregue ao presidente. E o presidente teria que decidir aqui. Em cima, em cima desse minuto. E de que forma? Eu apenas me coloquei na posição dele. E senti o que ele deve tá sentindo. O que deveria estar sentindo naquele momento. Senti impossibilitado de, de, decidir com consciência. Foi apenas por isso, que eu sugeri a ele, que mantivesse a sessão em caráter permanente. Nada mais do que isso. Nenhuma manobra. Ninguém precisa de manobra aqui dentro desse Clube, não. A gente precisa de seriedade. Isso é que a gente precisa. Nós fomos colocados hoje, pra decidir uma... Uma questão importante pro Clube. Pra decidir a questão aqui da parte... Da parte financeira do Clube. E não vamos fazer isso. O Clube vai continuar com esse furo. É isso, que nós temos que pensar. Pensar no Clube. Agora... Coloquem –se na posição do presidente. Vejam se ele poderia hoje, decidir isso. De que forma? Se ele não tinha nem conhecimento. De virmos o que vinha. E de repente, vem uma matéria complexa dessa. Foi apenas por isso, que eu sugeri. E ele acatou como poderia ter acatado. É apenas isso”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Deixa eu só esclarecer, que antes do conselheiro Milton ir a tribuna e sugerir em, manter em caráter permanente. A Mesa já tinha decido. Imagina suspender a reunião. E já tava decidido aqui na Mesa. Nós já tínhamos decidido”.

A Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “É... Reforma aí dos Conselheiros. Complementando a fala do presidente. É... Eu quero que o presidente confirme, o que nós acordamos aqui junto com o Primeiro Secretário. Oswaldo Peniche. Nós decidimos o seguinte. É... Como... Muito bem disse o Milton Mandelblatt, que o ‘assunto era complexo’. Então, o presidente nos chamou e sugeriu que suspendesse a reunião, nós nomeássemos dez pessoas pra fazer um estudo da possibilidade, ou não, que essa reunião sobre essa matéria, sobre esse assunto, independente disso, ser convocado para próxima reunião. Dependendo comparecer e dependendo do... Convencimento da Mesa, que é constituída neste momento pelo, Oswaldo Peniche, pelo Dr. Carlos Henrique Mariz Moreira e por mim Vice-Presidente do Conselho Deliberativo, essas sete pessoas votariam o parecer. Nós vamos decidir, se esta reunião sobre esse assunto que versa sobre a reprogramação orçamentária do exercício de 2009. Vai fazer reunião ou não. Então, eu quero que o senhor confirme isso, que conste na Ata. Que é depois, a Mesa vai decidir se nós vamos fazer uma próxima reunião ou não. Pode acontecer uma próxima reunião, como não pode acontecer reunião. Dependendo da decisão da Mesa, composta: o senhor Oswaldo Peniche, Carlos Henrique Mariz Moreira, e por mim, Angelamaria Rosa Lachtermacher. Eu queria que o senhor dissesse, ratificasse o que eu tô falando, que foi o que o senhor disse aqui”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Pois não”.

O conselheiro Marcos Lenz, disse: “É... É quando você disse, ‘uma nova reunião’. Uma nova reunião, não. A retomada desta reunião. Não é uma nova reunião. Porque se for uma nova reunião, nós estamos rasgando toda...”

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Vai ter, vai ter que abrir o livro novamente. É perfeito. É exatamente. É a reunião tá suspensa, por um prazo indeterminado. E nós vamos estudar com esses conselheiros. E a Mesa vai decidir. Pois não conselheiro”.

O conselheiro Sérgio Galvão pronunciou-se: “Muito obrigado. Boa noite, meu nome é Sérgio Galvão. Eu fui eleito pela oposição, a atual administração do Fluminense, conselheiro aqui. Eu queria com muita tranqüilidade, antes de falar do assunto que me fez vir aqui. Deixaria dois registros. O primeiro é de elogio ao Vice-Presidente de Esportes Olímpicos do Clube. Acho que não foi registrado. Nós tivemos uma importante vitória ontem. Foi apresentado um nadador de ponta, com patrocínio importante do esporte olímpico. Acho que isso engrandece o Fluminense. E eu queria aqui deixar os meus cumprimentos, ao Conselho Diretor e ao Vice-Presidente de Esporte Olímpico por esta importante vitória. O segundo aspecto que eu queria deixar registrado é um voto de respeito a um amigo. Dr° Ricardo Tenório, que assumiu uma função extremamente difícil, num momento extremamente difícil do Clube. Mas que é um companheiro meu de arquibancada, de cadeira. É um tricolor absolutamente apaixonado. E teve a coragem de assumir o Fluminense, num momento de extrema dificuldade. E durante, eu não sei se quatro ou cinco meses, largou a vida dele, a família, largou o trabalho, largou tudo. E se dedicou vinte e quatro horas por dia ao Fluminense. E acho que nós todos merecemos... Acho que o Ricardo merece o respeito de todos os tricolores que efetivamente, por erros e acertos, que certamente cometeu, fez um trabalho absolutamente admirável. Então, eu queria deixar o registro do, do... Do tricolor Sérgio ao tricolor Tenório pelo esforço que ele fez, pelo bem que ele fez. A terceira e principal coisa que eu queria falar, eu de maneira desarmada. Eu acho que a gente deveria fazer uma reflexão. Primeiro, nossos dirigentes maiores, nosso Conselho Diretor, nosso Conselho Deliberativo, e nós mesmos conselheiros. A oposição tem 15 (quinze) votos aqui dentro do Conselho. Eu e mais 14 (quatorze). Se nós estamos fazendo um papel que a gente devia tá fazendo. Se a gente... O que quê aconteceu? Não é? O que quê aconteceu, que tanto ódio, tanta amargura, tanta dificuldade, tanto desamor, entre pessoas. O que tá acontecendo? Eu acho que os... Eu acho que eu não diminuo o problema de cada um dos conselheiros humildes, como eu. Mas acho que principalmente, o nosso presidente do Conselho Deliberativo, presidente do Conselho Diretor, deviam fazer uma auto-crítica e pensar, o que quê tá acontecendo. E mais do que isso, pensar o que quê vai acontecer no Fluminense se a gente continuar dessa maneira. Então, eu filosoficamente só e modestamente, proponho uma reflexão de todos. É... Principalmente do Conselho Diretor, do presidente do Conselho Deliberativo e de todos nós. Aonde a gente vai chegar? Os erros que foram cometidos. Os erros que estão sendo cometidos. Tem pessoas que eram inimigos de morte, viraram amigos. Isso não vai dar certo! Não há empresa, não há clube, que resista a esse desamor e a esse grau de dificuldade. Então, eu não vim aqui pra atacar ninguém. Eu vim aqui pra dizer: ‘Isso não vai acabar bem’. Eu acho que todos tem que fazer auto-crítica que a política tá correta, se a maneira que as coisas forem conduzidas, tá correta. E se a gente não fizer isso, todos nós, ou um pouco mais de todos nós, o Fluminense vai pagar um preço muito caro. Muito obrigado, boa noite”.

O Presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Bom, pois não conselheiro Braz Mazzulo. Não, conselheiro Braz Mazzulo”.

O conselheiro Braz Mazzulo pronunciou-se: “Mesa assessora do Conselho Deliberativo, senhoras e senhores conselheiros. Na realidade o que vem acontecendo Milton: ‘Por que o furo’? Por falta de planejamento, por falta de organização, por falta de comando, por falta de coordenação, por falta de controle, por falta de acompanhamento, por falta de análise. Esse é o problema. Um instrumento muito simples, que se fosse apresentado mensalmente, chamado ‘cash flow’, que nada mais é as despesas e receitas inerentes aquele mês, isso seria apresentado ao Conselho Fiscal. Se houvesse uma queda naquele momento, essas despesas de acordo com o artigo 40, inciso XII, viriam aqui para discussão, dentro do Conselho Deliberativo. E te garanto que ninguém aqui, seria contra aprovar essas despesas. O que acontece é que por falta de todos esses instrumentos, nós não temos como aprovar as despesas que já aconteceram e foram cobertas, ou por receitas futuras ou em função de empréstimos bancários, aumentado o passivo do Fluminense. Isso é o que tá acontecendo”.

O presidente do Conselho Deliberativo, sr° Carlos Henrique Mariz Moreira, disse: “Conselheiro, hoje já foi resolvido. Então tá decidido. Nós vamos depois do carnaval, convocar as pessoas. Tà? Então, a sessão está encerrada”!

Eram 21:40 hs, quando foi encerrada a reunião do Conselho Deliberativo.

Saudações Tricolores




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