sábado, 4 de junho de 2011

Um contundente pronunciamento

Na última reunião do Conselho Deliberativo, terça-feira, dia 31/05, o Benemérito Luiz Antonio Barbosa de Castro fez um contundente pronunciamento criticando o presidente do Fluminense, Peter Siemsen. Num determinado momento, antes de ler o seu pronunciamento, Luiz Antonio, afirmou ser um homem da paz. Mas que não foge da guerra. O Benemérito Luiz Antonio estava profundamente irritado durante seu pronunciamento. Veja o pronunciamento do Benemérito Luiz Antonio:



Senhor Presidente do Conselho, Senhoras e Senhores Conselheiros,

Todos sabem da minha dedicação ao Fluminense Football Club. Aqui estou desde o começo da minha juventude. Acostumei-me a ver o mundo sob a ótica de que o importante era o Clube, o meu Tricolor. Até a pouco sempre considerei primeiro os interesses do Fluminense. Cheguei a relegar a segundo plano negócios próprios e família.

Mas, tudo muda. Como diz o pai da química, na natureza nada se perde nada se cria tudo se transforma.

Apesar dos diversos dissabores a que fui submetido durante meus longos anos de vida, inclusive com traição de amigos, decepção com outros, nunca tivera a sensação que agora estou experimentando.

Realmente, ver meu mundo se acabando, por força da irresponsabilidade de seu principal mandatário. Uma pessoa despreparada para o cargo, que se faz acompanhar de pessoas interesseiras, cujos objetivos menores são atendidos, que se limita a empregar correligionários, nomeando alguns outros para cargos diretivos com o intuito de calá-los e o pior aconselhando-se mal. Nesse rol incluo alguns conselheiros, inclusive ex-presidente, cuja gestão foi decepcionante, mas que sonha em voltar a ter algum poder. Pessoa que a vida vem impondo derrotas físicas, talvez porque se alimente, exclusivamente, de ódio por aqueles que conseguem fazer algo mais pelo Fluminense.

Não admito que meu Clube seja dirigido por pessoa de caráter tão fraco. Um indivíduo que alinha, entre suas características de personalidade: a irresponsabilidade, de prometer sem poder cumprir; de ser medroso, ao apanhar, sem reagir; de ter se omitido na demissão do Paulo Autuori por justa causa, quando era vice-jurídico, causando imenso prejuízo ao Clube; por ter se omitido no caso das Docas de Santos, na mesma ocasião, fato que sustenta a suspeita de ter-nos deixado refém da Unimed; de ser mentiroso, ao se afirmar íntegro, quando nomeia para superintendente do Clube, pessoa que responde a ações penais, por mal feitos na administração pública; por nunca estar presente no Clube, que vive, como se diz, à matroca.

Sempre ajudei as administrações do Clube, inclusive aquelas nas quais fui oposição, como as de 1990/92, 1993/95 e na de 96, sendo que nessa última, quando todos abandonaram o Gil Carneiro de Mendonça, inclusive o ex-presidente seu cabo eleitoral, que fugiu vergonhosamente, fui o único a acompanhá-lo até a saída do Clube, quando de sua renúncia.

Nunca fui ordenador de despesas nas obras feitas, sob minha responsabilidade, de manutenção da sala de troféus e da sala da presidência. Foram feitas sim, com recursos do Clube, e utilização de algumas mãos de obra pagas diretamente pelo Clube aos fornecedores e trabalhadores contratados. Minha única recompensa foi o fato de ter recuperado importante e esquecido acervo do Clube, como os vitrais por exemplo. Felizmente, vejo que o projeto que, com grande esforço consegui aprovar, vai ter continuidade. O preço que paguei, de ouvir a maledicência de invejosos, considero bem pago com o ganho que será obtido pelo Fluminense, a despeito de alguns maus tricolores que hoje o dirigem..

Seis meses são passados e, para quem fez campanha dizendo que tinha solução para os males do Fluminense, seu despreparo e aparvalhamento, ao confessar que desconhecia o vulto dos problemas que afetam o Clube, conforme sempre repete, configura atestado pleno de estelionato eleitoral.

Finalmente, devo lhes dizer que minha vontade era me afastar completamente do Clube, lhes apresentar meu pedido de licença desse Conselho, até o término do mandato do atual presidente Peter. Tal solicitação seria coerente com meu passado de ter vergonha na cara para não participar, embora sempre com voto vencido, das decisões desse Conselho.

Entretanto, alguns companheiros, que compartilham de toda minha indignação com esse estado de coisas, convenceram-me a ficar e continuar a luta, expressando-me sempre que necessário. Não me importarei se for considerado louco. Lutarei, denodadamente, contra os que acobertam as atitudes do presidente que, longe da altivez tradicional que quase sempre foi o apanágio dos dirigentes tricolores e que busca suspeito apoio para suas insensatas atitudes com jornalista torcedor do clube adversário, no qual não é preservado o interesse do Fluminense, ao contrário, ele é irremediavelmente vendido.

Hoje, começo a dar o primeiro grito pelo Fluminense. Tome uma atitude decente presidente ou caia fora. Muito obrigado.

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