domingo, 26 de agosto de 2012

JULIO BUENO VOLTOU!

O mês de agosto é especial para os tricolores. Foi no mês de agosto, em 1952, que o Fluminense obteve a sua maior conquista futebolística, a COPA RIO, o Campeonato Mundial de Clubes. E neste mês de agosto o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” presenteia os seus leitores com uma matéria especial. Uma entrevista em primeira mão com o tricolor Julio Bueno.

Julio Bueno e sua rotina dinâmica

O tricolor Julio Bueno disputou a eleição presidencial de 2010 no Fluminense. E desde então, Julio Bueno estava ausente das discussões e participação política no Fluminense. Julio Bueno concedeu esta entrevista exclusiva ao Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” marcando o seu retorno a vida política tricolor.

Julio Bueno e Eduardo Coelho iniciando a entrevista

Julio Bueno é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com “Certifed Quality Engeneer pela American Society for Quality USA” e Master of Philosophy em “Manutacturing Engineering” pela University of Birminghan (U.K.). Engenheiro da Petrobras desde 1978, desempenhou diversas funções gerenciais. Foi diretor do INMETRO, de julho de 1991 a fevereiro de 1994. E presidente do INMETRO, de fevereiro de 1995 a abril de 1999. Foi diretor da Petrobras Distribuidora, de abril de 1999 a setembro de 2001. E presidente da Petrobras Distribuidora, de setembro de 2001 a fevereiro de 2003. Foi Secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Espírito Santo. E atualmente é o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do Estado do Rio de janeiro. Julio Bueno é um tricolor de coração e sempre fez questão de se afirmar como um eterno “torcedor de arquibancada”.

Julio Bueno

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Você como todo torcedor de arquibancada deve ter o seu time do Fluminense predileto. Geralmente é o time de uma grande conquista. Qual é o seu time do Fluminense preferido?
JULIO BUENO: O meu time é o de 1976. É Renato, Carlos Alberto (Torres), Miguel, Edinho, Rodrigues Neto, Pintinho, Paulo César e Rivelino, Gil, Doval e Dirceu. Esse foi o melhor time que nos meus 57 anos eu vi o Fluminense jogar.

"O TIME"


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Qual o seu grande ídolo tricolor?
JULIO BUENO: Não tem jeito, né? Nelson Rodrigues diz que a gente gosta das coisas quando a gente comeu na infância. O meu maior ídolo não foi da minha infância, mas é inesquecível... Roberto Rivelino.

"O ÍDOLO"

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Conte uma história marcante de sua vida como torcedor de arquibancada.
JULIO BUENO: Tenho várias histórias interessantes. Por exemplo, a conquista de 1971, que eu estava com quarenta graus de febre e fui ver o jogo com meu pai. O título de 1995 também foi muito importante por causa do meu filho. A gente vinha perdendo tudo para o Vasco. Perdemos três decisões. E aquele título foi impressionante. As várias loucuras feitas. Por exemplo, eu vou ao exterior e não tem uma vez que não veja os jogos do Fluminense. Eu montei um esquema para ver os jogos. Eu acabei de ir ao Japão e a Turquia. Vi no Japão o Fla-Flu. E na Turquia, vi Botafogo e Fluminense. Porque eu comprei um dispositivo nos Estados Unidos, que me permite entrar na minha televisão de casa. Então, eu sou um torcedor que tenho várias passagens curiosas, engraçadas, com relação ao Fluminense.

A descontração de Julio Bueno ao lembrar de sua trajetória política no Flu


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Como foi sua trajetória na política do Fluminense?
JULIO BUENO: Isso é uma coisa legal. Eu era presidente do INMETRO, em 1995 e 1996. Em 1996, o Fluminense caiu (para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro) pela primeira vez. E eu estava tentando ajudar o Fluminense. E tentei ajudar o Fluminense com duas pessoas. Uma que foi conversar comigo foi o Melo (José Melo da Silveira atual presidente do Conselho Fiscal), junto com o Sylvio Kelly (ex-presidente do Fluminense). E eu me lembro que tentei ajudar o Fluminense como presidente do INMETRO, ajudando Xerém. Agora estou me lembrando bem, botando os ônibus a disposição do Fluminense. A gente ia muito cedo para o INMETRO. Ou seja, um conjunto de ônibus. E esses ônibus poderiam ser utilizados pelas crianças. E não teria nenhum problema de fazê-lo. E eu não consegui fazer. Eu não consegui ajudar o Fluminense. Aí, o Fluminense cai para a Segunda Divisão, aquela tragédia. Na verdade, não tinha caído ainda, estava no caminho de cair. E eu fui convidado para ir à festa de aniversário do Fluminense. E aí tomei contato com a Vanguarda Tricolor, que colocou um monte de lenços pretos na cabeça. E aí fiz vários amigos queridos. Marcos Furtado é um deles, a Luciana Farias é outra. Tenho vários amigos ali. Inesquecível! E aí eu entendi que o meu caminho não era nem do Melo e nem do Sylvio Kelly. O meu caminho era o do Marcos Furtado e da Luciana. E da Vanguarda Tricolor. E aí eu coordenei a campanha da Vanguarda. Foi uma campanha belíssima. E aí foi a minha vida política, minha introdução na vida política do Fluminense. Eu por exemplo, convidei o David Fischel. Fui eu que convidei para fazer parte da chapa. A vida política do David Fischel no Fluminense passa pelo meu convite quando eu estava na Vanguarda Tricolor. Então foi isso. Foi assim que eu andei.

Julio Bueno e o prazer em ajudar Carmélia Alves


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Pouca gente sabe, mas você socorreu a famosa cantora da Era do Rádio, Carmélia Alves, a rainha do baião, que estava doente e passava por dificuldade financeira. Como isso aconteceu?
JULIO BUENO: Porque um amigo comum, um queridíssimo amigo, grande tricolor, Ricardo Cravo Albim, fazia aquela peça “As cantoras do rádio”, que nós de alguma maneira ajudamos, quando eu estive na BR Distribuidora como presidente. E a Carmélia, eu tenho um afeto grande por ela. E o Ricardo Cravo Albim num determinado momento me pediu pra ajudar a Carmélia. E aí a gente conseguiu ajudar. Não tanto quanto eu gostaria. Eu gostaria de ter ajudado muito mais. Ela hoje está no Retiro dos Artistas, numa operação feita por mim e pelo Ricardo. É pessoa querida e que mostra o drama de ser artista no Brasil. E pensar no momento e não ter uma visão de longo prazo na vida. Que é muito comum na vida artística, no jogador de futebol. Então, eu tive um grande prazer e queria ter ajudado mais.

Julio Bueno explica sobre o patrocínio da TIM que o Fluminense recusou

Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Você poderia lembrar a questão do patrocínio da TIM (empresa de telefonia) que você tinha articulado para o basquete tricolor? E quais os motivos para que o patrocínio não tenha sido efetivado?
JULIO BUENO: O patrocínio da TIM começou pela franquia que o prefeito de Queimados, prefeito Max (Lemos), que torce pelo Fluminense, conseguiu. O Max conseguiu a franquia para participar do campeonato nacional de basquete. E me procurou e perguntou se eu não poderia ajudá-lo a conseguir um patrocínio. Aí, eu falei, “topo, desde que a gente jogue com a camisa do Fluminense”. Essa é a história. Aí fomos a TIM. A TIM se interessou pelo patrocínio e eu levei o patrocínio ao Fluminense. Importante que naquele momento como era candidato, era importante mostrar vigor. Mostrar capacidade de realização. Então, a gente se empenhou muito fortemente. E a gente conseguiu. Mas o Fluminense não quis. Não quis dizendo que não conseguiria fazer um time à altura das tradições do Fluminense. Porque tinha sido um momento como outro. O patrocínio tinha um prazo curto mesmo para se conseguir as inscrições. E foi isso. Eu tenho dúvidas se foi a decisão mais acertada. Tenho dúvida porque, na verdade é das diversas tragédias que tem o Fluminense. O Fluminense é um clube que tem uma belíssima história, mas tem diversas tragédias contemporâneas. Talvez a maior delas seja o Esporte Olímpico, que é uma tragédia. O Esporte Olímpico do Fluminense não se enxerga. Não se enxerga! A gente está às vésperas das Olimpíadas, com enorme possibilidade de alavancagem. Mas o Esporte Olímpico do Fluminense olha para o horizonte como se fosse um avestruz. Quer dizer, não consegue enxergar o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Que aliás é um problema do Fluminense importante como um todo, não o Esporte Olímpico. Pela tradição do Fluminense, pela Taça Olímpica, por tudo isso me parece que era óbvio articular um projeto, que a gente estava fazendo com o Nuzman (Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro) e com o Ary Graça (presidente da Confederação Brasileira de Vôlei), exatamente para deixar a disposição do Fluminense. É uma possibilidade de se alavancar por causa das Olimpíadas nesse momento ímpar que a gente está vivendo no Brasil.

Julio Bueno esclarece sobre o projeto de poder do grupo adversário 


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: “Fiquei bastante feliz de conhecer Julio Bueno”; “A constatação de que há nomes que podem romper com a mediocridade que tem marcado a política tricolor nos últimos anos”; “O Fluminense precisa de gente competente”; “É animador saber que existem pessoas competentes e honestas como o Sr. Julio Bueno dispostas a ser presidente do Flu”; “Acho o Julio um bom nome”; “Tô muito animado em ver Julio Bueno no Fluminense”; “O que o Fluminense precisa é disso: profissionalismo”; “A análise da situação do Fluminense e as propostas para o clube alinhavadas pelo Julio Bueno convergem com aquelas defendidas pela Flusócio”; “Eu, pessoalmente, ainda me senti bem por ouvir um executivo, não um político”; “É excelente para o Fluminense essa aproximação do grupo Flusócio ao Julio Bueno”; “O Flu precisa de uma reengenharia, então nada melhor do que um engenheiro competente”; “A pré-candidatura do Julio Bueno é fato. Sua visão é declaradamente pelo profissionalismo e por um projeto de clube que rompa com a mediocridade que impera no Fluminense nos últimos anos”; “Excelentes notícias. A chance de mudarmos o quadro do nosso clube é aliando esforços em busca de uma administração séria e profissional. Ao que parece, um passo muito importante começou a ser dado”; “Sou empregado da Petrobras Distribuidora e enquanto Diretor e presidente da mesma, o cara foi show de bola. A gestão dele deixa saudade em todos os empregados”; “É um cara realmente apaixonado pelo Fluminense, pelo futebol do Fluminense e pela gestão do clube. É trabalhador no sentido mais puro do termo: foi galgando de baixo até chegar onde chegou”.
As frases citadas são os comentários de proeminentes integrantes e simpatizantes da Flusócio (atualmente, vários são conselheiros do Fluminense). Foram escritos no texto “A conversa com Julio Bueno”, publicado no blog do grupo no dia 14 de novembro de 2008. Dois anos após, a coisa seria bem diferente. Quem mudou? Julio Bueno ou a Flusócio?
JULIO BUENO: Na verdade havia um projeto de poder claro na Flusócio. E esse projeto de poder, e a gente precisa ser claro, ele passava por uma certa cooptação de alguns elementos. Que mais claro ainda, de não servir ao Fluminense. Mas de usar o Fluminense. Só a gente olhar o quadro de funcionários e a atuação que houve. Na verdade eu passei a ser uma alternativa muito independente. Uma alternativa, que principalmente na campanha, não sei se por ingenuidade, por orgulho ou vaidade. Uma alternativa independente, completamente independente. Eu não tinha compromisso nem com os meus mais próximos companheiros. Meus queridos companheiros. Eu não tinha compromisso com ninguém. E essa era uma condição importante, porque eu achava, e acho ainda, que o Fluminense precisa se livrar, se livrar da camarilha que se serve do Clube. É uma camarilha! Usando o termo do Partido Comunista. Se serve do Clube! Tem salários aí impressionantes. E aí o meu projeto de poder era benemerente. Não tinha compromisso com ninguém. Ninguém foi convidado para ser Diretor, Executivo. Ninguém. Zero. Quer dizer, claro, eu sempre entendi que a participação política no Fluminense se daria através do Conselho (Deliberativo). Mais nunca através dos cargos executivos. Ninguém ia lá ganhar dois mil reais, dez mil reais, cinquenta mil reais ou setenta mil reais. As pessoas ali são associados que podiam servir ao Fluminense. Mas não se servirem do Fluminense. Então, meu projeto de poder, ele divergiu.  Houve uma divergência no projeto de poder. Então, foi pra luta política. Uma luta política de baixo calão, também é importante dizer, que se deu.

Julio Bueno explica que é completamente elegível 
Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Você durante a campanha eleitoral do Fluminense foi acusado de “ficha suja”. Você considera que tenha sido vítima de uma campanha de ódio? Explique esta situação.
JULIO BUENO: Não de ódio. Foi uma luta política muito mais suja do que eu supus. Eu supus de a gente ter uma campanha de ideias, fraterna. Só pra entender, eu tenho uma longa vida pública, na área pública, é comum se ter problemas no TCU (Tribunal de Contas da União). O presidente Fernando Henrique (Cardoso) tem duzentos processos. Na verdade, eles usaram isso como uma marca, que para o público leigo, dizia, “não, esse cara aí tem problema”. Quando não há problema nenhum. Sou completamente elegível. Então, faz parte da luta política. Muito mais sórdida que eu supus que houvesse no Fluminense. Talvez por ingenuidade. Eu nunca fui do voto, eu nunca pedi voto. Não tenho intenção de pedir mais. Mas faz parte da luta política. E assim que eu entendo. E aí as coisas acabaram de alguma maneira nós também radicalizando. Umas peças de campanha, que seriam as peças ideais dentro de um clima de cavalheirismo, de fraternidade, que é o que deve pautar as eleições de um clube como é o Fluminense. Mas isso na teoria. Porque na verdade, há o projeto de poder. E um projeto de poder que eu te digo quanto vale. Um projeto de poder que custa 130 a 140 milhões (de reais) por ano. Você multiplica isso por três, são 420 milhões no triênio. Se você multiplica isso por seis, são 800 milhões de reais. Quase 400 milhões de dólares. Isso é dinheiro em qualquer lugar do mundo. Isto é que está por trás da luta fratricida. O que está por trás da luta fratricida é o volume de recursos e a quantidade. Que a camarilha pode usar para se locupletar.

Julio Bueno explica que nunca teve projeto político


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Você foi acusado por seus adversários de querer se eleger presidente do Fluminense para utilizar o cargo como trampolim para uma possível carreira política. Como a Flusócio escreveu, você “tem bom trânsito político e credibilidade junto a potenciais investidores”. Você precisaria ser presidente do Fluminense para pleitear alguma candidatura política?
JULIO BUENO: Claro que não! Aliás, até porque eu não tenho projeto político na minha cabeça. Nunca fui candidato a deputado, a vereador, a deputado federal, a senador, a nada. E acho que será assim ao longo da minha vida. O voto é uma coisa muito distante de mim, pelo meu temperamento, pela minha sinceridade. O voto tem uma coisa de ‘parecer’, que não se coaduna muito com o que eu penso e com o que eu sinto no peito. Mas já tive cargos importantíssimos. Fui presidente da BR Distribuidora. Fui presidente do INMETRO. Fui Secretário no Espírito Santo. Sou Secretário no Rio. Não preciso do Fluminense. Eu não sou como alguns, que o Fluminense na verdade os tira do anonimato. Olhe o Fluminense hoje. O Fluminense ajuda a tirar as pessoas de lá do anonimato. No meu caso não é verdadeiro isso. Aliás, o Victer (Wagner Granja Victer, presidente da CEDAE) brincava assim, “entra no Google pra ver a diferença das candidaturas: o Julio Bueno tem uma vasta carreira, o outro toda vez que entra, o nome dele está correlacionado apenas com o Fluminense.”

Julio Bueno: "Eu não sabia que um prato de comida valia tanto"


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE: Embora muitos não saibam o srº Jackson Vasconcelos, que tem sido chamado de “presidente de fato” do Fluminense, foi seu assessor especial. O que você tem a dizer sobre o srº Jackson Vasconcelos?
JULIO BUENO: Esse senhor trabalhou comigo no INMETRO durante uns dois anos. Depois me procurou e pediu ajuda em campanhas eleitorais. Eu sei que o atendi com muita fraternidade. Eu não sabia como um prato de comida era tão importante. Na verdade, o que ouço falar por aí, é que a sordidez da campanha é uma marca dele. E eu não estou aqui discutindo o INSS, de jeito nenhum. As pessoas do meio político do Fluminense atribuem a ele a sordidez da campanha. Ele frequentou a minha casa, mas um prato de comida vale muito.


Julio Bueno: "Celso Barros é um grande tricolor"



Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: O presidente da patrocinadora do Fluminense, o srº Celso Barros, apoiou o atual presidente do Clube. As notícias que nos chegam de pessoas próximas dele é que sua relação com o presidente do Fluminense não é das melhores e se deteriorou muito. Será que o srº Celso Barros se arrependeu da opção política que fez na última eleição?
JULIO BUENO: O presidente Celso Barros é um grande tricolor. É um grande tricolor! A minha discordância com o presidente Celso Barros, presidente da Unimed, uma empresa tão importante, nunca foi pessoal. Nós tínhamos uma discordância, temos talvez, quanto ao modelo de patrocínio. Eu reconheço que a Unimed tem sido extremamente importante para o Fluminense. Extremamente importante para o Fluminense. O presidente Celso Barros, nós estamos sempre abertos para uma discussão com ele. Porque ele certamente pode representar a redenção do Fluminense.

Julio Bueno explica os fatores negativos  que impediram sua vitória


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Quais são os fatores que você acredita que fizeram com que não conquistasse a vitória nas eleições de 2010?
JULIO BUENO: Bom, eu tenho dito que foram três ou quatro razões. A primeira razão foi um certo projeto de poder do nosso lado. Na articulação política com os grupos políticos do Fluminense, nós sempre deixamos claro que ninguém estava convidado para nada. Isso fazia toda a diferença. A filha de um vira alguma coisa lá. A filha do outro vira alguma coisa. O outro ganha cinquenta mil. Então, conversamos com todos. Mas a nossa conversa, era dizer assim, “vocês não serão utilizados. Nós vamos usar só profissionais”. Esse foi o motivo mais importante. Que gerou de novo um prato de comida. E do nosso jeito não. A gente achava que valia a tese, o Clube, a História, a Tradição. De novo, nós não queríamos nos servir do Fluminense. Então, esse é o primeiro motivo. O segundo motivo foi um ano que é campeão brasileiro. O Fluminense foi campeão brasileiro e a gente teve a coragem e a audácia de discordar do modelo. Discordar do modelo foi uma coisa importante. E as pessoas sabem que o Fluminense depende da Unimed. O Fluminense depende absolutamente da Unimed hoje. Então, a minha discordância é sempre na tese, nunca pessoal, com o presidente Celso Barros, levou o temor aos associados e as pessoas que gostam de futebol. O terceiro motivo também é importante. Foi o apoio com um certo desgaste da direção do Fluminense. Eu fui um candidato apoiado pelo presidente Horcades, que vinha de duas gestões. E isso gerou um certo desgaste. E quarto, talvez o menos importante, mas importante a gente dizer, foi a quantidade de recursos colocados na campanha. Nós fizemos uma campanha importante, mas sem dúvida sem ter o tamanho de recursos que houve colocado na campanha. Claro, vale como acabei de me referir, vale 400, 500 milhões de dólares uma eleição no Fluminense. Não é brincadeira de criança. Isso é coisa de gente grande. Não é uma coisa também da teoria, da tese, do conceito. É uma questão pragmática. De novo do prato de comida.


Julio Bueno acredita que pode fazer uma conversa boa com o presidente da Unimed


Blog “CIDADÃO FLUMINENSE”: Você foi candidato pela primeira vez e obteve 831 votos na eleição de 2010 sendo apoiado pelo presidente em exercício naquele momento. Portanto, os números lhe credenciam como força exponencial na política tricolor. De que forma será a sua participação na política tricolor futuramente? Poderá ser candidato novamente?

JULIO BUENO: A gente tem a responsabilidade de liderar 831 votos no Fluminense. Que é uma coisa relevante, importante. Esse é o primeiro ponto. Somos todos elegíveis. O nosso grupo político tem pessoas muito relevantes e importantes dentro do Fluminense. Tem várias pessoas com condições de serem candidatas. E a candidatura tem que acrescentar. Ela tem que ser de um grupo. E a gente tem um grupo no Fluminense que não tem nome. Porque eu não gosto disso mais. Aliás, eu acho que isso é um problema do Fluminense. Por exemplo, Ricardo Tenório, que foi vice. Ricardo tem todas condições de ser candidato. A Luciana, as mulheres estão na moda no Brasil. Por que não a Luciana de Farias? Que é advogada trabalhista, com um vasto currículo. O Marcos Furtado que tem uma enorme história no Fluminense. Todos esses poderiam ser. Eu mesmo. Porque não? Somos todos elegíveis! Temos que conversar. Acho que uma conversa boa que a gente pode fazer é com o presidente da Unimed. Para entender se ele está feliz com o atual presidente.

7 comentários:

  1. Parabéns,
    Júlio Bueno!Não se esquivou de nenhuma pergunta e mostra fôlego para ser o próximo Presidente de Direito do Fluminense.
    As mentiras e a "campanha suja" foram desmascaradas!
    Salvem o Fluminense...

    Daniel Guiterrez

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  2. Não me surpreende este depoimento do secretário, pois vai de encontro ao que tenham tentado transmitir aos tricolores e associados do Fluminense nos últimos meses.

    O Julio Bueno conseguiu em poucas palavras resumir o que acontece não só no Fluminense como na maioria dos grandes clubes do Brasil.

    Beneficiados pelos Timemanias e Atos Trabalhistas da vida que proporcionam aos clubes endividados a facilidade de quitar seus passivos em suáveis prestações mensais com base em pequenos percentuais da sua Receita Bruta, verdadeiras “camarilhas” usam os clubes de futebol para se locupletar.

    Todos sabem o que acontece com o pequeno empresário quando este atrasa o pagamento de salários, impostos, contribuições, rescisões, assim como com o trabalhador assalariado que atrasa o pagamento do aluguel, das prestações, do cartão de crédito, etc. Estes ficam com seus nomes negativados nos Serasas e SPC´s da vida, sendo impedidos de realizar novas dívidas, e até mesmo de conseguir um novo emprego ou um novo negócio.

    Já nos clubes de futebol esse problema não existe, no caso do Fluminense, por exemplo, o que ocorre é a destinação da verba anual de R$130 a R$140 milhões anuais, já inclusos, cerca de R$55 milhões de verba do patrocinador, para serem gastos em “novas despesas”, não existe a mínima preocupação em se quitar passivos de outras gestões. Chegando ao cúmulo do absurdo de sequer destinar recursos para o pagamento dos juros da dívida.

    Já temos 40 presenças confirmadas no nosso churrasco de confraternização do próximo sábado dia 01/09 na churrasqueira do Mirante.
    A quota para participar é uma caixa de latinhas de cerveja.

    Peço que me confirmem a presença no evento até sexta-feira à tarde pelo e-mail lukecont@br.inter.net


    Milton Borges

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  3. "As pessoas do meio político do Fluminense atribuem a ele a sordidez da campanha. Ele frequentou a minha casa, mas um prato de comida vale muito".BUENO SOBRE JACKSON VASCONCELOS,O presidente de fato do FLUMINENSE.

    André Fucks.

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  4. Excelente entrevista sobre uma EXCELENTE PESSOA, e que será, certamente, um EXCELENTE PRESIDENTE DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB!!!

    Tive o prazer de ter trabalhado junto com ele, lado a lado na campanha da Vanguarda Tricolor ( temos horas e horas e horas de reuniões... e já é hora que a HISTÓRIA FAÇA JUSTIÇA A VANGUARDA TRICOLOR... mas disso eu falo outro dia porque não é o foco )... Então posso falar a vontade... não tenho nenhuma palavra discordante sobre o que JÚLIO BUENO falou sobre o que está acontecendo no Fluminense.

    Tem muito ti-ti-ti no bó-bó-bó... muitos factoides... muita gente que não conhece 30 segundos da história do Fluminense sendo endeusada... tem muito nomezinho em estátua, em painéis...E NÃO É POR AÍ!

    Por enquanto (e tomara que seja pelos séculos dos séculos) a bola está entrando a nosso favor no gol do time adversário... Mas, no futebol, existem momentos em que o vento muda de direção... e os gols a nosso favor começam a não sair com tanta facilidade... E AÍ, O FACTOÍDE, PERDE O GÁS!!!

    Então, não me venham com modernidades do absurdo... O QUE O FLUMINENSE NECESSITA É DE GESTÃO E DE UM VISIONÁRIO EMPREENDEDOR OUSADO E VALENTE... E ESSAS CONDIÇÕES E QUALIDADES, NO FLUMINENSE, SOMENTE SÃO ENCONTRADAS NA PESSOA DE JÚLIO CÉSAR DO CARMO BUENO!

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  5. Paulo Júnior - Sócio Efetivo3 de setembro de 2012 às 23:58

    Boa Entrevista amigo Eduardo,
    é sempre bom ouvir e saber o que pensa o tricolor Julio Bueno ainda mais que este poderá ser um dos candidatos para presidente para a próxima eleição do fluminense. Conhecer um pouco mais sobre cada possível candidato a presidente do F.F.C é o dever que cada sócio do clube tem que ter para poder escolher sem dúvida nenhuma o melhor presidente para o nosso clube. Espero que vc entreviste na medida do possível outros postulantes para o cargo de presidente para que todos os sócios do clube que acompanham o seu blog possamos conhecer bem a história e as ideias de cada candidato.
    >
    Saudações Tricolores Tricampeã

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  6. QUERIA VER O JULIO COMO PRESIDENTE DO FLU. SOU SÓCIO TORCEDOR. VAMOS LIMPAR O FLU DESSA GENTE INCOMPETENTE QUE TENTA DESTRUIR O CLUBE.

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