terça-feira, 8 de março de 2011

A Torcida Organizada "FLUMININA"

Hoje, dia 8 de março é o “DIA INTERNACIONAL DA MULHER”. E o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” parabeniza todas as mulheres (tricolores ou não). Mas, é importante fazer aqui neste espaço uma homenagem especial as mulheres que torcem pelo nosso querido “PÓ-DE-ARROZ”.

E como diz uma tradicional música tricolor de nossos estádios de futebol... “RECORDAR É VIVER”!!! E vamos recordar um pouco da história da “FLUMININA”, que pode não ser ‘a primeira torcida feminina’ do Brasil, mas com certeza não nasceu na última década.

A torcida organizada “FLUMININA” era formada por meninas e jovens torcedoras do Fluminense. A estréia da torcida organizada “FLUMININA” ocorreu no dia 27 de agosto de 1979. Neste dia, o Fluminense empatou com o América. O gol do Fluminense foi marcado pelo nosso ‘saudoso’ ponta-esquerda ZEZÉ. A partida também marcava a despedida do nosso goleador FUMANCHU. Antes da partida, várias integrantes da torcida organizada “FLUMININA” entraram no gramado do Maracanã para homenagearem o nosso ponta-direita ‘goleador’ FUMANCHU que estava se transferindo para o México e faria naquele jogo a sua despedida do Fluminense.

As integrantes da torcida organizada “FLUMININA” sempre alegravam as arquibancadas do Maracanã (e outros estádios), com sua beleza, feminilidade e descontração. Todas elas já vinham acompanhando os pais, irmãos, namorados ou amigos nas torcidas organizadas do Fluminense que empolgavam o Maracanã e outros estádios do Rio. Mas a partir daquele momento elas resolviam formar a sua própria turma. Surgia assim a “FLUMININA”, torcida organizada da galera tricolor que se revelou, logo no primeiro campeonato, um dos mais alegres e contagiantes grupos de torcedores do Fluminense. A “FLUMININA” tinha uma particularidade: só admitiam moças e com a idade máxima de 25 anos.

- Não vai nisso nenhum preconceito contra as torcedoras mais idosas – explicava Maria Inês, presidente da torcida organizada “FLUMININA”. É que nós procuramos reunir um grupo sempre maior de moças que possam acompanhar o time em todos os jogos. E as mais jovens, por força da idade, não têm outros compromissos que as impeçam de freqüentar os estádios com chuva ou sol, de dia ou de noite. E isso é quase impossível para as jovens casadas.

A torcida organizada “FLUMININA” foi lançada com promoção das rádios e jornais do Rio de Janeiro. E para admitir novas associadas, bastava que as interessadas procurassem por Maria Inês (Presidente), Regina (Vice-Presidente) ou Soraia (Chefe) pelo telefone, diariamente, ou a torcida já formada no Maracanã, no Bar da YOUNG-FLU, quando o Fluminense jogava. A sede da torcida organizada “FLUMININA” ficava na Rua Barão de Mesquita, 206, no bairro da Tijuca.

A torcedora do Fluminense que quisesse integrar a torcida organizada “FLUMININA” preenchia uma ficha, pagava Cr$ 200,00 (duzentos cruzeiros) e recebia uma camisa do Fluminense com o bonequinho e o nome do jogador de sua preferência. O bonequinho era uma representação feminina dos bonequinhos do desenho AMAR É...

Esta, aliás, era uma das características de torcida organizada “FLUMININA”. Cada torcedora escolhia o nome do jogador que mais gostava e que ficava afixado na parte de trás da camisa. Maria Inês, a presidente da torcida organizada “FLUMININA” era quem fazia o desenho a mão.

O grande problema da torcida organizada “FLUMININA” era a locomoção a outros estados devido à idade de muitas de suas componentes (abaixo de 18 anos). Mesmo assim, elas contavam com o auxílio de outros tricolores para acompanharem o Fluminense.

A torcida organizada “FLUMININA” tinha um lema, o de nunca deixar o campo antes do último apito do juiz. “Isto que dá apoio moral aos jogadores, mesmo nas jornadas infelizes. Nós somos contra esta atitude de sair do estádio logo que se sente que o time não tem condições de vencer ou reagir. Nossos jogadores merecem todo o carinho. É por isso que a nossa torcida é tão feminina”, dizia Maria Inês, a presidente da torcida organizada “FLUMININA”.



Saudações Tricolores

5 comentários:

  1. Fiquei contente ao ler esse blog que comenta sobre a minha torcida, pois, no site oficial do Fluminense eles disseram que a Flu Mulher, fundada há 3 anos, é a primeira torcida feminina do Fluminense e eu fui buscar a foto da fundação da nossa otrcida que saiu no Jornal dos Sports em 27/08/1979 para postar no meu facebook. Obrigada.
    Maria Inês

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  2. Prezada Maria Inês,

    É uma grande satisfação tê-la aqui conosco. Este espaço livre e democrático é feito para discutirmos os mais diversos assuntos relacionados ao nosso querido Fluminense. E o Blog “CIDADÃO FLUMINENSE” tem um grande compromisso com a História do Fluminense. Entretanto, confesso-lhe que jamais imaginaria ter uma resposta tão rápida e prazerosa como a sua.

    Sobre o pessoal site oficial do Fluminense, dizer para você o que disseram... Bem, eles devem pensar que o Fluminense foi fundado em 2005 ou em 20/12/2010. Mas, felizmente o Fluminense – além de ser Eterno – tem 108 anos de história. Deveriam procurar conhecer melhor as coisas e histórias sobre o Fluminense. Pelo menos estariam fazendo justiça ao dinheiro que recebem ou posição que ocupam no Clube (no caso de não receberem dinheiro pelo que fazem). Mas com isso, só provam que “NÃO CONHECEM NADA SOBRE O FLUMINENSE”.

    E sobre a Flu Mulher... Bem, estamos numa democracia e ‘cada um fala o que quer’ (até porque falar é de graça). Mas ninguém é obrigado a levar pra casa qualquer coisa que escuta por aí. E como você bem disse, creio que a referida torcida, dita pra você pelo pessoal do site oficial do Fluminense, como a ‘primeira torcida feminina’ do Fluminense, tem apenas 3 ou no máximo 4 anos de existência. Mas como estamos no tempo da internet, das máquinas fotográficas digitais, das filmadoras, cada um fala o que quer. Se colar, colou! Mas aqui neste Blog, temos um compromisso com os fatos. E principalmente, quando estes fatos são relacionados com o Fluminense Football Club. E CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS!

    Sobre as fotos que saíram no Jornal dos Sports, no dia 27/08/1979, eu também possuo essas fotos. Estão num álbum que tenho desta época. E ainda tenho outra foto com uma integrante da Torcida Organizada “FLUMININA” vestindo a camisa. De repente é até você, não sei. Esta outra foto que tenho, na parte de trás da camisa, tem o nome do nosso querido ponta-direita ROBERTINHO, campeão carioca de 1980. Não coloquei as fotos (uma pena!), pois o “assessor para assuntos fotográficos” do Blog está por aí no carnaval...

    Sobre o jogo de estréia da Torcida Organizada “FLUMININA” contra o América, no Maracanã, eu estava neste jogo. Era a despedida do Fumanchu, que tinha sido vendido para o América do México (este mesmo que iremos decidir nossa vida na Libertadores). Fumanchu foi um importante jogador do Fluminense naquele período (1978/79) marcando muitos gols. E vocês fizeram uma bonita festa neste dia, entrando no gramado dando o maior carinho ao Fumanchu que teve uma passagem muito digna pelo Fluminense.

    Particularmente, eu achava a Torcida Organizada “FLUMININA” o maior barato! Vocês formavam um grupo até – consideravelmente – numeroso, com várias bandeiras, para uma torcida que só era integrada por mulheres. Vocês davam uma leveza e suavidade nas arquibancadas, que era muito necessária. Mas isto era em 1979 e no início dos anos 1980. O pior em termos de torcida organizada ainda estaria por vir (década de 1990), com o aumento da violência nos estádios de futebol.

    Mas, já que eu comecei a contar a história... Agora você poderia terminar. Será interessante para os leitores e leitoras deste Blog (e do site oficial do Fluminense) conhecer um pouco mais da história da Torcida Organizada “FLUMININA”, fundada em 1979.


    Saudações Tricolores,

    EDUARDO COELHO

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  3. O Garotinho José Carlos Araújo narrava assim: Torcida Fluminina da Inês e da Regina

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  4. Prezado Eduardo,

    Obrigada por suas palavras e por esclarecer a importância da nossa torcida na história do nosso amado clube.

    A FLUMININA nasceu dentro da torcida Young-Flu, na época comandada pelo Sr. Armando Giesta. Funcionava exatamente como você narrou.

    Morei em São Paulo, mas quando retornei ao Rio, em 1975, passei a acompanhar os jogos do Fluminense com meu pai. Íamos a todos os cantos, Campos, Bangu, Campo Grande..., por onde a gente carregava um bandeirão que ia arrastando atrás no fusquinha de meu pai pela Avenida Brasil.

    E chegávamos sempre cedo, para acompanhar o campeonato de juniores, pois queríamos ver nossa prata da casa para saber o futuro que nos aguardava. Não tinha sol ou chuva que impedisse a gente de participar!

    Em 1979, fomos ao Canindé, acompanhar a final da Taça São Paulo de Juniores qdo., infelizmente, perdemos para o Marília por 2 x 1.

    No retorno, eu, Regina e Soraia tivemos a idéia de fundar nossa torcida, apoiadas pela Young-Flu, da qual fazíamos parte naquela época.

    E assim a idéia ganhou corpo, como você bem falou, com camisas e também bandeiras confeccionadas à mão por mim. Era um trabalho árduo, pois tínhamos que dar conta de inúmeros pedidos, mas muito prazeroso, pois demonstrávamos nosso amor incondicional ao clube que aprendemos a amar desde pequenas...

    A inauguração foi uma festa pois pisamos o gramado do Maracanã pela primeira vez, homenageamos vários jogadores, dentre eles o que se despedia, Fumanchu, cuja foto foi publicada no Jornal dos Sports no dia seguinte.

    A torcida, fundada em agosto de 1979, apadrinhada pelo Garotinho José Carlos Araújo que sempre a citava nas transmissões dos jogos do Flu, demonstrou ser pé-quente, pois, no ano seguinte, fomos Campeões Cariocas!

    A minha camisa trazia o nome do Edinho, meu ídolo maior e cujo futebol aprendi a admirar acompanhando as partidas preliminares. Não me recordo quem homenageava o Robertinho, só vendo a foto.

    Além do nome de seu jogador preferido acima do desenho dos bonequinhos vestidos com a camisa tricolor, abaixo trazia a inscrição "Amar é... torcer pelo Fluzão, meu time do coração".

    Enfim, o meu temor ao limitar o acesso à torcida pela idade acabou alcançando nós mesmas. Eu morava em Petrópolis, onde cursava faculdade. Em 1981 nasceu meu primeiro filho, em 1983 o segundo e os afazeres atinentes à maternidade acabaram por me afastar dos Estádios, limitando-me aos jogos no Maracanã...

    Minha irmã, Soraia, também se tornou mãe em fevereiro de 1982 e, assim, a Regina ficou assoberbada e não conseguiu encontrar pessoas capazes de dar continuidade às atividades inerentes ao comando de uma torcida organizada.

    Mesmo assim, o Sr. Armando continuou levando nossas faixas e bandeiras a todos os estádios, acompanhado por algumas torcedoras mais novas que ainda podiam acompanhar, pois nosso material era guardado juntamente com o material da Young-Flu numa sala do Maracanã.

    Hoje continuo acompanhando os jogos do Fluminense nos estádios e transmitindo esse amor a pelo menos dois de meus filhos: Daniel, hoje com 25 anos, e Leticia, 17. Fomos à Arena Barueri nos dois jogos decisivos do Brasileiro de 2010 e somos Guerreiros Tricolores na Fila, disputando nosso ingresso para o jogo final com o Guarani e nos jogos finais d Libertadores 2008.

    Enfim, mais uma vez obrigada pela lembrança e espero poder ver estas fotos que você tem da nossa torcida, pois eu mesma só tenho a que saiu no Jornal do Sports exposta no meu Orkut e Facebook.

    Saudações Tricolores

    Maria Inês

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  5. http://www.youtube.com/watch?v=h0Wvb1NMtbU&feature=player_embedded
    vejam oq um grande torcedor do Fluminense faz ;)

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