terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O Fluminense torna-se um clube popular!

Em 1946, pela primeira vez na história do aristocrático Fluminense Football Club um título de campeão era festejado democraticamente. Na sede do Fluminense confundiram-se jogadores, sócios e diretores.

Nas rodas da direção do Fluminense se dizia que “MORAES E BARROS ERA O PRESIDENTE DO FUTEBOL”. Entretanto, ele estimulou todos os setores esportivos do Fluminense.

Um dos presidentes do clube, o senhor ALAOR PRATA (1936-1940), dava-se ao luxo de não conhecer pessoalmente os jogadores. Certa vez Romeu quis falar com ele e não conseguiu. Teria que pedir audiência. MORAES E BARROS era um homem moderno. Era homem que entrava no vestiário e abraçava os jogadores como um simples torcedor.

Numa entrevista no início de 1946 MORAES E BARROS declarou, na ocasião, que tudo faria para dar ao Fluminense o título de campeão carioca. E cumpriu a promessa. Sua participação nesse feito excepcional do time de Álvaro Chaves foi valiosíssima e ficaria registrada na história tricolor.

MORAES E BARROS foi que realizou a obra que o faria ganhar a admiração dos sócios e a simpatia dos futuros campeões e dirigentes do Fluminense: o parque infantil. MANOEL DE MORAES BARROS NETTO foi presidente do Fluminense de 04/02/1946 até 14/11/1949. “Maneco”, como era chamado pelos íntimos, era um tricolor intransigente. Não perdia um jogo do Fluminense, em que local fosse. MORAES E BARROS não escolhia campo nem localidade.

A influência democrática do presidente MORAES E BARROS nos hábitos do Fluminense se fez sentir de forma acentuada, nas comemorações do campeonato. Antes de MORAES E BARROS, um título de campeão para o Fluminense constituía-se num acontecimento quase íntimo. Terminavam os jogos e os jogadores se reuniam para ouvir palavras de retórica de MARIO POLLO, todo inflamado e um pouco rouco, bebiam uma taça de champanhe, que mal descia o estômago e... Só. Dias depois os jogadores compareciam a tesouraria e recebiam o prêmio pela vitória.

As manifestações ficavam a cargo da torcida, sem maior ressonância. Sem dúvida, após aparecer MORAES E BARROS o Fluminense começou a desfrutar de maior popularidade.

As comemorações do título de 1946 tiveram um cunho verdadeiramente espetacular e popular. A elegante e suntuosa sede de Álvaro Chaves, tão aristocrática, se transformou num pandemônio. As danças foram interrompidas e os sócios, mesmo aqueles que antes não se “misturavam”, se entregaram as maiores demonstrações de alegria.

Os jogadores não ficaram separados, também se confundiram com os sócios, diretores e tudo mais. Garrafas de champanhe eram abertas de minuto a minuto e muita gente tomou verdadeiros banhos da preciosa bebida. O Fluminense definitivamente estava plena e democraticamente entregue ao seu povo.

Saudações Tricolores


Um comentário:

  1. Importante resgate de um fato histórico. Definitivamente com Moraes e Barros alguns sócios descobriram que a sede do Fluminense não ficava na Suiça nem o clube era uma filial do Comitê Olímpico Internacional. Mas um dos maiores clubes de futebol da América do Sul e do mundo - como o título de 52 iria provar.

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