No dia 16 de dezembro saiu no blog do grupo político Pavilhão Tricolor uma nota oficial, na qual o Pavilhão descarta por completo o apoio ao candidato Peter Siemsen nas próximas eleições do Fluminense, em novembro de 2010. E faz algumas acusações graves ao Peter Siemsen. Os fatos colocados pelo Pavilhão Tricolor levantaram muitas dúvidas sobre o Peter.
Uma das barreiras pelo rompimento foi à manutenção do Assessor da Vice-presidência de futebol Alcides Antunes. É bom que se lembre que o Vice-presidente de futebol da atual gestão do "brilhante" e "insuperável" presidente Horcades, o sr° Ricardo Tenório, foi indicado por Peter Siemsen. E o mesmo Ricardo Tenório não abre mão da manutenção de Alcides Antunes no cargo.
O que deve ter causado certa revolta em alguns membros da Flusócio e seus simpatizantes, é o fato de terem aturado o Pavilhão Tricolor durante muito tempo, na esperança de uma aliança política. Aturado? O Pavilhão não merece respeito? Lógico, que sim! Mas alguns membros e simpatizantes do grupo de Peter Siemsen se esqueceram disto. Pois, com algumas declarações denominando o grupo Pavilhão Tricolor como “traíras”, “autistas”, “não confiáveis” e “radicais”, demonstraram uma enorme inabilidade política.
Pois ao exporem pensamentos que estavam silenciados apenas pelo interesse numa possível aliança, escancara-se na verdade o que vários integrantes do grupo de Peter pensavam sobre o Pavilhão Tricolor. Alguns chegaram a afirmar que o Pavilhão não conseguirá formar chapa sozinho para disputar as eleições de 2010.
Que a Flusócio e o Peter sofrerão questionamentos é evidente. Em todo processo político democrático fazem parte os questionamentos. E principalmente, frente aos quem pretendem deter o poder. Sobre as perspectivas de mudanças transformadoras no futuro, isso também é normal, faz parte da retórica do discurso de quem não está no poder. A eterna promessa do “melhor dos mundos”. Portanto, a Flusócio deve se preparar para a possibilidade de um dia tornar-se vidraça, pois ainda não é. Contudo, pelo que assistimos ainda no papel de oposição (abutres???), ainda falta um pouco mais de preparo político em alguns quadros do grupo.
Não pega bem para um grupo que pretende deter o poder no Fluminense, ter entre seus proeminentes quadros, elementos que tentam desqualificar membros de outros grupos ou outros não pertencentes a grupos, como anônimos insignificantes. Isto só porque ocorreram situações de tensão que impossibilitaram alianças políticas ou divergências de idéias??? Isto é de uma arrogância imperdoável e inadmissível, de uma enorme inabilidade política, provando total inaptidão para o exercício da atividade política. Responder um líder do Pavilhão Tricolor ou qualquer outra pessoa que seja não significa rebaixar-se, muito pelo contrário.
Entretanto, alguns se esquecem (ou desconhecem) as elegantes tradições tricolores e os rituais da política ética e ideológica. Debater com pessoas não significa cair em armadilhas, significa apenas debater. E que cada um utilize bem seus talentos e suas argumentações políticas. E os que não as possuírem, que "retirem seu time de campo" para não atrapalhar o grupo. É melhor que fiquem na arquibancada torcendo, como fazem nos jogos do FLU.
Mas, felizmente, a Flusócio possui grandes quadros em seu coletivo. E um deles é o experiente e admirável Claudio Maes, que faz parte do Conselho Deliberativo do Fluminense. Sobre a crise entre o Pavilhão Tricolor e a Flusócio, Claudio saiu-se muito bem dizendo: “As decisões são soberanas e não nos competem. Agora que cada um siga seu caminho”. Esta é uma afirmação equilibrada de alguém que realmente, podemos observar o interesse em melhorar o Fluminense.
Entretanto, o próprio Claudio Maes na mesma ocasião teria declarado que: “No início de 2011, o Peter assumirá a presidência do Fluminense. Caso decida manter o Alcides Antunes. Ou o grupo (Flusócio), em massa, retirará o apoio ao governo Peter, passando imediatamente para a oposição, ou rachará entre os ‘pragmáticos’, que engolirão o sapo em nome de um bem maior e os ‘inconformados’ (dentre os quais Claudio se incluiria), que não aceitarão a possibilidade em hipótese alguma”.
Neste caso, já fica certa “pulga atrás da orelha”. Porque as decisões de qualquer candidato a presidente do Fluminense sobre o que ele fará após a vitória das urnas, devem ficar transparentes durante o processo de campanha eleitoral, para todos nós eleitores tricolores. Um futuro rompimento desses, Flusócio com Peter, tão prematuro, isto sim, é que demonstraria uma atitude digna do PSTU. Ou coisa pior, um típico caso de “estelionato eleitoral”, por parte do candidato. Entretanto, confiamos na sabedoria de Claudio Maes e alguns próceres Flusócios. Inclusive, no tocante a prepararem melhor, politicamente, alguns de seus proeminentes quadros.
Saudações Tricolores
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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Caro Eduardo, espero que tenhas tido boas festas.
ResponderExcluirObrigado pelos elogios, que eu, sem hipocrisia, considero exagerados. Tenho pouco tempo e nenhuma história de Fluminense para poder ser qualificado de liderança do que quer que seja.
Permita-me somente, já que algumas considerações minhas forma utilizadas em seu post, esclarecer o contexto no qual airmei que uma eventual manutenção do Alcides Antunes na administração do Peter teria grave consequências políticas.
Na contextualização, que uma vez desprezada compromete o sentido de minhas palavras, afirmei textualmente que considerava a possibilidade mais que remota, improvável.
Ou seja, eu fiz um exercício teórico, não me referi a um caso concreto, cuja possibilidade de incidência considero desprezível, mas a qual não posso descartar, pois é matéria que não me compete.
Abs & ST,
Claudio Maes
PS: essa história de que o Tenório não abre mõ do Alcides Antunes pode até ser verdade, não sei, mas por enquanto é versão, não fato